quinta-feira, 30 de outubro de 2003

OS BONS CHEFES DE FAMÍLIA

Os bons chefes de família vão amanhã a votos. Depois de terem demonstrado a sua fibra, o seu carácter generoso, a sua superioridade moral e a sua simpatia ao Primeiro-Ministro na inauguração do seu galinheiro perante os "gigantes uruguaios" (palavras mouras, não minhas), amanhã sufragam a 2ª pessoa mais importante da Nação. Ao assobiarem Durão Barroso demonstraram em primeiro lugar o respeito que têm pelas instituições do País. Goste-se ou não, é ele o Primeiro-Ministro, eleito democraticamente. Estava lá como convidado de honra e chefe de Estado. Demonstraram o seu âmago cortez. Mas melhor ainda, demonstraram grande inteligência e reconhecimento. Depois de se ter colado ao clubezeco deles durante as eleições para ganhar 6 milhões de votos, Durão Barroso pagou-lhes bem o favor. Aceitou acções da Sad como garantia de pagamento de antiquíssimas dívidas fiscais. Tão antigas como o último troféu ganho (no século e década passados). Abriu uma brilhante excepção, enquanto noutros países colossos como Marselha e Milão já descerm de divisão por muito menos. O Mónaco esteve quase este ano. Apesar disso, cuspiram a quem lhes deu de comer. São de facto inteligentes, estes sarracenos... E com esse comportamento cívico de exemplares chefes de família, eu digo orgulhosamente: EU SOU UM PÉSSIMO CHEFE DE FAMÍLIA, GRAÇAS A DEUS! E foi tão bonito ver o patético Fialho Gouveia pedir que se calassem... ele sim, sabe bem distinguir as hierarquias deste País. Ele, que num finíssimo programa televisivo que apresentava na televisão paga com o dinheiro de todos nós, um dia, convidando Manuel Damásio e lady Margarida Prieto, embevecido, dirigiu-se-lhe, apelidando-a pomposamente de "2ª dama do País". Não primeira, porque essa era e é a Mulher do Presidente da República. Com tanto azar dele, uma grande DRAGONA! Até nisso têm, de facto, azar e reconhecem a relação de supra-infra ordenação existente entre a Grande Família Tripeira e a faminta família mourisca.

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