quinta-feira, 21 de outubro de 2004

Foi mau demais para ser verdade

A nossa equipa desiludiu-nos. E muito.
Há muito tempo que não via um porto a jogar à Lampião.
Sem ambição, sem estrutura defensiva, sem um meio campo que se impõe e, assim, consequentemente um ataque ineficaz.
Depois, era cada um por si. Não davam a bola a ninguém e não funcionamos como equipa.
E não seria sério se não afirmasse aqui que o treinador tem culpas no cartório. Muitas culpas, direi eu.
Primeiro porque já há algum tempo que vemos que a equipa tem muitos jogadores de qualidade, mas que se excedem em individualismos. Carlos Alberto não passa a bola a ninguém e como foi possível que ontem não tenha sido castigado com a substituição. Não entendo.
Derlei, esse nosso grande jogador, não está o seu melhor. Não lhe atirarei uma única pedra porque o homem dá tudo o que pode dentro do campo, mas nota-se a olhos vistos que não está no seu melhor. Não lhe sai um passe direito, uma finta, nada. E por isso, neste momento, não merece a titularidade.
A equipa, antes de sofrer o golo, não pressionou nem atacou o PSG como deveria fazer, limitando-se a trocar a bola entre os centrais como se estivessemos a ganhar. E esta atitude tem de sofrer uma medida enérgica do treinador. Tem de ser ou não vamos a lado nenhum.
O outro reparo, que já não é de agora, é a esse defesa central chamado Pepe. Poupem-me por favor. O rapaz é novo, inexperiente, etc., etc.. Ok, compreendo isto. Mas pô-lo como baluarte da defesa do Mágico Porto como faz este treinador, já é um pouco demais.
Nunca está no local certo, parece que anda perdido no campo, não faz um passe de jeito e tem uma falta de classe que é por demais evidente. Ainda antes do golo, já estava a mandar um sms ao Grande Portista e ao Azulão a dizer isso mesmo. Por isso, não foi por termos perdido que o digo agora.
No entanto, nada está perdido. Esta é a verdade. Ainda há Liga dos Campeões pela frente e muita coisa para ganhar. Se ganharmos o próximo jogo em casa, o discurso dá uma cambalhota e lá estamos nós outra vez. Sei que temos muitas hipóteses de passar e que a equipa tem mais que valor para dar a volta por cima. É preciso é um berro e um murro na mesa do técnico. E se não for do técnico, nós sabemos que temos a pessoa indicada para o dar.
Somos os detentores daquele troféu com todo o mérito, por mais azia que isso possa dar a muita gente. A azia de saberem que eu estive presente na Alemanha, em Genselkirchen ou em Sevilha, ou no Mónaco, na final da Supertaça Europeia e que estarei em Japão, no dia 12 no Dezembro, em Yokohama, deve ser muito grande. Porque a inveja é dos piores sentimentos que os adeptos do futebol cultivam e eles saberem que nós, adeptos do Mágico Porto, lá estivemos aos vivo e a cores, nem que fosse por uma só vez (o que não é verdade), a ver a nossa equipa é por demais enervante. Porque saberem que nós lá estivemos e sentirem que nunca terão esse prazer, essa sensação, essa emoção, causa uma azia terrível e um sentimento de fustração sem igual.
E essa azia é fruto de muita dor de cotovelo e de serem uma equipinha de trazer por casa. Porque para se verem nestas andanças, só recorrendo ao canal história e a fotografias a preto e branco. E isso é que lhes custa, como também lhes custa terem levado no pêlo no Domingo e desviarem as atenções para a arbitragem, quando não jogaram a ponta de um corno. Deviam reflectir sobra a falta de capacidade que tê, mas gostam que lhes desviem as atenções.
Mas como eu digo, o Lampião é como o Zé Maluquinho, que gosta de ser enganado pela comunicação social e pelos seus dirigentes. Têm atitudes de puro ignorante, pois ouvem aquilo que lhes interessa, desde que lhe digam que o seu clube continua a ser o maior de Portugal e do mundo e desde que os seus dirigentes afrontem o Jorge Nuno.
Nem sequer um exemplo vivo que tiveram recentemente, como o João Vale e Azevedo (este homem merecia uma estátua no Dragão), os fez abrir os olhos. Um homem que foi reeleito nos lampiões, só porque rasgou um contrato, lhes dizia aquilo que eles gostavam que fosse verdade e lhes prometia as glórias que nós tivemos e que, ao contrário, os ia roubando até ao tutano e afundando cada vez mais.
Agora têm lá mais dois, os quais são sócios do Mágico Porto, e que eles seguem com unhas e dentes. Um deles disse que ia fazer dos lampiões o melhor clube do mundo em três anos e claro, lá acreditaram mais uma vez.
Mais dois que lá estão para lhes roubar o pouco dinheirinho que ainda têm, mas que eles, mais uma vez vão comendo. A ignorância tem disto, que lhes havemos de fazer?
Revoltam-se contra os vencimentos dos administradores da TAP e da Petrogal, quando estes recebem cerca de 7.000 mil contos por mês e que o merecem porque puseram a dar anualmente lucro estas duas empresas públicas que eram autênticos buracos financeiros antes de eles chegarem, num papel de extrema responsabilidade para a economia de um País, mas dizem "Amén" a um ex-empresário falido, ex-presidente e fundador de uma casa do seu principal rival no estrangeiro, que tenta reconstruir a sua vida à custa deles e que lhes chupa 20.000 contos por mês, só porque manda umas boquitas ao nosso Presidente.
Como é que é possível depois disto ainda nos chamarem saloios e provincianos. Será que o fazem quando estão em frente ao espelho?
É que estes lampiões acreditam na máxima de que "uma mentira dita muitas vezes, é verdade" e por isso eles acreditam na mentira.
Esta é que é a verdade e Deus queira que se mantenha por muitos anos. Porque enquanto isso acontece, nós vamos cantando e rindo e ganhando o que há para ganhar.
E tenham cuidado. Não se riam muito, pois se o Mágico Porto, por infelicidade, ficar em 3.º neste Grupo da Liga dos Campeões, ainda vem para a Taça UEFA para vos enfardar mais uma vez. Cá, lá e pelo caminho, num jogo dentro da camioneta, isto, claro, se vocês conseguirem passar à próxima fase....

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