terça-feira, 27 de janeiro de 2004

ATÉ SEMPRE ESCREVE-SE COM TODAS AS CORES
O nevoeiro que durante todo o dia pairou sobre Guimarães deixou mais carregado ainda o ambiente de pesar que se vivia a cada canto. Homens e mulheres, novos e velhos, unidos por uma profunda tristeza pela morte de Fehér. Mais significativo sentir que o menino húngaro que morreu em pleno relvado fez pelo futebol português o que todos julgavam impossível: unir os adeptos de todos os clubes.
Um mar de gente esteve horas a fio junto à saída do hospital Senhora da Oliveira, cada pessoa vestida com cores dos mais variados clubes. Portistas e benfiquistas abraçados a gritarem Fehér. Camisolas do Sporting ou do Moreirense a darem um pouco de verde a todo aquele arco-íris. Todos, mesmo todos a prestarem uma sentida homenagem ao atleta.
Quando o carro funerário deixou o hospital todos gritaram o mais que podiam o nome de Fehér. Muitas palmas à mistura enquanto se aproximavam para verem o caixão coberto com a bandeira do Benfica e um ramo de flores envolvidas num cachecol do FC Porto.
Fehér provou-o: há momentos em que a rivalidade não faz sentido...

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