Quando li isto no Avante Lampião até fiquei de olhos esbugalhados. Inicialmente até pensei que o Ricardo do Vitor-Vitória tinha passado a escrever no Avante Lampião. Mas não, o Ricardo não nos fazia uma coisa dessas. Então pensei:
Que será que deu nestes meninos? Resignaram-se?
Nã, cheira-me que é sol de pouca dura e por isso vamos aproveitar...
Paixão pela baliza
"A desconcentração é raríssima, mas como ninguém é perfeito, nem um dos melhores guarda-redes da Europa—acaba de se classificar entre os 18 melhores do mundo (ver pág. 12)—, Vítor Baía também já teve os seus amargos de boca. O último mau momento foi num jogo com o Alverca, na primeira volta do campeonato. Nada que o tenha afectado—o lance foi uma traição de momento, que o deixou aborrecido, muito aborrecido, porque lhe está no espírito ficar danado com ele próprio quando não responde às exigências. Um pequeno nada, na excelente época que o guardião vem fazendo, depois de na última temporada ter cumprido um sonho de jovem: vencer um troféu europeu com o emblema do FC Porto. «Sonhei tantas vezes com isto!» Foi a exclamação de Baía, depois de escrever o nome na história do clube (já tinha esse direito) ao ser um dos heróis de Sevilha. Vítor Baía mantém intactos os reflexos, leva a vantagem de ser felino, mandão a sair da baliza, e com uma elevada dose de coragem quando é preciso. A todas estas virtudes de um guarda-redes que, hoje, é menos espectacular do que noutros tempos, junta-se a capacidade de fazer aquelas defesas que se julgam impossíveis. Forte psicologicamente—venceu uma etapa terrível da sua vida profissional, marcada por lesões —tem conseguido passar ao lado da polémica que ainda existe por nunca ter sido chamado por Scolari. O Europeu, esse, continua legitimamente no horizonte. Como um avançado adora marcar golos, Baía é um apaixonado pela baliza, elegante e eternamente apaixonado. Uma força dos dragões."
Sem comentários:
Enviar um comentário