sexta-feira, 2 de março de 2007

Abaixo as universidades

  • Vão longe os tempos em que possuir um grau académico superior era sinal de status e, na grande maioria dos casos até, de uma certa garantia profissional. Hoje o abastardamento das licenciaturas e a proliferação sem nexo do ensino superior (quem armou a bota que a descalce!) fez com que o referido ensino ande pelas vascas da agonia e o contingente de recém-formados sem emprego e sem perspectivas de futuro não páre de aumentar (verdade seja dita que a " iliteracia" entre os mesmos é muitas vezes confrangedora!), mas, bem vistas as coisas, trata-se afinal dum sinal ( triste sinal!) dos nossos dias. Um conhecido escritor muito "vendido" ultimamente, "doutorado e professor de comunicação social", apresentador de TV, autor da mais incontável saga de "lugares comuns" da novelística portuguesa contemporânea é useiro e vezeiro em pontapés na gramática. Ouçam-no ou leiam-no e verão se não tenho razão. Mas, perguntarão os amigos, que é que isso interessa, se esta carpidura não é mais do que chover no molhado (c'os diabos, agora sou eu a usar o lugar-comum!) ? E não é que têm razão? Se hoje para se ser presidente lampião qualquer "analfabeto" serve.
  • Hoje a comunicação social já não é tão taxativa em relação a Manuel Galrinho Bento. (Compreende-se a perplexidade de ontem:o choque da notícia, a festa da véspera, a não total dissipação dos éteres dos 103...) Afinal, Bento não foi o melhor (maior era impossível, porque apenas media à volta de um metro e setenta), mas «um dos melhores». Para Jacinto Lucas Pires ainda continua a ser o maior e lá terá as suas razões (eu também não gosto dele, dele JLP. Ainda agora, nas "Correntes d'Escritas", do mês passado, tive oportunidade de confirmar a impressão negativa que tenho a seu respeito: não fosse filho de quem é, lampião, sulista e inserido nos "meios onde se cozinham estrelatos" e ninguém dava um tostão por tão ilustre "dramaturgo"!). Pois, confesso que tirando a citada referência ( diga-se em abono da verdade que só consultei os títulos dos desportivos (!!!) e o JN) e apesar dos encómios, Bento já não era o "melhor", mas somente "um dos melhores". Fiquei descansado. Onde é que a turba lampiónica iria meter o Bastos, o Costa Pereira, o Silvino ( quando jogava na Luz, atenção!), o Quim, o Moreira...e outros, um verdadeiro naipe de "heróis" a pedir meças aos mais retintos da história de Portugal? Ah, esquecia-me do Ricardo. Esse também é herói. Embora a defender a baliza de um rival, é lampião e já deu um certo jeito! É claro que os Azevedos, os Carlos Gomes, os Damas, os Américos, os Pinhos, os Tibis, os Baías são todos de segunda grandeza. Nem vale a pena falar deles! Manuel Galrinho Bento, podes repousar descansado, já tens uma plêiade de heróis que te acompanham ou um dia te irão acompanhar! Agora a turba espera ansiosa pela reedição da novela "Feher"! É tão comovente. Fosses tu do Norte, Manuel Bento, e serias lançado para a vala comum do esquecimento. Quando muito, uma breve notícia. Por esmola.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já sabem da última afronta ao nosso clube? Passem pelo Pobo do Norte. E não calem a voz da revolta. Abraço.