Foram precisos dois anos e 90 minutos (os do jogo da Grécia) e o facto de ficar apertado, para a besta abrir os olhos.
Porém, parece-me que estas modificações se deram apenas porque, afinal, também todos os outros começaram a dar razão aos apelidados anti-patriotas.
Como começou a ficar sozinho, sem o apoio até dos sem vergonha dos média, a besta modificou a equipa.
Mas calma!!! Como a besta é turrona, afirma primeiro que "gostei deste onze", dando a entender que foi uma experiência e que correu bem (afinal as experiências foram feitas em pleno Campeonato da Europa e não nos particulares) mas ao mesmo tempo, como tem a mania que é mais fino que os outros, diz com a arrogância e prepotência que o caracteriza que "se tiver que modificar um ou dois jogadores vou fazê-lo".
A não ser que eu esteja errado e ele queira trocar o Simulão pelo Cristiano Ronaldo e o Miguel pelo Paulo Ferreira. Mas não me parece... A besta não pode auto-confirmar de todo que é uma autêntica besta e por isso vai contrariar toda a gente, mas a ver vamos.
Quanto ao jogo, mesmo com a equipa que actuou, não foi nada de especial e a expulsão do amigo do Vale e Azevedo,injusta quanto a mim, condicionou muito qualquer intenção dos Russos em chegar ao empate...
Melhor jogador em Campo? Difícil. Um entre Deco, Ricardo Carvalho (como é que é possível ver este homem no banco) e Maniche...
Para prova do que sempre falamos, aqui está o comentário do jornal "O Jogo" aos jogadores do Mágico Porto...
"Maniche 8
Reforço vitamínico essencial à supremacia do meio-campo português, tem quase como obstinação recuperar o esférico. Luta, mete o pé no limite das suas possibilidades, zanga-se com o adversário (mesmo sendo Alenichev) ou, em alternativa, consigo próprio quando falha o objectivo. Os espanhóis chamam a isto "fúria" ou "ganas", os portugueses tratam-no por Maniche, como se tivesse o sangue "viking" do seu inspirador dinamarquês. É um alívio poder contar com ele para resolver este imbróglio ibérico. Ontem, marcou depressa - numa rotação dentro da grande-área digna de um ponta-de-lança - e em 90' quase nem descansou
Ricardo Carvalho 8
Finalmente, o melhor defesa-central português da actualidade entrou no onze para acabar com as tremedeiras. Kerzhakov foi vítima da capacidade de desarme, aliada ao sentido posicional e à velocidade - atributos conhecidos em Ricardo Carvalho, um dos mais insuperáveis jogadores na sua posição. Viu-se a diferença na Luz. Resta esperar que ainda tenha vindo a tempo...
Deco 8
Se é notória uma ausência de automatismos na articulação do ataque, Deco tudo fez para tentar redimensionar o ataque, dar-lhe maior amplitude e profundidade. Impulsionou as operações ofensivas com o apoio de Figo e gerou com Nuno Gomes uma das jogadas mais espectaculares do desafio. Figo enviou ao poste.
Nuno Valente 7
A sua presença foi particularmente notada no apoio ao ataque, aproveitando a inocuidade russa naquele flanco. Aos 50' quase assinava um golo, após o ensaio de um bom remate que Malafeev conseguiu suster. Registaram-se ganhos de produção com a mudança de lateral-esquerdo.
Costinha 7
O meio-campo ganhou dimensão com a aproximação ao figurino portista. Sem ter sido fulgurante, Costinha é de enorme preponderância no patrulhamento das operações na sua zona de jurisdição, particularmente eficaz na articulação com Maniche. Loskov e Alenichev caíram no alçapão."
A negrito, as considerações que considero óbvias e que revelam o porquê de chamar-mos besta ao soldadinho de chumbo...
Mais palavras para quê?
Sem comentários:
Enviar um comentário