terça-feira, 1 de junho de 2004

A ANEDOTA DO ANO

Finda que está a mais gloriosa época da história do Porto, aproveita-se sempre para se fazer balanços. O desportivo, está mais do que feito. As taças falam por si. Quanto ao resto, começo por fazer o balanço das anedotas desportivas que mais gozo me deram na época futebolística que ora finda. Confesso que cheguei a hesitar na escolha e consequente atribuição do prémio Azulão 2004. O Capataz Moçambicano foi, de forma tenaz e constante, um seríssimo candidato. A sua incapacidade futebolística nunca parou de me surpreender e é digna, neste ranking, dos maiores encómios. Desde a perda da taça com um jogador a mais, à prematura eliminação da Liga dos Campeões, foi um fartote. Culminado com o brilhante 4º lugar do campeonato e 5 derrotas consecutivas.
Todavia, esse senhor perdeu já com a meta à vista, por mera infelicidade. É que entretanto, nos últimos dias já não se ouve falar dele e foi enxotado com o rabo entre as pernas. Ao invés, hoje ao ler os jornais da manhã deparo-me com a seguinte parangona: "O sistema quer derrubar-me". A acompanhar, a perturbada (e perturbadora) carantonha do Senhor Alzheimer da Cunha. Foi tiro e queda. Tão supersónica como as arrancadas do Ferrari Maciel, foi a minha atribuição do Azulão 2004. Ao ler mais detalhadamente a notícia, fiquei ciente da justeza da atribuição. Para além do sistema querer derrubar o pobre mártir, concluí que os jornalistas eram mercenários a seu soldo.
Caros leitores, o problema é que agora até eu fiquei convencido. Não da existência do sistema, mas de sérios problemas cognitivos no senhor. Está bem, eu devia ter percebido logo quando ele contratou o engenheiro catequista. E quando afirmou repetidas vezes que a lagartada era a melhor equipa nacional. E que a PSP "abaixara" as calças ao FC Porto. Mas tenho a atenuante de estar demasiado embriagado com o perfume do nosso futebol e das nossas conquistas. Todavia, ao ler agora isto, percebi que ele acredita mesmo no que diz. Deve ter pesadelos e suores nocturnos acompanhadas de assombrações do dito sistema, cujo rosto só ele conhece. Daí que o problema não seja só Alzheimer, que lhe dificulta a irrigação do cérebro. Sofre também de esquizofrenia.
Por tudo isto e já que taças nem cheirá-las, é com todo e gosto e com muito prazer que atribuo o Azulão 2004 a Alzheimer da Cunha. Ao menos assim ganhou qualquer coisita.
Posto isto, faço aqui uma promessa solene. Uma vez que o nosso Ilustre Vencedor é manifestamente incapaz, não mais gozarei com ele. É feio divertirmo-nos com doentes - foi o que me ensinaram. Por isso, até que ele dê mostras de francas melhorias, este será o último post sobre ele.

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