domingo, 30 de janeiro de 2005

SERÁ QUE AINDA NÃO CHEGOU?

o jogo de hoje foi surreal. Quando se acaba com o povo a querer um quarto golo do adversário e a gritar olés à própria equipa, como aconteceu no meu lado do Estádio, está tudo dito. A lógica é a de que, com uma goleada sofrida em casa, talvez fosse desta que o castelhano se fosse embora. Mas parece que não. Vinha a ouvir a conferência de imprensa e ele não assume coisa alguma. Diz que há que continuar a trabalhar e que os jogadores têm que dar a resposta. Como se nada se passasse. Como se ele não estivesse a fazer a pior campanha da história do Clube. Como se não estivesse a estilhaçar uma equipa campeã da Europa. Como se não mudasse a táctica todos os jogos. Como se não fosse uma miséria a fazer a equipa e, posteriormente, as substituições. Como se a equipa estivesse a jogar alguma coisa. Como se os pontos perdidos em casa fossem obra do azar. Como se alguém visse qualquer hipótese de se dar a volta com ele à frente.
Espero sinceramente que amanhã, quando acordar, leia que ele já não é treinador do Porto. Senão, acabou-se para mim o futebol esta época. Isto para não falar na enorme desilusão que a SAD me proporciona. Uma coisa são os princípios, com os quais concordo, de que não se deve despedir um treinador a meio da época e, muito menos, por dá ca aquela palha. Outra é continuar a aturar tudo isto, só porque não se quer criar excepções a essse princípios. Foi assim que se correu com o Octávio e se arranjou o Mourinho - a meio da época.

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