segunda-feira, 17 de janeiro de 2005

É esta a minha pergunta...


Por motivos profissionais, não me foi possível acompanhar o jogo, quer pela televisão, quer radiofonicamente. Mas depois de ler o que transcrevo a seguir, parece-me que tivemos mais do mesmo:
"Sem rasgo, sem desequilibradores, sem um fio de jogo consistente, os dragões passaram a maior parte do tempo - sem o conseguir - a tentar encontrar uma forma de ultrapassar a muralha contrária e colocar alguma ordem no futebol confuso que marcou grande parte das suas acções.

É complicado tentar explicar o que se passa com o campeão nacional sem se cair na tentação de dizer que não conseguem uma exibição consistente, que parece que os jogadores não sabem bem os lugares que devem ocupar e que como corolário de tudo isso resultam duas coisas: um futebol aos repelões, em que os jogadores se atrapalham uns aos outros e, numa fase posterior, quando o desespero já começa a tolher os movimentos, a tentação do lançamento da bola da defesa para o ataque, jogadas que são facilmente anuladas pelas defesas contrárias.

Sem extremos, com os laterais a demonstrarem claras dificuldades na conquista da linha final, os portistas foram rodando a bola no meio-campo, muitas vezes de uma forma confusa, com os atletas a não parecerem saber muito bem quais os caminhos que tinham de percorrer. Pode dizer-se que Léo Lima se estreou com a camisola azul e branca, Paulo Machado nunca tinha sido titular, mas talvez isso não chegue para justificar o mau futebol praticado. Diego tentou assumir o comando do jogo, mas só quando Victor Fernandez lançou Quaresma é que o futebol do campeão europeu pareceu ter ganho outra profundidade. Não porque o "cigano" tivesse estado brilhante, mas porque esteve seguramente mais acutilante que qualquer um dos seus antecessores."


Enfim, começamos todos a desesperar. O Espanhol não tem um pingo de vergonha na cara. Apesar de verificar que não consegue fazer nada com uma equipa com jogadores para render muito, mas muito mais, não se despede, não põe o lugar à disposição, nada. Poderia aprender com o Camacho, que após verificar que não tinha mão nos galácticos, se pos a milhas.
E deixem-me comparar Vitor Fernandez com Fernando Santos. Um "gentleman", uma pessoa educada e de bom trato para os jornalistas e para todo o auditório.
Um treinador educado, como dizem todos os adetos infieis. Pois, mas foi com este tipo de treinadores que penamos sempre. Com treinadores que não sabem ver que tratando assim o mundo exterior, dizendo que não acreditam que queiram prejudicar o Mágico Porto, etc, etc, acreditando em coincidências (como no caso do seu castigo contra o Sporting), o Mágico Porto nunca terá sucesso.
Todos nos querem deitar abaixo. Todos nos querem destruir e por isso o que precisamos é de um guerreiro à frente do nosso Mágico Porto. Um treinador capaz de espicaçar os jogadores, mostrando-lhes tudo aquilo que nós Portistas já vemos há muito. Que se formos bonzinhos, até nos comem os miolos.
Mais sintomático é que o grande jogo desta época do Mágico Porto, haja sido contra os lagartos. Um jogo em que ele foi para a bancada por um castigo injusto e que espicaçou a equipa. E, quem sabe, também motivado pelo facto de ele estar longe do relvado.
Por mim, não tem mais nenhum voto de confiança, pois tal como o Engenheiro Fernando Santos, apesar de termos ganho o título na primeira época que esteve no Mágico Porto, nunca acreditei que houvesse futuro com ele e assobei-o quando foi apresentado o seu nome no dia da festa do título.
Mas pelos vistos vamos ter de aguentar este treinador durante algum tempo mais... e a termos de ver o Mágico Porto a penar como nos tempos do saco do Engenheiro do Penta
Enfim, meus caros, enfim...

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