domingo, 2 de novembro de 2003

Mais um comentário de um leitor. Pertinente...

Francisco S., nosso querido leitor, fez-nos chegar o seguinte email. Obrigado pelas suas palavras. Bem haja...

"Estaremos num país de mentecaptos? Será que a paranóia invadiu o país e não há mais nada para tratar do que a vida do clube dos 6 milhões (há um ano, porque agora, depois de tanta campanha, já são muitos mais, se calhar é mesmo Portugal inteiro, atento, venerador e obrigado, como se dizia no tempo de Salazar!!!)?
Ou não há o mínimo de senso ou, então, é o poder dos lobbies que é tão forte que tudo está montado para que no ano do seu centésimo aniversário o clube lisboeta tenha que ser campeão a todo o custo. Doa a quem doer. Com os atropelos que forem necessários e o ódio e a frustração aconselharem. Só assim se compreende a sanha demoníaca com que os adeptos desse clube ( recuso-me a citar-lhe o nome, pois não pactuo com vulgaridades) e toda a panóplia de mafiosos prosélitos (a teoria política fala em maquiavelista, mas, para mim, no caso desse clube, é necessariamente mafioso quem não olha a meios para atingir os fins) atacam quem lhes possa fazer frente. e dou por mim a pensar quanto não valeu o apoio do Vilarinho ao partido do poder! Desde o perdão das dívidas, à facilitação burocrática, tudo foi feito para que o esplendor atingisse as raias do paroxismo desesperado como foi o da inauguração do estádio. E a comunicação social (estações televisivas, públicas e privadas, rádios, jornais, revistas) a alimentar continuamente esta onda de total alienação! Doze horas(!!!) de transmissão na estúpida TVI, dezassete(!!!) páginas em 'O Jogo' ( e ainda dizem que este jornal está conotado com o Porto!),para não falar já dos outros media, mais ou menos subservientes ao poder vermelho (alguns são mesmo ' the master voice'). Tudo serviu para essas mentes atrasadas e servis: entrevistas, reportagens, relatos, 'directos' balofos e sem interesse, mas constantes. Tudo em doses cavalares, porque não há fome que não dê em fartura... E quando se pensava que a histeria já tinha passado, reacende-se tudo outra vez com as famigeradas eleições. Novamente os canais de TV, as estações de rádio, os jornais... Como se não se soubesse quem vai ganhar... Ainda se a comunicação social procurasse indagar (digo mais, investigar) os meios, os processos, as formas de aquisição das enormes fortunas dos candidatos! Que cumplicidades, que conivências, que ilicitudes, que branqueamentos de dinheiro ( para não falar de outros crimes que a entrevista com Maria Jose´ Morgado deixa entender) estarão por trás de todo este espavento? Nada disto interessa. Só há um inimigo, declarado, excomungado, odiado: chama-se F. C. do Porto! É curioso que desde que começou a hegemonia portista, nunca mais aquelas almas do poder centralista e lisboeta entraram em sossego. Para cúmulo são acolitados pelas eminências pardas que estão à frente dos outros clubes, para quem fazer um frete ao tal maior clube do mundo( dentro de três anos!!!) é quase uma honra! (Será que Dias da Cunha é a única pessoa inteligente do Sporting? Não saberão ver onde está o inimigo?) Como o desespero e a arrogância são maus conselheiros e a irritação é cada vez maior entre os vermelhos e os seus sequazes não me espanto nada com os casos Costinha, Maniche, Deco e quejandos. Muitos mais virão, enquanto o Dragão for mostrando que é o melhor. Ainda ontem um sportinguista, normalmente sensato e equilibrado, me dizia «convinha-nos tanto que o Deco levasse uns poucos de jogos, para ver se nos chegávamos à frente!». Perante isto!
É por essas e por outras que me orgulho de ser portista, de ser anti os outros todos, principalmente os vermelhos que têm a arrogância dos medíocres e a sanha persecutória dos falhados!
Mas uma coisa me preocupa ainda mais: será que este país só tem dois problemas? A pedofilia e o gritante insucesso do proclamado clube que se impõe a todo o custo resgatar? Ou isto não é mais do que uma nuvem de fumo para iludir os papalvos e enganar os néscios?
Bem hajam, Dragão, Azulão e Portista, por desmascararem tanta hipocrisia "neste reino pôdre da Dinamarca
!"
F.S. - A Ver o Mar

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