terça-feira, 31 de maio de 2005

ELE ESTÁ DE VOLTA...



O numismata das pesetas está de volta, com pompa e circunstância, à selecção de todos eles. No início da época, porque tinha mais do que fazer, nomeadamente enriquecer o seu espólio peseteiro e garantir que não aquecia mais cedo o banco dos lampiões de Castela, rejeitou a selecção. Com total falta de pudor, nem sequer arranjando uma qualquer desculpa - como por exemplo questões familiares. Disse-o preto no branco - quero-me dedicar ao clube e por isso deixo a selecção. Ora agora, porque o Luxemburgo, apesar de brasileiro é pago para não ser burro, acabaram-se sem glória os seus dias de peseteiro. De banqueiro passou para dispensado. A ser assim, já não há problema. Pode voltar à selecção, agora que o apuramento está garantido e faltam apenas dois jogos. Quase todo o País aplaude, recebe a bracadeira de capitão e tem garantido que há de ser sempre considerado o melhor em campo. Nada melhor para um ego ferido e , já agora, para arranjar um chorudo contrato com quem não tiver visto os seus últimos jogos. Como a selecção é ele e mais os dez que ele quiser que joguem, volta a ter a maior cara de pau do mundo e afirma publicamente: agora que o clube já não conta comigo posso voltar. Madaíl e o Abominável Homem Gaúcho têm orgasmos e estendem-lhe a passadeira vermelha. Enquanto isso, o jogador com mais títulos mundiais, enxovalhado e re-enxovalhado por FPF e supra citado destreinador, sempre manteve uma postura elegante e sempre se mostrou disponível para servir o seu País, sem qualquer apoio da comunicação social, que preferiu endeusar como justificação o pior guarda-redes que alguma vez vestiu a camisola das quinas.
Não há dúvida. O País quase todo merce a selecção que tem e merece não ter vencido o Euro, apesar de lhe ter sido servido de bandeja. Eu, por mim, serei eslovaco, do Burkina Faso e de tudo o que jogar contra a selecção dum País que rejeita os grandes jogadores que nela querem jogar e se onaniza com os acabados que só se dispõem a jogar quando lhes convém. Pode ser o meu País, mas não é a minha selecção.

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