quarta-feira, 23 de março de 2005

Depois de reflectir...

Deixei passar um dia até fixar o meu primeiro post após o jogo contra os Lagartos. E deixei-o passar de forma a poder pensar a frio sobre o que sucedeu naquele jogo. Como estava a quente, pensava que me poderia estar a exceder. Mas cheguei à conclusão que não e que afinal eu estava certo.
Hoje verifiquei que já ontem, Miguel Sousa Tavares tinha feito a mesma análise que eu.
Que isto é uma vergonha e um escândalo e que ninguém põe mão neste bando de filhos da puta (desculpem, mas tem de ser) que apesar de verem o Mágico Porto a jogar mal, contribuem para que não possamos lutar com a mesmas armas dos outros. E como o Miguel escreveu tudo aquilo que eu queria escrever, passo a transcreve-lo:

"1 - Ontem, ao minuto 35 do jogo de Alvalade, o sr. João Ferreira decidiu abrir o caminho do título ao Benfica, juntando-se a uma vasta campanha nacional em curso que tem como objectivo levar o Benfica ao título, nem que seja por decreto-lei.
Quando digo que decidiu, quero dizer exactamente que a anedótica expulsão de McCarthy—a mais inacreditável expulsão que eu vi em quarenta anos a ver futebol — não foi um deslize de momento, uma precipitação do árbitro. Não: ele teve vários dias para meditar na importância do jogo que estava a dirigir. Ele sabia que jogavam dois candidatos ao título e que a derrota de um deles — o Sporting—significaria que esse estava fora da corrida, e a derrota do outro—o FC Porto—significaria que ambos ficavam, com toda a probabilidade, afastados do título.
E sabia, como qualquer árbitro sabe, que, num derby, reduzir uma equipe a 10 jogadores, ainda para mais a visitante, e quando ainda falta mais de uma hora para jogar, equivale praticamente a sentenciar o vencedor.
Por isso, uma decisão tão determinante no desfecho quanto essa, tem de assentar num facto absolutamente incontestável por todas as partes.
Ora, por mais jogos que arbitre, nunca mais o sr. João Ferreira terá oportunidade e necessidade de expulsar um jogador por ele acertar com o braço na anca de um adversário, quando este está sentado em cima dele e deliberadamente o impede de se levantar.
Sobretudo quando, minutos antes, o mesmo sr. João Ferreira fez que não viu uma entrada para aleijar do Beto sobre o Quaresma—que não tinha sido, aliás, a primeira. E, como se dez contra onze não fosse já suficiente, o mesmo sr. João Ferreira, culminando uma arbitragem escandalosamente caseira em tudo, desde o critério disciplinar à avaliação das faltas, ainda tratou de expulsar também o Seitaridis, «esquecendo-se» que, não tendo ele cortado com a mão uma bola que fosse a caminho da baliza, a sanção correspondente era o cartão amarelo e não o vermelho.
Podia ser até, que o Sporting viesse a ganhar o jogo com toda a naturalidade e justiça. Mas ele não deixou que as coisas acontecessem com naturalidade e justiça. De uma assentada, o sr. João Ferreira conseguiu atingir duplamente o FC Porto: tomando decisões que se revelaram determinantes na derrota e privando a equipa de contar com McCarthy para os jogos seguintes. Numa e noutra coisa, ele não é, aliás, original: esta época têm sido inúmeros os jogos em que decisões «infelizes » dos árbitros têm resultado em perdas de pontos para o FCPorto: ainda no penúltimo jogo, contra o Nacional (ninguém falou nisso porque a exibição foi tão má que não cabiam desculpas), mas a verdade, verdadinha, e que o árbitro lisboeta perdoou um penalty sobre o Jorge Costa, quando havia 0-1, e fez vista grossa a uma falta sobre o Ricardo Costa que tornou possível o segundo golo do Nacional. E, quanto ao McCarthy, uma coligação de gente que não gosta de ver jogar grandes jogadores se eles forem do FC Porto—que inclui árbitros, juízes do CD da Liga, adeptos e o presidente do Benfica — têm-se esforçado e conseguido, abusando do poder discricionário de que gozam, para impedir que ele jogue, transformando—o numa espécie de carniceiro do futebol, massacrando inocentes defesas que, coitadinhos, tal como o Rui Jorge ontem, que nada fazem para provocar as suas agressões selvagens. Parabéns, então, Sr. João Ferreira: o senhor conseguiu, finalmente, decidir este campeonato que não havia maneira de se decidir"

Como se não bastasse, Mourinho, ainda ontem na SIC, confirmou tudo relativamente aos lances polémicos, dando-me razão após a reflexão:
“O lance com o Benni não me pareceu uma cotovelada violenta e agressiva para magoar o adversário. Um cartão amarelo e alguma pedagogia teriam ajudado mais um jogador que este ano não tem sido muito feliz neste tipo de acções. Sobre o vermelho ao Seitaridis, o amarelo era o mais indicado, uma vez que a bola não ia na direcção da baliza...”

E os filhos da puta dos Juízes do CD, tão rápido já castigaram o Benny com três jogos...
Como dizia o meu falecido avô: "Estes filhos da puta só lá vão com uma carga de porrada das antigas"!
Disse...

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