domingo, 16 de novembro de 2003

O PROXENETA BRASILEIRO

O proxeneta brasileiro ultrapassou de vez todos os limites. Quando perguntado na conferência de imprensa pelo Baía e já depois duma série de respostas malcriadas, respondeu que o jornalista devia ser do Porto. Quando o mesmo disse que era de Lisboa, a resposta com ar aliviado foi: "Graças a Deus". Ou seja, ser-se de Lisboa é bom, do Porto mau.
Que a guerra ao FC Porto lhe foi encomendada, toda a gente sabe. Ele não tinha motivo nenhum para o fazer. Os cagarolas que não têm coragem para o fazer ter-lhe-ão dito que o Benfica tinha 6 milhões de adeptos. Que todo este País é profundamente anti-portista. Que se fizesse guerra ao FC Porto, teria toda a nação babada do seu lado, tirando os insignificantes adeptos desse hediondo clube. Vaí daí, não convoca o maior símbolo do clube, para começar. Depois, não vai ver os treinos nem as instalações do clube, dizendo que é muito longe. A nação lisboeta delira. Continua por convocar o Bruno Vale. Foi um gozo em Lisboa. Só se esqueceu de dois pequenos detalhes. O primeiro é que a esmagadora maioria dos portistas se marimbam para a selecção nacional. Eu costumo dizer que, se me derem a escolher entre o Porto ser campeão de iniciados em berlinde ou a selecção campeã do mundo de futebol, eu escolho a primeira sem hesitações. E sou daqueles que só ficaria satisfeito se não convocassem nenhum jogador dos nossos, para evitar lesões. Não vejo jogos da selecção a feijões e borrifo-me para os seus resultados. A minha pátria desportiva é o Porto, sempre o Porto. E sei que a maioria dos portistas pensa assim. Portanto, não nos atinge minimamente.
A segunda coisa de que se esquece é que também está cá para treinar e fazer bons resultados. Não basta o enxovalho aos tripeiros. E, portanto, que só seria um herói com resultados no campo. O que ele está a conseguir é que, mesmo aqueles que o apoiam incoindicionalmente nos enxovalhos, se afastem face à estupidez dos resultados alcançados. Hoje, mais um resultado decepcionante e uma exibição medíocre, contra uma selecção que jogou com um a menos durante 60m de jogo. O proxeneta continua a explorar os cofres da FPF e, indirectamente os nossos bolsos. Se tivesse resultados, ninguém diria nada. Assim, está a roubar. Há que correr com ele de vez. Mas a FPF ainda não chegou sequer a acordo monetário com o Oliveira. Seria a ruína correr com o Abominável Homem Gaúcho. Por isso e pelos enxovalhos ao Porto, há que o aguentar e branquear as barbaridades que ele diz. Só assim se compreende que Madaíl tenha desculpado as declarações, dizendo que os jornalistas cansam com as mesmas perguntas.
Pior ainda faz a televisão. Eu só soube deste caso pel' "O Jogo" e porque ouvi na Renascença (o jornalista era dessa rádio). Na Sic, pura e simplemente cortaram essa parte das declarações e nem sequer comentaram o assunto. Há que branquear a todo o custo. E nisso, reconheço, a comunicação social é perita... Só queria era que a FPF tivesse coragem de marcar um jogo particular para o Estádio do Dragão. Gostava de ver arecepção a esse ser repelente... mas a coragem desses senhores é a que se manifesta no facto de terem que arranjar um brasuca de meia tigela para dizer as alarvidades que eles não têm coragem para proferir, face à tenebrosa resposta que receberiam do Dragão Mor, Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa.

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