sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Má gestão ou erros meus?

Do Público de hoje, 31 de Outubro...

"Relatório e contas de 2007/08, que vai ser sujeito a aprovação, anuncia um lucro de oito milhões de euros, quatro vezes mais do que no exercício anterior.


Os administradores da SAD do FC Porto tinham direito a um prémio equivalente a 50 por cento do seu salário bruto anual caso de o clube terminasse no segundo ou no terceiro lugares da Liga portuguesa. Aquela percentagem subia para 75 por cento caso os portistas conquistassem o título nacional, como veio a acontecer, para 100 por cento se arrebatassem a Taça UEFA e para 120 por cento caso se sagrassem campeões europeus.
Os referidos prémios variáveis resultam das novas regras estabelecidas pela comissão de vencimentos formada por Alípio Dias, Joaquim Faria de Almeida e Fernando Freire de Sousa para o exercício de 2007/08. A anterior redacção formulada pelo mesmo órgão, mas onde apenas se repetia o banqueiro Alípio Dias, não fazia depender os prémios do rendimento desportivo, antes estabelecia uma percentagem sobre os lucros da sociedade: dois por cento para o presidente e um por cento para os restantes membros do conselho de administração.
As remunerações dos conselhos de administração das sociedades, incluídas no grupo FC Porto, ascenderam a 2,276 milhões de euros, sendo que 697 mil euros daquele valor correspondiam à componente variável. No exercício anterior, os administradores receberam 1,754 milhões de euros de vencimento fixo, sendo que esse valor baixou no último exercício para apenas 1,578 milhões.
O relatório e contas consolidado do exercício de 2007/08 registou um lucro de oito milhões de euros, contra os resultados positivos de 2,3 milhões no exercício anterior e de 30,1 milhões negativos em 2005/06.
De qualquer forma, o passivo total da sociedade passou de 116,6 milhões para 141,1 milhões de euros, valor registado em Junho de 2008. Setenta por cento daquela dívida era de curto prazo, sendo que 31,2 milhões de euros encontravam-se liquidados à data da elaboração do relatório, que vai ser agora sujeito à aprovação dos accionistas.
Os proveitos subiram de 81,4 para 93,6 milhões de euros, mas principalmente à custa da venda de jogadores, cujo encaixe subiu de 26,4 para 38,6 milhões de euros. Os custos totais foram de 80,9 milhões de euros, mais 8,9 milhões do que no exercício anterior. Os encargos com o serviço de intermediação nas aquisições de jogadores ascenderam a 1,265 milhões (no exercício anterior tinha sido de 400 mil euros).
À data da elaboração do relatório, a SAD portista tinha 168 funcionários (143 no exercício anterior), dos quais 47 jogadores (contra 45). Refira-se que os custos com os atletas que fazem parte do plantel atingiram os 24,4 milhões de euros, mais 4,3 milhões do que há um ano e o triplo do valor despendido em 2005/06 (8,3 milhões).
Os gastos salariais com os jogadores emprestados mais do que triplicaram - passaram de 1,16 em 2007 para 3,5 milhões de euros.
"


Em tempos que já lá vão, os dirigentes metiam dinheiro do bolso para o clube funcionar. Agora retiram dinheiro do clube para funcionarem eles... e explica-se assim a renitência em deixar a SAD!

Para além disso, como prova do real despautério que tem sido a política de contratações nos últimos anos, em particular desde que fomos campeões europeus em 2004, veja-se os gastos com salários que triplicaram (e a qualidade geral do plantel tem diminuido) tal como os gastos com os cerca de 20 atletas que fazem parte dos quadros da SAD mas que andam a rodar noutros clubes (3,5 milhões de euros de ordenados é mais do que o orçamento de muitas equipas da primeira liga, o que significa que o FC Porto podia ter outra equipa na primeira liga e a discutir, pelo menos, os lugares da UEFA...) e ainda os quase 170 funcionários da SAD (e apenas 47 são jogadores) pelo que ninguém me tira da ideia que há aqui um pouco de aproveitamento da SAD por parte de muita gente que devia era mostrar amor ao clube... Muito sinceramente, custa-me imenso ler estas coisas e saber que isto é apenas a ponta do iceberg que tem de ser mostrada devido às regras de mercado, porque a realidade, caros portistas, deve ser muito pior...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

141,1?

Leram bem. 141,1 milhões de Euros é o passivo da SAD, sendo que 70% é de curto prazo (o que significa 100 milhões de Euros) e que mesmo tendo mais um ano positivo nos proveitos operacionais e nos lucros, viu o passivo voltar a aumentar!

Portanto, em vez de termos um clube mais saudável, continuamos a ver o estrangulamento a sufocar cada vez mais a SAD. E o plantel, por muito que sejam valorizados os activos, está desvalorizado porque os jogadores que têm entrado são hiper-inflacionados no seu custo e hipo-inflacionados na comparação com os que sairam. Por exemplo, Quaresma rendeu 20 milhões e o seu substituto natural, Rodriguez, vale apenas 10 milhões (ou menos, na realidade...) pelo que houve uma desvalorização dos activos e cujo saldo não serviu para amortizar o passivo, pelo que me pergunto como isso é possível e onde está o dinheiro...

Mais alarmantes são os números que mostram um pior resultado na bilheteira e na UEFA entre as ultimas épocas. Para reflectir e pensar se o treinador não é quota parte da razão de ambas as situações...

Já muitas vezes aqui levantamos esta questão. A SAD não é bem gerida. Os resultados desportivos têm sido aceitáveis, positivos, apesar de alguns claros falhanços, a política de vendas também. Mas as compras e o controlo financeiro tem sido, claramente, um rotundo falhanço, ano após ano reforçado em vez de minorado! E isso está a levar, aos poucos, a um esvaziamento da superioridade do nosso FC Porto sobre os adversários e, pior ainda, sobre os inimigos! Mais uma vez, urge tomar medidas. Com o presidente da SAD impedido de actuar derivado do que se sabe, com o principal vice-presidente deitado numa cama de hospital, a SAD não existe, o que é grave e permite perceber um pouco o mau momento que atravessamos hoje, onde o impensável de estarmos a protagonizar uma época ainda pior que a 2004/05 é real e deixa-nos com a primeira de muitas finais já no próximo sábado na Figueira da Foz.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A TIRADA DA SEMANA

"Para quê renovar o lugar no Dragão: para ver Adelino Caldeira a fazer cruzamentos de letra ou Pinto da Costa a marcar golos de trivela?" - Miguel Sousa Tavares, in Avante Lampião.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

PERGUNTA DO DIA

Alguém viu o Luís Aguiar a jogar contra o Portsmouth e contra o Estrela da Amadora?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

À ATENÇÃO DA MIZÉ E DO SR. PROCURADOR GERAL

"As cópias de autos de penhoras efectuadas pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) a vários clubes de futebol, entre os quais o Sporting Clube de Portugal (SCP) e o Sport Lisboa e Benfica (SLB), desapareceram de um envelope selado que se encontrava na gaveta de uma funcionária da administração fiscal e foram substituídas por folhas para reutilizar na impressora.
A informação é dada pela própria funcionária da DGCI no âmbito do processo que decorreu no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa no seguimento da queixa do anterior director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, relativa às fugas de informação da DGCI.
O desaparecimento dos documentos foi abordado pela primeira vez numa informação enviada em Outubro de 2005 ao então director-geral pelo director distrital de Finanças de Lisboa. Este responsável relata o desaparecimento de autos de penhoras feitas a clubes de futebol e, face à denúncia, Paulo Macedo pede à Judiciária para averiguar a situação. Mais tarde, já no âmbito da investigação do DIAP, é apresentado um ofício do director distrital de Finanças de Lisboa que não é mais do que o relato feito pela funcionária do fisco a quem alegadamente foram roubados os documentos.
A funcionária explica que lhe foi entregue um mandado de penhora em nome do executado SCP e que, no seguimento desse mandato, foram executadas diversas penhoras ao clube. A funcionária diz ainda que fez três cópias do documento. Arquivou uma cópia junto ao processo que decorria naquela direcção de finanças; outra no arquivo mensal da equipa a que pertence; e uma outra num envelope onde já se encontravam cópias de outras penhoras a clubes de futebol, nomeadamente ao SLB. A funcionária garante ainda que o envelope se encontrava fechado com fita-cola.
Mas o inesperado aconteceu. Foi solicitado à funcionária informação sobre as ditas penhoras efectuadas ao Sporting e ao fazer essa informação tentou juntar a documentação. Mas tal não foi possível, porque o processo estava na sua mala pessoal, que tinha, naquele dia, deixado em casa. E foi então procurar o envelope com as cópias que tinha deixado na sua secretária. O envelope estava onde o deixou, mas toda a documentação que lá tinha deixado tinha sido substituída por um volume de folhas já impressas e que se destinavam a ser reutilizadas.
Perante este relato dos acontecimentos, a funcionária foi chamada a depor no DIAP, tendo reafirmado os mesmos factos, acrescentando que não se tinha apercebido que os documentos tivessem sido usados. Disse ainda que não tinha como identificar o autor do roubo porque as suas gavetas estavam abertas e trabalhava num espaço aberto com mais 25 pessoas.
O DIAP concluiu que, apesar de poder estar perante um crime de furto, não havia elementos que possibilitassem a identificação do seu autor e arquivou o processo. V.C.

O director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, pediu à Judiciária uma investigação sobre o caso dos autos."

in Público de 27/10/2008.

OS IMBECIS OUTRA VEZ EM ACÇÃO

Já me insurgi aqui recentemente e por várias vezes quanto à apatia e conformismo dos adeptos. Clamei por uma espécie de insurreição que leve à mudança do status quo - leia-se vassourada ao destreinador e à SAD.
Como é evidente, tal mudança de comportamento não pode passar nunca por actos de vandalismo, como os que alguns energúmenos resolveram praticar depois do jogo, maxime contra o Rodriguez. Depois do very light ao holandês de triste memória, agora isto. Outra das coisas com que urge acabar no nosso Clube é com a promiscuidade entre alguns elementos da SAD e os criminosos das claques. Mais importante ainda, há que deixar de financiar essa escumalha, designadamente retirando autorização para fazerem dinheiro com produtos próprios, às custas dos símbolos do Clube. Cada camisola, polo ou qualquer outro adereço vendido por essa gente, equivale ao mesmo dinheiro que não entra nos nossos cofres. Já basta!

domingo, 26 de outubro de 2008

PALPITE

Um dia passou e, de novo, silêncio ensurdecedor por parte da SAD acerca da situação do Clube. Para os lados da torre das Antas, parece que está tudo bem.
Tenho um triste palpite que só vamos dar por eles quando, nas próximas semanas, tornarmos a perder pontos para o campeonato, comprometendo o mesmo, dissermos adeus à competições europeias e à taça de Portugal. Nessa altura, talvez percebam que são necessárias mudanças (a começar por eles) e o patético Jesualdo vai, finalmente, deixar de nos assombrar. Nessa altura, tarde de mais, faremos como se costuma fazer para os lados da segunda circular, por alturas do Natal: "para o ano é que é!"


PS - Tive um sonho na última noite, para não ter um pesadelo, ou insónias. Sonhei que o Vítor Baía era Presidente do Porto e o Jorge Costa o treinador. Sonhei que acabáramos de obter uma grande vitória, com o Paulo Machado, o Castro, o Hélder Barbosa e o Candeias na equipa. Também por lá penso ter visto o Luís Aguiar e o Alain. Sonhei que não tinham sido oferecidos ao Braga. Como o sonho era cor-de-rosa, sonhei que Jesualdo e Mariano Gonzalez andavam nas nuvens, de mãos dadas. Longe, muito longe da cidade do Porto. Algures em Mikonos.

sábado, 25 de outubro de 2008

Não há problema

Não há problema!... A SAD manda vir mais um vagão de argentinos e outros tantos brasileiros!...
Não há problema!... O treinador vai buscar outro adjunto aos lampiões!...
Não há problema!... Foi apenas mais um jogo que correu mal!...
Não foi o Jesualdo que disse que este plantel era melhor do que o do ano passado? Vê-se que efectivamente souberam fazer grandes contratações!... O Cebola faz chorar...mas é os adeptos !...
(Expliquem-me, por favor: o Bolatti diz que não quer sair...e fica no plantel; o Adriano diz que não quer sair... e não o deixam sequer treinar!...) É curioso!...
Não há problema!... Estamos apenas a copiar o pior dos rivais da 2ª circular, nas épocas transactas!...
Não há problema!...

E AGORA, SR. PRESIDENTE, NÃO ACHA QUE JÁ CHEGA?

Ou vai renovar-lhe o contrato?

Cem ou Sem?

Comecei a escrever ainda estava 0-0. Parei aos 2 minutos e qualquer coisa. Recomecei. Parei outra vez com o 2º golo. Chego à conclusão, mesmo que o FC Porto ainda ganhe o jogo contra o Leixões depois do penalti que o Lucho marcou agora, que esta época dificilmente seja de sucesso para o FC Porto.

Falta muita coisa, mas em particular falta equipa. Faltam jogadores. O defesa-esquerdo, por exemplo, devidamente brindado com uma monumental vaiadela, é um caso típico. Quando ao fim de não sei quantos anos desde que o Nuno Valente saiu que não temos um defesa esquerdo razoável (de tal forma que o melhor que temos e tivemos é defesa-direito) está tudo dito. Melhores ou piores, portugueses tivemos três nos últimos anos razoáveis: Miguelito, Jorge Ribeiro e Antunes. Mas foi preferível contratar resmas de estrangeiros sem garantias ou portugueses sem cabimento...

E é por isso que tenho a ideia que este jogo 100 é um jogo SEM nexo, SEM futuro e SEM história. Porque não tem nexo ir para o intervalo a perder em casa com o Leixões, porque depois disto ficamos cientes que o nosso futuro vai ser sofredor até ao final da época e que a história do FC Porto vencedor incontestável está a terminar... se não se inverter rapidamente o percurso.

Soluções?

Imediatas: novo treinador!

Médio prazo: nova SAD no final da época, mas que prepare já a próxima época!

Longo prazo: aposta em jogadores com o perfil definido pelo Mourinho que passa por serem ambiciosos, a competir na 1ª Liga, com maior incidência de portugueses e aproveitamento das camadas jovens e do projecto de formação Visão 611, lançando e resgatando jogadores como o Ventura, Paulo Machado, o Vieirinha e o Candeias, por exemplo e apostar na formação de jogadores específicos como defesas esquerdos e direitos e pontas de lança - afinal se com regularidade conseguimos formar centrais, médios defensivos e ofensivos e extremos, porque não as outras posições?

ADENDA DE FINAL DE JOGO - As substituiçõs foram de propósito para perdemermos o jogo? Mariano a defesa esquerdo e tirar o Sapunaru que ainda estava a ser o melhor dos defesas em campo?, ficando a defender com 2 defesas de raiz? E o Lucho que ficou a fazer em campo os 90 minutos? Está em má forma, fisica e se calhar psicológica. A equipa com o Tomás Costa à esquerda estava a produzir jogo, conseguiu chegar ao empate, para quê aqueles disparates de substituições para partir a equipa?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Quero ver o Recurso desta decisão!!! Espero que seja da Autoria da Mizé!!

"Do que se acaba de deixar escrito resulta, a nosso ver claro
(ressalvada igualmente melhor opinião), que a ligação do arguido Pinto da Costa aos presentes autos, tal como eles se mostram instruídos e desligados (por opção do Ministério Público) do demais apurado em sede do processo principal (que acabou separado em várias certidões, que originaram outros tantos processos), dizíamos, apenas ocorre por força de presunções ou juízos de valor sem qualquer sustentação na prova produzida.

Na verdade, ouvidas na íntegra as escutas (sessões) em causa e lidas as transcrições juntas aos autos torna-se de difícil compreensão o juízo
efectuado pelo Ministério Público no sentido de imputar os factos em apreço ao arguido Pinto da Costa.
É que para além das deduções efectuadas pela Polícia Judiciária no
relatório de fls. 294, não conseguimos vislumbrar naquelas escutas telefónicas qualquer ligação do referido arguido aos factos em investigação nos presentes autos, nem essa ligação parece, atentas apenas as regras da experiência comum, provável.

Senão vejamos.
Os telefonemas sob suspeita começam com um primeiro contacto
estabelecido entre os arguidos Rui Alves e António Araújo, por iniciativa
daquele. Ou seja, é o arguido Rui Alves quem liga ao arguido António Araújo dando conta do nome do árbitro designado para o jogo em questão.
Não resulta claro dos autos qual a ligação existente anteriormente
entre estes dois arguidos, nem tão pouco qual a verdadeira intenção do
referido telefone.

Sabe-se, por resultar dos autos e ser do conhecimento público, que
na altura dos factos existiam negociações entre o Nacional e o Futebol Clube do Porto, tendo em vista a aquisição por este clube de jogadores que actuavam naquele, como por exemplo os jogadores Paulo Assunção e Rossato (que acabaram até por se transferir para o Futebol Clube do Porto).
Sabe-se, também e pelas mesmas razões, que o arguido António
Araújo era à data um empresário de futebol próximo do Futebol Clube do
Porto, sendo ele quem vinham tratando das aludidas transferências.
Admite-se, no entanto, o conteúdo suspeito do telefone supra
referido, que, porém, nada tem que ver com o arguido Pinto da Costa.

Existem depois outros telefonemas, sendo que num deles, e
segundo a tese da acusação, o arguido Pinto da Costa teria sido colocado ao corrente do acordado entre os arguidos António Araújo e Rui Alves e teria dado o seu assentimento à execução do mesmo.
Importa referir a este propósito que a acusação não concretiza
minimamente em que terá consistido a aceitação por parte do arguido Pinto da Costa da proposta efectuada pelo arguido António Araújo (que, sublinha-se, consistiria em contactar, por acordo com o arguido Rui Alves, o arguido Augusto Duarte, no sentido deste favorecer o Nacional da Madeira, em detrimento do Benfica).
Mas mais ainda. Não encontra a acusação qualquer sustentação na
prova produzida nos autos para tal afirmação.

Com efeito, sublinha-se, não existe uma única conversação em que
tenha tido intervenção o arguido Pinto da Costa, como não existe uma
qualquer conversação em que se possa afirmar com a necessária certeza
aquilo que o Ministério Público afirma.
A conversação que serve de fundamento ao Ministério Público foi
estabelecida entre o arguido António Araújo e o Director de Gabinete de
Prospecção e Observação de Jogadores da Sociedade Anónima Desportiva Futebol Clube do Porto, Porto, SAD, Luís Manuel Beleza de VasconcelosGonçalves.

É uma conversa que gira em torno da influência do arguido António
Araújo, como empresário de futebol, junto do arguido Pinto da Costa e onde inclusive são feitas referências a outro conhecido empresário de futebol (Jorge Baidek).
Acrescentaremos ainda o seguinte quanto à pouca sustentabilidade
da tese defendida pelo Ministério Público, no que à intervenção do arguido
Pinto da Costa diz respeito.

Como é sabido, o arguido Pinto da Costa é o representante máximo
do Futebol Clube do Porto, passando por ele todas as decisões de relevo para o clube.
Conforme também resulta dos autos, nomeadamente da informação constante
de fls. 1056, antes da realização do jogo em questão o Futebol Clube do Porto liderava a classificação com 56 pontos, seguindo em segundo lugar o Sporting
Clube de Portugal, com 51, e em terceiro o Benfica, com 47 pontos.

O jogo em causa fazia parte dos jogos da 23ª jornada, faltando
desde a realização desse jogo e até final da época 2003/2004 onze jornadas.
Por seu lado, o Nacional da Madeira encontrava-se em 8º lugar, com
34 pontos, tal como o Boavista e o Marítimo.
Temos, por conseguinte, que à 22ª jornada o Futebol Clube do Porto
seguia isolado no primeiro lugar, com 9 pontos de avanço em relação ao
Benfica (que passaram depois do jogo a ser onze).
Tal distância pontual, que permitia mesmo ter em segundo lugar o
Sporting, faz legitimamente pressupor, salvo melhor opinião, que o interesse em “ comprar” o jogo em questão nos autos era diminuto para o Futebol Clube do Porto.

Mais importante seria o jogo em que tivesse participação o Sporting Clube de Portugal.
Mas mais ainda. Sabendo o arguido Pinto da Costa do acordo
estabelecido entre os arguidos Rui Alves e António Araújo, no sentido de
corromper o árbitro, fazendo-o actuar em benefício do Nacional da Madeira, só por estupidez (passe a expressão) se compreenderia que o arguido Pinto da Costa corresse o risco de se associar a uma tal decisão.
É que a vitória do Nacional servia claramente os interesses do
Futebol Clube do Porto, sendo assim desnecessária, atento o plano já em
curso, qualquer intervenção do arguido Pinto da Costa e do Futebol Clube do Porto.
Mas se o que se disse não fosse por si só suficiente para concluir de
forma diferente daquela que concluiu o Ministério Público na acusação que deduziu, sempre a prova produzida nesta fase da instrução permitiria chegar aquela conclusão.
Na verdade, dos depoimentos recolhidos nesta fase da instrução e
até dos documentos juntos aos autos, resulta claro o que se disse supra: entre Nacional e Futebol Clube do Porto decorriam negociações tendo em vista a transferência mútua de jogadores, nas quais intervinha, como intermediário e empresário de futebol, o arguido António Araújo.

Sai, por conseguinte, reforçada a versão defendida pelo arguido
Pinto da Costa. O mesmo é dizer que a versão plasmada na acusação
deduzida pelo Ministério Público cai por terra.
"

Solidário

No fundo, no fundo, este mau momento que o FC Porto atravessa é uma forma de solidariedade para com o país... Afinal, se atravessamos uma crise e depressão como há muito não há memória, o clube vai-se solidarizando... Até nisso o presidente da SAD é grande, na ribalta quando estavamos com o optimismo exacerbado da organização do Euro2004, deprimente nesta crise!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O meu comentário

Num comentário que fiz aqui há dias referi que acabara de adquirir o recém editado livro sobre Jorge Nuno, subtitulado "O Portador de Alegrias". É indesmentível que lhe somos, todos os portistas, devedores de imensas alegrias, lhe devemos o reacender do orgulho de toda a família portista e, sobretudo, a projecção do clube aquém e além fronteiras, facto que tem provocado nos inimigos (reparem que digo inimigos e não adversários, porque os adversários não se comportam como eles o têm feito), nos inimigos internos, principalmente nos abomináveis lampiões, sempre execrandos na forma de pensar e de agir.
No entanto, e corroborando o que lucidamente assinala o Azulão, o nosso FCPorto está doente. Já o vimos assinalando neste blog há bastante tempo. É uma doença que se vem manifestando há bastante tempo, embora muitos dos nossos confrades se recusem a reconhecer a evidência.
Creio que os sintomas se vêm manifestando de uma forma progressiva e assustadoramente inquietante desde que a criação da SAD se instalou no clube. O tempo de José Mourinho foi um interregno que nos anestesiou e até ajudou a tirar a lucidez para reconhecermos com clareza e friamente uma situação que já anteriormente dava mostras de caminhar para a destruição do que de bom tinha sido feito até aí. Porque os Octávios e quejandos, quais traças destruidoras, já tinham aparecido no nosso clube. Depois da saída de Mourinho e com a venda dos melhores activos a situação tem-se vindo a degradar cada vez mais. Se a nível interno tem sido possível camuflar o problema, não há dúvida nenhuma que nas provas europeias o mesmo já não sucede como provam as prestações da presente temporada. Ainda hoje no Jogo o João Vieira Pinto referia isto mesmo.
Quanto a mim, o problema tem a ver não só com o treinador (é um facto que os erros de estratégia são notórios e o rendimento da equipa, mesmo no ano transacto, nunca foi constante e uniforme), mas, na minha modesta opinião, prende-se mais com a política que tem vindo a ser seguida pela administração e pela SAD no que concerne às aquisições e dispensas do plantel. Já há muito tempo que os colaboradores deste blog vêm chamando a atenção para o autêntico disparate de contratações que vem sendo feito sem utilidade e com enormes prejuízos financeiros. São "resmas", como diria o Herman, de contratações, ora de brasileiros, ora de argentinos, que não valem o que se apregoa (o exemplo do defesa esquerdo é sintomático!) e os nossos, os da nossa formação, são postos na prateleira ou a gastar-se sem honra nem proveito por outros clubes. Que esbanjamento é este? Por culpa de quem? Por que é que são mandados embora jogadores como o Adriano, o Pittbul e se aposta em Bollati, Farias, Mariano e outros? Isto é boa gestão?
Os inimigos lisboetas, rafeiros e cobardes como é seu timbre, prepararam meticulosamente o golpe de mestre que atirou o nosso presidente para uma situação de grande fragilidade com o Apito Dourado e, se a trama urdida tem vindo a ser desmontada (como diz o advogado de PdC , os morgadios tendem a acabar!), não há dúvida nenhuma que o golpe surtiu efeito, porque, como diz o povo, elas não matam mas moem. E Jorge Nuno já não é o mesmo. Por outro lado também temos que reconhecer que o poder desgasta, o demasiado tempo no poder ainda mais, além de retirar discernimento e lucidez e, apesar da paixão que, segundo ele afirma, sempre o tem caracterizado, vê-se perfeitamente que a gestão do clube não é a mesma do tempo das vacas magras, dos tempos em que não tinha rabos de palha, nem prostitutas à perna, mas fazia do clube o orgulho de todos nós.
Eterno admirador de Jorge Nuno Pinto da Costa, acho, porém, que o seu tempo chegou ao fim.
Isto se quiser sair pela porta grande e não ver malbaratado todo o património amealhado.


PS:1- Não concordo com o Azulão quanto à contratação do Jorge Costa. Grande capitão não é necessariamente sinónimo de bom treinador. Digo eu.
2- Com este treinador, palpita-me uma alface amarga na Taça de Portugal!

O CLUBE ESTÁ DOENTE

O Clube está notoriamente doente e precisa de cura urgente. O sintoma mais visível são os resultados e as exibições da equipa de futebol, o coração do Clube. Ao pobre e incompetente treinador, que ontem, de novo, demonstrou a sua total falta de capacidade para ser timoneiro desta nau, só lhe aponto uma responsabilidade - a de não ter vergonha suficiente para apresentar a demissão. Porque no mais, quem dá o que tem, a mais não é obrigado. Se continua a ser a única pessoa no mundo, a par do Sr. e da Srª. Gonzalez, a achar que o Mariano deve ter lugar cativo no onze dum clube como o Porto, não tem culpa disso. Ele é assim, ponto final. Se acha que apostar em dar a volta a um resultado negativo é tirar o trinco, meter um ponta de lança e depois recuar um organizador para o lugar do trinco que tirou, pronto, tudo bem. Será culpa dele? Se acha que atacar com tudo é meter o Tarik em terra de ninguém e colocar o Lisandro no meio campo (?????), deixá-lo lá. A democracia impõe o direito à asneira e à incompetência.
O problema é do Porto é mais grave e mais profundo do que isso. Já não tenho dúvidas que José Mourinho foi o canto de cisne de Pinto da Costa. Antes dele, já havia sintomatologia. Já fora o Clube treinado por Octávio, tendo sido permitido que a mística fosse corrida ao pontapé quando escorraçaram o grande capitão para o Charlton. Já tinha sido cometida um das piores asneiras de que há memória em termos de plantel, que foi deixar o indescritível palmelense impedir o retorno de Super Mário, para ir parar a um dos nossos rivais. Na altura, o idiota José Mourinho foi, na verdade, com a sua genialidade, o principal responsável pelas grandes conquistas europeias de 2003 e 2004, contra qualquer probabilidade face ao estado do Clube na altura. E isso viu-se, com a sua saída. Mal Mourinho saiu, foi contratado Gigi del Neri, que só treinou a pré temporada. Mais dois se seguiram e, num ano apenas, destroçou-se o legado de Mourinho, facto a que não é alheia uma desastrosa política de contratações e dispensas. O desperdício de Diego, Luís Fabiano e Ibson é apenas um exemplo. Mais recentemente, a vergonha do caso Adriano, um grande jogador, com raça à Porto, que teve grande responsabilidade em dois dos últimos 3 títulos do Clube (os dois que a amostra de treinador ganhou, curiosamente...) e a vergonha maior ainda da novela da renovação do Lisandro patenteiam o estado de desgoverno caótico a que o Clube está sujeito. Na verdade, contratar o Cebola, que, não haja equívocos, é bom jogador e pagar-lhe desde logo o maio salário do plantel é erro de principiante. Para segurar o Lucho, este teve que ser aumentado. Mas Lisandro, o único exemplo recente de jogador à Porto, uma pérola, ficou fora desse aumento e viu cavado o fosso salarial entre ele e aqueles dois. Gostava de saber a explicação de Pinto de Costa para esse foco de mau estar no plantel e para a tremenda injustiça que isso representa. Isto claro, se Pinto da Costa não estivesse completamente manietado pelo Apito Dourado, processo que, temos que admitir, foi uma vitória dos nossos inimigos.
Neste momento, e como se não bastasse, temos um plantel sem mística, quase sem portugueses e completamente incaracterístico. Aposta-se em dispensar jovens da casa, com amor à camisola e bons jogadores, como Paulo Machado, preteridos por Guarins e Kazmierzacks. Se observarmos os plantéis de 87 e 2004 percebemos por onde começou a glória desses anos.
Em termos de administração temos um presidente como disse, ausente e manietado. A direcção só dá sinais de vida uma vez por ano, aquando da contratação de jogadores por atacado no início de cada época. E só assim se explica que Jesualdo, depois das intoleráveis declarações pós Arsenal, ontem tenha tido mais uma tirada inaceitável, dizendo que "com estes jogadores não podíamos ter feito mais". Ninguém o chama à razão, fazendo-lhe ver que no Futebol Clube do Porto não admitimos esse tipo de dislates. E isto leva-me à parte mais triste da actual doença do Clube. Se a direcção é ausente, se falta mística e portismo no plantel, tal só é possível porque o Clube está sem alma. Quero com isto dizer que os adeptos têm a maior parte da responsabilidade, pela apatia revelada nos últimos tempos. Ainda ontem, perante mais uma sinfonia de disparates do treinador, não vi ninguém a insurgir-se contra o mesmo. No fim, contei 3 tímidos lenços brancos, entre a multidão que, de mãos nos bolsos, conformada e apática, virou costas e foi para casa, como se nada fosse. Comparar esta atitude com o último jogo de Fernandez, em que, nos últimos 20 m todo o estádio assobiava e abanava lenços brancos, não dando qualquer hipótese ao treinador e à direcção senão a de, imediatamente, acabar com o contrato. E recordo, Fernandez não organizou o plantel, estava há poucos meses no Clube, tendo ganho a Supertaça e a taça intercontinental.
Custa-me engolir que, qualquer crítica fundada à SAD, ao Presidente, ao plantel, enfim, ao Clube, seja recebida fanaticamente por uma grande franja de adeptos, para quem a palavra de Pinto da Costa é a Bíblia, e para quem é proibido por decreto discordar do que quer que seja. Isso é manifesto em muitos comentários a este blog, sendo que para esses adeptos, seja quem for o treinador, é sempre bom e nós os energúmenos que nos atrevemos a apontar-lhe falhas. Pinto da Costa é infalível e os jogadores os melhores do mundo. O árbitro é que rouba sempre que perdemos, ou, quando muito, o azar persegue-nos.
Já disse isto em post anterior. Enquanto os adeptos não se revoltarem com ostatus quo, não há solução para esta doença. Porque a direcção vai continuar e o treinador também. Os negócios ruinosos idem.
Este post já vai longo, mas não queria deixar de concluir, dizendo que, de imediato, o Clube precisa de injecção de portismo. A primeira coisa que, na minha óptica se impõe, é rescindir com Jesualdo e colocar no seu lugar o eterno capitão Jorge Costa. Sejamos francos, pior treinador que Jesualdo é impossível. Jorge Costa traria mística, voz de comando respeitável e, sobretudo, perfeita noção do que é a camisola azul e branca e do que é aquele balneário. O resto teria que vir por acréscimo - estancar os contentores de estrangeiros e resgate de jovens da casa com valor, tentando aportuguesar-se o plantel. Até que um dia Pinto da Costa e restante e inútil SAD, mas sobretudo o primeiro, que é o único a quem devemos, e muito, se resolva retirar, ainda e apesar de tudo, repleto de glória e com alguma dignidade.

Inconsequente e ingénuo...

Para que não digam que sou eu, ficam as palavras d'O Jogo e do Público.

N'O Jogo:
"O FC Porto perdeu pela primeira vez no Dragão para a Liga dos Campeões desde 2005, deixou-se ultrapassar pelo Dínamo de Kiev no segundo lugar do grupo B e ficou numa posição delicada na luta pelo apuramento para a próxima fase da prova. Um balanço desastroso de uma noite calamitosa que marca a viragem da primeira para a segunda volta da fase de grupos da Champions, sendo que esta reserva duas deslocações - a Istambul e a Kiev - bem como a recepção ao aparentemente imparável Arsenal, que ontem atropelou o Fenerbahçe.

No Dragão, em compensação, não se pode falar propriamente de atropelamento, mas o facto é que a vitória do Dínamo de Kiev não deixa de ser acidental. Acontece que os ucranianos vieram ao Dragão para empatar, tal como tinham feito nos primeiros dois jogos. A vitória, arrancada com um livre fulminante de Aliyev, aos 27', foi uma espécie de bónus acidental e, por isso mesmo, festejado efusivamente no final do encontro. Antes e depois desse acidente, o Dínamo de Kiev limitou-se a um meticuloso trabalho de demolição que foi deixando o FC Porto imóvel, amarrado, cada vez mais soterrado nos escombros do seu futebol labiríntico.

Deixando apenas Bangoura no ataque, Yuriy Semin montou uma equipa de tracção atrás, com o quarteto defensivo reforçado por dois trincos e três médios com instruções claras para nunca ultrapassarem a linha da bola. Um esquema de contenção, que amarrou o 4x3x3 portista como um colete-de-forças, impedindo-lhe os movimentos até o tornar inofensivo.

Sempre em inferioridade numérica, os avançados do FC Porto foram esbarrando de frente contra a barreira defensiva dos ucranianos até se tornar evidente que eram incapazes de criar lances de perigo. E o jogo estava assim, amarrado no domínio consentido e inconsequente do FC Porto quando o Dínamo de Kiev marcou.

O golo não mudou nada no jogo, porque Jesualdo Ferreira esperou até ao intervalo para mexer na equipa. Depois, percebeu a inconsequência de manter um trinco e tirou Fernando para acrescentar Hulk ao ataque. Lisandro juntou-se a Rodríguez e Mariano na tentativa, sem sucesso, de encontrar caminhos por entre a floresta de ucranianos que Semin plantou à frente da área. Depois, trocou Mariano por Tarik e, finalmente, Rodríguez por Tomás Costa, mas o jogo não mudou de figura. Do outro lado, Semin trocava Bangoura por Milevskiy, mais lento, mas com uma superior capacidade de retenção da bola, o que permitia ao Dínamo respirar e aliviar a pressão dos portistas. Que em boa verdade, nunca foi verdadeiramente insuportável. E o jogo foi-se esgotando assim, inconsequente.
"

No Público:
"Três anos depois, o FC Porto voltou a perder (0-1) na Liga dos Campeões em jogos disputados no seu estádio. Se há 22 jogos atrás tinham sido os eslovacos do Artmedia a aproveitar a ingenuidade da equipa treinada por Co Adriaanse, agora foi a vez de os ucranianos do Dínamo de Kiev saírem com os três pontos no bolso, que lhes permitiram saltar para a frente dos portistas na classificação.

Para isso, bastou-lhes fazer um jogo mediano, sem grandes exaltações, mas concentrado. E, principalmente, saber aguentar mais de uma hora em vantagem no marcador, situação garantida em resultado da tardia reacção do guarda-redes Nuno a um livre de Aliyev, que fez a bola seguir aos zigue-zagues. No fim, os adeptos portistas despediram-se dos seus jogadores com uma enorme assobiadela. Tinham razão por reclamarem de um (mau) espectáculo que, ainda por cima, já tinham visto.

Após o terramoto de Londres e a vitória em Alvalade que valeu o regresso à liderança na Liga portuguesa, o Estádio do Dragão apresentou-se pouco acolhedor. Pouco mais de meia casa (32.209 espectadores) e a chuva gélida pareciam antecipar o regresso às noites fantasmagóricas. E assim foi, com o FC Porto a revelar-se (ou a confirmar-se?) uma equipa excessivamente burocrata, sem capacidade, energia e principalmente ideias para reagir à adversidade.

Olha-se para o FC Porto e percebe-se-lhe a organização, a forma compacta como defende (ontem, nem sempre assim foi) e uma abordagem ao jogo bem definida, que reflecte trabalho. Mas é como um disco riscado que entoa sempre a mesma estrofe. Quando, como neste jogo, o gás de Lucho dura apenas breves minutos, não há mais ninguém capaz de surpreender com um solo ou uma nota que não esteja na pauta distribuída por Jesualdo Ferreira, que fez o que tinha a fazer na segunda parte, mas nada pode fazer quando a matéria-prima ainda está em estado demasiado bruto.

É também o custo de ter que vender no final de cada época os principais desequilibradores, substituídos por jovens promessas que ainda têm muito caminho a palmilhar. Esta equipa não é só diferente das do passado recente. É também menos capaz. Pelo menos como produto de exportação. Aguardemos a sua capacidade de resposta em Kiev, dentro de 15 dias.

Tomás Costa no banco

Mariano González na ala direita foi a meia-surpresa guardada por Jesualdo Ferreira, que preferiu a versão mais pura do 4x3x3 em vez da repetição do papel duplo de Tomás Costa, menos rodado em jogos deste cariz. Mas González ficou-se por dois ou três números nos minutos iniciais e rapidamente voltou a ser o jogador que leva ao desespero as bancadas.

Do outro lado, Rodriguez começa a dar razão aos que dizem que não teria lugar no actual Benfica, onde brilhou no tempo das vacas magras. Tudo somado fez com que o FC Porto andasse 45 minutos a picar pedra de uma forma desmembrada, excepção feita a dois lances em que houve notícia da sociedade Lucho/Lisandro, com o primeiro a atirar ao poste logo aos 12 minutos.

Do outro lado, apresentou-se uma equipa que é agora uma espécie de “sociedade das nações” e que já não tem a classe dos tempos de Mikhailichenko, Blokhin ou Rebrov, quando só alguma infelicidade a impediu de travar a caminhada europeia vitoriosa do FC Porto. Mas o russo Yuri Semin tem algo do mítico Lobanovskyi. A equipa apresentou-se num bem distribuído 4x2x3x1, em que Vukojevic deu razão aos que lhe chamam de Gattuso ucraniano. Procurou sempre entorpecer o jogo e o FC Porto não resistiu ao mimetismo.

A anunciada dupla atacante do Dínamo ficou-se apenas pelo "sprinter" Bangoura, enquanto a vedeta Milevski (vem de uma lesão) ficou a aguardar no banco. Nas costas do avançado da Guiné-Conacri surgiu o igualmente jovem Aliyev, que joga com o oito, mas é um verdadeiro dez de uma equipa que gosta de trocar a bola e que pouco pressiona em terrenos avançados. Seria ele a marcar o golo, aos 27’, mas foi também ele que coordenou sempre a manobra ofensiva, isto enquanto os ucranianos acharam que era tempo de jogar, antes de baixarem ainda mais as linhas e ficarem lá atrás na expectativa.

Na segunda parte, Jesualdo Ferreira foi tirando as peças com defeito (Rodriguez, Mariano...) e metendo a artilharia toda, alargando a frente de ataque para quatro homens, apoiados de perto pelo nada influente Lucho. Hulk mostrou então poder de fogo, mas também ânsia e egoísmo em demasia. O FC Porto aumentou finalmente a intensidade de jogo, carregou, mas quase só visava a baliza de meia-distância, mostrando uma confrangedora incapacidade de penetrar na área. É o que acontece às equipas burocratas e que acordam tarde.
"

Conclusão: ficou mais uma provado que a SAD e o Treinador, para cada boa época de preparação, deixa umas poucas mal organizadas e preparadas, com contratações desajustadas e mal estudadas, com apostas erradas e deixando buracos na equipa. O que me leva novamente à teoria que o excelente tem acontecido por acaso e o mediano por os outros serem ainda piores... O que é facto é que a defesa não foi certinha, o meio campo não foi criativo a atacar e o ataque não foi eficaz - mais um jogo em branco... E o banho de tactica que levou do treinador dos ucranianos foi apenas mais um no curso de treinador que está a tirar com o alto patrocinio da SAD do FC Porto... A má gestão de jogadores está a estragar o que mais potencial tem de evoluir - Hulk, ansioso e a demonstrar egoismo próprio de quem tem poucos minutos para mostrar potencial - e do que tem mais potencial actualmente - Rodriguez, a quem é pedido que seja o alimentador do ataque quase em exclusivo.

Poderei estar enganado, mas o FC Porto está a jogar no sistema errado para os jogadores que sairam da época passada e que entraram este ano. Devia estar em 4-4-2 e não em 4-3-3, pois a saída do Paulo Assunção não é devidamente colmatada pelo Fernando e o jogador de maior potencial está no banco tapado por um Lisandro que se tarda em afirmar este ano. Para além disso, creio que quer o Mariano, quer o Rodriguez rendam mais num esquema de partir do meio campo para a frente e das alas para o meio, tipico de um 4-4-2, do que como extremos puros que, em particular o Mariano, não é.

Por isso este desanimo. Por não ver rasgo na direcção técnica e só ver rasgo de cheques a comprar 20 a 30% de plateis todos os anos na direcção administrativa. E quando os jogadores não tem no campo o rasgo necessário para suprir essas deficiencias, acontece o que ontem se passou no Dragão...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A BESTA VOLTA A ATACAR...

Mete Mariano no 11. Entrega 45 minutos ao adversário. Parte a equipa toda na segunda parte. Submete os adeptos a mais humihação e é capaz de dizer: "com os jogadores que temos, fizemos o que podiamos".

Ah, e no apito final, salta do banco e entra no túnel em dois segundos.
Grande besta... A mim não me apanhas mais. Já chega. O meu protesto é não me sentar mais no meu lugar, enquanto quem de direito não o puser a andar...

Hoje os que gostam de Jesualdo, tiveram mais uma lição táctica. E pelos vistos devem ser muitos, à reacção que vi no Estádio.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Taça está resolvida, venha a Liga dos Campeões

Depois dos 4-0, convincentes, a mostrar que quando queremos sabemos ser profissionais e jogar com brio e dignidade profissional, espero que amanhã possa ver o melhor FC Porto contra os ucranianos de boa memória para todos nós.

Desde logo, espero ver o Nuno na baliza, é injusto que regresse ao banco quando está a passar por um excelente momento de forma.

Depois, espero ver uma defesa certinha e composta, com o Fucile à esquerda. Um meio campo organizado a defender e criativo a atacar, com o Lucho a organizar e Meireles a transportar. E um ataque concretizador, com o Lisandro a facturar, com aquela confiança que mostrou o ano passado. E se assim for, teremos um FC Porto à campeão, um FC Porto que tem feito história na Europa.

Pasquins e pasquinzeiros.... Notícia ou não...

Os pasquins, tv´s e rádios, são todos muito solícitos a falar das acções judiciais contra o nosso Porto e contra o nosso Presidente, disso não temos dúvidas e também o são muito esquecidos quando toca a falar de certas acções judiciais que aí andam, contra um certo clube impoluto e sério, na óptica deles.

Pois bem, nós cá tratamos de publicitar. Em 12 de Agosto de 2008 deu entrada no Tribunal de Vila Franca de Xira, uma acção ordinária intentada pelo Alverca (voilá, porque será) exigindo o pagamento da quantia de 7.481.968,46 € aos Lampiões SAD.

É, e para que não me acusem de dizer inverdades, refiro desde já que o mesmo tem número de processo e juízo, a saber: Processo n.º 4221/08.0TBVFX, que corre os seus termos no 3.º Juízo daquele Tribunal.

Os média não o referiram??? Estranho, não é... Não fossemos nós conhece-los...

Mas querem mais???

É que não tem aquele valor, mas encontra-se instaurada uma acção pelo nosso clube aos Lampiões , SAD. Este processo tem o n.º 642/08.6TVPRT, da 1.ª Vara, 3.ª Secção das Varas Cíveis do Porto. Desconheço os fundamentos, mas que deve ser por falta de pagamento, não duvido.

Algum pasquim falou???
Nã, mas o que é que isso interessa. Se lhes dissessem que Pinto da Costa era Arguido em algum processo de contra-ordenação estradal, por estacionar o carro em cima do passeio, isso sim seria notícia...
Agora isto... Faz lembrar o caso Mantorras... Tão esquecido, como o próprio jogador...

sábado, 18 de outubro de 2008

Na fritadeira?

Pelo menos os adeptos estão já em lume brando, a pensar nos cozinhados do professor nos últimos jogos da taça... Estaremos eliminados até que o jogo termine e se prove o contrário - a total inversão do favoritismo nestes jogos é algo que me arrepia!

Mas tenho mais medo dos jogos contra equipas pequenas do que nos jogos a doer... desde que não sejam da Liga dos Campeões, pois aí é ao contrário, encolhemo-nos perantes os grandes como nós e agigantamo-nos perante os pequenos que já não somos. Acho que este treinador deveria ser alvo de um "case-study".

Só espero é que quando o FC Porto sair da Sertã ao final da tarde não esteja queimado e possamos todos antes saborear um bom naco de vitória para a fase seguinte da prova, porque quero ganhar a Taça, mesmo sendo uma prova menor. Já muitas vezes o disse - o FC Porto não é apenas candidato a ganhar todas as competições internas em que entre, tem de as ganhar ou, mínimo dos mínimos, chegar à final nas que são a eliminar...

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Solução para a selecção...

...era o Queiroz passar a director desportivo e o Jesualdo ir para seleccionador! Não sei quem poderia ser o nosso treinador, mas até o Rui Barros era capaz de fazer melhor que o Jesualdo... E resolviam-se dois problemas de uma só vez!

E já agora, podiam levar o lampião do preparador fisico e novel adjunto do Jesualdo que não presta para nada... Volta, Bitaites, deixa a liga dos últimos e anda malhar no nosso plantel...

Como tudo muda...

Hoje a primeira página do pasquim a Bolha escolheu a fotografia de um "jumento" e a frase "E o burro sou eu?".

Pois bem, aqui está a campanha a que está votado o novo seleccionador.
Mas, antes de iniciar esta crónica, tenho de deixar desde já um ponto prévio. Não morro de amores por Carlos Queirós, bem pelo contrário, e a comprovar isso mesmo está o facto de ter sido aqui brindado, neste blog, com uma série de mimos ao longo dos tempos.

Posto isto, avancemos então para o que me parece verdade e que a Bolha, no sentido de atingir certos destinatários, tenta escamotear.

No início da era do Jumento, preparação para o Euro 2004, a selecção brindou-nos com uma série de resultados fabulosos. A rercordar: vitória brilhante à Macedónia em casa 1-0; empate com a Holanda; empate com o Paraguai em casa 0-0; Brilhante vitória ao Cazaquistão em casa 1-0; Goleado pela Espanha 0-3; Á mesma Albânia 5-3 em casa; e empate com a Grécia 1-1 em casa.

No entanto, como esse brilhante jumento afrontou os Dragões, desde logo mereceu todo o apoio dos pasquins.
Hoje, todos rezam para que Carlos Queirós tenha maus resultados, para poderem elevar a figura do jumento.

Ontem a primeira página da Bolha, motivava os seus leitores a assinar uma petição on-line pró-Rónaldo (não é erro, da forma como dizem é assim que se escreve, com acento) para enviar a todas sa Federações, cujos seleccionadores votarão no melhor jogador do mundo.

Hoje, o único culpado é o seleccionador, sendo que o menino bonito, que não fez a ponta de um corno durante o jogo, que parecia uma "prima dona" que ainda se vira aos adeptos pelo facto de ter recebido assobios, passa incólume, porque afinal, coitadinho, não teve culpa.
Essa, a culpa, foi da tática.

Idolatram-nos, elevam-nos à condição de Deuses e depois dá nisto.

E a verdade, verdadinha, é que a figura desta selecção é um tal de Deco e não o "pseudo menino de oiro". E se Deco não joga, a Selecção também não.

Ah, também não se devriam esquecer que o jumento só meteu o Deco a jogar a titular, quando já não tinha alternativa, ou seja, depois da derrota no primeiro jogo no Europeu.

sábado, 11 de outubro de 2008

FEZ-SE HISTÓRIA

"A verdade, enfim


Já não deve haver muitas dúvidas: este Benfica de Quique Flores/Rui Costa é o melhor dos últimos anos. Pelo menos, já não tinha ideia de uma jogatana dos encarnados ao nível daquela com que nos brindou na segunda parte da partida contra o Nápoles, para mais sem contar com quatro pesos-pesados: Carlos Martins (até aos 26 minutos) no banco, Suazo e Aimar lesionados, e Cardozo castigado.

Ufffff! – suspiro enfim de alívio ao olhar para a manchete de ontem de Record. De facto, “Digno de Reyes” aplica-se perfeitamente ao jogo do Benfica, com o avançado espanhol a repetir a proeza de quatro dias antes, frente ao Sporting, e Nuno Gomes a confirmar, na execução superior de um golpe de cabeça, que está de volta aos seus melhores dias.

As manchetes viram-se normalmente para os golos e para os “heróis” imediatos. Não fosse isso e eu preferiria salientar que foi da lucidez de Quique – com a aposta na dupla Luisão/Sidnei, que deu solidez à defesa, e com a recuperação de Katsouranis para a sua verdadeira posição, que dotou de outra profundidade e consistência o meio-campo – que nasceu o “novo” Benfica.

E pensar que nos debatemos aqui, nos últimos anos, com a necessidade comercial de “pisar o risco”, incensando na 1.ª página vitórias tangenciais e exibições medíocres, do género “Águias voam alto” ou “Aí está o Benfica!”, tantas vezes quando o “alto” era baixo como o Colombo ou o “Benfica” que se exaltava nada tinha do Benfica que conhecíamos e que parece estar agora de volta. Será que já não precisaremos mais, não de mentir, mas de dar à verdade um embrulho de ouro para material de pechisbeque? Em nome de Record, agradeço os bons ofícios de D. Enrique Sánchez Flores."

Chamaram-me a atenção para esta pérola jornalística, saída estes dias no Rascord. O seu arrotador, Alexandre Pais, é só o director desse pasquim.
Escalpelizando o vómito, concluem-se imediatamente duas coisas: a primeira, é que o director do pasquim admite que o pasquim mente deliberadamente, sempre que for preciso, de forma a glorificar a instituição do regime. A segunda é que o Rascord, admitindo existir para servir o Glorigozo, pela primeira vez na história do jornalismo lusitano, declara, pela voz do seu director, a sua total falta de isenção, resumida no agradecimento ao treinador. É caso para se dizer que acaba de ser feita história. Só gostava de saber o que a Alta Autoridade para a Comunicação Social acha do assunto.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Uma semana atribulada...

Não me permitiu escrever aqui no meu espaço.
Espero poder desabafar um bocadinho mais na próxima.

Bom fim-de-semana a todos os Dragões.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Quando entramos para ganhar...

E o treinador não inventa, normalmente dá nisto...
Ganhamos, sem espinhas, mesmo com a ajuda preciosa que o Calabote deu aos lagartos para tentar equilibrar o jogo...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Que mais nos espera?

Concordando inteiramente com as considerações do Dragão e do Azulão no que diz respeito ao início medíocre deste campeonato (precisamente, neste campeonato, em que era necessária uma maior atitude de afirmação e uma indesmentível imposição de métodos e atitudes por parte plantel e sobretudo por parte da equipa técnica em vez da equipazinha amorfa e titubeante que temos visto), quer-me parecer, porém, e como alguns dos prezados confrades portistas já têm assinalado, a crise não é só do Jesualdo. Tem raízes mais profundas e prende-se com a política de aquisições e de dispensas do plantel para a presente temporada.
Se as contratações da época passada foram um desastre, as deste ano, muito mais dispendiosas, também deixam muito a desejar.
Além de outras considerações, como, por exemplo, a teimosia do treinador na manutenção do Helton, teimosia que nos tem causado muitos dissabores, ou a insistência no Benitez ( esforçado, mas medíocre, sem capacidade de arranque e com fraco sentido posicional, para não referir os centímetros que lhe faltam) ou para não falar do Mariano, o menino querido do treinador (só pode ser!!!), importa perguntar:
- que faz o Bolatti neste grupo de jogadores?
- o Adriano não era muito melhor que o Farias?
- que raio de contratação é o Guarin que nem efectivo era em França?
-as substituições têm que ser em tempo pré-determinado?
-por que motivo não se treinam as bolas paradas, livres e cantos principalmente?(O Arsenal em todos os cantos punha dois jogadores sobre a linha da baliza…)
-por que carga de água os nossos defendem sempre tão atrás?
Quem souber responder que responda.
Razão tem o Dragão quando pergunta se o Ibson não tem lugar nesta equipa. E eu acrescento, que motivos houve para não dar uma oportunidade ao Pitbull, que foi o melhor jogador do Setúbal na época transacta?
Para lá das insuficiências do treinador e respectivaequipa técnica (não percebo a contratação do actual adjunto!), julgo que há muitos mais culpados: a SAD e não só. O nosso presidente entrou numa de desnorte que só tem prejudicado o clube! Esta é pelo menos a minha opinião.
Custa-me muito dizer isto, mas, para mim, é uma verdade dura e crua: os lampiões fizeram um trabalho muito melhor do que o nosso. Para nossa desgraça o orelhas pôs quem sabe a tratar do assunto das contratações!...À primeira vista com melhores resultados. Agora, com a ajuda e os favores que os poderes federativos e ligueiros lhes concedem ( lá está o Lucílio!!!) não devem ter muita dificuldade em conseguirem o almejado triunfo. Mas, volto a repetir, se isso vier a acontecer, só temos que nos queixar de quem nos governa e de quem forjou esta equipa técnica e estes jogadores.
Já no pretérito ano afirmei, mais do que uma vez, que o Porto não tinha uma grande equipa (os outros é que eram uma miséria!)e chamei a atenção para a importância que o Paulo Assunção desempenhava na equipa e como era imprescindível mantê-lo para estabilizar a estrutura, ainda para mais com a saída do Quaresma e do Bosingwa. Os resultados estão à vista! O Sr Presidente é que sabe!

Tentei, mas não consigo...


Vou ter mesmo que falar ainda hoje!!!

Pois bem, aquilo que assisti ontem, não foi nada que eu, outros portistas e comentadores não estivessem à espera.
Recordo-me de ter chegado a casa de um amigo Portista onde fui ver o jogo e de logo termos comentado que viríamos com um cesto, mas que normalmente iriam acontecer duas ocasiões de golo a nosso favor.

Oea nem mais, nem bruxos, nem adivinhos. Apenas o constatar de factos a que o pseudo-iluminado treinador nos vinha habituando. A mudança do sistema em jogos mais importantes, ao velho estilo português e que normalmente resulta na derrota.
Se no Editorial do jornal "O JOGO" refere-o Fernando Santos hoje:
"Se já se transformou numa tradição da era Jesualdo "inventar" nas idas a Inglaterra (como à Luz e a Alvalade) modificando o gene táctico e as personagens que lhe dão forma, na tentativa (quase sempre gorada) de obter resultados, o FC Porto de ontem realizou uma exibição destrambelhada: cometeu erros crassos, colectivos e individuais, apenas possíveis numa equipa incompreensivelmente à deriva - e vulgar."
Já ontem Miguel Sousa Tavares dizia o seguinte:


E disse-o, como muitos outros dissemos. Como o Azulão escreveu aqui e como muitos outros escreveram e muitos outros que escrevem hoje, já rendidos face à mediocridade de um treinador, que não serve, não presta e que não nos leva a lado nenhum.

E diz o Burrualdo que temos uma equipa em construção??? Que viu coisas boas ontem?

Só ele mesmo para ter visto coisas positivas. Ha dois anos, quando tinhamos o Andersom, tinhamos uma equipa em construção. Pelos vistos atingiu a sua maturidade ganhando um campeonato a vinte pontos do segundo e nada mais.

No ano seguinte já temos novamente a equipa em construção.

Pois bem, da equipa base destruida, segundo o Mister, sairam três jogadores: Bosingwa, Qauresma e Paulo Assunção. Na equipa base a construir entraram sete.

O ano passado o homem dizia que era preciso ter tempo para entrarem as contratações. Este ano, já puderam entrar algumas, sendo certo que Pelé, o tal que foi avaliado em oito milhões de euros e se destina a subsituir Assunção, ainda nem sequer calçou as chuteiras, quiçá porque precisa de adaptação ao futebol português, porque não domina bem o dialecto.

Mais engraçado ainda é que o mister, durante o jogo, tirou Fernando e Raul Meireles da equipa, o primeiro que tem feito todos os jogos desde o início da época e o Raul que é um esteio da tal equipa destruida. E também deixou Lucho no banco, quando afinal ele poderia ter jogado de início. Ou será que é melhor primeiro sofrer e depois correr atrás do prejuízo? É que se ele podia jogar, jogava de início. Se podia mais ou menos, nem sequer deveria ser posto a jogar.

Mas Burrualdo não entende. Tal como não entende que perder por um ou por quatro é completamente diferente. Mais, o problema não é perder por quatro. É perder por quatro quando poderíamos ter perdido por 7 ou 8.

E a diferença que ele não vê ( e não vê porque quem nasce vermelho, nunca mais se livra do trauma e desses pensamentos pequenos) é que para nós, perder com o Arsenal é o mesmo que perder com o Paços de Ferreira, com o Fátima, etc. etc. Nós não gostamos de perder e mesmo perdendo não gostamos de vitórias morais.

Ontem vi um Porto completamente metido no meio do seu meio campo, qual Salgueiros em tempos aúreos, agarrado ao empate em estilo de contra-ataque. Jogamos como o Salgueiros jogava no Porto e muitas outras equipas da 2.ª divisão jogam hoje em dia no Dragão quando jogam para a Taça. Jogamos como Jesualdo sempre jogou nas equipas pequenas, as quais está habituado a treinar.

Mais do que a derrota por 4-0, fomos medíocres. E medíocre foi, mais uma vez o treinador. Como o foi na Luz, apesar de termos empatado. Como o foi na final da Taça, da supertaça e como o é sempre que tem de mexer na equipa, já que não sabe o que fazer.

Mas não dos que apontam um vaticínio péssimo para a equipa. Porque para o Porto ser Campeão, qualquer um o é. Mas que podemos passar por momentos muito maus, lá isso podemos...

Porque apesar de sermos recordistas mundiais de compra de defesas-esquerdos, conseguimos ao fim de tantas tentativas comprar um ainda pior que o Areias e que outro que compramos ao Marítimo e do qual já nem me lembro o nome.

Uma vergonha... Começando pelo treinador... E digam-me... O Ibson não teria sequer lugar neste plantel de "vastíssima" qualidade do Mister Burrualdo???

Não, segundo Burrualdo não se encaixa no sistema de jogo dele. Mas pelos visto os Benitez encaixam... Vá-se lá saber porquê...

Uma pergunta!!!

Por enquanto farei apenas esta pergunta, porque não tenho muito tempo para explanar as Burrualdices, sendo certo que hoje já verifico que ~já nos dão razão nas críticas que ao longo dos tempos lhe vimos fazendo...
Mas fica a pergunta para comentários:

O Ibson não tinha lugar neste Porto???

O CAQUÉTICO E O COVEIRO




A dupla execrável ainda tem emprego a esta hora? Ou Pinto da Costa está ocupado demais a arranjar emprego para a actual mulher?