Este FC Porto tem, de facto, bastante futebol e adequado a cada momento.
Ontem parecia uma orquestra: um maestro, o pequeno Moutinho que marcava o compasso de jogo da equipa no meio campo. Alguns solistas, nas cordas o Hulk, na percussão o Varela, nos sopros o Palito Pereira incansável a subir e a descer no campo. E os restantes elementos acompanhavam a música sem desafinar.
Mesmo depois das substituições a máquina manteve-se coerente e nunca esteve em causa em nenhum momento a vitória, parecendo até que se o FC Porto quisesse entrar em ritmo mais elevado poderia aumentar a contagem com facilidade.
Acima de tudo acho que a equipa este ano tem algo que já há muito não via: a capacidade de analisar o adversário e jogar de acordo com ele, simplificando assim jogos que tantas vezes se antevêm de enorme grau de dificuldade.
E vamos, assim, em 9 vitórias consecutivas nos 9 jogos oficiais disputados. A derrota, ou o desaire se preferirem, está perto e vai acontecer, não é possível ganhar sempre. Mas com o ritmo e capacidade de jogo que apresenta, acho que a equipa já está preparada para no jogo seguinte retomar a senda de vitórias. Acho que os jogadores estão coesos e capazes de se superarem, outra coisa que há muito não via no FC Porto - e se estas coisas são fruto do acaso ou da capacidade do treinador, ainda não sei, mas gosto de pensar que é devido ao AVB que isso acontece.
Próximo adversário, o sempre dificil Olhanense, que este ano está a fazer um excelente arranque de campeonato, sendo que jogando em casa não quero deixar de pensar que na próxima análise irei falar na 10ª vitória e 6ª consecutiva para o campeonato - o que deixará o FC Porto em posição fantástica para poder ser o campeão no final da época como é desejo de todos nós.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Liga Europa - FC Porto, 3 x Rapid, 0: Bons sinais
Foto do Pedro Blue do www.fotosdacurva.com
Mais do que o resultado, os bons sinais que retiro do jogo de ontem são ao nível da estrutura da equipa e do rendimento de alguns jogadores com menos minutos. Em especial o Ruben Micael e o Cebola, que com um golaão o primeiro e duas assistências o segundo, e muito futebol nos pés de ambos o jogo todo, mostraram que estão ao nível dos habituais titulares.
O Fucile ainda está com um ritmo de jogo abaixo do normal, mas lá chegará, os condimentos estão lá todos: espírito de combatividades, esforço e dedicação.
No restante, realço ainda o facto de ontem termos visto algum trabalho de laboratório, isto é, lances de bola parada com alguma preparação oriunda dos treinos ao nível da movimentação e posicionamento dos jogadores.
É, cada vez mais, um FC Porto compacto e forte, com mais alternativas de jogo e de jogadores - neste momento a já temos 14 jogadores capazes de alinhar no 11 inicial sem grande oscilação de rendimento. E acredito que em pouco tempo teremos ainda o Otamendi e o Walter neste grupo, abrindo ainda mais o leque de opções e rotação de jogadores ao AVB, o que permitirá alicerçar ainda mais o estatuto de mais claro favorito ao título nacional e alimentar o sonho de, quem sabe, erguermos novamente o caneco da Liga Europa.
Como disse o treinador do Rapid ontem, nós merecíamos a Liga dos Campeões, isto é, o nosso andamento não é desta competição e, apesar desta edição ser a mais forte dos últimos anos (diria que pelo menos desde a criação desta "Liga Europa") continuo a acreditar que temos reais hipóteses de ganhar a competição, apesar de consciente da dificuldade que tal façanha será.
Domingo, o Nacional. Outro jogo difícil, pois é uma equipa que se apresenta forte neste arranque de época, onde o único resultado negativo foi até agora uma derrota caseira perante o Vitória. Espero que a equipa recupere os índices físicos ideais para domingo e seja capaz de, novamente, mostrar em campo a superioridade com que brindou os últimos 8 adversários e mantenha a senda vitoriosa de vitórias.
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