sexta-feira, 14 de novembro de 2003

Não é atrevimento nenhum. Obrigado pelo contributo...

Meus caros amigos:
Abusando da vossa generosidade e compreensão e porque irmanado convosco no mesmo espírito de revolta contra aqueles que, de forma declarada ou subtil, procuram denegrir e achincalhar o nosso clube e o nosso presidente, atrevo-me a incomodar-vos mais uma vez. Vem isto a propósito de um excerto publicado no nº 558 da revista 'Visão', onde o supracitado senhor Varela, intitulado de jornalista, tece considerações desprestigiosas para o nosso presidente Pinto da Costa, acusando-o de ter a ideia de Portugal como a de um « feudo onde os servos não têm outro remédio que não o de se dobrarem à vontade do senhor».
Curiosa esta afirmação de jornalista (!!!), prenhe de ódio ressabiado, só porque o nosso presidente sabe fazer frente ( e com sucesso!) aos interesses e compadrios que gravitam em torno do Poder e a quase toda a comunicação social veiculada a esse mesmo Poder, porque sabe dizer não àqueles que, à viva força, o querem obrigar a aceitar os ditames de quem pode, quer e manda. E isso é que lhes faz raiva e os ensandece. Antigamente, sempre que o Porto se vergava à macrocefalia lisboeta, tudo era bem, tudo corria às mil maravilhas. Era um clube simpático, colaborador, sem fazer ondas, que até mandava telegramas de congratulações quando, apesar de ignominiosamente espoliados (roubos de catedral lhes chamava Pedroto!) os clubes da capital, sobretudo os vermelhos, ganhavam os campeonatos! Tudo era lisura e bom entendimento! Democracia para quê? Ditadura havia lá! Guerras em África?!De vez em quando falava-se disso. Importante era o Futebol. Era a época dos três F(s). Já que Fátima não podia ser, pelo menos o Fado e o Futebol não podiam andar longe da capitaldo Império. E tudo se decidia na harmonia reinante, tão querida dos Cândidos, dos Farinhas, dos Márcios, dos Pinhões, dos Vicentes, dos Reis, dos Vazes,etc.etc. Três patacas para o vermelho, uma pataca para o verde, três patacas para o vermelho, uma pataca para o verde, três patacas para o vermelho, uma pataca para o verde,e, de longe em longe,para desenfastiar,uma migalhita para os tripeiros, mas sem deixar abusar muito, porque, quando os campeonatos começaram, não é que tiveram o desaforo de quererem mostrar veleidades! Bem se insurgia o saudoso Alves Teixeira no ' Norte Desportivo'. Era a voz que clamava no deserto! E esta situação convinha tanto ao poder vigente! No entanto, um dia, a paz pôdre ruiu, porque, apesar de tudo, há sempre alguém que resiste, como diz o poeta. E muita coisa mudou. Até no futebol. E aí caiu o Carmo e a Trindade! Campeonatos, Penta campeonatos,Taças de Portugal e da Europa, Super Taças, Taça dos Campeões, da UEFA, Intercontinental... Tudo do F. C. do Porto? Como era possível? Era e é preciso derrubar o monstro que teve a ousadia de tamanha desfaçatez! Era e é urgente denegri-lo, pisá-lo, esmagá-lo. Usando e abusando dos meios que forem precisos.Há vários plutocratas da comunicação social lisboeta que não perdoam ao FCP os êxitos obtidos! Eu, que sigo atentamente o fenómeno desportivo português há mais de meio século, nunca vi campanhas tão soezes, tão nojentas e vis, tão despudoradas, tão maquiavélicas como aquelas que ao longo dos últimos vinte anos têm sido feitas contra o F.C.do Porto e, principalmente, contra o seu presidente! Ao ponto de alguns benfiquistas ferrenhos terem ficado enojados (lembro por exemplo o caso do Artur Semedo, já falecido).Mas, felizmente, por muito que se encarnicem os 6 milhões ( «stete», como cicia o polivalente e impoluto sábio autarca de Sintra!), por muito que se esfalfem, arreganhem, vituperem, parece que cada vez mais cresce o valor azul e branco! Não hão-de os Varelas e Companhia, lançar atoardas e diatribes contra Pinto da Costa? Agora é senhor feudal. Para a Ana Sá Lopes era outra coisa com sabor árabe. Por que não da Conchinchina? Por que não da Patagónia?. Já agora, por falar em 'feudos', srs. intrépidos jornalistas da meia tigela, a que suserano prestam vocês vassalagem? Olhem que eu sei que vocês sabem que eu sei ! Cuidado, Sr. Varela, que de tanto se dobrar, não se parta essa espinhela!
Francisco Salgado - A Ver o Mar

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