O Sr. Manuel Cajuda tem dado um autêntico festival à parte esta pré-temporada. Depois do regabofe que foi a Champions de secretaria, tem sido ele o responsável pelas maiores barrigadas de riso do defeso. Senão vejamos:
- Na véspera de ida de Alan para Braga, o algarvio disse o seguinte: "Acham estranho? (Alan) foi meu jogador no Marítimo e jogou no Guimarães na época anterior. Aliás, foi por causa de ter jogado muito bem no Marítimo que se transferiu para o FC Porto. Se o FC Porto quiser ser simpático e dispensá-lo, e nós bem merecíamos (esta é deliciosa!), seria muito bem vindo. Será um desejo que posso não ter, como o Ferrari do Mourinho".
Dois dias depois, confirmada a ida de Alan para o Braga, o seu discurso era este: "O Vitória de Guimarães não precisa de nada dos outros clubes". Já relativamente ao Porto, disse: "Eu não tenho nada contra o FC Porto. Nunca discuti se o FC Porto devia ir ou não Liga dos Campeões. Como treinador nunca me meti nisso".
Agora, acabo de ler no Rascord que o bonacheirão, sempre danado para a brincadeira, disse, acerca daquilo no qual não se queria meter: "A minha opinião sobre este assunto vai ser dura: não devia ir ninguém à UEFA, nem à Liga dos Campeões nem à Taça UEFA, enquanto não fossem resolvidos todos estes problemas em Portugal".
E sobre o tal jogador que constituiria uma simpatia do Porto: ""É um belíssimo jogador, mas não contávamos com ele".
É ou não é um ponto, este homem?
quinta-feira, 31 de julho de 2008
terça-feira, 29 de julho de 2008
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades...
Foi com alguma surpresa que li as declarações do advogado dos lampiões e membro do Conselho Superior do Ministério Público sobre a deci~soa tomada pela FPF.
O mesmo disse: "responsabilizo a FPF pela não participação do Benfica na Liga dos Campeões".
Ora digam lá como é? Então o Kadafi dos Pneus não disse que não queria jogar a Liga dos Campeões em caso de castigo do Porto?
E também não podem responsabilizar a FPF pelo facto de terem ficado em 4º Lugar, o Vitória de Guimarães em terceiro, o Sporting no segundo e o Porto por ter ganho a Liga e por ter jogado mais e melhor do que todos os outros?
Como é que a FPF pode declarar como definitivas e executórias decisões que estão suspensas por ordem judicial? Com a invocação do interesse público? E que motivação terá esse interesse público no caso do nosso Presidente? Não vejo onde esteja, juridicamente, o interesse público neste caso.
Mas, depois de um parecer daqueles, já espero tudo...
O mesmo disse: "responsabilizo a FPF pela não participação do Benfica na Liga dos Campeões".
Ora digam lá como é? Então o Kadafi dos Pneus não disse que não queria jogar a Liga dos Campeões em caso de castigo do Porto?
E também não podem responsabilizar a FPF pelo facto de terem ficado em 4º Lugar, o Vitória de Guimarães em terceiro, o Sporting no segundo e o Porto por ter ganho a Liga e por ter jogado mais e melhor do que todos os outros?
Como é que a FPF pode declarar como definitivas e executórias decisões que estão suspensas por ordem judicial? Com a invocação do interesse público? E que motivação terá esse interesse público no caso do nosso Presidente? Não vejo onde esteja, juridicamente, o interesse público neste caso.
Mas, depois de um parecer daqueles, já espero tudo...
sábado, 26 de julho de 2008
O douto "parecer" de uma figura coerente...
A propósito de um douto parecer elaborado por uma pessoa que é considerada ilustríssima por muitos da nossa praça, cumpre-me efectuar os seguintes comentários sobre o "iluste".
Desde já (e pela primeira vez o revelo neste blog) também eu sou jurista e, nos tempos de Universidade, o meu professor de Direito Administrativo seguia as lições da cadeira pelo livro do dito Professor.
O que é certo é que, já nessa altura, me recusei a estudar pelo livro de Freitas do Amaral, tendo optado pelas lições de Direito Administrativo do Professor Marcelo Caetano. Os meus colegas de faculdade bem me perguntavam como é que eu queria fazer a cadeira não estudando pelo livro indicado pelo regente da cadeira. O que é certo é que fiz a cadeira sem mácula.
Ainda me lembro quando o meu professor de cadeira me perguntou, no exame oral, porque é que no exame escrito só fazia referência a Marcelo Caetano. Respondi-lhe que não gostava de Freitas do Amaral e da forma como pensava o direito administrativo e que me enquadrava melhor com os pensamentos do Professor Marcelo Caetano, sendo certo que Freitas do Amaral foi assistente de Marcelo Caetano.
Posto isto, já há alguns anos que esta é a opinião sobre o "ilustre" professor.
Acresce que, me recordo muito que este "ilustre" professor é o mesmo que é fundador de um partido, que sempre combateu a ala contrária a esse partido. Que nas eleições após Guterres, dizendo que o País estava em desgoverno, pediu maioria absoluta para o PSD (atraiçoando aqueles que o seguiram na fundação de um partido e dos seus ideais) e que não teve direito a "tacho" porque o CDS teve uma grande votação que o permitiu formar governo com o PSD, que ganhou as eleições sem maioria, tendo impedido o "ilustre" de subir ao trono.
Como não conseguiu de um lado, passou-se para o outro, passando a aparecer ao lado dos partidos mais à esquerda, em manifestações e outros eventos contra o partido e princípios que sempre defendera.
Mas eis que o Governo cai e batem à porta novas eleições. Socialistas aparecem nas sondagens como vencedores antecipados. O que faz o "ilustre" professor? Pede maioria absoluta para os socialistas, cuja primeira figura era o Ministro modelo do Governo que ele tanto criticara. Logo aí correm rumores de que tal apoio seria em troca de um Ministério.
Qual virgem ofendida, vem repudiar tais acusações, transmitindo aos portugueses a sua imparcialidade, dizendo que o fazia porque era o que entendia melhor para Portugal.
Porém, coincidência das coincidências, o PS ganha as eleições e Freitas do Amaral é indicado para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Segundo ele "porque o país precisa se todos e este é o momento exacto de dar a cara". Pois, coincidência que tenha sido o único cujas origens remontem a outro partido ou forma de pensamento e que tenha sido convidado para este Governo. Coincidências.
Começa a legislatura. Quem é o Ministro que mais erros comete? Coincidência das coincidências. É o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que por acaso se chama Freitas do Amaral. No Governo, o 1.º Ministro já não sabe o que fazer com ele, mas a bem da estabilidade (e para não ser comparado com o menino Guerreiro Santana Lopes), não o demite... Espera mais uns tempos, até que... Coincidência das coincidências... Freitas do Amaral tem uma intervenção cirúrgica marcada inadiável (deve ter sido a uma unha encravada), pelo que tem de sair do Governo.
O País engole e a caravana de Freitas continua...
A coerência é o melhor dos atributos de Freitas...
Agora o parecer. Um parecer pedido pela FPF ao "ilustre" professor. Como instituição de utilidade pública, a FPF resolve atribuir a responsabilidade de elaboração de um parecer a pessoa que, sem Ministério nem ONU, precisa de uma "espécie" de rendimento mínimo.
Freitas, o Rei da Coerência, o "ilustre" Professor não faz um parecer, mas antes um julgamento sumário, extravasando as funções em que foi confiado. Porém aqui não há abuso de poder. Há uma decisão moral e coerente, aliás, como é apanágio de Freitas.
Qual ilustre jurista que considera a decisão dos 5 estarolas como válida e que, como tal, considera que tais decisões são "definitivas, constituem caso julgado, foram notificadas às partes e demais interessados, e são por isso obrigatórias para todos, sem necessidade (ou possibilidade) de homologação ou qualquer outro acto complementar".
Assim, segundo este "ilustre" jurista, ao arrepio de tudo o que aprendi na faculdade, a decisão administrativa é definitiva e transitada em julgado, mesmo tendo sido sujeita a impugnação nos Tribunais Administrativos e Fiscais. Mesmo sabendo-se que a alteração pode ser decidida de outra foma pelos Tribunais.
Mais, isto é dito mesmo sabendo-se da decisão deste Tribunal, nos autos de um procedimento cautelar, de suspensão das decisões.
Mas há mais. Segundo o "doudo" parecer, "a decisão de suspender preventivamente o presidente do CJ das suas funções, embora afectada por irregularidades formais importantes, sendo meramente anulável, é eficaz e obrigatória para o seu destinatário, pelo menos enquanto não for suspensa ou anulada, quer por efeito automático decorrente da lei, quer por decisão do tribunal administrativo competente". Ora repita lá? A providência cautelar não suspendeu essas decisoes? Não foi esse o pedido feito ao Tribunal e que, por acaso, foi feito e que lhe foi dado conhecimento?
Coincidências? Não, meus caros, diria que apenas são coerências, aliás, como há muito estamos habituados a ver no "ilustre" professor Freitas do Amaral.
Querem mais coincidências?
Elas existem, ma deixarei para outras calendas...
E a minha última perunta? Porque não escolheram o ilustre Marcelo Rebelo de Sousa para fazer o parecer? Será pelo facto de já ser conhecida a resposta e esta não interessar ou será que este "ilustre", dada a sua coerência ao longo dos tempos, era o que mais convinha?
Desde já (e pela primeira vez o revelo neste blog) também eu sou jurista e, nos tempos de Universidade, o meu professor de Direito Administrativo seguia as lições da cadeira pelo livro do dito Professor.
O que é certo é que, já nessa altura, me recusei a estudar pelo livro de Freitas do Amaral, tendo optado pelas lições de Direito Administrativo do Professor Marcelo Caetano. Os meus colegas de faculdade bem me perguntavam como é que eu queria fazer a cadeira não estudando pelo livro indicado pelo regente da cadeira. O que é certo é que fiz a cadeira sem mácula.
Ainda me lembro quando o meu professor de cadeira me perguntou, no exame oral, porque é que no exame escrito só fazia referência a Marcelo Caetano. Respondi-lhe que não gostava de Freitas do Amaral e da forma como pensava o direito administrativo e que me enquadrava melhor com os pensamentos do Professor Marcelo Caetano, sendo certo que Freitas do Amaral foi assistente de Marcelo Caetano.
Posto isto, já há alguns anos que esta é a opinião sobre o "ilustre" professor.
Acresce que, me recordo muito que este "ilustre" professor é o mesmo que é fundador de um partido, que sempre combateu a ala contrária a esse partido. Que nas eleições após Guterres, dizendo que o País estava em desgoverno, pediu maioria absoluta para o PSD (atraiçoando aqueles que o seguiram na fundação de um partido e dos seus ideais) e que não teve direito a "tacho" porque o CDS teve uma grande votação que o permitiu formar governo com o PSD, que ganhou as eleições sem maioria, tendo impedido o "ilustre" de subir ao trono.
Como não conseguiu de um lado, passou-se para o outro, passando a aparecer ao lado dos partidos mais à esquerda, em manifestações e outros eventos contra o partido e princípios que sempre defendera.
Mas eis que o Governo cai e batem à porta novas eleições. Socialistas aparecem nas sondagens como vencedores antecipados. O que faz o "ilustre" professor? Pede maioria absoluta para os socialistas, cuja primeira figura era o Ministro modelo do Governo que ele tanto criticara. Logo aí correm rumores de que tal apoio seria em troca de um Ministério.
Qual virgem ofendida, vem repudiar tais acusações, transmitindo aos portugueses a sua imparcialidade, dizendo que o fazia porque era o que entendia melhor para Portugal.
Porém, coincidência das coincidências, o PS ganha as eleições e Freitas do Amaral é indicado para Ministro dos Negócios Estrangeiros. Segundo ele "porque o país precisa se todos e este é o momento exacto de dar a cara". Pois, coincidência que tenha sido o único cujas origens remontem a outro partido ou forma de pensamento e que tenha sido convidado para este Governo. Coincidências.
Começa a legislatura. Quem é o Ministro que mais erros comete? Coincidência das coincidências. É o Ministro dos Negócios Estrangeiros, que por acaso se chama Freitas do Amaral. No Governo, o 1.º Ministro já não sabe o que fazer com ele, mas a bem da estabilidade (e para não ser comparado com o menino Guerreiro Santana Lopes), não o demite... Espera mais uns tempos, até que... Coincidência das coincidências... Freitas do Amaral tem uma intervenção cirúrgica marcada inadiável (deve ter sido a uma unha encravada), pelo que tem de sair do Governo.
O País engole e a caravana de Freitas continua...
A coerência é o melhor dos atributos de Freitas...
Agora o parecer. Um parecer pedido pela FPF ao "ilustre" professor. Como instituição de utilidade pública, a FPF resolve atribuir a responsabilidade de elaboração de um parecer a pessoa que, sem Ministério nem ONU, precisa de uma "espécie" de rendimento mínimo.
Freitas, o Rei da Coerência, o "ilustre" Professor não faz um parecer, mas antes um julgamento sumário, extravasando as funções em que foi confiado. Porém aqui não há abuso de poder. Há uma decisão moral e coerente, aliás, como é apanágio de Freitas.
Qual ilustre jurista que considera a decisão dos 5 estarolas como válida e que, como tal, considera que tais decisões são "definitivas, constituem caso julgado, foram notificadas às partes e demais interessados, e são por isso obrigatórias para todos, sem necessidade (ou possibilidade) de homologação ou qualquer outro acto complementar".
Assim, segundo este "ilustre" jurista, ao arrepio de tudo o que aprendi na faculdade, a decisão administrativa é definitiva e transitada em julgado, mesmo tendo sido sujeita a impugnação nos Tribunais Administrativos e Fiscais. Mesmo sabendo-se que a alteração pode ser decidida de outra foma pelos Tribunais.
Mais, isto é dito mesmo sabendo-se da decisão deste Tribunal, nos autos de um procedimento cautelar, de suspensão das decisões.
Mas há mais. Segundo o "doudo" parecer, "a decisão de suspender preventivamente o presidente do CJ das suas funções, embora afectada por irregularidades formais importantes, sendo meramente anulável, é eficaz e obrigatória para o seu destinatário, pelo menos enquanto não for suspensa ou anulada, quer por efeito automático decorrente da lei, quer por decisão do tribunal administrativo competente". Ora repita lá? A providência cautelar não suspendeu essas decisoes? Não foi esse o pedido feito ao Tribunal e que, por acaso, foi feito e que lhe foi dado conhecimento?
Coincidências? Não, meus caros, diria que apenas são coerências, aliás, como há muito estamos habituados a ver no "ilustre" professor Freitas do Amaral.
Querem mais coincidências?
Elas existem, ma deixarei para outras calendas...
E a minha última perunta? Porque não escolheram o ilustre Marcelo Rebelo de Sousa para fazer o parecer? Será pelo facto de já ser conhecida a resposta e esta não interessar ou será que este "ilustre", dada a sua coerência ao longo dos tempos, era o que mais convinha?
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Será este o homem?
Se for tão bom como o últimos que tivemos com este estilo de cabelo, venha ele já!!!
No entanto não posso deixar de afirmar que me considero desapontado, em virtude das declarações do Presidente. Isto não é surpresa nenhuma. Ou melhor é uma surpresa após o anúncio de uma surpresa. Este Hulk até se pode revelar um bom jogador, mas convenhamos... Já parece aquela noite de apresentação no Estádio das Antas em que nos apresentaram com pompa e circunstância o "Chipo" (ou lá como se escreve o nome do Marroquino)...
terça-feira, 22 de julho de 2008
Eu também...
"Mal e bem
JORGE MAIA
Há males que vêm por bem. Não deve haver ditado mais convictamente católico, apostólico e romano do que este, que a minha avó repetia agarrada ao terço como quem se agarra a uma bóia em alto mar. Apenas mais uma forma de se convencer que a todo o sofrimento correspondia uma redenção mais ou menos proporcional lá mais adiante. Mas, apesar de todo o meu cepticismo quanto a redenções, lá que há males que vêm por bem, há. Por exemplo, tenho muitas dúvidas que Aimar fosse jogador do Benfica se o FC Porto não tivesse sido confirmado na Liga dos Campeões na semana passada. A "derrota" dos encarnados no TAS exigia uma vitória a qualquer custo nas negociações com o Saragoça sob pena - pena capital, neste caso - de começarem já a rolar cabeças para o lado da Luz. Um desaire ainda se suporta, até porque uma grande parte da imprensa ajuda a varrer essas coisas para baixo do tapete, longe da vista e do coração, maltratado coração. Mas dois na mesma semana, um a seguir ao outro, de rajada, dois desaires seguidos seriam insuportáveis até porque indisfarçáveis. Exigia-se uma vitória na contratação de Aimar, um bem que compensasse o mal que o TAS tinha feito em Lausana e ela chegou mesmo a tempo de ocupar as primeiras páginas de cima abaixo, sem espaço para as outras minudências. Foi uma vitória paga a peso de ouro e com custos difíceis de avaliar até em termos de estabilidade dentro do plantel encarnado - que ficou a olhar de baixo para cima para o ordenado do argentino - mas se há alturas em que é preciso ganhar a qualquer custo para não ter de se pagar um preço mais alto, esta era claramente uma delas."
JORGE MAIA
Há males que vêm por bem. Não deve haver ditado mais convictamente católico, apostólico e romano do que este, que a minha avó repetia agarrada ao terço como quem se agarra a uma bóia em alto mar. Apenas mais uma forma de se convencer que a todo o sofrimento correspondia uma redenção mais ou menos proporcional lá mais adiante. Mas, apesar de todo o meu cepticismo quanto a redenções, lá que há males que vêm por bem, há. Por exemplo, tenho muitas dúvidas que Aimar fosse jogador do Benfica se o FC Porto não tivesse sido confirmado na Liga dos Campeões na semana passada. A "derrota" dos encarnados no TAS exigia uma vitória a qualquer custo nas negociações com o Saragoça sob pena - pena capital, neste caso - de começarem já a rolar cabeças para o lado da Luz. Um desaire ainda se suporta, até porque uma grande parte da imprensa ajuda a varrer essas coisas para baixo do tapete, longe da vista e do coração, maltratado coração. Mas dois na mesma semana, um a seguir ao outro, de rajada, dois desaires seguidos seriam insuportáveis até porque indisfarçáveis. Exigia-se uma vitória na contratação de Aimar, um bem que compensasse o mal que o TAS tinha feito em Lausana e ela chegou mesmo a tempo de ocupar as primeiras páginas de cima abaixo, sem espaço para as outras minudências. Foi uma vitória paga a peso de ouro e com custos difíceis de avaliar até em termos de estabilidade dentro do plantel encarnado - que ficou a olhar de baixo para cima para o ordenado do argentino - mas se há alturas em que é preciso ganhar a qualquer custo para não ter de se pagar um preço mais alto, esta era claramente uma delas."
quinta-feira, 17 de julho de 2008
AHAHAHAHAHAHAAH
AIMAR E MAR, HÁ IR À CHAMPIONS E CHORAR
O bi-decacampeão do defeso, depois de se tornar o primeiro clube do mundo a ser eliminado duas vezes da champions antes desta sequer começar, perdendo em simultâneo para o rival do costume, o primeiro troféu jurídico da história, acaba de anunciar a contratação do seguramente melhor jogador da época 2008/2009. Não é preciso este sequer treinar uma vez para sabermos quem vai ganhar os troféus do maisfutebol, Rascord e A Nódoa. Como é evidente, este anúncio tinha que vir logo a seguir à goleada do TAS e antes da entrevista ao Kadhafi do Cautchú de logo à noite. A ideia é simples e chega para os 6 milhões de Barbas engolirem o isco, com anzol e tudo. Aimar será apresentado às 20 horas, em directo em todos os órgãos oficiosos e certamente declarará que rejeitou 120 convites, um dos quais do Porto, que oferecia 7 vezes o salário que vai auferir, porque nada iguala o facto de vir jogar no Maior Clube do Mundo. Uma hora depois, Kadafhi declarará que esta foi uma retumbante vitória sobre o Porto e os Barbas espumam-se e batem palminhas. Quando Judite de Sousa perguntar pelo TAS, Kadafhi grunhirá algumas alarvidades sobre a indemnização gigantesca que vai pedir ao Estado Português e que lhe permitirá, no prazo de dois anos, transformar o benfas em campeão do Mundo, quiçá de Portugal.
Quanto a mim, depois das barrigadas de riso proporcionadas pelos comentários on-line dos Barbas (aqueles que têm instrução suficiente para saber escrever), ninguém me tira da frente do ecrã, com uma cervejinha gelada para gozar o espectáculo.
Relativamente ao que interessa - a disputa da Champions - não ganhámos nada que não fosse já nosso por direito próprio. Aquilo que verdadeiramente ganhámos foi o conhecimento do ponto onde chega este país na sanha persecutória odiosa contra o nosso estandarte. Ficámos a saber que há um Procurador Geral que nomeia ad hoc uma justiceira, que por sua vez ergue uma meretriz em Joana D'Arc para reabrir processos, processos estes que são arquivados por juízes que declaram que Santa Joana afinal é uma santa do pau oco. Esse mesmo procuador, inquisitorialmente ordena a todos os magistrados que mandem às urtigas a moral, o direito e o estatuto do ministerio público, de forma a que recorram de todos os aruivamentos, seja como for. Por outro lado, numa instituição de utilidade pública tutelada pelo governo dão-se golpes palacianos, com o intuito único de fazer jus à máxima de Maquivel de que os fins justificam os meios. Tudo perante o silêncio cúmplice do secretário de estado.
No fundo, a verdadeira vitória foi de facto termos conseguido manter a ida à Champions. Se tudo o que se tem passado resulta, acredito que as inenarráveis propostas do Pavão Aflautado Ricardo Costa teriam sido aceites. E aí, meus amigos, o nosso destino próximo seriam os campeonatos distritais, pois suceder-se-iam as denúncias e as meretrizes arrependidas. e por isso mesmo é que, decididas as providências cautelares do Boavista e do presidente do CJ, Pinto da Costa tem que recorrer para os Tribunais Administrativos da decisão definitiva do CJ. Para que estes declarem a ilegalidade de escutas e outros meios usados indiscriminadamente pelos órgãos disciplinares. Para travar à nascença males futuros.
Quanto a mim, depois das barrigadas de riso proporcionadas pelos comentários on-line dos Barbas (aqueles que têm instrução suficiente para saber escrever), ninguém me tira da frente do ecrã, com uma cervejinha gelada para gozar o espectáculo.
Relativamente ao que interessa - a disputa da Champions - não ganhámos nada que não fosse já nosso por direito próprio. Aquilo que verdadeiramente ganhámos foi o conhecimento do ponto onde chega este país na sanha persecutória odiosa contra o nosso estandarte. Ficámos a saber que há um Procurador Geral que nomeia ad hoc uma justiceira, que por sua vez ergue uma meretriz em Joana D'Arc para reabrir processos, processos estes que são arquivados por juízes que declaram que Santa Joana afinal é uma santa do pau oco. Esse mesmo procuador, inquisitorialmente ordena a todos os magistrados que mandem às urtigas a moral, o direito e o estatuto do ministerio público, de forma a que recorram de todos os aruivamentos, seja como for. Por outro lado, numa instituição de utilidade pública tutelada pelo governo dão-se golpes palacianos, com o intuito único de fazer jus à máxima de Maquivel de que os fins justificam os meios. Tudo perante o silêncio cúmplice do secretário de estado.
No fundo, a verdadeira vitória foi de facto termos conseguido manter a ida à Champions. Se tudo o que se tem passado resulta, acredito que as inenarráveis propostas do Pavão Aflautado Ricardo Costa teriam sido aceites. E aí, meus amigos, o nosso destino próximo seriam os campeonatos distritais, pois suceder-se-iam as denúncias e as meretrizes arrependidas. e por isso mesmo é que, decididas as providências cautelares do Boavista e do presidente do CJ, Pinto da Costa tem que recorrer para os Tribunais Administrativos da decisão definitiva do CJ. Para que estes declarem a ilegalidade de escutas e outros meios usados indiscriminadamente pelos órgãos disciplinares. Para travar à nascença males futuros.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
O ÚLTIMO PONTO DO COMUNICADO LAMPIÓNICO:
"13. Por último, a SL Benfica – Futebol, SAD enaltece a forma exemplar como o Tribunal Arbitral do Desporto conduziu este processo de recurso, permitindo às partes (todas elas) a exposição detalhada dos respectivos argumentos."
A administração do Blog "odragao.blogspot.com" também enaltece a forma exemplar como o TAS conduziu o presente processo de Recurso, saudando a forma exemplar como decidiu que os "Abutres" não devem ter acesso àquilo que não ganham dentro do campo linhas, assim desmitificando parcialmente a estratégia de que "mais vale ter lugares nas instâncias decisórias do que bons jogadores".
A Administração,
O Dragão
A administração do Blog "odragao.blogspot.com" também enaltece a forma exemplar como o TAS conduziu o presente processo de Recurso, saudando a forma exemplar como decidiu que os "Abutres" não devem ter acesso àquilo que não ganham dentro do campo linhas, assim desmitificando parcialmente a estratégia de que "mais vale ter lugares nas instâncias decisórias do que bons jogadores".
A Administração,
O Dragão
A verdade escondida atrás de um Recurso!!!
Tirei ISTO de um email que me foi enviado, sendo que foi tirado de um blog vermelhusco.
Esta é que é a realidade que eles vivem.
"Para começar relembro o ponto em que ficámos: acabámos a temporada sem treinador, na Taça fomos afastados depois daquela terrível segunda parte, na Europa ficámos por Getafe, na nova Taça da Liga já tinhamos dito adeus ainda no ano passado, e no campeonato terminámos em 4º lugar.
Nem houve tempo para lamentos. Rui Costa ainda pisava o relvado e já ofuscava todas as legitimas preocupações de benfiquistas. Todos quisemos acreditar que novos tempos viriam, e melhores de preferência.
Já se jogou o Euro, o Benfica já voltou ao trabalho, e a meio do mês Julho algum benfiquista consegue mostrar ponta de optimismo para o que aí vem?
Eu estou à vontade para opinar porque até já renovei o meu cativo. Mas fi-lo por uma questão de necessidade , não consigo ver os jogos do SLB sem ser na bancada, e não por uma fé optimista.
Tirando a escolha da equipa técnica que merece o beneficio da dúvida, e pessoalmente parece-me ter sido boa opção, não estou a ver grandes melhorias."
A Direcção da SLB SAD acaba de emitir um comunicado sobre a novela "FCP FORA DA CHAMPIONS". A questão é que o balanço final é mau para o desporto português em geral, porque fica a ideia que os batoteiros se safam sempre, e horrível para o Benfica em particular.
O Presidente do SLB embrulhou-se até não poder mais na questão do Porto fora da UEFA, apostou quase tudo nesse episódio.
Agora já não restam dúvidas vai ficar muito mal visto, não por ter lutado pela justiça, mas por ter querido tirar proveito dessa justiça para apagar uma gestão desportiva recente anedótica. Saiu mal.
Pelo meio o essencial foi passando ao lado. Ou seja, de um plantel que ficou em 4º lugar, atrás de uma equipa vinda da 2ª divisão, era de esperar uma profunda revolução que trouxesse à equipa de futebol jogadores capazes de fazer sonhar os adeptos. Falo de jogadores com qualidade sem discussão.
Feitas as apresentações, assumidas as contratações, os leitores são capazes de me indicar um, só peço UM reparem bem, nome que venha realmente dar uma qualidade acima da média sem deixar dúvidas a ninguém?
Mais grave, pelo meio de tanto recurso, e comunicados, perdeu-se um dos jogadores que mostrou alguma qualidade na época terminada. Foi para o Porto, precisamente.
O único nome capaz de ter entrada directa num futuro "onze" é o do argentino Pablo Aimar. O problema é que a novela à volta da tentativa da sua contratação já ganhou contornos de comédia. E neste momento o universo benfiquista teme que a comédia acabe em tragédia...
Com este cenário continuo a não entender porque é que o Presidente do clube passou entretanto por duas Assembleias Gerais e não deu uma única satisfação a quem paga as quotas no clube!
Ou o próximo mês de pré época mostra uma reviravolta positiva mudando tudo para um cenário animador com reforços de qualidade, e a Direcção nos mostra um caminho mais inteligente ou então eu deixo a pergunta: é mesmo por aqui que queremos continuar a caminhar?"
Perante isto, acho que não preciso de fazer qualquer comentário! Ou preciso?
Esta é que é a realidade que eles vivem.
"Para começar relembro o ponto em que ficámos: acabámos a temporada sem treinador, na Taça fomos afastados depois daquela terrível segunda parte, na Europa ficámos por Getafe, na nova Taça da Liga já tinhamos dito adeus ainda no ano passado, e no campeonato terminámos em 4º lugar.
Nem houve tempo para lamentos. Rui Costa ainda pisava o relvado e já ofuscava todas as legitimas preocupações de benfiquistas. Todos quisemos acreditar que novos tempos viriam, e melhores de preferência.
Já se jogou o Euro, o Benfica já voltou ao trabalho, e a meio do mês Julho algum benfiquista consegue mostrar ponta de optimismo para o que aí vem?
Eu estou à vontade para opinar porque até já renovei o meu cativo. Mas fi-lo por uma questão de necessidade , não consigo ver os jogos do SLB sem ser na bancada, e não por uma fé optimista.
Tirando a escolha da equipa técnica que merece o beneficio da dúvida, e pessoalmente parece-me ter sido boa opção, não estou a ver grandes melhorias."
A Direcção da SLB SAD acaba de emitir um comunicado sobre a novela "FCP FORA DA CHAMPIONS". A questão é que o balanço final é mau para o desporto português em geral, porque fica a ideia que os batoteiros se safam sempre, e horrível para o Benfica em particular.
O Presidente do SLB embrulhou-se até não poder mais na questão do Porto fora da UEFA, apostou quase tudo nesse episódio.
Agora já não restam dúvidas vai ficar muito mal visto, não por ter lutado pela justiça, mas por ter querido tirar proveito dessa justiça para apagar uma gestão desportiva recente anedótica. Saiu mal.
Pelo meio o essencial foi passando ao lado. Ou seja, de um plantel que ficou em 4º lugar, atrás de uma equipa vinda da 2ª divisão, era de esperar uma profunda revolução que trouxesse à equipa de futebol jogadores capazes de fazer sonhar os adeptos. Falo de jogadores com qualidade sem discussão.
Feitas as apresentações, assumidas as contratações, os leitores são capazes de me indicar um, só peço UM reparem bem, nome que venha realmente dar uma qualidade acima da média sem deixar dúvidas a ninguém?
Mais grave, pelo meio de tanto recurso, e comunicados, perdeu-se um dos jogadores que mostrou alguma qualidade na época terminada. Foi para o Porto, precisamente.
O único nome capaz de ter entrada directa num futuro "onze" é o do argentino Pablo Aimar. O problema é que a novela à volta da tentativa da sua contratação já ganhou contornos de comédia. E neste momento o universo benfiquista teme que a comédia acabe em tragédia...
Com este cenário continuo a não entender porque é que o Presidente do clube passou entretanto por duas Assembleias Gerais e não deu uma única satisfação a quem paga as quotas no clube!
Ou o próximo mês de pré época mostra uma reviravolta positiva mudando tudo para um cenário animador com reforços de qualidade, e a Direcção nos mostra um caminho mais inteligente ou então eu deixo a pergunta: é mesmo por aqui que queremos continuar a caminhar?"
Perante isto, acho que não preciso de fazer qualquer comentário! Ou preciso?
segunda-feira, 14 de julho de 2008
"A razão está do lado do F. C. Porto"
o Advogado do FC Porto acredita que recursos de Benfica e Vitória levarão chumbo no TAS.
Refiro esta notícia em virtude do que escrevi há dias: que não saberia o que estaria a ser decidido no Tas. Porém, pelas intervenções que agora transcrevo do Advogado do FC Porto, ficamos a saber que se vai discutir tudo, aliás, como faz sentido.
Nessa medida, corroboro o que o ele diz.
Eis a notícia do JN:
"A razão está do lado do F. C. Porto" e é nessa convicção que o advogado suíço Antonio Rigozzi acredita que o TAS chumbará os recursos do Benfica e do Guimarães. Esta terça-feira já se sabe a decisão do tribunal arbitral.
Na observação distante - geográfica e, sobretudo, civilizacional -, o advogado suíço Antonio Rigozzi, que patrocina a defesa do F.C. Porto na UEFA e, agora, também no Tribunal Arbitral de Desporto (TAS), olha para as convulsões da justiça desportiva portuguesa, espanta-se com a intentona jurídica no Conselho de Justiça da Federação e comenta ao JN: "Visto aqui da Suíça, tudo isso que se passou no CJ, aí em Portugal, é incompreensível…".
Seja como for, o causídico helvético estará, hoje, em Lausanne, na audiência do TAS, para argumentar a favor do F.C. Porto, numa exposição elaborada em co-autoria com o compatriota Jorge Ibarrola, outro barra em direito desportivo, que se juntou à causa do clube das Antas. Ibarrola é nem mais nem menos que o ex-conselheiro do TAS (exerceu até Maio de 2007) que julgou e sentenciou um dos casos que fazem jurisprudência favorável aos dragões. Foi este advogado hispano-suíço que arbitrou o "caso Valverde" e que concluiu pela irrectroavidade dos regulamentos da União Ciclista Internacional, que pretendia aplicar, a anteriori, as normas que aprovara já depois de o corredor espanhol ter sido envolvido num escândalo de doping, o "caso Puerto".
O caso do Anderletch
Ibarrola é também contemporâneo de outro acórdão do TAS favorável ao F.C. Porto: em Abril de 2007, o tribunal de Lausanne verificou a irrectroavidade dos regulamentos da UEFA para o caso de corrupção que envolveu o Anderlecht em 1984.
Hoje, do lado de cá da barra, Ibarrola e Rigozzi exporão as razões do F.C. Porto e farão o contraditório aos recursos convergentes do Benfica e do Vitória de Guimarães, que contestam a decisão da UEFA de reintegrar os tricampeões nacionais na Liga dos Campeões e que argumentam, com base nas "decisões" de cinco dos membros do CJ, o trânsito em julgado do processo a Pinto da Costa, pretendendo, nessa presunção, ver os dragões fora do maior torneio de clubes da Europa.
Uma equipa de advogados, reforçada com o ex-conselheiro do TAS, passou a última semana a elaborar uma exposição, para contrariar os argumentos aduzidos pelo recurso "conjunto" do Benfica e do Vitória. Comprometido com as cartilhas deontológicas, Antonio Rigozzi não quis alongar-se em análises a um processo em curso, mas sempre verificou, convictamente, que "a razão está do lado do F.C. Porto".
"Juridicamente - acrescentou -, tudo é possível, mas a razão está do lado do F.C. Porto. Preparámos a nossa exposição, que defenderemos, em Lausanne, e acredito que a decisão do TAS será favorável ao F.C. Porto".
Processo longe da resolução
Seja como for, mesmo que a decisão dos juízes do TAS não lhe seja favorável, mesmo que a UEFA retroceda, Rigozzi deixa escapar, implicitamente, que o processo ficará longe da resolução. O advogado vai observando que há muitas peças soltas e "muitas questões a verificar".
"A aplicação retroactiva do regulamento será só uma dessas questões. É claro que a UEFA não pode aplicar um regulamento de 2007 sobre facto ocorridos ou pretensamente ocorridos em 2004. Isso abriria outro problema", disse Rigozzi, sem especificar o "outro problema".
Embora tacitamente, "maître" Rigozzi não se referiria apenas ao facto de os regulamentos da UEFA, sediada em Nyon, terem de estar conformes à Lei Geral da Confederação Helvética, a qual, na observância de um princípio universal caro a qualquer Estado de direito que se preze, não aplica leis retroactivamente. "Outro problema" aludido pelo advogado será uma referência às eventuais e incalculáveis consequências jurídicas e financeiras que possam derivar do facto de a UEFA não se ter lembrado de aplicar o regulamento, instituído em Janeiro de 2007, à Fiorentina e à Lazio, equipas certificadas, em Junho de 2007, para jogarem a edição 2007/8 da Taça UEFA, como se nada lhes tivesse sucedido no "calcio caos". O mesmo se pode dizer da Juventus, relegada à segunda divisão italiana, por comprovada corrupção de árbitros, e agora regressada, impunemente, à Liga dos Campeões.
E apanhada como foi em evidente duplicidade de critérios - até o próprio Comité de Apelo, mais do que verificar a irrectroavidade do regulamento, apelou a todas as cautelas... -, a UEFA não estará nada interessada em abrir uma caixa de Pandora, de efeitos imprevisíveis, jurídicos, desportivos e económicos. Com repercussões imponderáveis. Lá e cá!
Refiro esta notícia em virtude do que escrevi há dias: que não saberia o que estaria a ser decidido no Tas. Porém, pelas intervenções que agora transcrevo do Advogado do FC Porto, ficamos a saber que se vai discutir tudo, aliás, como faz sentido.
Nessa medida, corroboro o que o ele diz.
Eis a notícia do JN:
"A razão está do lado do F. C. Porto" e é nessa convicção que o advogado suíço Antonio Rigozzi acredita que o TAS chumbará os recursos do Benfica e do Guimarães. Esta terça-feira já se sabe a decisão do tribunal arbitral.
Na observação distante - geográfica e, sobretudo, civilizacional -, o advogado suíço Antonio Rigozzi, que patrocina a defesa do F.C. Porto na UEFA e, agora, também no Tribunal Arbitral de Desporto (TAS), olha para as convulsões da justiça desportiva portuguesa, espanta-se com a intentona jurídica no Conselho de Justiça da Federação e comenta ao JN: "Visto aqui da Suíça, tudo isso que se passou no CJ, aí em Portugal, é incompreensível…".
Seja como for, o causídico helvético estará, hoje, em Lausanne, na audiência do TAS, para argumentar a favor do F.C. Porto, numa exposição elaborada em co-autoria com o compatriota Jorge Ibarrola, outro barra em direito desportivo, que se juntou à causa do clube das Antas. Ibarrola é nem mais nem menos que o ex-conselheiro do TAS (exerceu até Maio de 2007) que julgou e sentenciou um dos casos que fazem jurisprudência favorável aos dragões. Foi este advogado hispano-suíço que arbitrou o "caso Valverde" e que concluiu pela irrectroavidade dos regulamentos da União Ciclista Internacional, que pretendia aplicar, a anteriori, as normas que aprovara já depois de o corredor espanhol ter sido envolvido num escândalo de doping, o "caso Puerto".
O caso do Anderletch
Ibarrola é também contemporâneo de outro acórdão do TAS favorável ao F.C. Porto: em Abril de 2007, o tribunal de Lausanne verificou a irrectroavidade dos regulamentos da UEFA para o caso de corrupção que envolveu o Anderlecht em 1984.
Hoje, do lado de cá da barra, Ibarrola e Rigozzi exporão as razões do F.C. Porto e farão o contraditório aos recursos convergentes do Benfica e do Vitória de Guimarães, que contestam a decisão da UEFA de reintegrar os tricampeões nacionais na Liga dos Campeões e que argumentam, com base nas "decisões" de cinco dos membros do CJ, o trânsito em julgado do processo a Pinto da Costa, pretendendo, nessa presunção, ver os dragões fora do maior torneio de clubes da Europa.
Uma equipa de advogados, reforçada com o ex-conselheiro do TAS, passou a última semana a elaborar uma exposição, para contrariar os argumentos aduzidos pelo recurso "conjunto" do Benfica e do Vitória. Comprometido com as cartilhas deontológicas, Antonio Rigozzi não quis alongar-se em análises a um processo em curso, mas sempre verificou, convictamente, que "a razão está do lado do F.C. Porto".
"Juridicamente - acrescentou -, tudo é possível, mas a razão está do lado do F.C. Porto. Preparámos a nossa exposição, que defenderemos, em Lausanne, e acredito que a decisão do TAS será favorável ao F.C. Porto".
Processo longe da resolução
Seja como for, mesmo que a decisão dos juízes do TAS não lhe seja favorável, mesmo que a UEFA retroceda, Rigozzi deixa escapar, implicitamente, que o processo ficará longe da resolução. O advogado vai observando que há muitas peças soltas e "muitas questões a verificar".
"A aplicação retroactiva do regulamento será só uma dessas questões. É claro que a UEFA não pode aplicar um regulamento de 2007 sobre facto ocorridos ou pretensamente ocorridos em 2004. Isso abriria outro problema", disse Rigozzi, sem especificar o "outro problema".
Embora tacitamente, "maître" Rigozzi não se referiria apenas ao facto de os regulamentos da UEFA, sediada em Nyon, terem de estar conformes à Lei Geral da Confederação Helvética, a qual, na observância de um princípio universal caro a qualquer Estado de direito que se preze, não aplica leis retroactivamente. "Outro problema" aludido pelo advogado será uma referência às eventuais e incalculáveis consequências jurídicas e financeiras que possam derivar do facto de a UEFA não se ter lembrado de aplicar o regulamento, instituído em Janeiro de 2007, à Fiorentina e à Lazio, equipas certificadas, em Junho de 2007, para jogarem a edição 2007/8 da Taça UEFA, como se nada lhes tivesse sucedido no "calcio caos". O mesmo se pode dizer da Juventus, relegada à segunda divisão italiana, por comprovada corrupção de árbitros, e agora regressada, impunemente, à Liga dos Campeões.
E apanhada como foi em evidente duplicidade de critérios - até o próprio Comité de Apelo, mais do que verificar a irrectroavidade do regulamento, apelou a todas as cautelas... -, a UEFA não estará nada interessada em abrir uma caixa de Pandora, de efeitos imprevisíveis, jurídicos, desportivos e económicos. Com repercussões imponderáveis. Lá e cá!
domingo, 13 de julho de 2008
"Conveniência" por CARLOS ALBERTO FERNANDES
In "o jogo"
"Há, infelizmente, um limite para a afirmação de convicções no futebol. Válidas apenas enquanto não ameaçam comprometer o equilíbrio de interesses de quem as veicula. Ao longo da última temporada, uma das guerras mais acesas entre dirigentes de clubes teve como antagonistas os presidentes do Benfica e do Vitória de Guimarães, agudizando-se logo após o jogo entre os dois emblemas na Cidade-Berço. Na altura, apesar do triunfo merecido e incontestado dos encarnados, Luís Filipe Vieira insurgiu-se contra a arbitragem de João Ferreira, afirmou existir viciação de resultados e acabaria por envolver o Vitória de Guimarães - apontando o percurso do irmão do líder vimaranense na Comissão de Arbitragem.
O Benfica discutia então, com o rival minhoto, um dos lugares de acesso à Liga dos Campeões, pelo que a argumentação visava denunciar, uma vez mais, a teia de interesses, o tráfico de influências, nos bastidores do futebol.
Ironia do destino: o Guimarães e o Benfica vêem surgir a oportunidade de acederem (um de forma directa, o outro através da pré-eliminatória) à Liga dos Campeões. Abriu-se o espaço e a conveniência de uma defesa conjunta. O clube da Luz, que veiculara a convicção de um benefício desportivo à margem dos regulamentos, preferiu prescindir dessa estratégia (chamemos-lhe assim) e aliar-se ao clube que acusou para tornar mais consistentes e homogéneas as exposições jurídicas na UEFA com vista ao afastamento do FC Porto da Liga dos Campeões.
"O que hoje é verdade, amanhã é mentira." É a demonstração da validade da expressão de Pimenta Machado. Uma vez que o Campeonato chegara ao fim, o Vitória de Guimarães é mais útil como aliado do que como inimigo, pelo que a peleja deixou de interessar, e a convicção não poderia ser tão sólida assim.
A boa relação entre os dois clubes promete, aliás, frutificar. Está iminente a transferência (regresso) de Nuno Assis para a Cidade-Berço. Mas cristaliza-se a ideia da falta de decência dos dirigentes. Haveria que esclarecer se o presidente do Benfica se equivocou, ou se o líder vimaranense admitiu o seu erro. Sucede que isso deixou de ter qualquer importância. É apenas mais uma mancha."
"Há, infelizmente, um limite para a afirmação de convicções no futebol. Válidas apenas enquanto não ameaçam comprometer o equilíbrio de interesses de quem as veicula. Ao longo da última temporada, uma das guerras mais acesas entre dirigentes de clubes teve como antagonistas os presidentes do Benfica e do Vitória de Guimarães, agudizando-se logo após o jogo entre os dois emblemas na Cidade-Berço. Na altura, apesar do triunfo merecido e incontestado dos encarnados, Luís Filipe Vieira insurgiu-se contra a arbitragem de João Ferreira, afirmou existir viciação de resultados e acabaria por envolver o Vitória de Guimarães - apontando o percurso do irmão do líder vimaranense na Comissão de Arbitragem.
O Benfica discutia então, com o rival minhoto, um dos lugares de acesso à Liga dos Campeões, pelo que a argumentação visava denunciar, uma vez mais, a teia de interesses, o tráfico de influências, nos bastidores do futebol.
Ironia do destino: o Guimarães e o Benfica vêem surgir a oportunidade de acederem (um de forma directa, o outro através da pré-eliminatória) à Liga dos Campeões. Abriu-se o espaço e a conveniência de uma defesa conjunta. O clube da Luz, que veiculara a convicção de um benefício desportivo à margem dos regulamentos, preferiu prescindir dessa estratégia (chamemos-lhe assim) e aliar-se ao clube que acusou para tornar mais consistentes e homogéneas as exposições jurídicas na UEFA com vista ao afastamento do FC Porto da Liga dos Campeões.
"O que hoje é verdade, amanhã é mentira." É a demonstração da validade da expressão de Pimenta Machado. Uma vez que o Campeonato chegara ao fim, o Vitória de Guimarães é mais útil como aliado do que como inimigo, pelo que a peleja deixou de interessar, e a convicção não poderia ser tão sólida assim.
A boa relação entre os dois clubes promete, aliás, frutificar. Está iminente a transferência (regresso) de Nuno Assis para a Cidade-Berço. Mas cristaliza-se a ideia da falta de decência dos dirigentes. Haveria que esclarecer se o presidente do Benfica se equivocou, ou se o líder vimaranense admitiu o seu erro. Sucede que isso deixou de ter qualquer importância. É apenas mais uma mancha."
terça-feira, 8 de julho de 2008
A minha vez!!!
Chegou a hora de dar a minha opinião, sem rodeios, dos acontecimentos dos últimos tempos.
Desde já vos comunico que não irei falar sobre a trapalhada da existência jurídica, ou não, do encontro que certas pessoas do CJ da Federação fizeram, porque penso que muita água ainda vai rolar sobre isto, porque ainda temos poucos dados, e com a certeza de que, no final, nós é que vamos ser os culpados de tudo isto, como é costume.
Não falarei da legalidade da reunião, mas falarei e considerarei os comportamentos das pessoas para melhor se compreender o meu ponto de vista.
1 - Quais os fundamentos de facto e de direito para o indeferimento do Recurso do Presidente Pinto da Costa pelos conselheiros do CJ?
Já lá vão 5 dias e ninguém teve acesso ao referido pseudo-acordão. Ninguém ainda o referiu. A única coisa que sabemos é que o recurso de Pinto da Costa foi indeferido. Indeferido porquê? Ninguém sabe, ninguém pergunta, ninguém quer saber.
Qualquer acordão tem de se pronunciar, de facto e de direito, sobre as alegações produzidas pelo Recorrente, pronunciar-se sobre factos provados e não provados e justificação sobre o porquê de se dar um facto como provado ou não dar.
Este Acordão terá de justificar, para que o Porto e Pinto da Costa sejam condenados, a credibilidade do depoimento da testemunha Carol. Terá de explicar porque acreditam nessa senhora. E terão que explicar como é que à luz do direito civil e criminal, o CD da Liga a considerou credível pelo facto de não ter sido nunca prpnunciada pelo crime de falsas declarações e entretando decorrer um inquérito, aberto pelo Juiz Instrução Criminal, falsas declarações, segundo o próprio Juiz, proferidas no âmbito do processo da qual foram extraidas certidões para efeitos de inquérito Disciplinar.
Quanto ao Conselho de Justiça, por enquanto, por aqui me fico.
Mas passemos ao resto. Ao resto que ninguém fala. Nem Juízes, nem Bastonários, nem Procuradores do MP!!! Ninguém. Absolutamente ninguém.
Como é público, o PGR emitiu um despacho, a pedido de Mizé, para que todos os despachos de arquivamento no âmbito do Apito Dourado sejam alvo de Recurso por parte do Ministério Público. Todos sem excepção, independentemente dos fundamentos de facto e de direito que possam estar subjacentes a uma sentença.
E o que me revolta é que ninguém, mas mesmo ninguém se revolte contra um despacho destes. Porque será que, num Estado de Direito, estes processos sejam alvo de recurso obrigatório e outros, até de muita maio relevância para a sociedade em si não o sejam?
Porque será que um Magistrado do Ministério Público terá de recorrer de uma sentença ou despacho de arquivamento, mesmo concordando com os pressupostos da mesma? Não existem, durante a instrução, factos novos trazidos pelo Arguido aos Autos que possam por em causa a acusção do Ministério Público?
Quantas vezes, nos nossos Tribunais, o Ministério Público é confrontado com uma sentença que contradiz a sua acusação e nem por isso a mesma sentença é recorrível. Quantas vezes isso acontece? Ou melhor, quantas milhares de vezes?
Porque será que neste caso é diferente? Será porque há que perseguir alguém?
Porque será que o Bastonário da Ordem dos Advogados, tão solícito em outras ocasiões, não faz uma crítica, por mais pequena que seja, a este despacho, em defesa dos interesses da justiça? ~
Porque será que, mesmo antes de conhecerem a fundamentação de facto e de direito, no caso da fruta, o MP teve a "necessidade" de, imediatamente, declarar publicamente que iria recorrer? Mais, que necessidade e com que intuito anunciou publicamente que iria recorrer? Quantas vezes isso acontece diariamente nos Tribunais? É ou não verdade que os Advogados só sabem da decisão de recurso por parte do MP quando recebem as elagações do mesmo?
Mas neste momento chegamos ao momento que eu tanto aguardava. Chegamos ao momento em que, por mais que não queiram, os processos serão entregues aos Magistrados Judiciais. Aos Magistrados em que, apesar de tudo, ainda acredito.
Hoje em dia, o processo do Porto, em termos Europeus, encontra-se no TAS, no Tribunal Arbitral do Desporto. Um Tribunal que me parece isento, indepemdente de pressões políticas. O único receio que tenho em relação ao TAS é o meu desconhecimento sobre qual o tipo de decisão que têm de adoptar.
Se a sua decisão versar sobre a tal alínea de aplicação retroactiva, tenho a absoluta certeza que o FC Porto sairá ganhador da mesma. Se a sua decisão versar sobre a decisão da Comissão de Apelo, aí já não tenho tanta certeza, uma vez que desconheço em profundidade tudo quanto ali se passou e se existem fundamentos jurídicos para anular a sua decisão.
No célebre "caso da fruta" o Tribunal já se pronunciou. Já se pronunciou e de que forma. Arquivamento.
Quanto ao caso do envelope, Pinto da Costa vai a julgamento. E, meus caros amigos, ainda bem que vai. Porque vai ser a oportunidade de ouro de ver a testemunha de ouro do processo ser confrontada por um advogado de defesa que extrairá toda a verdade dos factos e a confrontará com as sucessivos delírios e aprimorar de memória que a senhora vem demonstrando.
Talvez seja esse o momento em que fiquemos a conhecer a versão original do livro. A tal versão que até agora ninguém desmentiu.
Talvez tenha chegado a hora de dizer basta a tudo isto. Por mim, sou-vos sincero, não me importava nada de ficar de fora da Liga dos Campeões. Nada. Porque mostraria a toda esta escumalha que aí anda, que não precisamos de uma prova que nos quer fazer de exemplo por aquilo que não somos, pelo simples facto de sermos pequenos em termos de futebol, uma vez que não temos uma única equipa Portuguesa que nos acompanhe na Europa, de forma a termos o peso devido.
E mais, pró ano, nós temos a certeza que ganharemos o direito a estar nessa competição outra vez. E que mais uma vez nessa competição, faremos os pontos necessários para que outros aproveitem para participar em provas Europeias.
Obrigado Mágico Porto pelas múltiplas alegrais que me tens proporcionado.
E por mais que façam, há algo que nunca nos tiram: este orgulho enorme de, em qualquer parte do mundo, a qualquer hora e em qualquer circunstância, de dizermos que somos Portistas.
Por cada um que caia, muitos se levantarão. E desde já vos digo: AQUILO QUE NÃO NOS MATA, APENAS NOS TORNA MAIS FORTES.
Por isso, caros inimigos, preparem-se. Nós aqui estamos, de pedra e cal.
Desde já vos comunico que não irei falar sobre a trapalhada da existência jurídica, ou não, do encontro que certas pessoas do CJ da Federação fizeram, porque penso que muita água ainda vai rolar sobre isto, porque ainda temos poucos dados, e com a certeza de que, no final, nós é que vamos ser os culpados de tudo isto, como é costume.
Não falarei da legalidade da reunião, mas falarei e considerarei os comportamentos das pessoas para melhor se compreender o meu ponto de vista.
1 - Quais os fundamentos de facto e de direito para o indeferimento do Recurso do Presidente Pinto da Costa pelos conselheiros do CJ?
Já lá vão 5 dias e ninguém teve acesso ao referido pseudo-acordão. Ninguém ainda o referiu. A única coisa que sabemos é que o recurso de Pinto da Costa foi indeferido. Indeferido porquê? Ninguém sabe, ninguém pergunta, ninguém quer saber.
Qualquer acordão tem de se pronunciar, de facto e de direito, sobre as alegações produzidas pelo Recorrente, pronunciar-se sobre factos provados e não provados e justificação sobre o porquê de se dar um facto como provado ou não dar.
Este Acordão terá de justificar, para que o Porto e Pinto da Costa sejam condenados, a credibilidade do depoimento da testemunha Carol. Terá de explicar porque acreditam nessa senhora. E terão que explicar como é que à luz do direito civil e criminal, o CD da Liga a considerou credível pelo facto de não ter sido nunca prpnunciada pelo crime de falsas declarações e entretando decorrer um inquérito, aberto pelo Juiz Instrução Criminal, falsas declarações, segundo o próprio Juiz, proferidas no âmbito do processo da qual foram extraidas certidões para efeitos de inquérito Disciplinar.
Quanto ao Conselho de Justiça, por enquanto, por aqui me fico.
Mas passemos ao resto. Ao resto que ninguém fala. Nem Juízes, nem Bastonários, nem Procuradores do MP!!! Ninguém. Absolutamente ninguém.
Como é público, o PGR emitiu um despacho, a pedido de Mizé, para que todos os despachos de arquivamento no âmbito do Apito Dourado sejam alvo de Recurso por parte do Ministério Público. Todos sem excepção, independentemente dos fundamentos de facto e de direito que possam estar subjacentes a uma sentença.
E o que me revolta é que ninguém, mas mesmo ninguém se revolte contra um despacho destes. Porque será que, num Estado de Direito, estes processos sejam alvo de recurso obrigatório e outros, até de muita maio relevância para a sociedade em si não o sejam?
Porque será que um Magistrado do Ministério Público terá de recorrer de uma sentença ou despacho de arquivamento, mesmo concordando com os pressupostos da mesma? Não existem, durante a instrução, factos novos trazidos pelo Arguido aos Autos que possam por em causa a acusção do Ministério Público?
Quantas vezes, nos nossos Tribunais, o Ministério Público é confrontado com uma sentença que contradiz a sua acusação e nem por isso a mesma sentença é recorrível. Quantas vezes isso acontece? Ou melhor, quantas milhares de vezes?
Porque será que neste caso é diferente? Será porque há que perseguir alguém?
Porque será que o Bastonário da Ordem dos Advogados, tão solícito em outras ocasiões, não faz uma crítica, por mais pequena que seja, a este despacho, em defesa dos interesses da justiça? ~
Porque será que, mesmo antes de conhecerem a fundamentação de facto e de direito, no caso da fruta, o MP teve a "necessidade" de, imediatamente, declarar publicamente que iria recorrer? Mais, que necessidade e com que intuito anunciou publicamente que iria recorrer? Quantas vezes isso acontece diariamente nos Tribunais? É ou não verdade que os Advogados só sabem da decisão de recurso por parte do MP quando recebem as elagações do mesmo?
Mas neste momento chegamos ao momento que eu tanto aguardava. Chegamos ao momento em que, por mais que não queiram, os processos serão entregues aos Magistrados Judiciais. Aos Magistrados em que, apesar de tudo, ainda acredito.
Hoje em dia, o processo do Porto, em termos Europeus, encontra-se no TAS, no Tribunal Arbitral do Desporto. Um Tribunal que me parece isento, indepemdente de pressões políticas. O único receio que tenho em relação ao TAS é o meu desconhecimento sobre qual o tipo de decisão que têm de adoptar.
Se a sua decisão versar sobre a tal alínea de aplicação retroactiva, tenho a absoluta certeza que o FC Porto sairá ganhador da mesma. Se a sua decisão versar sobre a decisão da Comissão de Apelo, aí já não tenho tanta certeza, uma vez que desconheço em profundidade tudo quanto ali se passou e se existem fundamentos jurídicos para anular a sua decisão.
No célebre "caso da fruta" o Tribunal já se pronunciou. Já se pronunciou e de que forma. Arquivamento.
Quanto ao caso do envelope, Pinto da Costa vai a julgamento. E, meus caros amigos, ainda bem que vai. Porque vai ser a oportunidade de ouro de ver a testemunha de ouro do processo ser confrontada por um advogado de defesa que extrairá toda a verdade dos factos e a confrontará com as sucessivos delírios e aprimorar de memória que a senhora vem demonstrando.
Talvez seja esse o momento em que fiquemos a conhecer a versão original do livro. A tal versão que até agora ninguém desmentiu.
Talvez tenha chegado a hora de dizer basta a tudo isto. Por mim, sou-vos sincero, não me importava nada de ficar de fora da Liga dos Campeões. Nada. Porque mostraria a toda esta escumalha que aí anda, que não precisamos de uma prova que nos quer fazer de exemplo por aquilo que não somos, pelo simples facto de sermos pequenos em termos de futebol, uma vez que não temos uma única equipa Portuguesa que nos acompanhe na Europa, de forma a termos o peso devido.
E mais, pró ano, nós temos a certeza que ganharemos o direito a estar nessa competição outra vez. E que mais uma vez nessa competição, faremos os pontos necessários para que outros aproveitem para participar em provas Europeias.
Obrigado Mágico Porto pelas múltiplas alegrais que me tens proporcionado.
E por mais que façam, há algo que nunca nos tiram: este orgulho enorme de, em qualquer parte do mundo, a qualquer hora e em qualquer circunstância, de dizermos que somos Portistas.
Por cada um que caia, muitos se levantarão. E desde já vos digo: AQUILO QUE NÃO NOS MATA, APENAS NOS TORNA MAIS FORTES.
Por isso, caros inimigos, preparem-se. Nós aqui estamos, de pedra e cal.
domingo, 6 de julho de 2008
Mais que uma simples questão...
Digam-me cá uma coisa. Alguém conhece a fundamentação de facto e de direito para o não provimento do recurso de Pinto da Costa?
Fala-se na validade ou não da reunião, mas ainda não vi ninguém questionar sobre onde anda a decisão dos Artolas? Ou será que não há Acordão??? Já alguém questionou os 5 Artolas qual a motivação para a Deci~soa ou isso não interessa?
Que jornalistas são estes que nem uma pergunta destas fazem aos 5 Artolas?
É que, sou-vos sincero, mais que a validade da reunião, gostaria de ver até onde vai a "jurisprudência" destes artolas...
Fala-se na validade ou não da reunião, mas ainda não vi ninguém questionar sobre onde anda a decisão dos Artolas? Ou será que não há Acordão??? Já alguém questionou os 5 Artolas qual a motivação para a Deci~soa ou isso não interessa?
Que jornalistas são estes que nem uma pergunta destas fazem aos 5 Artolas?
É que, sou-vos sincero, mais que a validade da reunião, gostaria de ver até onde vai a "jurisprudência" destes artolas...
Em que País?
Dizia Guilherme Aguiar há dias: a decisão do TIC terá «obrigatoriamente consequências no processo disciplinar».
Ó Guilherme Aguiar, diz-me cá uma coisa, em que País é que tu vives para acreditar numa coisa dessas???
Ó Guilherme Aguiar, diz-me cá uma coisa, em que País é que tu vives para acreditar numa coisa dessas???
Porcaria
por JORGE MAIA in "O Jogo"
Este último episódio em torno do processo Apito Final, que teve como palco o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, é uma porcaria.
É o tipo de porcaria que empesta o ar à sua volta, tornando-o irrespirável, e que ainda por cima vai continuar a feder durante os próximos tempos. Não tenho dúvidas de que haverá quem tenha a tentação apressada de separar o trigo do joio e também tenho a certeza de que o critério para essa segregação será a preferência clubística de cada um. O problema é que, deste tipo de porcarias, ninguém consegue sair limpo, e quem tentar separar os bons conselheiros dos maus apenas se vai limitar a sujar as próprias mãos.
A administração da Justiça, assim mesmo, com maiúscula, não pode depender das preferências clubísticas de cada um, de eventuais jogos de interesses ou até de um inconfessável, mas evidente, tráfico de influências, seja em que sentido for. As decisões do Conselho de Justiça não podem oscilar entre a condenação e a absolvição, consoante muda a composição e a relação de forças dentro do organismo ao ritmo de eventuais motins ou golpes de estado.
Que credibilidade tem uma Justiça assim?
E quanto tempo mais vamos continuar nisto?
Aquilo que aconteceu na sexta-feira é uma porcaria, e alguém devia fazer o favor de carregar no botão do autoclismo.
Por falta de tempo e por concordar com o que diz o Jorge Maia, aqui reproduzo o texto. Porém, não ficaria bem comigo mesmo se não dissesse taxativamente por minha escrita, que tudo isto me mete um nojo completo. Que tenho vergonha do que vejo. Que há muito filho na puta neste mundo.
A esses, exijo do meu clube que os expurgue e impeça a entrada em todo e qualquer evento realizado nas nossas instalações. Não só exijo como actuarei em conformidade.
E digo mais: VOLTA GUARDA ABEL, ESTÁS PERDOADO. PERANTE O QUE VEMOS, ERAS UM ANJINHO!!!
Vale tudo neste País, para que os sem princípios, atinjam aquilo que, mais que nunca viram fugir em campo. Esta Liga que aí vem vai ser uma grande prova. Teremos que demonstrar a nossa força. Na altura própria farei a convocatória.
Este último episódio em torno do processo Apito Final, que teve como palco o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol, é uma porcaria.
É o tipo de porcaria que empesta o ar à sua volta, tornando-o irrespirável, e que ainda por cima vai continuar a feder durante os próximos tempos. Não tenho dúvidas de que haverá quem tenha a tentação apressada de separar o trigo do joio e também tenho a certeza de que o critério para essa segregação será a preferência clubística de cada um. O problema é que, deste tipo de porcarias, ninguém consegue sair limpo, e quem tentar separar os bons conselheiros dos maus apenas se vai limitar a sujar as próprias mãos.
A administração da Justiça, assim mesmo, com maiúscula, não pode depender das preferências clubísticas de cada um, de eventuais jogos de interesses ou até de um inconfessável, mas evidente, tráfico de influências, seja em que sentido for. As decisões do Conselho de Justiça não podem oscilar entre a condenação e a absolvição, consoante muda a composição e a relação de forças dentro do organismo ao ritmo de eventuais motins ou golpes de estado.
Que credibilidade tem uma Justiça assim?
E quanto tempo mais vamos continuar nisto?
Aquilo que aconteceu na sexta-feira é uma porcaria, e alguém devia fazer o favor de carregar no botão do autoclismo.
Por falta de tempo e por concordar com o que diz o Jorge Maia, aqui reproduzo o texto. Porém, não ficaria bem comigo mesmo se não dissesse taxativamente por minha escrita, que tudo isto me mete um nojo completo. Que tenho vergonha do que vejo. Que há muito filho na puta neste mundo.
A esses, exijo do meu clube que os expurgue e impeça a entrada em todo e qualquer evento realizado nas nossas instalações. Não só exijo como actuarei em conformidade.
E digo mais: VOLTA GUARDA ABEL, ESTÁS PERDOADO. PERANTE O QUE VEMOS, ERAS UM ANJINHO!!!
Vale tudo neste País, para que os sem princípios, atinjam aquilo que, mais que nunca viram fugir em campo. Esta Liga que aí vem vai ser uma grande prova. Teremos que demonstrar a nossa força. Na altura própria farei a convocatória.
terça-feira, 1 de julho de 2008
O PARÁGRAFO DO ANO
"Apesar de a sua conduta poder ser norteada por sentimentos vingativos, tal não significa que a testemunha não goza de credibilidade e o seu depoimento deva ser totalmente desconsiderado". "Fazê-lo, significaria admitir que a testemunha teria praticado crimes atrás de crimes de prestação de falsas declarações/testemunhos perante os tribunais".
por Pavão Aflautado.
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