sexta-feira, 30 de setembro de 2005

O BURRO, O BORRADO E O POETA

Consegue a proeza de falhar em todos os momentos decisivos. O rol das asneiras é tão extenso, que não vale a pena enumerar. Momento brilhante: substitui o abono de família pelo Beto, jogando em casa com o Setúbal reduzido a 10 durante 70 minutos... Chega a meter dó o ar aflito por não saber que substituição vai fazer. Como se não bastasse, é enxovalhado e re-enxovalhado publicamente por todos os jogadores do plantel e, para ele, está sempre tudo bem.
O borrado de medo podia ter ganho ao pior Manchester de que me lembro. Mas como nunca acreditou sequer no empate, quando o conseguiu, em vez de dar a estocada final, estendeu a passadeira vermelha ao adversário, perdendo o jogo. Caso claro do Síndrome Fernando Mamede (vulgo borra).
O nosso Mister conseguiu em apenas meia dúzia de jogos por a equipa a jogar o futebol mais espectacular dos últimos largos anos do Porto. Isto tudo depois de uma época desastrosa e com jogadores novos, na equipa e na idade. Conseguiu fazer explodir o Mago Diego e regenerar o Harry Potter. Poesia lírica jorra quando se senta no banco. Tem o sonho de vencer a escola italiana, que se estendeu, qual praga, por todo o Velho Continente (Eslováquia incluída), e salvar o futebol. O seu objectivo é, afinal, a essência do futebol: o golo. Todavia, está a aprender que o homem não pode viver só de versos. Tem que comer também. Há tempo para poesia, há tempo para lavrar a terra. Quando conseguir acertar nas doses, fujam da frente. Enquanto não o conseguir, mesmo assim não me ouvirão dizer mal. Não tenho coragem para assobiar quem perde como na quarta feira. Antes um poeta, do que um burro ou um borrado. Só assim se justifica pagar-se bilhete e gostar-se de futebol. Força Adriaanse!

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Há dias de manhã,

que de tarde ,ai vale não sair à noite.
Ontem foi um dia desses.
Realmente a sorte não quer nada connosco.
Mas hoje não me quero lembrar do jogo de ontem...
Vou tentar esquecer... Desculpem.

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Ser-se pequeno

A demonstração do que é ser um clube de três à coroa, foi ontem dada pelos lampiões em Old Trafford.
Qual Ramaldense a jogar em casa do Campeão do Mundo, depois de ter marcado um golo numa bola parada, a jogar contra uma equipa cheia de indisponíveis que nem uma substituição fizeram; que jogaram com um avançado a meio campo porque não tinham mais jogadores; comj outros que ninguém sabe quem são a titulares e o mais elogiado de todos os treinadores do mundo, o Faraónico Koeman resolve meter tudo para trás, tudo no ferrolho a mandar bacalhaus para o ar a ver se dava um empatezinho.
Mais uma prova da mediocridade de um clube que joga para sobreviver e não para viver.
E no fim dizem que poderiam ter ganho os três pontos, qual clubezinho orgulhoso nas vitórias morais. Mesmo contra uma equipa deficitária, as bolas na trave e no poste foram em catadupla.
Mister Co Adriansse sabe que está numa equipa de dimensão Europeia. Sabe que no nosso clube tentámos viver e não sobreviver.
A luta pela vitória em todos os jogos demonstra a grandeza de um clube. A exigência da luta da vitória por parte dos seus adeptos demonstra a ambição e a dimensão de cada um.
Como se tem visto, nós exigimos a luta pela vitória em todos os jogos. Mesmo 10 contra 11. Porque podemos não ganhar, mas tentar, isso temos de tentar, custe o que custar.
Logo é o que vamos ver. Não vale a pena pedir, porque sabemos que é o que vamos fazer. Este treinador, de mim, já tem toda a admiração do mundo.
Tudo o que sempre quis ver num treinador do Porto personifica-se em Co Adriansse. Posso não gostar de certas opções que ele faz na utilização de certos jogadores, como o Pepe e deixando Jorge Costa de fora. No entanto, na metodologia, na ambição, na disciplina e na forma de encarar o futebol, encarna o verdadeiro sentimento Portista: GANHAR É O MELHOR REMÉDIO.
VAMOS A ELES

terça-feira, 27 de setembro de 2005

Optimistas, por JORGE MAIA in "oJOGO"

Co Adriaanse é um optimista. Um pessimista ter-se-ia rendido logo quando o FC Porto desistiu de Kromkamp. Um pessimista teria choramingado como uma criança o atraso com que Diego arrancou para esta temporada, lamentaria a saída de Nuno Valente, faria uma birra depois da lesão de Pedro Emanuel e perderia os sentidos com as de Sokota e Lisandro. Para quem não sabe, os pessimistas são seres muito frágeis. Ora, em vez de lamentar a sua sorte, em vez de pegar nesses problemas e transformá-los em desculpas para tudo e mais alguma coisa, Co Adriaanse preferiu explorar as oportunidades que se escondiam por detrás de cada um deles. Descobriu um "10" em Postiga, inventou um excelente lateral-esquerdo em César Peixoto, estreou Bruno Alves no eixo da defesa portista, recuperou McCarthy para o ataque e fez Quaresma amadurecer até ficar no ponto. Para cada problema, para cada ausência, Adriaanse encontrou uma solução tão boa ou melhor do que a original e conseguiu acrescentá-las à equipa sem mudar uma vírgula na personalidade colectiva que já se adivinha neste FC Porto. Os portistas atacam, pressionam e dão espectáculo independentemente das alterações que a equipa vai sofrendo a cada jornada que passa. E conseguem fazê-lo sem perder o pragmatismo que já lhes rendeu 13 pontos em cinco jornadas, o suficiente para garantir a liderança isolada no campeonato. Com mais tempo e com menos problemas, o mais provável é que o FC Porto consiga fazer ainda melhor. Afinal de contas, como diria qualquer optimista, não há nada que esteja tão bem que não possa melhorar.

domingo, 25 de setembro de 2005

6 DESTAQUES DE ONTEM

1. Lucho Gonzalez (ver post anterior).
2. Ibson (ver post anterior). Custou 100 mil contos. Quanto vai valer?
3. Baía. Tão grande, que não cabe em Portugal. O espaço dele é o mundo. O espaço de melhor do Mundo.
4. Ricardo Quaresma. O Mustang finalmente entendeu o que significa jogar em equipa. A pedagogia de Adriaanse parece surtir efeito. Fez o jogo mais conseguido desde que chegou ao Porto. Não se perdeu em fintas de rua, centrou sempre de forma perigosa e de primeira. O rol de nós cegos apenas foi utilizado como último recurso, quando tinha que esperar pelo poicionamento dos colegas. Velocidade de ponta e uma assistência genial para Jorginho. Haja fé em como é para durar.
5. Benni. Voltou, marcou, celebrou, jogou e fez jogar. No fim penitenciou-se por se ter portado mal. Continua assim que a gente perdoa. Desde que o arrependimento seja sério.
6. General Adriaanse. Ao outro chamavam-lhe arrogante, a este ditador. É bom sinal. Em meia dúzia de jogos fez o Porto voltar a jogar tão bom futebol como no ano da Taça Uefa. Isto com uma equipa nova e de gente muito nova (a mais nova da Superliga). Mesmo a ganhar, não mete defesas nem médios. É só avançados. No fim queixa-se sempre de que ficaram golos por marcar. É isto que o povo gosta. Mesmo perdendo, nunca lhe levaremos a mal. Pelo meio, disciplinou o balneário e regenerou o Quaresma. Que mais podemos pedir-lhe?

SENHOR COMANDANTE



Se Co Adriaanse é o General que posiciona (e bem) as tropas, Lucho Gonzalez, também conhecido como o Karyaka das Pampas, é o Comandante. Ao ritmo de um qualquer tango do Piazzola, Lucho movimenta-se de forma elegante no meio campo de qualquer relvado do Mundo. Naquele jeito lânguido que acompanha a música tradicional argentina, Lucho prevê os movimentos dos seus parceiros de dança e comanda-os de forma viril. Para o efeito, sem se dar por ele, trata de roubar um número absurdo de bolas ao adversário, sem lhes tocar. Depois, faz passes mágicos para qualquer lado do terreno, sem falhar um único. Soberbo. Portentoso. Tudo para não cair no trocadilho fácil, dizendo que é um luxo. Se já assistíramos à magia africana de Madjer e ao génio explosivo de Deco, nunca tínhamos visto no Dragão tal elegância de movimentos. Isto, meus senhores, apenas à quinta jornada do campeonato. Com mais jogos em cima, temo que o Dragão deixe de dançar o tango e que o mesmo se mude para outras paragens. Todavia, tomando como referência os 19 milhões de contos que custa o Mantorra (é ele que o diz assim), penso que o preço certo para Lucho é o que custou o Estádio do Dragão.
E já que o tema deste post são as danças tradicionais da América do Sul, falemos dum novo estilo recém criado. Trata-se de fusão tango/samba, ou, de forma mais simples, tamba ou sango. Em que consiste? Pois bem, o pobre escriba destas linhas não tem arte suficiente para o descrever. Apenas deixa ficar uma dica: para o entender, há que marcar ponto no Dragão de quinze em quinze dias e assistir ao melhor meio campo da Europa trocar a bola. Aí poderão entender a nova criação estética de Lucho, Ibson e Diego, a caminho do hall of fame.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

O nosso Mister tem razão

Só nós enchemo os Estádio.
"Restam 8 mil bilhetes para o F.C. Porto-Belenenses
Neste momento faltam vender 8 mil bilhetes para o F.C. Porto-Belenenses. O palco de emoções vai ferver para o jogo mais quente da jornada.

A venda de bilhetes tem decorrido a bom ritmo e tudo indica que os Campeões do Mundo vão ter a casa cheia para um espectáculo que se perspectiva emotivo e entusiasmante."
Como sempre, lá estarei, à espera de mais um grande jogo e, claro, de mais uma vitória.
Aos amigos vindos de Belém, uma boa viagem e um bom regresso. Vocês são a os Gauleses da aldeia do Astérix no meio dos Romanos.
E, claro, são azuis e brancos...

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Anderson já brilha

O nosso futuro jogador foi decisivo na vitória (2-1) do Brasil sobre a Holanda, mantendo os Brazucas na luta por um lugar nos quartos-de-final do Mundial de Sub-17.
Anderson teve vinte minutos de jogo verdadeiramente geniais e ainda fez as assistências para os dois golos da equipa brasileira.
Agora, o nosso craque, minuto a minuto:

5' Primeira aparição de Anderson no jogo. Depois de deixar dois adversários para trás, o médio-ofensivo tabelou com Ramon e ficou em boa posição para marcar, mas o remate cruzado acabou por sair ao lado.

7' Espécie de canto mais curto, descaído sobre a direita do ataque do Brasil. Anderson pegou bem na bola e colocou-a na cabeça de Igor, que não teve dificuldades em fazer o primeiro golo do Brasil.

12' Anderson arrancou ainda antes do meio-campo e, depois de passar por dois adversários, sofreu uma carga violenta à entrada da área. Na conversão do livre, o número oito da selecção brasileira atirou à figura do guarda-redes holandês.

14' Mais uma excelente combinação entre Ramon e Anderson, com este último, já apertado dentro da área, a rematar à meia-volta mas ligeiramente por cima.

19' Livre da direita, perto da linha lateral. Anderson tentou surpreender o guarda-redes adversário com um remate ao ângulo mais distante, mas a bola parou nas mãos do número um holandês.

51' Mais um lance de bola parada cobrado por Anderson. Desta feita, o remate saiu potente, mas à figura do guarda-redes adversário.

59' Ramon tocou curto em Anderson, que, com um passe de primeira, deixou o seu companheiro de equipa isolado. Depois foi só escolher o lado e fazer o segundo e decisivo golo do Brasil.

67' Lance de génio. Anderson pega na bola do chão e com um só gesto passa-a por cima do seu adversário, indo buscá-la do outro lado. O lance acabaria por se perder.

80' Lançado em profundidade, Anderson vence a velocidade dos defesas da Holanda, mas faz uma finta demasiadamente larga ao guarda-redes adversário, acabando o lance por se perder pela linha de fundo.

87' Anderson pegou na bola encostado à linha lateral sobre a direita do ataque, flectiu para o centro e, perante dois adversários, rematou cruzado mas novamente ao lado.

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

MST...

"No espaço de cinco dias vi o FC Porto fazer duas corajosas e convincentes exibições em jogos de risco elevado e terminar ambos com resultado negativo. Das duas vezes, o FC Porto foi a única equipa em campo que, do princípio até ao fim, lutou pela vitória, dominou, rematou, correu riscos, enquanto os adversários viveram entrincheirados lá atrás, esperando escassas oportunidades de contra- ataque e confiando na sorte, que acabou sempre por lhes sorrir.

Mesmo eu, que me reconheço um espírito talvez demasiado crítico e exigente para com as prestações do meu clube, não tenho— fora críticas de pormenor — nada a apontar-lhes.

No futebol também é preciso sorte e eles nunca a tiveram na frustrante semana passada. Em Glasgow, a soma de factores de fortuna adversos foi quase impossível de repetir:
- a lesão de Pedro Emanuel, que teria justificado um cartão vermelho a quem lhe partiu o nariz;
- a lesão de Sokota, deixando a equipa reduzida a dez quando faltavam quinze minutos, o jogo estava empatado e só o Porto é que tentava ganhá-lo, como, aliás, continuou a tentar mesmo depois disso;
- o episódio das cabeleireiras de McCarthy, que deixou a frente de ataque confiada ao inofensivo Sokota;
- a quantidade incrível de situações de golo desperdiçadas frente à baliza do Rangers, em contraste com o aproveitamento do adversário que em duas oportunidades... marcou dois golos, ambos em remates tão felizes que os marcadores nem sequer olharam para a baliza antes de rematarem;
- enfim, o incrível segundo golo do Rangers, de tal maneira faltoso que não se entende como é que um árbitro da Liga dos Campeões consegue validá-lo.

Raras vezes me lembro de assistir a uma derrota tão injusta quanto esta e a sensação de frustração só não foi ainda maior porque a imensa superioridade demonstrada em campo pelo FC Porto (21 remates contra seis, por exemplo!), deixa antever o restabelecimento relativamente tranquilo da hierarquia desportiva no Grupo H da Champions.

Mas não deixa de ser impressionante o facto de o FC Porto, que entrou no inferno de Glasgow com uma autoridade e uma personalidade de que apenas ele é capaz em todo o panorama das equipas portuguesas, tenha sido a única que terminou derrotada neste primeiro round europeu.
Em Braga, o FC Porto entrou igual a Glasgow, e acabaria por assinar a exibição mais dominante e pressionante feita por aquelas paragens desde há largos anos.
Bem pode Jesualdo Ferreira declarar que ambas as equipas poderiam ter ganho. Não é verdade: apenas poderia ter ganho a única equipa que fez por isso, que criou oportunidades várias, contra absolutamente nenhuma do Sporting de Braga, e que acabou até a jogar com três defesas, dois médios e cinco avançados.
Bem pode ele vir com o estafado argumento dos penalties por marcar (num deles teve a concordância do comentador da Sport TV, sempre diligente a ver erros de arbitragem a favor do FC Porto; no outro, só mesmo ele é que o inventou).
E bem pode ainda queixar-se do cansaço do jogo europeu de 5.ª- feira, gasta desculpa de outros tempos e de equipas que não sabem o que é jogar na Europa de Setembro a Maio.
Aquilo que ficou à vista de todos, e sem desprimor para o Sporting de Braga, foi a equipa da casa a defender sempre com dez jogadores atrás da linha da bola e sem sequer ser capaz de, de quando em vez, organizar contra-ataques dignos desse nome.
O Braga ganhou um ponto, o Porto perdeu dois. Por mais que Jesualdo Ferreira disfarce, só pode estar feliz com o que lhe aconteceu no domingo.

Já o FC Porto, episódios de cabeleireiras e excessos disciplinares à parte, vive uma situação paradoxal: joga claramente um futebol muito acima daquilo que por aqui, e mesmo lá fora, se vai vendo. Ataca desde o apito inicial de qualquer jogo, seja contra aNaval ou o Arsenal, domina territorialmente em todos os aspectos, cria oportunidades em série, remata sem descanso em cada jogo, deixa os adversários de gatas e, no fim, ou ganha sofridamente ou nem isso.
O que fazer? Há uma parte da resposta a esta pergunta que não tem solução imediata, só o tempo a pode resolver: a falta de sorte.

A sorte não se ensaia nem se treina. Pode aparecer ao minuto 91 do jogo" dos lampiões "contra o Lille ou logo ao minuto 3" dos lampiões "-Leiria.
E pode não aparecer nunca, a não ser ao adversário, como aconteceu aos portistas em Braga e emGlasgow.
Mas estou de acordo com Adriaanse: a solução não está em mudar de filosofia de jogo e começar a jogar como os outros, com cautelas e caldos de galinha, renunciando ao futebol de ataque e ficando lá atrás, à espera do golpe de sorte.

Quando se ostenta na camisola o símbolo de campeão do Mundo em título há responsabilidades acrescidas perante o espectáculo e o nome do clube. Adriaanse tem razão, quando defende a filosofia oposta: quanto mais se atacar mais possibilidades se tem de ganhar.
É verdade que, ao contrário do que reza o ditado, nem sempre a sorte sorri aos audazes. Mas, indiscutivelmente, são eles que dignificam o espectáculo e levam público às bancadas. Por isso é que o Dragão enche e a" lampiolândia "fica sempre a meio. Agora, não desfazendo na ideia de que este futebol do FC Porto, versão 2005/06 não tem nada que ver com o da época passada e está no bom caminho para satisfazer os adeptos e renovar títulos, ..."
(...)
Se conseguir começar a acertar na baliza e começar a inverter a falta de sorte que o parece perseguir, não tenho dúvida alguma de que este FCPorto, mesmo com dez baixas ocasionais ou dispensáveis conflitos disciplinares, chega e sobra para um ano de vitórias a nível interno. Não se trata de sobranceria, mas da mesma análise, necessariamente pessoal, que, no ano passadome levou a reconhecer ao longo de toda a época que o melhor futebol era o do Sporting. Este ano, parece-me que é o do Porto, mas com uma vantagem sobre o Sporting do ano passado e deste: é mais consistente, mais contínuo emais forte. ..."

terça-feira, 20 de setembro de 2005

Esta é fantástica... O Avante no seu melhor!!!

Depois de ter visto o jogo dos Lagartos na televisão ontem à noite, comecei a fazer as contas e verifiquei que o Porto estaria com os mesmos pontos do Braga, a 1 ponto dos Lagartos e a 6 dos Lampiões.
Mas eis que hoje quando acordo, vou tomar o meu cafezinho e verifico que no café tem o Avante em cima da mesa com a 1.ª página virada para cima.
Afinal eu estava enganado. Apenas estamos a 1 ponto dos Lagartos e a 1 ponto dos Lampiões. Não se acreditam?
Vejam com os vossos próprios olhos. Até pus um rectangulo vermelho à volta:


E se pensam que é montagem, vão ao site do Avante (só não meto aqui o link para evitar vírus. Já a foto tive de a tirar, passar pelo anti-vírus umas trinta e seis vezes antes de utilizar)

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Apesar do bom jogo, falhamos muitos golos.

Foi mais um bom jogo do Mágico Porto ontem em Braga. Falhamos na concretização, o que quando começar a acontecer, vai ser um caso sério.
O nosso mister quer que a equipa ataque e é o que ela faz. Em grande, mesmo.
Criamos ocasiões de golo sucessivas, mas a bola não quis entrar.
De notar o jogo feito por Ibson. Simplesmente fantástico. Ele roubou bolas, ele defendeu, atacou e torceu os rins aos jogadores do Braga. Ele estava na direita e na esquerda. Simplesmente fantástico. Se Ibson tivesse marcado aquele golo quase no final do jogo, teria sido uma exibição perfeita.
Lucho é de uma classe impressionante. Quem o vê de cá de cima das bancadas a adivinhar os lances dos adversários para se intrometer na linha de passe dos mesmos, verifica que estamos na presença de um jogador de classe superior.
De resto, um pouco mais de sorte e estariamos agora com 12 pontos.
Deixem-me também realçar o jogo do Bruno Alves. Seguríssimo no jogo aéreo e muito autoritário, mostrando que é, de longe, bem melhor que Pepe (desculpem a insistência, mas é o que penso).
Enfim... Não ganhamos, mas não é por isso que vamos esmorecer. Porque saimos do Estádio com a ideia de que jogamos para ganhar, que criamos oportunidades para tal e que a bola não entrou porque não calhou, ao contrário do ano passado em que quando não ganhavamos os jogos se devia ao completo marasmo da equipa.
A Superliga "Betadine" continua para a semana e temos a certeza que veremos mais um grande jogo do Mágico Porto.

sábado, 17 de setembro de 2005

Ranking de blogs sobre o FC Porto

De acordo com a lista de blogs sobre o FC Porto aqui ao lado na coluna da direita, tal como eu previa, o nosso O DRAGÃO é claramente o mais visitado de todos, de acordo com a tabela que se apresenta em baixo. Parabéns a todos nós, mas em especial a todos vós, portistas de alma e coração!

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Antológica

Cada vez mais gosto de ouvir o Adriaanse falar e treinar!

O homem é fantástico!

Deixo-vos aqui a entrevista que deu hoje na sala de imprensa do FC Porto, a negrito as partes melhores.

"FCP: Tem muitos problemas para este jogo com o Sp. Braga?
Co Adriaanse: Neste momento tenho Helton, Jorge Costa, Pedro Emanuel, Bosingwa, Pepe, Sokota, Bruno Moraes, Hugo Almeida e talvez o Lisandro lesionados.

FCP: O que é que aconteceu com o Hugo Almeida?
CA: Queixou-se de problemas numa coxa durante o treino de hoje e não pode jogar.

FCP: Quando saberá se pode contar com o Lisandro Lopez para domingo?
CA: Saberei amanhã.

FCP: E em relação a Hélder Postiga?
CA: Decidimos amanhã.

FCP: Jogará o McCarthy na posição nº9?
CA: Não posso dizer. Amanhã vou decidir que jogadores levarei para estágio. Não posso dizer hoje essa lista. Todos os jogadores que estão disponíveis têm chance de ser escolhidos, mas decidimos amanhã, depois do treino.

FCP: Ontem voltou a ter problemas com McCarthy?
CA: A questão não é correcta. Eu não tenho problemas com ele. Pode dizer que ele é que tem problemas em funcionar com o grupo. Imagine que vai a conduzir um carro e não pára num vermelho. Não é a polícia que tem problemas consigo, mas sim você que tem um problema com as regras. Eu não tenho problemas. Sou profissional. Ele é que tem problemas para ser profissional. Isso são especulações e sugestões. Vocês não estiveram comigo na manhã de ontem e não fazem parte do grupo. Eu não tenho problemas com os jogadores. Sou responsável pelo grupo. Podem perguntar-me porque perdi com o Rangers. Isso é uma boa pergunta. Mas insistem na especulação. Falem do jogo.

FCP: O que pensa do Sp. Braga?
CA: Vai ser um jogo muito difícil. O Sp. Braga é uma equipa muito boa e vem de um bom resultado na Taça UEFA. Quem empata 0-0 em Belgrado é porque tem um conjunto muito bem organizado. E tem também um bom treinador. Perdemos o último jogo e perdemos alguns jogadores. Vai ser difícil para nós.

FCP: Será o jogo da Liga mais difícil até ao momento?
CA: Até agora não jogámos com uma equipa tão forte. O Sp. Braga costuma andar no topo da tabela e joga competições europeias.

FCP: Que informações possui sobre este adversário?
CA: Já sabemos algumas coisas e vi-os pessoalmente no jogo com o Penafiel.

FCP: O que vai mudar no F.C. Porto?
CA: Temos de marcar mais golos que o adversário. O jogo de Glasgow foi muito bom. Foi o melhor que vi na TV. E vi vários. Estou orgulhoso dos meus jogadores e estou contente pelo F.C. Porto ter jogado bem. O futebol é um espectáculo e as pessoas gostaram da nossa exibição.

FCP: A derrota afectou o espírito da equipa?
CA: Isso não se pode medir agora. Poderá saber-se no próximo domingo, mas nunca se sabe. Mas claro que ganhar é sempre melhor para a confiança e para o ambiente do balneário.

FCP: Não acha que o árbitro do Rangers-F.C. Porto foi injusto?
CA: Na conferência final ainda não tinha visto as imagens. Mas agora já vi. O Prso teve contacto físico com o Vítor Baía no ar. As regras são claras. Era falta. Na Escócia não podia afirmá-lo sem ver as imagens. Mas eu também cometo erros, os jogadores também e os árbitros também. Toda a gente comete erros.

FCP: Mas ficou descontente com a defesa?
CA: Porquê? Só porque sofremos três golos e um foi em falta? Também é uma questão de sorte. Temos também de ter sorte. Estou mais preocupado com o futebol em Portugal, porque vejo bancadas vazias. Vi os jogos do Setúbal e do Benfica esta semana. Estavam 30 mil pessoas no Benfica? Como é possível no primeiro jogo na UEFA Champions League? Se mudarem, por exemplo, a regra dos cinco cartões amarelos, as equipas vão ser obrigadas a jogar melhor. Isso é que promove o futebol. Mais pessoas, mais jogo ofensivo, mais entretenimento. Os estádios não enchem, porque os jogos não são interessantes. Necessitamos de jogos como o Rangers-F.C. Porto. Temos a tarefa de entreter as pessoas. Eu prometi que vamos ser campeões e quero agradar às pessoas. Marcámos sete golos na Liga e dois na UCL. Mas é preciso mais."


Digam lá que não é de mestre... Afastou a pressão da derrota para canto, mantém a disciplina no plantel com rédias curtas e motiva os jogadores e os adeptos do clube, uns a jogar mais e melhor e outros a comparecerem aos estádios!

Para além disso, dá umas valentes estocadas no "sistema" do futebol português como ninguém o fazia desde que o Mourinho foi para o Chelsea (isto é, desde as meias finais contra o Corunha na época 2003-2004) e da forma como partiu a loiça toda, vai haver muito mouro e avantes a virem com o paleio xenófobo de que "ele é estrangeiro e acabou de chegar e não tem o direito de falar assim de nós" e coisas do mesmo género...

Voltemos à Liga...

Este fim de semana o Mágico Porto desloca-se a Braga.
Num jogo difícil mas que espero que nos dê mais uma vitória. As exibições da equipa não me permitem pensar de outra maneira.
Apesar da derrota na Escócia (injusta e com mão do homem de preto) temos todas as condições para destroçar a equipa Bracarense.
Temos a certeza que não joga o Pepe no eixo da defesa, o que é uma boa notícia. Apesar de ter marcado dois golos no último jogo, continuo com a minha opinião: Pepe é fraco demais para jogar no Mágico Porto. Mesmo no jogo em que marcou dois golos, Pepe teve aquele atraso devagarinho para o Vitor (lance que nos tem habituado) e é o principal culpado no terceiro golo do Rangers.
Falta-nos saber quem é o ponta de lança. Não arrisco, porque o nosso mister lá saberá como estão as coisas dentro do balneário, mas só espero que quem entre esteja motivado para arrasar a baliza do Braga.

Para o lado dos infieis lampiões, tudo na mesma. Ficamos a saber que dos famigerados 300.00 Kits, apenas venderam 65.000. Que a meta são os 100.000 até ao final da época e que (aqui está a boa notícia) arrecadaram 3,5 milhões de euros com a venda dos mesmos, contra 4,5 milhões de euros gastos em publicidade.
Ou seja, mais um grande negócio à lamp.

P.S.: Espero que estejamos tantos adeptos em Braga como há dois anos atrás. Vamos fazer uma invasão a uma cidade lampionica. Eu estarei lá. Conto com a vossa companhia.

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

A decisão

Perante um resultado de 85% a favor da manutenção dos vídeos contra 15% a favor do expurgo dos mesmos, não me resta outra alternativa que não seja manter os videos do nosso Mágico Porto.
Porém, aceitando uma sugestão do Pinto Azul, a partir de agora os referidos vídeos não correrão de imediato, mas começarão na situação de pausa, bastando apenas um pequeno toque mágico no play para vermos as maravilhas que fazem os jogadores do Mágico Porto.
Cumprimentos,
O vosso amigo Dragão.

quarta-feira, 14 de setembro de 2005

As reclamações para com a Administração deste Blog

Desta vez respondo eu por ser o único administrador deste Blog.
Como devem imaginar, também eu tenho de aceder ao blog como qualquer um de vocês. Umas vezes neste meu PC, outras de PC´s de amigos, bem como outras desde Ciber Cafés e coisas que tal, tal como aconteceu durante o período de férias.
Pois bem, nunca por nunca, por causa dos vídeos ou de qualquer outro motivo, tive qualquer problema em aceder ao blog ou sequer o PC "crashou".
Como tal, como eu gosto de ver os vídeos que aqui ponho, tal como muitos outros leitores gostam (tanto assim que me têm dado os parabéns pelos mesmos estarem neste blog), não equacionei sequer a possibilidade de os tirar, sendo certo que nunca tenho problemas na abertura da página do blog.
É certo que já recebi uma ou outra reclamação, mas parece-me que se trata de um problema com o PC desse Reclamante, pois eu utilizo um serviço igual ao de muitos outros neste País.
De qualquer forma, e porque este blog se transformou em relação à sua criação, ao contrário do inicialmente imaginado, deixo ao critério dos leitores a manutenção, ou não, dos vídeos neste blog.
Solicito, assim, que me deixem as vossas opiniões, para que possa decidir, pois aqui não acusamos de PAPAGAIOS as pessoas que reclamam e não as tentamos calar.
Assim sendo, promovo a sondagem aqui ao lado para posterior decisão democrática.
Obrigado pelos vossos contributos.
O Dragão

A ANEDOTA CHACOTA

Perante um adversário acessível, diria mesmo fraco, Co Adriaanse, ciente da evidente superioridade portista, resolveu criar handicaps na sua própria equipa, de forma a equilibrar a contenda. Assim, fez alinhar o seguinte oito:

Baía
? R. Costa P. Emanuel ?

Lucho Diego Ibson
Jorginho Alan

Para além de criar handicaps na sua equipa, retirando-lhe 3 jogadores, ofereceu ainda um central precioso ao adversário, que dessa forma alinhou com o seguinte doze:

Waterreus

Murray, Rodriguez, SOKOTA, Kyrgiakos, Bernard

Ricksen, Ferguson, Namouch


Lovenkrands Prso e Jeffers

Ora, apesar destes alinhamentos, o Porto começou logo a dominar por completo o encontro, sendo certo que o adversário não passava do meio campo. Daí, nova intervenção para equilibrar o jogo. Numa falta longe da área, bola bombeada, o Calabote de serviço faz vista grossa a uma falta sobre um defesa, primeiro remate à baliza do Rangers, golo.
Chacota, que estava a ter uma actuação sóbria e discreta no eixo da defesa, resolve mostrar que está vivo ainda na primeira parte, cabeceando para canto num lance em que lhe foi assinalado fora de jogo quando estava completamente sozinho na área. A 1ª parte não acaba sem que Prso, o assassino dos balcãs, resolva partir o nariz ao único defesa de jeito do Porto, livrando-se apenas com um amarelo. Missão cumprida para o exterminador do rabo de cavalo

Na segunda parte e porque Adriaanse tem estrela, coveiro Pepe resolve marcar golo a centro de proxeneta Peixoto. Empate feito. No espaço de 5 minutos, porém, decide-se o jogo. Quando Alan se prepara para virar o marcador, Sokota, rapidíssimo uma vez na vida, trava, sem falta o adversário, impede-o de chutar e atrasa a bola para o seu guarda redes Waterreus. Minutos depois, Calabote faz vista grossa ao abalrroamento de Baía e fica feito o 2-1.
Todavia, Coveiro Pepe e Proxeneta Peixoto resolvem repetir a graçola e empatam de novo o desafio. Num assomo de brio, o Rangers fez o único golo limpo da noite e aguentou estoicamente a vitória, pese embora o facto de ter ficado reduzido a 11 unidades depois da 80ª lesão no joelho do homem do jogo, Toma Chacota.




P.S.: este post foi escito pelo Azulão. Apenas foi republicado por mim, porque tive um problema com o sistema de comentário do Haloscan e esta republicação é para permitir a utilização do sistema de comentários alternativo aos leitores deste blog.

terça-feira, 13 de setembro de 2005

PALAVRAS PARA QUÊ...

Estamos a escassas duas hora do início da

Eu cada vez qie ouço este treinador, mais confiança tenho nele e no nosso Mágico Porto.
Hoje, certamente que teremos o apoio daqueles nossos amigos do Celtic, os milhares que conhecemos em Sevilha. Já na altura cantavamos contra os Rangers em conjunto (não é Azulão?).
Hoje estarão a torcer por nós, com toda a certeza...
Vamos a eles...
ALLEZ, PORTO, ALLEZ,
NÓS SOMOS A TUA VOZ,
QUEREMOS ESTA VITÓRIA,
CONQUISTA-A POR NÓS

NÃO SEI PORQUÊ,

mas deu-me uma grande vontade de postar esta imagem...



Aceitam-se sugestões para a explicar esta minha súbita vontade...

domingo, 11 de setembro de 2005

QUARESMA, ADRIAANSE, McCARTHY E BENFAS

1. Ricardo Quaresma, o tal que gera amor/ódio nos adeptos do Porto conforme acerte ou não a trivela, acaba de entrar na história do futebol. Havia o golo de letra, de calcanhar, de pontapé de bicicleta. Agora há o golo Quaresma. Seja na China ou nos Eua, quem conseguir marcar golos como este (1 é sorte, uma mão cheia não), dirá a partir de hoje que marcou um golo Quaresma.

2. O Mister tem estrela, sabe o que faz e encanta. A equipa melhora de jogo para jogo. Qualquer um dos 3 já disputados foi melhor do que qualquer um da temporada transacta. Perante um difífcil Rio Ave, dominou-se o jogo todo. Quando a bola teimou em não entrar, arriscou tudo o que podia. O Rio Ave, julgando que o pontinho já não escapava, sucumbiu à avalanche, sofrendo 3 grandes golos. Gostava de ver a cara do Mora, um dos mais asquerosos guarda-redes do campeonato.
De realçar, para além dos golos terem sido marcados pelos suplentes que fez entrar, o fantástico esspírito de equipa. Para quem o quis denegrir, chamando-lhe prepotente e augurando-lhe o ódio do plantel, recomenda-se ver os festejos dos golos.

3. Como disse e bem o Pavão, McCarthy "e finito". Segundo acabo de ouvir, apareceu com extensões no cabelo no estágio e recusou-se a cortá-las, bem sabendo da proibição em vigor no plantel. Adriaanse mandou-o para casa. Se eu fosse da SAD, a partir desta ficaria 2 anos a correr na praia de Massarelos, sob o olhar atento do Macaco e dos seus cães de guarda. Depois, com quase 30 anos e sem receber um tusto de prémios de jogos, podia ir mendigar um clube para Inglaterra.

4- Do benfas, que tantas alegrias me proporciona, não voltarei a falar neste blog. É uma promessa solene que faço. É que este blog não foi feito para falar sobre clubes que lutam para não descer de divisão. Levarei esta promessa, embora me custe, até ao fim. Bom, pelo menos por uns 2 ou 3 posts...

F.C. Porto-Rio Ave, 3-0

Sonho mágico



Só podia ser assim! Um enorme caudal ofensivo, uma série infindável de oportunidades e uma irritante falta de sorte apenas podiam terminar desta forma. Foi um teste aos corações portistas, mas foi simplesmente mágico. Que grandes golos! Que explosões! Inebriante! O F.C. Porto merecia estes três pontos e a festa do Dragão tinha mesmo de fechar com uma enorme labareda.

Esta é uma espiral que principia pela extremidade final. Não interessa falar das abordagens, pouco importa recordar o mar ofensivo, a enxurrada de oportunidades, o ritmo intenso e a soberba atacante. Importante é festejar, recordar os grandes golos, rever mil e uma vezes a magia de Quaresma, o repentismo de Alan e a frieza de Hugo Almeida!

O F.C. Porto somou mais três pontos na Liga 2005/06 e mantém-se firme no topo da classificação, enchendo o peito de ar, engordando a sua confiança, reafirmando indicações firmes e bem concretas. Esta é uma equipa que tem tudo para ser encantadora e que gosta de prestigiar este espectáculo maravilhoso que é o futebol. É uma máquina empolgante.

A partida com o Rio Ave nunca seria acessível. A equipa de Vila do Conde chegava de duas jornadas vitoriosas, no cume de uma grande moral, com o sonho de continuar a surpreender. Não vinha para dialogar de forma aberta, para esgrimir argumentos parecidos, mas apresentava-se com arrojo, procurando desdobrar-se rapidamente, numa tendência clara para o contra-ataque.

Em condições normais, o estádio teria festejado aos 14, 17 e 29 minutos, por exemplo. Teria explodido com naturalidade logo na primeira parte, na sequência lógica da pressão azul e branca. O F.C. Porto procurou marcar por todos os meios, empurrou o adversário, circulou a bola, lutou com bravura, pintou a manta com alguns lances de sonho. Tudo se aproximava da perfeição. Menos o derradeiro remate.

As características do jogo tornaram-se ainda mais vincadas após o descanso. O Rio Ave encolheu-se, o F.C. Porto cerrou os dentes, Co Adriaanse arriscou tudo, surgiu o espectro do massacre. E foi por estes instantes que se viu a qualidade do público do Estádio do Dragão. O ambiente manteve-se explosivo, as almas foram ficando espicaçadas. A magia estava à distância de um clique, de uma faísca, de um toque divino.

E pronto, termina a espiral. Quaresma entra em campo e, quando dá de caras com o risco, acerta-lhe bem forte no estômago, deixando-o KO. Descrever a pincelada é pecar pela escassez. Um dicionário não chegaria para explicar o encanto daquela trajectória. Só a bola poderá contar o que o extremo portista lhe disse com o pé direito. Quem viu suspeita que tudo foi um sonho.

Com as bancadas a arder, seria legítimo abrandar. Mas não. Com as bancadas a arder, a perfeição estava à distância de qualquer coisa. De um tiro cruzado de Alan e de uma cabeçada felina de Hugo Almeida? Pois bem, foi isso mesmo que aconteceu. Isso e magia. Magia azul e branca.


FICHA DO JOGO

Liga 2005/06 (3ª jornada)

Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 38.421 espectadores

Árbitro: Elmano Santos (Madeira)
Assistentes: Sérgio Serrão e Luís Marcelino
4º árbitro: Marco Ferreira

F.C. PORTO: Vítor Baía; Sonkaya, Ricardo Costa, Pedro Emanuel «cap.» e César Peixoto; Ibson, Lucho Gonzalez e Diego; Lisandro Lopez, Sokota e Jorginho
Substituições: Ibson por Alan (56m), Lisandro Lopez por Hugo Almeida (65m) e Diego por Quaresma (79m)
Não utilizados: Helton, Bruno Alves, Pepe e Paulo Assunção
Treinador: Co Adriaanse


RIO AVE: Mora; Zé Gomes, Danielson, Idalécio e Milhazes; Niquinha «cap.», Ricardo Jorge, Cleiton e Marquinhos; Gaúcho e Chidi
Substituições: Ricardo Jorge por Delson (62m), Chidi por André Vilas Boas (68m) e Gaúcho por Keita (83m)
Não utilizados: Candeias, Diego, Agostinho e Bruno Mendes
Treinador: António Sousa

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Quaresma (87m), Alan (90m) e Hugo Almeida (90m)
Disciplina: Cartão amarelo a Marquinhos (54m), Danielson (68m), Mora (76m), Hugo Almeida (81m) e Keita (89m)

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Os casos McCarthy e MAniches e afins...

Decididamente estes casos dos jogadores de futebol metem-me um nojo que só visto.
Assinam contratos com ordenados chorudos e depois dizem que fizeram alguma coisa pelo clube que representaram para os forçar a deixar sair.
Nunca nenhum deles chegou junto da entidade patronal a pedir que lhes baixasse o ordenado porque não jogam nada ou porque não são titulares, nem coisa que se pareça, como se o risco corresse apenas para um dos lados.
Vem isto no seguimento das notícias do McCarthy e do Maniche, pelo que julgo pertinente os comentários do MST ontem no Avante, bem como o de Manuel Casaca que ilustra bem o meu pensamento sobre tal assunto.
Acresce que, numa das partes do artigo do MST, ele refere-se ao peseteiro, parte que dedico ao Azulão, que vai adorar(e que irei por a outra cor para distinguir). Passo a transcrever:

MST
"(...)que o Maniche não tardaria muito a dizer que se queria ir embora do Dínamo de Moscovo. Bastou-me olhar para uma fotografia aqui publicada, do Maniche acabado de chegar a Moscovo, posando no meio da rua, com uns óculos escuros indescritíveis e uma atitude de vedeta acabada de chegar, sei lá, ao Festival de Cannes, para perceber tudo: ele não sabia ao que ia, não fazia amais pequena ideia de onde tinha desembarcado, e estava ali numa atitude de «venha a mim o vosso reino, porque eu não vou de certeza incomodar-me a ir a ele».

Só não tinha previsto, apesar de tudo, que bastasse um simples mês, o mês de Agosto em Moscovo, para Maniche concluir que não gosta do país, não gosta da cidade, não gosta do clube, não gosta do campeonato, não gosta do povo, não gosta da imprensa local, não gosta da vida e não gosta do clima (e ainda ele está longe de ter experimentado o célebre Inverno russo, que derrubou ilusões e importâncias bem maiores do que a sua...). «Aquilo não é o que eu esperava», diz Maniche, como se a culpa fosse da Rússia ou de Moscovo por não serem aquilo que a sua santa ignorância desconhecia. O caso de Maniche, a leviandade das suas declarações e desabafos, é eloquente de um certo espírito de irresponsabilidade e vedetismo provinciano que é uma imagem de marca de tantos e tantos futebolistas portugueses que desesperam por um contrato milionário no estrangeiro, mas que não estão à altura do que a aventura implica. Gostam muito dos euros, dos dólares e dos rublos, que, escritos preto no branco num contrato, os deixam de cabeça à roda, mas depois realizam com espanto e desconforto que não lhes basta saber jogar futebol para se sen- tirem felizes no estrangeiro: falta-lhes os amigos, a língua que não entendem, a cultura e o estilo de vida que ignoram, a imprensa que não os bajula como estavam habituados, o Paulo China e o bacalhau com todos.


Diz Maniche que «a família não gostou de Moscovo», que os russos acham que os futebolistas estrangeiros «só estão ali embusca de dinheiro» e que «o campeonato russo não condiz com o valor dos jogadores portugueses». Extraordinárias declarações! A família não gosta de Moscovo, mas de certeza que gosta do contrato que ele fez. Os estrangeiros são mal acusados de só estarem ali pelo dinheiro,mas, ouvindo o Maniche dizer que não gosta de nada, que outra razão terá ele para estar ali, que não o dinheiro? E os jogadores portugueses são bons de mais para o campeonato russo, mas, com onze jogadores do campeonato português colocados por Jorge Mendes no Dínamo de Moscovo, a verdade é que a equipa progride de derrota em derrota e vegeta algures pelo 10.º lugar da classificação! Maniche custou 3,6 milhões de contos ao Dínamo de Moscovo (mais do que o Robinho custou ao Real Madrid), passou um mês de verão em Moscovo, nada tendo até agora acrescentado à equipa, segundo rezam as crónicas, e já se acha com o direito de dizer que é tudo horrível, o campeonato não é digno do seu valor e, embora tenha cinco anos de contrato, quer ir já embora e espera que, entre o clube e o seu empresário, alguém lhe resolva este equívoco de preferência, claro, sem que o seu sumptuoso vencimento seja beliscado. Pergunto: o que sentirão os jogadores e os adeptos do clube que acabou de contratar um jogador com este espírito profissional?

A venda de Maniche ao Dínamo foi talvez o melhor negócio que a Direcção de Pinto da Costa fez. Três anos antes, o FC Porto tinha-o ido buscar ao anonimato do Benfica B, onde ele vegetava de castigo, e, em dois anos, o clube fez dele bicampeão nacional, vencedor da Taça UEFA, campeão europeu e campeão do mundo, titular indiscutível da Selecção Nacional. Passados esses dois anos e tendo visto sair da equipa campeã europeia Deco, Ricardo Carvalho e Paulo Ferreira, Maniche achou que também ele tinha o direito natural de sair, bastando que o quisesse. O seu contrato era por cinco anos mas aparentemente ele achava que lhe bastavam dois anos de trabalho para conquistar o direito de sair quando quisesse. É omesmo princípio advogado pelo empresário de McCarthy e tantos outros empresários e jogadores: se eles «deram muito ao clube», isto é, se jogaram o que sabiam para justificar o ordenado de luxo que nunca lhes faltou, têm o direito de mudar de ares, se e quando lhes apetecer, independentemente do contrato que, em hora de maior humildade, assinaram. Pinto da Costa recusou a saída e Maniche não se coibiu de dizer que ficava contrariado e contrariado ficou mais um ano. E, quando essa contrariedade ostensiva do jogador que acha que «pode jogar em qualquer campeonato» ameaçou tornar-se ingerível, Pinto da Costa despachou o problema para o Dínamo de Moscovo, a troco de 16 milhões de euros, assim como recentemente Luís Filipe Vieira despachou o problema de arrogância do Miguel a troco de oito milhões, para o Valência. Esta bom de ver que nem o Dínamo nem o Valência fizeram bom negócio: jogadores que não demonstram nenhuma gratidão, nenhum amor ao clube que lhes paga e que os fez crescer, nenhum respeito pelos contratos que assinam, são jogadores que, mais tarde ou mais cedo, vão criar problemas. Ao Maniche bastou-lhe um mês, ao Miguel é só esperar para ver.

Infelizmente, este espírito tornou-se quase banal e, quando se trata de jogadores portugueses no estrangeiro, goza até da infinita compreensão da nossa imprensa. O melhor exemplo é o emblema nacional chamado Luís Figo, que começou a sua carreira internacional assinando dois contratos por dois clubes diferentes e que, depois, capitão de equipa do Barcelona, apareceu no mesmo dia, de manhã no Sport a beijar a camisola do Barça e à noite, na Marca, de camisola do Real ao peito. Mas ainda hoje, a nossa imprensa desportiva, continua a passar a mensagem de que foi o Barcelona e a Catalunha que se portaram mal para com Figo.

Agora a outra face da moeda... Manuel Casaca no jornal "oJogo"

"Joguei no Estrela e no FC Porto e tive sempre clubes interessados nos meus serviços. Como sempre fiz contratos longos, o clube é que dita a altura de eu sair ou não. Por muita força de vontade que tenha, se o clube está satisfeito comigo e conta comigo, cumpro os contratos. O Estrela e o FC Porto tiveram necessidade de vender-me. Por isso saí".

Estas declarações foram proferidas anteontem por Jorge Andrade, um dia depois de Maniche ter aquecido o ambiente do Rússia-Portugal de hoje ao confessar que estava arrependido por ter assinado pelo Dínamo de Moscovo, pois não gosta do clima, do país e do próprio futebol que por lá se pratica. A esta situação provocada pelo médio acrescente-se o "caso Miguel" e a sua saída do Benfica para o Valência. Mas será que um jogador quando assina um contrato não o faz de livre vontade e não tem conhecimento da situação que vai encontrar? Maniche não sabia que na Rússia as temperaturas são baixas, a língua é diferente, assim como a comida? Podia ter-se aconselhado com seu irmão, Jorge Ribeiro, que estava lá há mais tempo.

Felizmente ontem surgiu o discurso sério de Jorge Andrade. O defesa-central está a cumprir a sua quarta temporada consecutiva no Corunha, com quem tem contrato até 30 de Junho de 2009, e nestes anos todos ninguém o viu forçar a saída do "Depor". E o internacional português até é um dos melhores defesas-centrais do Mundo, como ainda no sábado o provou na partida contra o Luxemburgo. Foi, de resto, na minha opinião, o melhor jogador em campo. Jorge Andrade bem podia tentar forçar a sua saída, porque clubes maiores do que o Corunha já mostraram interesse na sua contratação, mas nem assim fez qualquer desvio no seu comportamento. Como os contratos são para cumprir, o central cumpre-os à risca com o seu elevado profissionalismo. Pena é que nem sempre o seu comportamento e as suas exibições sejam reconhecidas...
"

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Será que a descrição é de MARADONA, PELÉ, RONALDINHO OU DECO?

"(...)
Estava apresentado à nação portuguesa um dos jogadores que, no futebol actual, melhor maneja a correcta sequência de construção e expressão do talento: primeiro precisão, depois velocidade. (...)
Quando, rápido, com a bola controlada em progressão, pisa os últimos 25 metros do relvado, parece ganhar uma dimensão capaz de galvanizar toda a equipa.
Por vezes, a velocidade vertiginosa do seu futebol, até impede que pense melhor o jogo em termos colectivos, mas (...) é um jogador de explosão, indomável, daqueles que se ri dos sistemas tácticos e, em campo, adquire várias personalidades.

Médio ofensivo, um motor criativo

Médio ofensivo por natureza, transforma-se com facilidade em segundo avançado. Não é o clássico 10 à moda antiga, longe disso. Em vez de ficar parado, traçando linhas de passe, prefere a velocidade e a procura de triangulações no último terço do terreno.
Possui, no entanto, uma leitura de jogo que lhe permite assumir-se como organizador de jogo moderno, missão que desempenhou, por exemplo, num memorável jogo em Inglaterra, onde como motor central da selecção (...), infernizou Old Trafford como os seus passes longos a rasgar, capacidade de organização colectiva e poder de penetração no meio campo adversário, em velocidade e com a bola controlada. Tudo com cultura táctica, qualidade técnica em movimento e espírito lutador.

Organizador ou desequilibrador?

(...) a criar desequilíbrios nas estruturas defensivas adversárias.
Nesse espaço, é também, um jogador muito perigoso pelo número de faltas que consegue arrancar, pois possui um drible curto desconcertante esconde muito bem a bola e quase só é desarmado em falta.
A arte do flanqueador, a posição preferencial, no entanto, na qual (...) mais se destacou, ao longo da sua carreira é como flanqueador criativo.
O segredo reside, porém, na dinâmica posicional que incute à posição, como se viu, por exemplo, durante o (...).
Em vez de ir à linha como um extremo, prefere, inteligente nas movimentações, partir do seu flanco em perigosas perigosas diagonais, flectindo no terreno, para, depois, chegada a essas zonas centrais, servir o ataque em passes verticais, procurar triangulações para entrar desde trás, ou rematar colocado.
Foi assim que se destacou no (...) e na selecção (...), como um flanqueador com dotes de organizador de jogo. Nessa dinâmica, também pode surgir na esquerda, como um interior armador, e, assim, baralhar as marcações adversárias com a sua polivalência posicional. Um todo-o-terreno do meio campo."

Mas não, meus caros leitores. Não é de Maradona, nem de Pelé, etc., que se fala.
Esta é a descrição feita pelo Avante Lampião ontem ao lampião Karagounis.
A mediocridade, a parcialidade e a cegueira é tanta que conseguem elevar um jogador que esteve encostado durante dois anos num clube Italiano à qualidade de estrela mor do futebol mundial.
Depois têm a coragem de terminar, de forma a desculpar este Maradona da Grécia, dizendo que em Itália viveu aprisionado a um flanco e a um sistema táctico rígido, apesar de terem dito que flaqueador era a sua posição natural...

Honras de 1.ª página também mereceu essa referência mundial de seu nome "Mike Tyson", porque pelos vistos é lampião.
É coisa que não nos admira nada.
Um homem com registo criminal bem preenchido é lógico que seja lampião.
Depois, segundo aquele avante, diz-nos que o criminoso Mike Tyson vestiu a camisola dos lampiões na véspera do último combate da sua carreira, protagonizado contra um desconhecido do boxe mundial. Daí não admira que tenha ganho os vícios da camisola e tenha levado um valente enxerto de porrada no último combate da sua carreira.

Como este Avante tenta fazer tudo por tudo para esquecer que os Lamps já estão a cinco pontos, com O golos e, claro, com um penalti a favor...

Enfim...

segunda-feira, 5 de setembro de 2005

McCarthy "é finito"!

O senhor McCarthy está descontente no FC Porto?

Então vá à m***a!

Comigo, não há aplausos a este senhor quando envergar a honrada camisola do nosso clube, porque ele não o merece! O senhor acha que fez muito pelo clube? Porquê? porque há dois anos foi o melhor marcador e ajudou na conquista da Liga dos Campeões? E depois, isso é alguma coisa? E o ano passado, a miserável época que custou 9 jogos de castigo mas os ordenados sempre a pingarem direitinhos? E onde estava o senhor antes do FC Porto o ter contratado a peso de ouro, recorda-se? NA BANCADA DO CELTA DE VIGO! Não jogava, nem era opção! O FC Porto relançou a carreira do senhor que estava para lá de esquecida pelos adeptos do futebol da Europa toda.

Esta é a forma de pagar?

Comigo, por mim, o senhor já não é jogador do FC Porto. Não mais o aplaudirei. Não mais festejarei os golos que (ainda conseguir) marcar. Porque se o senhor não está de coração no FC Porto, eu não tenho de gostar de si... Aliás, por mim, ia já para a equipa B, ou para a bancada...

O senhor é um "garoto", um irresponsável, um homem com h pequeno que não assume e cumpre os compromissos que formaliza nos papeis. Passe mal, que o FC Porto tem mais jogadores que poderão fazer tão bem o seu lugar ou até melhor, quem sabe. Afinal, as pessoas passam e as instituiçõe ficam. Antes do senhor grandes nomes vestiram a camisola 9, e depois de si muitos mais a vestirão e honrarão melhor do que o senhor.

Adaptando Ivic aos dias de hoje, McCarthy "é finito"!

sábado, 3 de setembro de 2005

ESTOU ESCLARECIDO

Luís FIlipe Vieira, conhecido carinhosamente neste blog como Kadhafi dos Pneus, no meio de 37 erros de sintaxe e 48 gramaticais dum discurso proferido para quase mongoloides madeirenses, saiu-se com a seguinte frase:
"Dias da Cunha tem, neste momento, e porque começa a ser especialista de arbitragem, autorização do Benfica para chegar junto de Luís Guilherme e nomear o árbitro que ele quiser".
Obrigado pelo esclarecimento, Kadhafi. Não é que tivéssemos grandes dúvidas sobre quem nomeia os árbitros em Portugal, mas assim ficámos todos esclarecidos. Basta alguém ir ao beija mão Kadhafiano para lhe ser concedida autorização para, falando com o fantoche Guilherme, nomear o árbitro que quiser.

sexta-feira, 2 de setembro de 2005

Extractos da entrevista de Co Adriaanse a'O Jogo

Sobre McCarthy:
"P | McCarthy teve uma conversa consigo no princípio da época e disse-lhe que queria ir embora. Posteriormente, afirmou em vários jornais estrangeiros que queria deixar o FC Porto e ir para Inglaterra. No último dia das transferências, segundo os dirigentes do West Ham, ofereceram ao FC Porto 9 milhões de euros pelo futebolista. Vai ter uma conversa com o futebolista?
R | Eu não tenho que fazer nada. Ele assinou um contrato com o FC Porto e é um grande avançado. A única coisa que tem de fazer é trabalhar duro, como um profissional, e fazer, no mínimo, 15 golos.

P | Mas não acha que o jogador pode estar a passar um momento complicado, dado que a vontade dele era deixar o FC Porto?
R | Depositamos nele uma enorme confiança, fizemos muito por ele e não vou falar com ele sobre esse assunto. Se quiser ir jogar para Inglaterra vai ter de fazer 20 golos e o Arsenal ou o Manchester United virão buscá-lo. Acho que o Benni vai ter que falar com os pés e não com a boca. Não há mais conversas, não há mais agentes, tem de jogar e trabalhar para a equipa. No final da época podemos cumprimentar-nos, dizer-lhe que ele fez um óptimo trabalho e desejar-lhe boa sorte em Inglaterra, no Manchester United."


Sobre Quaresma:
"P | Tem no grupo alguns jogadores, aos quais se costuma chamar artistas, que muitas vezes se esquecem de jogar para equipa, como por exemplo Diego ou Quaresma. Acha que os vai fazer jogar para a "máquina azul"?
R | Diego é um jogador de equipa. Já Quaresma, isso sim, é um jogador mais individualista, muito bom jogador, mas ele tem de aprender os momentos em que tem de jogar de forma individual e aqueles em que tem de actuar para a equipa. É um diamante puro, que eu tenho de ensinar a jogar como um artista, mas para a equipa. Ao contrário do que se possa pensar, eu gosto de artistas. Gosto de pintura, gosto de música, gosto de Maradona. Bergkamp ou Zidane são artistas, mas jogam para a equipa. Ele tem talento e é por isso que nos treinos eu crio exercícios para ele aprender o que tem a fazer. A minha obrigação é ajudá-lo, bem como os meus assistentes, até porque ele tem uma mente aberta para aprender."


Sobre a juventude da equipa:
"P | Não teme que o facto de ter uma equipa com muitos jogadores novos possa ser um problema nos momentos de maior pressão?
R | Temos o Vítor com uma enorme experiência e temos também o Pedro Emanuel. Nunca se sabe. Conheço muitos jogadores que são novos, mas que jogam com grande maturidade. Penso que não é uma questão de experiência, mas sim de talento. E isso ou se tem ou não se tem. Vou-lhe dar um exemplo. No treino com o Paços de Ferreira jogou um jogador da equipa B, que ainda tem idade de júnior, chamado Hélder Barbosa. Jogou na segunda parte, como número 10, na posição do Diego. Ele é muito bom. Joga como um futebolista de 22-23 anos."


Sobre César Peixoto e os laterais esquerdos:
"P | Viu DVD's de cinco defesas esquerdos diferentes e mal viu o de Marek Cech ficou imediatamente com a certeza que era aquele que pretendia. O que é que o impressionou no internacional eslovaco?
R | Jogava no Sparta de Praga e eles têm uma capacidade muito grande para descobrir talentos. São muito organizados. No passado joguei contra eles, quando orientava o Willem, e conheço bem o Sparta. Escolhi Marek porque ele tem apenas 22 anos, uma margem de progressão muito grande, é inteligente, fala inglês e quando vi o DVD dele fiquei impressionado desde o primeiro minuto. Era o jogador que eu procurava. É rápido, ataca, defende e dribla. Gosto deste tipo de jogadores e não apenas daqueles que defendem. Para isso colocava Pedro Emanuel, Ricardo Costa ou Pepe. Acho que encontrar um defesa esquerdo no mercado é a tarefa mais complicada que há.

P | Isso significa que a opção de colocar César Peixoto como defesa esquerdo pode ser apenas temporária?
R| César Peixoto está a fazer um trabalho muito, muito bom. Jogou muito bem na Holanda, jogou muito bem contra o Estrela e ontem, contra o Paços de Ferreira, voltar a estar excelente, embora tenha jogado apenas 45 minutos por causa de uma eventual lesão. Disse-lhe para não se preocupar, que estava muito satisfeito com ele e que ele era o meu homem, era o meu defesa esquerdo se continuar a trabalhar como até aqui. Leandro está lesionado e Nuno Valente foi embora. Por outro lado, tinha de equilibrar o grupo, pois só havia três esquerdinos: Leandro, César Peixoto e Ivanildo. Marek pode jogar também no meio-campo, numa posição mais recuada. Por isso, tinha todas as condições: jovem, bom preço e talento. Vamos ver. Mas penso que tem todas as condições para jogar no FC Porto e nós temos muito para lhe ensinar."


Sobre as expectativas para esta época:
"P | Após duas jornadas e depois de já ter visto praticamente todas as equipas a jogar - Adriaanse só não viu qualquer jogo em tenha participado o Nacional -, a sua convicção de que o FC Porto vai ser campeão é mais forte?
R | Sem dúvida que a minha convicção de que o FC Porto vai ser campeão está mais forte. Sei, agora, melhor as possibilidades da minha equipa como sei a qualidade dos adversários. Claro que é necessário termos sorte no caso das lesões, dos golos que podem ou não entrar ou de uma ou outra decisão dos árbitros. Tivemos alguns momentos contra o espanhol e contra a Naval como eu quero. No futuro temos de pensar em jogar 90 minutos ao mesmo nível. Claro que é uma ilusão, porque nenhuma equipa consegue jogar bem durante 90 minutos. Isso seria o jogo perfeito e isso é impossível em futebol, pois é jogado com os pés e não com a cabeça."


Meus caros Dragões, cada vez mais me convenço que este é o homem certo no lugar certo. Poderá não ser tão bom no banco como Mourinho, mas como condutor de homens, psicólogo e gestor de recursos humanos, ele não lhe fica a dever nada. Leiam o resto n'O Jogo.

A EQUIPA DO QUASE...

Segundo ficamos a saber pelos pasquins lampionicos, a equipa do quase teve mais duas aquisições esta semana.
Segundo rezam as crónicas, a equipa do quase esteve para receber o jogador Quase Cissé (ex-quase-Liverpool) por troca com o Simulão (que dizem que não aceitaram os 18 milhões por ser pouco, grande anedota) e que já tinham em mão a contratação do jogador Quase Robert Pires, (ex-quase-Arsenal).
Não há dúvida que este ano estão com uma equipa fabulosa.
Para culminar a época das contratações, segundo o Avante Lagartão, o último reforço foi... imaginem... o Simulão, mas este não foi para a equipa do quase...

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

Consagração, por Jorge Maia in "o Jogo"

Marek Cech não é um nome que se ouça todos os dias. Pelo menos não era. O mais recente reforço do FC Porto não é exactamente um consagrado mas isso também não é necessariamente um defeito. Quando Nuno Valente chegou ao FC Porto também não era um consagrado mas foi com esse estatuto que saiu, tal como aconteceu, de resto, com Paulo Ferreira, Maniche e, que diabos, até com José Mourinho. O que não faltam é exemplos de jogadores e treinadores que chegaram ao FC Porto como notas de rodapé e saíram com honras de primeira página. E no fundo, o que interessa ao clube é exactamente o processo que leva uma jovem promessa a transformar-se numa certeza, o mesmo processo que transforma o investimento de um milhão de euros no lucro de vários milhões de contos e que passa, invariavelmente, pelo sucesso desportivo e pela conquista de títulos. Marek Cech não é um consagrado mas quer ser e quer sê-lo no FC Porto, o que significa que tem o potencial para repetir uma história que foi contada dezenas de vezes nas últimas temporadas. Melhor do que comprar um jogador consagrado pelos títulos que conquistou noutros clubes, é vender um jogador consagrado pelos títulos que conquistou pelo FC Porto. De resto, a balança de transacções do clube está cheia de provas disso mesmo.


Ora, a contratação de um internacional eslovaco de 22 anos de idade é também uma afirmação. Uma afirmação de comprometimento por parte de Co Adriaanse em relação ao seu projecto para o FC Porto. Depois de encerrado um ciclo de grandes vitórias a nível interno e externo, o treinador holandês está a construir uma equipa de longo prazo, como prova a aposta em jogadores jovens e com larga margem de progressão. O FC Porto de Co Adriaanse não é só uma equipa para consumo imediato, é um projecto de médio e longo prazo. Um projecto para transformar promessas em certezas através do único processo com resultados garantidos: ganhar tudo e mais alguma coisa.

FC Porto B

Um breve post dedicado à equipa B do nosso glorioso clube que dão boa conta de si tem dado e alguns bons jogadores tem ajudado a formar, naquele período de transição entre a saída dos juniores e o inicio da profissionalização.

Este ano, treinado por Aloisio, espero que continue a boa senda dos resultados do ano anterior e que acabe a formação de mais alguns potenciais futuros jogadores do plantel principal como o Bruno Gama, Hélder Barbosa ou João Dias.

O F.C. Porto B inicia no próximo domingo, 4 de Setembro, a sua participação no Campeonato Nacional da 2ª Divisão B. Na 1ª jornada da competição, a equipa portista, este ano orientada por Aloísio, vai receber o FC Infesta, no Centro de Treinos Formação Desportiva PortoGaia, em jogo que está marcado para as 17h00.

Na 2ª ronda da prova, os Dragões deslocam-se até ao recinto do Aliados do Lordelo para um encontro que está previsto para 11 de Setembro, às 17h00. Aproveitando a data referente a desafios a contar para as eliminatórias da Taça de Portugal, o conjunto azul e branco vai, a 17 de Setembro, a Vieira da Leiria defrontar o Vieirense, em partida de carácter particular, agendada para as 16h00.

Uma semana depois, no dia 24 de Setembro, o F.C. Porto B vai utilizar a folga da prova para realizar mais um amigável, desta feita em Lamego, frente à formação local. O encontro disputa-se a partir das 15h30.

Plantel 2005-06

Hugo Marques - Guarda-Redes
André Queiroz - Guarda-Redes
João Dias - Defesa
Vítor Alves - Defesa
Jorge Lopes - Defesa
João Pedro - Defesa
Nuno André - Defesa
Joel - Defesa
Nuno Coelho - Médio
Diogo - Médio
Fábio Espinho - Médio
Tiago Borges - Avançado
Márcio - Avançado
Zequinha - Avançado
Bruno Gama - Avançado
Duarte - Avançado
Hélder Barbosa - Avançado
Flávio Paixão - Avançado
Marco Paixão - Avançado
Cleberson - Avançado
David - Avançado