quarta-feira, 20 de julho de 2005

Vitesse - FC PORTO, 2-0

Exame com duas ratoeiras
O F.C. Porto respondeu às perguntas mais complicadas do teste holandês desta quarta-feira, mas não foi capaz de lidar com as trapaças do próprio jogo e com o azar que pode decidir tudo para o lado errado. A equipa de Co Adriaanse começou por jogar um futebol bem interessante, desenhou alguns lances perfeitos, mas não logrou abanar a rede do Vitesse. Se tivesse festejado e vencido, receberia um estímulo extra para a preparação. O caminho, todavia, continua a ser o correcto.
Hélder Postiga, de cabeça, na sequência de um canto da esquerda logo ao segundo minuto, começou por criar um sinal de perigo inicial para os azuis e brancos e por provar que o F.C. Porto estava em Angeren para jogar ao ataque, para pressionar e colocar em campo os ensinamentos desenvolvidos em Doorwerth.
Pouco depois, Bosingwa foi forçado a deixar o relvado, entrando Ricardo Costa para o seu lugar, e surgiram os desenhos mais perfeitos do desafio. No primeiro, Quaresma combinou com Ibson e este rematou colocado, com muito perigo, fazendo a bola passar pertíssimo do ferro. No segundo, Pedro Emanuel lançou Quaresma, que rematou com aparato para grande defesa do guarda-redes do Vitesse, de resto um dos melhores da formação de Arnhem.
O Vitesse marcaria o seu primeiro golo sem necessitar de rematar, num infortúnio da defesa do F.C. Porto. O azar, contudo, teria resposta adequada. Lucho correu com a bola e lançou Lisandro. O remate na passada foi excelente, a defesa do guardião holandês de uma eficácia irritante.
Ao intervalo já se sentia um certo sabor a injustiça no marcador. O F.C. Porto tinha sido mais produtivo, oferecera os melhores pedaços de futebol de pré-época à assistência e dominara grande parte dos minutos. Não merecia perder metade da corrida e, muito menos, sentir-se agradado com um segundo golo do Vitesse, logo ao minuto 46 e num lance fortuito.
Sempre bem apoiado por um ruidoso grupo de emigrantes, o Dragão procurou reagir, mantendo-se fiel aos seus princípios de jogo e encolhendo os ombros a uma certa agressividade exagerada do adversário e algumas más decisões do árbitro. Como é evidente, o cansaço não permitiu exprimir de forma perfeita as ideias que têm sido assimiladas. O F.C. Porto está na Holanda para trabalhar duro e não para ganhar jogos amigáveis. Ainda hoje treinou duro, poucas horas antes deste amigável.
Depois de ter vencido o NEC e o Bennekom, a equipa de Co Adriaanse perdeu com o Vitesse, ao terceiro jogo na Holanda. No sábado segue-se o Brugge, na Bélgica. Até lá, ordem para trabalhar.
FICHA DO JOGO
Sportpark Angeren (Holanda)
Árbitro: Eric Braanhaar
Vitesse: Wapenaar; Vreven, Van den Berg, Dingsdag e Frankel; Van der Schaaf, Yakubu e Knopper «cap.»; Benson, Amoah e RojerJogaram ainda: Essajas, Swerts e HersiTreinador: Edward Sturing
F.C. Porto: Paulo Ribeiro; Bosingwa, Jorge Costa «cap.», Pedro Emanuel e Nuno Valente; Lucho Gonzalez, Ibson e Lisandro; Quaresma, Hélder Postiga e Ivanildo
Jogaram ainda: Ricardo Costa, Vítor Baía, Pepe, Paulo Assunção e César Peixoto
Treinador: Co Adriaanse
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Pedro Emanuel (23m, p.b.) e Amoah (46m)

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