segunda-feira, 4 de abril de 2005

A revolta dos miúdos e um Senhor de seu nome VITOR BAÍA...

E o que já se pedia há muito aconteceu ontem no Estádio do Dragão.
A entrada de putos da casa, com vontade de mostrar e de ganhar, contra as vedetas e aqueles que se estão a marimbar, porque já têm a vida ganha.
A entrada de Ivanildo, que num só jogo fez mais que o Quaresma em dez. A substituição de Costinha por Paulo Machado e a diferença abismal entre a produção do Leandro do Bonfim em relação ao Quaresma (que não se percebe como ficou tanto tempo em campo), levaram o Mágico Porto a fazer nos últimos 20 minutos aquilo que este ano ainda não tinha conseguido: empolgar os seus adeptos.
Ibson mostrou mais uma vez que também quer. Diego soltou-se com a velocidade imprimida no jogo e também ele começou a jogar mais rápido.
Postiga, ao contrário do que tem demonstrado, teve um jogo de entrega e de vontade, o que me espantou muito, sinceramente. Não acredito muito na vontade do Postiga em ser um grande jogador e na sua vontade de se entregar sempre ao jogo, mas o futuro dirá.
O Zé Bosingwa teve uma 2.ª parte ao nível que nos habituou. Sempre em grande correria por aquele flanco. Só não percebo como ele não é titular de caras nesta equipa. Tal só se justifica porque os treinadores não os têm no sítio e assim sendo não põem os nomes no banco.
E, claro está, o velho senhor: Vítor Baía. Que grande exibição evitando males maiores quando o jogo se apresentava como mais do mesmo. Há dias dizia "temos de dignificar a camisola e morrer dentro dela". Pois bem cumpriu o que disse e mostrou toda a fibra de que somos feitos.
Só espero que Couceiro tenha aberto os olhos de uma vez por todas e que não cometa mais os erros que os outros cometeram. Os nomes têm peso, mas o mais importante é o Mágico Porto. 20 minutos foram suficientes para provar tudo aquilo que dissemos há muito. Espero que sirva de exemplo.
Como tal, o futuro está à porta do Dragão.

P.S.: Uma palavra final para o Ricardo Costa. Que seja a última vez que protestas com as bancadas. Redimiste-te quando pediste aplausos. No entanto, estamos fartos de jogadores que só se sabem virar para trás e passar a bola para o Baía, principalmente quando perderam o tempo de passe por terem medo. A baliza que temos de atacar é a outra e arriscar faz parte de um jogador que enverga a camisola do Porto. Ainda para mais, quando o risco é pequeno. Se teimares em virar-te para trás, nunca sairás da cepa torta...

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