sexta-feira, 30 de setembro de 2005

O BURRO, O BORRADO E O POETA

Consegue a proeza de falhar em todos os momentos decisivos. O rol das asneiras é tão extenso, que não vale a pena enumerar. Momento brilhante: substitui o abono de família pelo Beto, jogando em casa com o Setúbal reduzido a 10 durante 70 minutos... Chega a meter dó o ar aflito por não saber que substituição vai fazer. Como se não bastasse, é enxovalhado e re-enxovalhado publicamente por todos os jogadores do plantel e, para ele, está sempre tudo bem.
O borrado de medo podia ter ganho ao pior Manchester de que me lembro. Mas como nunca acreditou sequer no empate, quando o conseguiu, em vez de dar a estocada final, estendeu a passadeira vermelha ao adversário, perdendo o jogo. Caso claro do Síndrome Fernando Mamede (vulgo borra).
O nosso Mister conseguiu em apenas meia dúzia de jogos por a equipa a jogar o futebol mais espectacular dos últimos largos anos do Porto. Isto tudo depois de uma época desastrosa e com jogadores novos, na equipa e na idade. Conseguiu fazer explodir o Mago Diego e regenerar o Harry Potter. Poesia lírica jorra quando se senta no banco. Tem o sonho de vencer a escola italiana, que se estendeu, qual praga, por todo o Velho Continente (Eslováquia incluída), e salvar o futebol. O seu objectivo é, afinal, a essência do futebol: o golo. Todavia, está a aprender que o homem não pode viver só de versos. Tem que comer também. Há tempo para poesia, há tempo para lavrar a terra. Quando conseguir acertar nas doses, fujam da frente. Enquanto não o conseguir, mesmo assim não me ouvirão dizer mal. Não tenho coragem para assobiar quem perde como na quarta feira. Antes um poeta, do que um burro ou um borrado. Só assim se justifica pagar-se bilhete e gostar-se de futebol. Força Adriaanse!

3 comentários:

Anónimo disse...

pela 1 vez não reagi mal a duas derrotas pelo muito futebol que jogamos FORÇA Adrianse

JFFR disse...

Concordo plenamente com o post, apesar de ter ficado chocada com aquela derrota...

Ainda é cedo, vamos apoiar Adriaanse.

Anónimo disse...

ei !
isto é que foi fartar vilanagem na madeira. só faltou apontarem pistolas aos madeirenses.estão de volta os velhos hábitos. e não jogais a ponta dum carvalho, já agora fica o recado dado