quinta-feira, 14 de junho de 2007

OBRIGADO CAMPEÃO




Quando me preparava para escrever este post, verifiquei que o Azulão já deve ter escrito sobre o mesmo assunto, pois apenas vi o título "OBRIGADO" que aparecia do post anterior e não tinha nada que enganar.
No entanto, vou fazer este post. E vou-o fazer porque não poderia deixar passar em claro, neste local onde escrevo, o meu agradecimento para memória futura.

E vou-o fazer relembrando o blog
Vitor-Vitoria, um blog do Portista Ricardo (ironia das ironias) dedicado ao Vitor Baía e que acabou há sensivelmente dois anos, mas que nunca o retirei aqui do lado, dos blogs aliados. E vou-vos deixar com partes do seu último post, pois são um grande tributo ao nosso Vitor e que dizem exactamente aquilo que não me sai neste momento.

Obrigado Vitor, vais deixar muitas saudades...

"Tudo na vida tem um fim. Tudo. Até, infelizmente, o jejum dos lampiões. E Este blog não é excepção. Chegou portanto a altura de escrever o último post do Vitor-Vitoria. Durante quase dois anos da minha vida tornei-me uma espécie de defensor oficial da blogosfera daquele que é o melhor guarda-redes português de todos os tempos. Deixem-me escrever só mais uma vez: o melhor guarda-redes português de todos os tempos.

Explicar a um não-portista o que é ter um guarda-redes como o Baía na equipa é quase como pedir a um sportinguista que não fale de arbitragens no final dos jogos: é difícil, se não impossível.

Há quem me chame obsessivo, doente, mariconso, fanático, e eu sei lá mais o quê, mas não se esqueçam que todos os dias, e várias vezes ao dia, me chamam... Ricardo, pelo que já estou vacinado contra todo o tipo de insultos.

A verdade é que há, entre o Vítor Baía e os adeptos do Porto, uma empatia que não existe entre qualquer outro jogador e respectivo clube de futebol. E eu, meus caros, vejo muito futebol. Falem-me de Schmeichels, de Preud'hommes, de Oliver Kahns, de Buffons, de Casillas, de Petr Chechs, falem-me de quem quiserem mas não creio que haja um único adepto do Porto que estivesse disposto a trocar o Vítor Baía por qualquer um deles.

Mesmo admitindo que um ou outro até possa ser superior ao Baía. A questão, para mim – e creio que para todos os portistas -, não é essa. O Baía não é apenas o somatório das defesas, dos campeonatos e das taças. O Baía é tudo isso e muito mais. Alguém se lembra, por exemplo, de algum um outro jogador – guarda-redes ou não – receber e levantar uma Taça de Portugal, gritando pelo seu clube enquanto lhe eram arremessadas pedras, garrafas, e todo o tipo de objectos?

Alguém se lembra de um jogador – guarda-redes ou não – ser operado 4 vezes ao mesmo joelho e regressar para vencer não sei quantos campeonatos, uma Taça Uefa, uma Liga dos Campeões e uma taquicard... uma Taça Intercontinental?

Alguém se lembra de um jogador – guarda-redes ou não – com quase 20 anos de carreira, vibrar com as vitórias do seu clube como se estivesse a disputar o seu primeiro ano de sénior? Alguém se lembra de um jogador – guarda-redes ou não – ser impedido, sem qualquer explicação, de representar a selecção do seu País e responder a isso com a elevação, a sobriedade e a categoria de um verdadeiro campeão? Eu não. E vocês também não. E escusam de ir ao Google.

Porque termina então este blog? Termina porque, a bem dizer, o mais (e o menos...) importante já foi aqui dito, mas termina também, e fundamentalmente, por culpa de um homem: Daniel Gaspar, treinador dos guarda-redes do Porto durante esta última época e que, numa entrevista concedida há umas semanas, disse que o Vítor Baía “tem capacidade para jogar até aos 40 anos”. Ora, isto, a ser verdade, significa que o Vítor Baía tem ainda mais 5 anos pela frente como guarda-redes do Porto. E cinco anos, não sendo tanto como 10, é muito tempo - muitos dias, muitas horas a blogar. E a minha vida não é isto. Embora às vezes pareça, admito.

A verdade é que a O.A.B. - Onda Anti-Baía - já teve os seus tempos áureos. E foi precisamente a O.A.B. que me fez tornar num P.B.F. – Pró-Baía Fundamentalista. Nunca mais me esquecerei daquele Portugal 2 - Estados Unidos 3, do Mundial de 2002, em que eu, aproveitando uma pausa no trabalho, perguntei o resultado a um F.D.P. (esta é fácil) de um lampião que assistia ao jogo, e ele me respondeu: “Está 3-0... 3 frangos do Vítor Baía”. Foi nesse instante que eu percebi que era um homem com uma missão: dizer sempre bem das exibições do Baía - mesmo que pensasse o contrário - e mal, muito mal, dos Anti-Baía. Isso e voltar para o trabalho.

Hoje, com quase dois anos de Vitor-Vitoria, acho que a minha missão está cumprida, e é mais ou menos pacifico afirmar que, à excepção de meia dúzia de atrasados mentais e dos jornalistas do Record (passe a redundância), e passados 3 anos sobre o Mundial de 2002, ninguém parece ter dúvidas sobre quem é – e sempre foi – o melhor.
"

2 comentários:

Anónimo disse...

É ir ver os comentários dos espanhóis á notícia do fim da carreira do Baía. (http://app5.marca.com/Servicios/ComentariosNoticias/Controlador?opcion=3¬icia=1005569)

Anónimo disse...

BAÌÌÌÌÌA!