quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

José Manuel Ribeiro in O Jogo

"Os paleontólogos do Apito


O processo de fermentação do Apito Dourado também passa pela paleontologia. O último notável a relacionar o caso com esse inesperado ramo da ciência foi o director d’A Bola no editorial de ontem. “Só não tenho a certeza”, escreve ele, “de que não seja necessário que os dinossauros excelentíssimos se extingam para que o futebol português recupere a sua vitalidade”. Esqueçamos a coincidência de não haver dinossauros excelentíssimos nem no Benfica nem no Sporting. Concentremo-nos na vitalidade. Os dinossauros excelentíssimos de que fala Vítor Serpa - provavelmente, noutro contexto, admito -, e aos quais outros comentadores deram nomes menos simpáticos, coincidem com os últimos vinte anos e deixam fósseis visíveis: seis taças internacionais, sete finais europeias, dois títulos mundiais de sub-20, a presença da Selecção em quatro campeonatos da Europa e três campeonatos do Mundo, e ainda uma infinidade de títulos em sub-16, sub-17 e sub-18. A geração anterior – a cujos membros, para manter a proporção e a lógica darwinista, podemos chamar protozoários – ganhara três taças e conseguira uma participação no Mundial’66. Sim, os dinossauros excelentíssimos, sejam eles os dirigentes não-benfiquistas e não-sportinguistas que forem, fizeram muito mal ao futebol português. Não estou é a ver qual foi o futebol português a que eles fizeram mal fora da Segunda Circular.


Luís Filipe Vieira
Um honesto intermitente

Lembro-me de ouvir Luís Filipe Vieira dizer, na televisão, que era normal combinar-se os árbitros da Taça a partir das meias-finais. Disse-o quando se soube que o tinha feito. Não o disse um ano antes quando Pinto da Costa foi acusado do mesmo pelo Ministério Público. O amor que o presidente do Benfica tem pela verdade é intermitente."


MAI NADA...

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