Esta pré-época é igual às outras. E é também o espelho da época que se avizinha. Mudam algumas caras nas equipas, mas o âmago das mesmas, a sua alma, aquilo que elas são mantém-se. Por exemplo, o Porto. Aquilo que nos caracteriza mais é a garra, aquela vontade indómita de comer a relva. Assim, saíu o Zé, entrou o Gigi, mas com certeza esse espírito guerreiro, corporizado no Ninja, vai certamente ser o mesmo. Vamos ser uma equipa de ataque e pressão continuada. Pois bem, dentro desse espírito, os treinos vão reflectir isso mesmo, uma vez que o treino leva à perfeição.
E a animalagem da 2ª circular? Pois bem, os seus jogos de preparação já deixam antever a continuidade, comprovando cientificamente esta minha teoria. As galinhas raquíticas, por exemplo. Veja-se o 2º golo do Zahovinho contra o Marselha. É um jogo de preparação. Livre. O guarda-redes adversário encostado a um poste para começar a dar indicações. Metade dos marselheses de costas para se começarem a colocar no sítio. Zahovinho, mais esperto do que os outros e denotando um assinalável espírito de fair-play, atira para dentro da baliza, sem que sequer a televisão estivesse a filmar. Bonito de se ver. Já tinha assistido a pelo menos mais três golos destes em anos anteriores. Sempre, claro, com a cumplicidade amiga do Calabote de serviço. Assim, as galinholas marcam golos a que só eles têm acesso, porque só a eles é permitido. É ou não é mais do mesmo? Igual a todos os campeonatos de que há memória (com especial incidência, não se sabe ainda bem porquê, em todos os disputados antes do dia 25 de Abril de 1974).
Quanto à lagartagem, estavam a perder com o Bolton. Assim, o que sucedeu? Pois bem, adversário expulso, que é o que precisamente NUNCA acontece em jogos de preparação. Regra geral, o árbitro convida o treinador a trcoar esse jogador. Mas nos jogos dos sardaniscas, claro que não. Qual é a sua imagem de marca, para além de espantosos mergulhos? É o facto dos adversários quase nunca acabarem com 11 jogadores.
Temos assim que ambos treinam já afincadamente os seus ex-libris. Hão de chegar à perfeição!
Já agora, o que dizer da isenta comunicação social? Pois bem, três jogos lampiões, três transmissões televisivas. Aberturas de noticiário (claro, também devido às magníficas demonstrações de "bom chefe de familismo" a que temos assistido). As rádios a actualizarem constantemente os resultados. E nós, pobres campeões europeus? Claro, transmissão não existe. Rádios em contenção de despesas, não mandando nenhum enviado especial (claro, estavam todos na Suiça). Jogámos às seis da tarde, só soube há pouco o resultado na internet (já passam das 23 horas). Tentei ouvi-lo nas notícias da TSF, nada. Na televisão, nada. Ou seja, também aqui temos mais do mesmo. Cá estaremos no fim da época. Com os mesmos resultados de sempre.
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