quinta-feira, 11 de maio de 2006

Paz à alma da equipa B

Segundo comunicado do FC Porto, hoje terminou a equipa B, algo que no fundo já se esperava que viesse a acontecer há já algum tempo.

Tenho pena que assim seja, mas no fundo compreendo. É que não permitindo que a equipa B suba até à divisão imediatamente inferior à da equipa principal (como acontece em Espanha) vem trazer uma enorme limitação nos objectivos colectivos de equipa e, mais importante, na evolução e formação dos jovens jogadores - objectivo primordial da criação das equipas B - pelo que será mais vantajoso voltar ao velho metodo do acordo com um clube e cedência "em pacote" de jogadores, indicando até muitas vezes o treinador que os orienta.

Aliás, segundo o Mais Futebol, que falou o nosso mítico Domingos Paciência (grande jogador, fazia coisas fantásticas, um dos meus preferidos dos últimos 20 anos) e ex-treinador da equipa B, que corrobora aquilo que é dito pela Direcção da SAD, isto é, que a equipa B "foi criada sob promessas que não foram cumpridas, por culpa das pessoas que têm poder de decisão no futebol português, sobretudo a Federação Portuguesa de Futebol. Quando os jogadores são emprestados, depois de vários anos habituados a determinados métodos de trabalho, correm o risco de não se adaptarem a um novo treinador, a um novo clube, uma nova realidade, por vezes completamente distinta, e perderem-se. Ainda assim, o F.C. Porto foi o clube que melhor soube rentabilizar a equipa B" o que é quase confirmado com a lista de jogadores que passaram pelo Olival: Hilário, Bruno Alves, Ricardo Costa, Ricardo Silva, Paulo Assunção, Hélder Postiga (FC Porto B 1999-2005), Ricardo Costa, Bruno Alves, Ivanildo, Hugo Almeida e Hélder Barbosa (FC Porto 2005/06), Bruno Vale e Paulo Machado (E. Amadora), Tonel (Sporting), André Vilas Boas e Chidi (Rio Ave), Ricardo Silva e Manuel José (Boavista), Cândido Costa (Sp. Braga), Alhandra (U. Leiria), Pedro Oliveira (V. Setúbal), Ferreira e Evaldo (Marítimo), Marcos António e Elias (Gil Vicente). Para além disso, Paulo Santos, Rubens Junior, Vitor Baia ou Miki Féher também lá passaram para recuperar forma, materem-se em actividade ou por castigo. Foi ainda a rampa de lançamento do Anderson, de quem se espera que na próxima época integre o plantel principal e nos maravilhe pelo país fora com o seu perfume de futebol superior que já demonstrou possuir nos breves minutos que se pode mostrar.

Tenho pena que em Portugal se desbarate a transição dos jovens formados numa das melhores escolas futebolísticas do país desta forma. Mas compreendo. E talvez que o melhor seja ter um acordo com uma equipa da Liga de Honra, indicando um treinador (por exemplo, o Aloisio que treinou este ano a equipa B) e emprestando um "pacote" largo de jogadores, assegurando assim a transição dos mesmos da formação para a profissionalização.

2 comentários:

lucho disse...

Agradecia se fosse possivel q colocassem na vossa lista de links o meu blogue, o blogue do lucho dedicado ao FCP em cerca de 80% dos temas. Um abraço do Lucho de Vila Conde.
http://sergiopmgomes.blogspot.com

Anónimo disse...

Hmm I love the idea behind this website, very unique.
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