terça-feira, 17 de junho de 2008

A DECISÃO, TAL COMO ELA É,

E SEM QUALQUER MANOBRA DE DIVERSÃO.

Após a leitura de textos retirados do Acordão do Comité de Apelo, não poderia deixar de fazer aqui uma referência.

Assim, conforme se pode retirar do acórdão do Comité de Apelo da UEFA, ( que diga-se desde já, é o que foi elaborado na sexta-feira), este Comité censura, e de que maneira, a forma como o Comité de Controlo e Disciplina suspendeu o nosso clube por um ano.

E, ao contrário das muitas manobras de diversão que temos assistido, no sentido de dar a entender que a decisão do Comité se deveu, em exclusivo, aos factos de a sentença do CD da Liga não haver transitado em julgado e no facto dos interessados não terem sido ouvidos em primeira instância, tal não passa de mera especulação para inglês ver.

Isto porque o Comité de Apelo, no seu acordão, aceitou a tese do FC Porto relativo à não aplicação retroactiva da Lei, já que sujeitou os membros do Comité de Controlo e Disciplina, numa futura reapreciação do caso, a explicarem por que razão a sua sentença, se for coberta pela figura administrativa, não será considerada como uma decisão disciplinar e tal como já aqui expliquei.

Mais, estes terão de precisar o campo de aplicação, em particular no aspecto temporal, numa clara alusão à necessidade de clarificar-se por que é que factos alegadamente ocorridos em 2004 poderão ser punidos em 2008 segundo um regulamento criado em…2007

Esta é que é a mais pura realidade que outros tentam agora esconder, mandando comunicados contra este e contra aquele, de forma a esconder o buraco desportivo em que estão enterrados.

Repare-se como neste defeso se consegue escamotear que ficaram a 24 pontos do campeão, que despediram um treinador na 1.ª jornada para ir buscar o pseudo-salvador que se põs a milhas antes do fim do campeonato. Repare-se como a melhor equipa dos últimos dez anos, teve uma época desastrosa e os seus adeptos apenas se importam com a ilusão de um lugar na pré-eliminatória da Liga dos Campeões ganha na secretaria, mesmo contra toda e qualquer elementar regra de conduta.

E reparem como o mesmo acordão (repito, esta decisão é a que foi tomada na sexta-feira e apenas notificada por escrito no dia de ontem) é capaz de ser alvo de dois comentários completamente diferentes.

Na sexta-feira - "Esta decisão é favorável às pretensões do Benfica. O clube deveria ter sido ouvido na 1.ª instância e não foi. Como não houve solicitação, o Benfica não se pronunciou"
Segunda-feira - "Uma decisão no mínimo estranha. Tal decisão prova a negligência, mais uma vez, da FPF, o silêncio ensurdecedor de seu presidente, a ausência de decisões do Conselho de Justiça da Federação e a total passividade da Secretaria de Estado de Juventude e do Desporto".


Postas estas declarações, parece-me que o que acontece é que os Lampiões não puseram à disposição do seus ilustre advogado um tradutor, na sexta-feira. E agora, sabendo que a decisão é a mesma, tenta tudo por tudo para escamotear a vergonha que foi o seu comportamento.

Dentro de dias seguem novos anúncios de contratações, slogans do tipo "em 2020 seremos vencedores do campeonato do mundo" e o Orelhas a fugir das câmaras, tal como o faz sempre que é copiosamente derrotado, sendo certo que esta derrota é a mais humilhante de todas, pois foi perpretada no local onde o mesmo apostou tudo nas últimas épocas: "na secretaria".

Longa vida aos nossos adversários, para se poderem roer com as nossas imensas vitórias.

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