quarta-feira, 14 de junho de 2006

NINGUÉM TEM UM PINGO DE VERGONHA

Fui surpreendido de manhã com uma notícia relâmpago na Sic Notícias. Tal notícia dava conta que um obscuro brasileiro qualquer, biógrafo do Abominável Homem Gaúcho, confessara ao JN que o saneamento de Baía se devera a imposição da FPF. À hora do almoço li essa entrevista no referido jornal.
Não posso dizer que isto seja uma surpresa. Todo o país futebolístico segreda baixinho há muito tempo que Baía fora saneado por Madaíl por ter cometido o crime hediondo de ser testemunha de António Oliveira no processo laboral intentado contra a FPF. Logo a seguir ao Mundial da Coreia/Japão se falou nisso, estendendo-se esse veredicto a Jorge Costa que, pura e simplesmente, os mandou às malvas e renunciou à selecção.
Ora, isto oferece-me os seguintes comentários - em primeiro lugar, o despudor absoluto da corja que vive às custas da FPF. Esta instituição não tem dinheiro para pagar a indemnização à família do sportinguista assassinado por um animal da claque vermelha. Todavia, dinheiro não lhe falta para recorrer sistematicamente de todas as decisões que a condenaram a esse pagamento.
A FPF também não tem dinheiro para indemnizar Oliveira por ter sido corrido antes do fim do contrato. É natural. O dinheiro é preciso para contratar um gaúcho que lhe faça o serviço sujo, a troco de ser o 3º seleccionador mais bem pago do Mundo.
Este último vomita e vocifera que é o sargentão que manda em tudo, incluindo a selecção sub 21. No entanto, revela-se o mais reles soldado raso, que vende a sua dignidade profissional a troco de muito dinheiro. Que importa que não possa selecionar o jogador mais titulado da história do desporto rei, se ganha num mês o que o seu Estado natal não ganha num ano? A selecção que se dane. Ele até é brasileiro...
Neste entretanto, os senhores jornalistas, que sabem perfeitamente porque Baía não é convocado, não têm coragem para o escrever ou dizer claramente. Escondem a barbaridade, dela ficando coniventes. Pior ainda, arvoram-se em patriotas, chorando lágrimas (de sáurio), com cada golo da "equipa de todos nós", enquanto promovem a níveis que roçam o nojento esse estrangeiro que vem delapidar dinheiros públicos. Pelo caminho, fingem que somos todos lobotomizados neste país, e fazem crer que o carinhosamente apodado de Aviário do Montijo é a última maravilha do futebol, porque defende um penalty sem luvas. Como machadada final a todos os anti-patriotas, certamente dirão do aludido biógrafo nos próximos dias o que Maomé não disse do toucinho, para o desacreditarem.
Por último, deixem-me que me refira aos portuguesinhos. O portuguesinho é aquele ser que compra uma bandeira por 2 euros no Continente e a coloca, de preferência com as cores invertidas, na varanda de sua casa. Se for um portuguesinho com p maiúsculo, até coloca uma mais pequena na antena do carro. Devora 7 novelas (brasileiras, pois claro) por dia e delicia-se com Iran (não confundiar com o País que, nas palavras do gaúcho, vai ser seu adversário no sábado) Costa. O portuguesinho é, numa média de 60%, bom chefe de família e "ama" o gaúcho porque não selecciona ninguém do Porto, aquele clube regional da cidade dos parolos. O seu patriotismo é tão grande que, quando não há Euro ou Mundial passa todo o ano a dizer que "lá fora é que é", enquanto tenta engendrar todo o tipo de esquemas para fugir aos impostos ou à tropa. O portuguesinho é, afinal de contas, quem sustenta a FPF e mantém o Abominável Homem Gaúcho no seu trono dourado, a aculturar o país. A sua devoção e patriotismo são tão grandes, que um dia destes não se importarão de ver em Fátima a Virgem de Caravaggio. Desde, claro, que o Quaresma e o Baía não vão à "equipa de todos nós".
Como neste País de "gente bacana" não é tudo "legal", existem sempre os "cafajestes". O cafajeste é o parolo adepto do clube regional (também conhecido pelo AHG como intelectual), que, num fervor profundamente anti português, se recusa a achar que um conjunto de pré-reformados, alguns sem clube, defendem as cores de Portugal, só porque vestem de verde e vermelho. São aqueles que, reflectindo no termo selecção nacional, acham que esta deve ser uma escolha do melhor que o País tem para oferecer e não uma triagem dos que não dizem mal de Madaíl e seus acólitos. Ah, cambada de traidores sem vergonha...

14 comentários:

Anónimo disse...

Nem mais! Assino por baixo.

josedasilvapereira disse...

Ah, fantástico post. Muito bem escrito e na mouche.

Assina, um Cafajeste Portista com muito orgulho!!!

PavlovDoorman disse...

Azulão por isso aludo sempre a esta representação da federação portuguesa de futebol como Clube Portugal e não Selecção Nacional, pois essa há muito que foi extinta...

Anónimo disse...

As declarações do roto do presidente da FPF (Fantochada à Portuguesa de Futebol) a desmentir só vêm provar o que está escrito no blog. Mas como ninguém gosta do Salazar mas apreciam as regras do "Novo Regime", toca a defender este masca-chiclete. De qualquer das formas, o importante é que o FC Porto continue a HUMILHAR essas gentes da urbe - capital do império - ganhando títulos. É que para mim a selecção deixou de existir desde que este chulão foi para lá e agora com o outro par, o chulãori. É, tal como dizem mais acima a equipa F.C. Portugal S.A. Não me diz nada (infelizmente). Aliás, para acicatar um pouco as hostes, gostaria de dizer que este presidente que está na Fantochada à Portuguesa de Futebol (FPF), quando acabou o curso de economia disse logo que haveria de arranjar um posto onde não tivesse de trabalhar muito, por isso está tudo dito. Ele que venha desmentir isso agora, porque tem todos os colegas dele que acabaram o curso para lhe espetar nas trombas a frase que ele próprio a disse. Nojento.

Anónimo disse...

Notícia da BOLA :
"Cruyff desiludido com prestação de Portugal
O técnico holandês John Cruyff analisou o começo do Mundial e admitiu que ficou desiludido com a prestação do Brasil e «sobretudo de Portugal»."

Será que alguém chapa esta notícia na cara dos lambe-cús como Figo e Costinha para terem vergonha e deixarem de fazer campanha pelo xulari?

Francisco disse...

Assino por baixo a crónica DO Azulão.
Sempre tive a ideia de que por trás da guerra ao Baía e ao F.C.P. estavam os comandos da Federação:Madaís, Carvalhos e companhia,com os "ligueiros" do Cunha Leal a darem os «amens» e a acirrar. E o sargentão que é burro, mas tem sorte, não podia arranjar melhor guerra do que esta, para pôr os "patrioteiros" do seu lado. É evidente que por detrás está o facto do Baía e do Jorge Costa e, se calhar, o João Pinto se teremprestado a ser testemunhas do António Oliveira.

Mata-o-Mouro disse...

Temos que defender o nosso país e a nossa selecção. Estes moços vão ter de ser enrabados a sangue frio pelo Irão e depois pelo México.
Voltam para acabar as férias, e limpamos o sargentão, o madaíl e o resto da corja. Ao costinha gostava de tomar o balanço de 10 passos atrás e enfiar-lhe uma bandeira num lugar onde o sol não brilha.

Anónimo disse...

Uma das melhores postas, lidas aqui no blogue. Força.

Anónimo disse...

' grandioso post, totalmente de acordo'

GdI disse...

Eu nao teria dito melhor... MTO BEM!

Anónimo disse...

O COstinha não merece ter envergado a camisola que envergou...Que disulusão!Esse fdp do brasileiro se fosse um seleccionador em condições nem te convocava.Passou um atestado de incompetencia a todos os hjogadores portugueses.Ainda por cima tens sorte de ter o empresário que tens,porque senão nunca mais jogavas à bola!Ainda por cima vais para uma cidade como Madrid!Vais poder curtir junto com o teu amigo Seitaridis,as boites madrilenas e droga lá não falta...

GoncaloF disse...

tiraste-me as palavras da boca. excelente post! parabens

Lance disse...

EXCELENTE!!!

Anónimo disse...

Burrolari e Mafiail (lembro-me de ter visto esta neste blog há uns tempos) são um belo par. Que se f* os dois. Quem tem olhos ve que o Baía defende mais com uma só mão que o Ricardo com as duas...