quarta-feira, 7 de junho de 2006

Depois de umas pequenas férias...

Cá estou eu novamente de volta ao meu Dragão.
Pelo que tenho verificado nos pasquins, reina um silêncio sobre o Império do Dragão o que também não é mau.
Aparece um nome e outro, mas nada de concreto.
Será que estaremos à espera da venda de jogadores? Também não me admiraria nada, face ao que temos visto.
Enquanto isto não ata nem desata, cá vai uma parte da crónica do MST de ontem que acho interessante:

"(...) 2 - Aqui há umas semanas houve um debate, salvo erro na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, sobre o jornalismo desportivo. Li nos jornais queumdos participantes, jornalista, contou que no voo que levou recentemente a equipa do Benfica a Moçambique, Luís FilipeVieira terá passado um violento raspanete a toda a imprensa desportiva que acompanha normalmente a equipa, já não sei a propósito de que assunto. E que, estranhamente, tal episódio não foi relatado nem referido por nenhum dos destinatários que seguiam a bordo. Não sei se a história é verdadeira ou não; sei que veio publicada na imprensa não desportiva e que ninguém que eu tivesse visto, a desmentiu, assim confirmando implicitamente a sua veracidade e as lições que ela implica. Lembrei-me disso a propósito da conferência de imprensa em que o seleccionador nacional anunciou a sua escolha dos 23 para a Alemanha. Obviamente, o interesse principal era ouvir da boca dele uma explicação para a não convocação de Quaresma e outros. Mas bastou que Scolari tivesse anunciado previamente que não respondia a perguntas sobre os não convocados para que todos os jornalistas presentes acatassem obedientemente a sua ordem. Do mes- mo modo, só depois de alguns comentadores terem levantado a questão de saber se o calor de Évora era o melhor ambiente para preparar a Selecção e se os jogos contra Cabo Verde e o Luxemburgo seriam os testesmais adequados, é que alguns jornalistas ousaram aflorar o assunto para logo serem ameaçados pelo dr.Madail, que jura que vai voltar da Alemanha de dedo em riste para apontar os «antipatriotas » que ousam questionar a infalibilidade divina de quem decide estas coisas transcendentes.

Quero apenas recordar que o silêncio e a submissão da imprensa são maus conselheiros. Lembrem- se de Saltillo, onde o silêncio conivente perante a rebaldaria em que vivia a Selecção, no total desconhecimento de todo o país, foram contributo decisivo para um dosmais vergonhosos episódios do desporto português de todos os tempos. Quem lá está é que sabe com que linhas se deve coser. Mas seguramente não podem crer que andamos todos bem informados com a simples menção de maisumtreino ligeiro da Selecção ou aquelas conferências de imprensa onde, com algumas raras excepções como Costinha, os jogadores debitam as maiores banalidades possíveis como se dissessem coisas de uma imensa importância e profundidade.Não basta relatar que a Selecção foi recebida em Marienfeld por dez mil emigrantes portugueses,numaimpressionante demonstração de amor ao país distante e crença na equipa nacional que o representa e cuja simples presença tanto significa para esses portugueses longe de Portugal. É preciso contar também que a Selecção passou por eles como se não os visse, não perdendo sequer três minutos a lhes agradecer o esforço, o estímulo e o sacrifício.

3 - A seu tempo e se estiver para me chatear com o assunto, darei a devida resposta à parte que me tocou da entrevista do sr. Scolari à imprensa brasileira. Por ora, limito-me a dizer que ela apenas confirma o que já se sabia, mas que também é tabu: que o seleccionador nacional é um sujeito mal-educado, arrogante, ignorante e saudoso de regimes sem liberdade de imprensa nem regras de conduta democrática. Até pode, por absurdo dos deuses, voltar da Alemanha com o título mundial na bagagem: nem isso, a meu ver, o tornaria qualificado para representar e chefiar a Selecção do meu país. E pouco me importa se, como ele diz, houver 99,9 de portugueses que não pensam assim. Sorte a dele!
"

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