"Há duas coisas a reter do jogo de ontem no Dragão e estão as duas escarrapachadas na ficha que vem aqui ao lado: o FC Porto não sofreu golos e ainda marcou nada menos que três. Dois detalhes que valem o que valem por si só - e valem bastante - mas que juntos resultam na grande notícia da noite de ontem: a uma semana do arranque do campeonato, o FC Porto já aguenta 90 minutos de futebol jogado num ritmo constante, talvez até com uma ligeira aceleração na ponta final, em jeito de "sprint". E aguenta-o contra um adversário claramente acima da média da SuperLiga. O que isso significa é que aquele futebol de pressão que encostou o Arsenal e o Tottenham às cordas, sem contudo os conseguir derrubar, agora dura uma hora e meia. É uma hora e meia de oportunidades de golo, uma hora e meia de pressão alta, uma hora e meia de cruzamentos, uma hora e meia de domínio territorial absoluto e, quase uma hora e meia de tédio para Vítor Baía. E esse tédio é significativo. Numa visão profundamente generosa o Espanhol teve, quando muito, duas oportunidades de rematar à baliza do FC Porto. Não foram exactamente oportunidades de golo, porque uma foi directamente para fora e outra rendeu-se às luvas do guarda-redes portista, mas foram dois dos raros lances que escaparam à filtragem da defesa e meio-campo defensivos do FC Porto. Lucho González e Raul Meireles parecem jogar mano a mano desde os escalões de formação. Desmultiplicaram-se nas acções defensivas, compensaram-se mutuamente e foram distribuindo pontos finais pelas iniciativas ofensivas do adversário. As poucas que lhes escaparam, já chegavam aos trambolhões à defesa que as devolvia ao remetente. Por falar em defesa, morava lá a grande novidade anunciada da noite. César Peixoto jogou no lugar de Leandro e encheu Co Adriaanse de razão. Fez um jogo impecável. Eclipsou Jofre - o extremo do Espanhol que surgiu do seu lado e que Lotina resolveu poupar a mais humilhações ao intervalo - e ainda foi um dos principais municiadores do ataque com inúmeros - e perigosos - cruzamentos. E já só falta o ataque. Desta vez, o carrossel ofensivo do FC Porto fez mais do que provocar desequilíbrios. Jorginho merece a primeira referência. Marcou dois grandes golos, quase fazendo esquecer que falhou outro inacreditavelmente. Depois, entendeu-se às mil maravilhas com Alan, que entrou para o lugar de McCarthy e foi responsável por uma das surpresas da noite, revelando-se um suplente de luxo. Depois há Lisandro. Incansável, o argentino recuperou inúmeras bolas no meio-campo ofensivo, incluindo a que transformaria no cruzamento para o primeiro golo da sessão. De resto, também foi dos seus pés que saiu o passe para o fantástico golo de Lucho. Por último, Diego. O brasileiro entrou para o lugar de Postiga quando Alan substituiu McCarthy. Juntos dinamizaram o ataque do FC Porto, tornando-o mais rápido e acutilante. " |
segunda-feira, 15 de agosto de 2005
FOI LINDO... BRILHANTE... DIEGO DINAMIZOU
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