O estónio Poom fez ontem uma das defesas mais espantosas e milagrosas que alguma vez vi. Aquela defesa na 2ª parte, com a bola em cima da linha de golo, é do outro mundo. Um milagre. Seria, por isso, de esperar que a seguir ele segurasse com à vontade o nulo até ao fim. Mas não, em 15 minutos sofre 4 golos, dos quais três são frangos. Os dois últimos, de Postiga e Pauleta até um paralítico defendia. No primeiro parecia o Ricardo, ridiculamente a ir atrás do jogador, quando era só ficar quietinho na baliza... E por falar no Aviário do Montijo, mais uma vez em grande. Como é possível que um jogador que faz tudo para não ser chamado à selecção continue impunemente a sua saga? A miserável época que fez no ano passado, quer na lagartagem quer na selecção, impunham quase a sua irradiação do Mundo do futebol. Culminou com a oferta do golo do título à Grécia. Se adicionarmos a isto o facto do jogador mais galardoado da história do futebol ter feito uma das melhores épocas da sua vida, reconhecida com vários prémios internacionais, percebe-se a obscenidade da insistência no Ricardo.
O que valeu ontem à selecção é que o Ministro, mais esperto e experiente do que os defesas estónios no 1º golo nacional, naquele canto da 1ª parte, se colocou no centro da baliza. Já previa que o Aviário ia apanhar borboletas, correndo da baliza e atirando-se como uma donzela para o espaço vazio e convidando o estónio a cabeçear devagarinho para a baliza escancarada. Aliás, o Ministro deve ter feito isso para fugir do local da disputa, não fossem os defensores do Aviário dizerem que a culpa foi dele porque não saltou (como na final do Euro). O Aviário é que, não contente, no lance da bola ao poste e depois da recarga estúpida e infantil do estónio que fez um carinhoso passe, deu uma palmadita maricona, recolocando-o de novo à mercê do simpático senhor. Como este quis ter a última palavra no que a cortesia diz respeito, fez-nos o favor de a mandar para a Lua.
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