terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

VONTADE DE SOFER E O FRANGUEIRO DO COSTUME

Como nota prévia, destaca-se o facto de, pela primeira vez ,este tipo de jogos, Jesualdo não ter inventado, dando asas ao seu tradicional cagaço. E, claro, por esse motivo, pela primeira vez alcançou um resultado positivo.
Este jogo justificou largamente o que era esperado. Em confronto estavam duas equipas com grandes ataques e defesas fracas. Restava saber qual dos ataques era mais forte, ou qual das defesas metia mais água. Tal como tenho vindo a dizer, temos um dos melhores tridentes ofensivos da Europa e isso ficou plenamente demonstrado. Logo no primeiro minuto, Hulk desfez uma defesa sozinho, assistiu Cebola, que desperdiçou. Na jogada seguinte, Cissokho é comido que nem um patinho e golo do adversário. Em apenas dois minutos, confirmava-se o óbvio. Curiosamente, ao contrário de outros jogos, a equipa não tremeu e rapidamente se controlou o jogo. Depois dum primeiro que não valeu, Licha faz o empate. A partir daí, o Atlético demonstrou que consegue ter uma defesa mais fraca que a nossa, defesa essa completamente esfrangalhada em cada arrancada de Hulk ou Cebola. A diferença fundamental e que viria a decidir o resultado é que o guarda-redes é bom. Assim, por duas ou três vezes impediu que o Porto chegasse ao intervalo com uma justa vantagem. Pior ainda. O suspeito do costume, o nosso guarda-redes, o aviário de Vera Cruz resolve juntar mais um capão dos gordos à sua grande capoeira. Pela 3ª vez consecutiva em jogos fora dos oitavos de final, Helton compromete a eliminatória. Eliminou sozinho o Porto contra o Chelsea, ofereceu o golo da vitória ao Schalke e agora um brinde caído dos céus aos espanhóis, que até aí haviam demonstrado estarem engasgados em tanta soberba e sobranceria, nada condizente com o que demonstraram em campo. A pergunta óbvia que deixo é: até quando Helton? ou melhor, até quando Jesualdo? É óbvio para todos que Helton não tem estofo para jogar em grandes equipas, menos para quem nos comanda.
Na segunda parte, mais do mesmo. Licha voltou ao seu melhor, empatou o jogo e colocou-se melhor marcador da prova. Consegue a proeza de ter mais golos na LC do que no campeonato... o guarda-redes adversário continuou a defender e, felizmente, os esapnhóis não deram mais oportunidades a Helton de borrar a pintura.
Conclusão: teoricamente, o resultado é bom. Mas com uma pontinha de sorte (ou jeito no ataque) e sem um frangueiro na baliza, a eliminatória estaria resolvida. Assim, teremos mais do mesmo, desta vez no Dragão: grandes ataques contra defesas miseráveis. Prevê-se nova chuva de golos, podendo cair a eliminatória para qualquer lado. Porque jogamos em casa e porque podemos jogar como melhor jogamos, ou seja, em contra-ataque, atribuo-nos algum favoritismo.

PS - finalmente, a Europa já conheceu Givanildo Vieira de Sousa.
PS2 - para quando Ventura na baliza?
PS3 - acabo de rever o golo anulado ao Lisandro. Mal anulado por sinal.

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