segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

FALTA DE VONTADE, FALTA DE LIDERANÇA E FALTA DE VERGONHA

1. Falta de vontade: É certo que em circunstâncias normais, o jogo de ontem resultaria numa goleada das antigas. Só por manifesta falta de sorte (outra vez) tal não aconteceu. Mas também é verdade que a atitude da equipa, tirando a revolta de Hulk na 2ª parte, foi de total displicência, jogando 80m à espera que a fruta caísse de podre. E não caiu. Aliás, esta época toda é o exemplo paradigmático de como o Porto oferece sempre 45m a ver como param as modas.

2. Falta de liderança: O Porto não tem ninguém, como tinha o Bicho, que dê dois berros na hora certa para ver se os calaceiros se põem finos. Não há gritos de revolta. E, pior que isso, tem um treinador que, por mais que poupe os meninos de jogos aborrecidos, como são os da taça da Liga, não os consegue pôr a correr com vontade. Se pusesse a equipa a cair em cima do Trofense como se não houvesse amanhã, hoje estaríamos a celebrar uma cabazada. O problema é que ele não consegue e assim sistematicamente vemos uma parte de passeio e a segunda a tentar fazer pela vida.
Depois, não tem a coragem e o saber que se impõem. Qualquer treinador de terceira apanha vê que o Lucho não quer nem consegue fazer nada há muito tempo. Merece ir para o banco pensar na vida. Mas como de uma vaca sagrada se trata, nem sequer substituído é. Isso revela o carácter do treinador. Porque das capacidades, estamos conversados, como mais uma vez se constatou pelas magníficas substituições com que nos brindou ontem.

3. Falta de vergonha: Jesualdo devia ter vergonha na cara quando fala em árbitros. Para quem até há pouco tempo se recusava a falar em arbitragens, fico muito preocupado quando o vejo preocupado. Claro que tem razão, porquanto o penalty a minutos do fim sobre o Lisandro é visível até pelo presidente de ACAPO. Agora, não se pode é ter um discurso politicamente correcto e depois sacudir a água do capote da incompetência e vir falar em árbitros. Quando essa é a desculpa para perder a liderança do campeonato, em casa, com o Trofense, temo pela vida...
Depois, estou a ter um déjà vu de 2005. Vamos oferecendo o flanco, vamos oferecendo pontos e vamos moralizando os vermelhos. Até que estes se convencem que podem ser campeões e depois é o regabofe arbitral que se vê. Investem tudo em Reforços, Baptistas e Olegários. Tal como facilmente previ, a coragem de Pedro Henriques valeu um forte passar de mensagem aos seus colegas. Desde essa altura, missões integralmente cumpridas. Dedo de Olegário em Guimarães (aqui não tenho pena), missão cumprida de Artur Soares Dias, Reforço a demonstrar que o é e exibição de gala, a pedir o prémio Calabote 2009, de Paulo Baptista.

3 comentários:

Nuno disse...

Bolas salvas em cima da linha, bolas ao poste, penaltys não assinalados, golos feitos que só não entram porque um jogador nosso decide pôr-se em frente à baliza, mais a escandaleira que foi o jogo da luz... O que é que um gajo pode fazer, ó Azulão? E o Bicho também lá estava em 2005, ou não?

Pentadragão disse...

A desperdiçar assim pontos, tenho o palpite que este campeonato já era. Não me lembro de ver um campeão a empatar 2 jogos seguidos em casa e ter um derrota... até ver.
Tivemos muitos azares e penalti por marcar? Tivemos, mas temos obrigação de passar por cima disso. O Lisandro não sei onde é que anda com a cornadura que não acerta uma. O Lucho anda devegar e parado.

Luís disse...

Desculpa mas estive no Dragão e não vi nada disso... Acho que jogamos bem e só não ganhamos porque como disse o Ricardo houve "Bolas salvas em cima da linha, bolas ao poste, penaltys não assinalados, golos feitos que só não entram porque um jogador nosso decide pôr-se em frente à baliza".

Mas no fim fazemos as contas...

Abraço portista