segunda-feira, 23 de julho de 2007

Para quem não leu o Tavares Teles...

Aqui está. Por outras palavras, se querem música, vão tê-la.
Grande Tavares Teles...

"1. Em duas páginas a que, muito por certo para se defender em termos jurídicos, chamou de “Humor”, e sem qualquer assinatura de autor, o “Record” decidiu voltar a publicar – já é o terceiro a fazê-lo, depois de Alberto Miguéns no jornal “Benfica” e de Leonor Pinhão na sua coluna d’ “A Bola” – o excerto de uma conversa que, num âmbito perfeitamente jornalístico, mantive com Pinto da Costa – que me deu para O PATO uma notícia sobre Deco – alargando esse seu frenesim à publicação de uma outra conversa entre o mesmo Pinto da Costa e Antero Henrique, chefe do Departamento de Futebol do FC Porto.

2. É certo que quem escreveu esse “humor” teve o cuidado de se prevenir de uma outra forma, adiantando: “Tecnicamente, há duas hipóteses – a) o primeiro interlocutor (Pinto da Costa) oferece uma cacha jornalística ao segundo (eu); b) propõe-lhe uma manobra de chantagem envolvendo o jogador Deco, que seria o último a saber”. O que mostra bem a raça de quem escreveu tal peça…

3. Só que há uma coisa: eu não sou nem arguido nem testemunha no processo Apito Dourado e já estou farto de, há falta de outros argumentos contra mim, ver publicadas estas escutas. Pelo que incumbi o meu advogado de, para além do processo a João Manha (que já aqui anunciei na semana passada) processar igualmente o “Record”.
E não com o euro simbólico que pedi a Luís Filipe Vieira (noutro processo em curso) e que vou pedir a João Manha: com uma indemnização a sério que – caso ganhe esse processo, como espero – irá para uma instituição de caridade, de resto já definida. Assim como irei ver o que pode fazer-se relativamente a estas fugas de informação que violam não só a minha privacidade como o próprio exercício da minha profissão, uma grande parte da qual é a busca de notícias, ou “cachas”, como diz o “Record”. Pelo que se puder ser bom a quem permite ou favorece tais fugas, contem comigo.

4. Embora o meu ponto fundamental não seja que publiquem coisas destas, ou que o presidente do Benfica se tenha permitido dizer o que disse a meu respeito. É – isso sim – garantir-lhes que não podem botar pela boca (ou pela caneta) fora todas as aleivosias que lhes vêm à cabeça, ou que (em pura campanha) acham interessante para eles (ou para outros) publicar. Porque – podem estar cientes disso – daqui ninguém leva nada sem pagar em seguida. Mesmo que a Justiça os absolva. Só que esse é um problema da Justiça, não meu.
De borla, é que não: banco dos réus, pois claro.


5. Com duas notas a acrescentar.
Uma: se um qualquer juiz entender que aquilo que estes fulanos disseram e insinuaram a meu respeito não merece condenação, sentir-me-ei livre (e escudado na lei) para dizer e insinuar a respeito deles o que aqueles que vou levar a tribunal disseram e insinuaram sobre mim. Isso é certo e seguro.
A outra: que, uma vez que se demonstra que tudo isto parte de gente do Benfica – Luís Filipe Vieira, João Manha, Leonor Pinhão – com o “Record” a servir de caixa anónima de ressonância, terei de dizer-lhes o seguinte: vejam lá se de vez em quando ganham um campeonatozinho, que isso passa-vos…
Por mais que, em tal matéria, eu não possa fazer nada, é claro.

6. Por outro lado: eu bem sei que Ana Salgado pôs em causa – sem na SIC o nomear, é verdade, mas isso porque a pessoa que a entrevistou não lhe pôs algumas perguntas que devia ter-lhe posto – um membro da equipa de Maria José Morgado, no que diz respeito à actuação de Carolina na tentativa de acusação a Pinto da Costa. Para além de que entendo que todo este episódio é efectivamente, de parte a parte, muito triste.
Mas não dá para compreender a defesa que a referida juíza faz do seu “team”, como se se tratasse de um grupo imune à prática da menor entorse aos “sagrados” princípios da instrução de um processo.
Que diga que ela não quebrou qualquer regra, tudo bem: eu, por exemplo, até acredito nisso. Mas, e os outros? Como pode ela (Maria José Morgado) garantir que eles não quebraram regra nenhuma? E baseada em quê? No que eles lhe disseram, ou até escreveram? Porque achará ela que se eles tivessem violado regras lho iriam confessar oralmente ou por escrito? Será ingénua, a senhora? Não saberá ela, que tanto se empenha (e bem) contra a corrupção nas suas diversas formas, que essa corrupção atinge todas as corporações, se não por igual, pelo menos de forma aproximada? Olhe, eu vou perguntar-lhe o seguinte: não acredita que se Vieira, Manhã, Pinhão (via MP ou não) e “Record” tivessem contra mim outra coisa para além dessa escuta (que lhes foi fornecida do interior do corpo da Justiça) não a teriam já posto a circular?

7. Mais, porém (e é uma pergunta que aqui deixo): em que é que o depoimento de Carolina Salgado vale mais (ou menos) do que o de Ana Salgado? Mas outra pergunta ainda: por que não investigar a fundo o papel de Luís Filipe Vieira e de Leonor Pinhão em tudo isto?

8. A terminar: vou para férias, que bem preciso. Até breve."

11 comentários:

Vitor disse...

isto esta a ficar quentinho e a mourama ainda se vai escaldar,digo eu, do alto da minha ignorancia,

Anónimo disse...

"A PGR pode repetir as acusações se for aceite pedido de anulação de advogado de Pinto da Costa". Ora isso já nós estamos carecas de saber que vai ser assim até que:

1) o FC Porto comece a perder;
2) Pinto da Costa desapareça (seja de que forma for) e por consequência o FC Porto comece a perder.

Em suma: é condição necessária e suficiente para terminar este processo da *gaita* dourada que o FC Porto comece a perder.

Isto também já sabemos há muito, portanto, se Deus quiser, vamos ouvir estas coisas por muitos anos.

ahahahah.

Anónimo disse...

o ATT está imperdível!!!

bora lá mostrar o contra dossier ao MP

Vamos lá ciolocar as papoilas saltitantes no banco dos réus pelo jogo do Algarve com o Estoril " Um jogo que está no Guiness da CORRUPÇÃO"!!!!

e já agora visionem o Beira Mar-Papoilas que mandou os aveirenses para a 2ª Divisão! apitado vermelhuscamente pelo LUZcílio!!
Mexe-te Beira Mar!!!

Anónimo disse...

ESTES CANDIDATOS A ACTORES DA JUSTIÇA, PARECEM DIRIGIDOS PELOS PANELEIROS DOS GATOS FEDORENTOS.
É QUE A SUA ACTUAÇAO ATÉ FEDE.
COMO É QUE ESSA CORJA DE MANHAS, PINHÕES E VIEIRAS AINDA NÃO ESTÃO PRESOS É DIGNO DO GUINESS E DOS AGENTES DA PJ QUE TEMOS.

Anónimo disse...

Além de ser acusado de pagar 20 mil euros para patrocinar o livro de Carolina Salgado, como denunciou a irmã gémea da ex-companheira de Pinto da Costa em entrevista à SIC, o presidente do Benfica Luís Filipe Vieira é também acusado por Ana Maria Curado de manipular os depoimentos de Carolina Salgado à justiça no âmbito do processo "Apito Dourado", apurou o DN.

Contactado por este jornal, o líder encarnado, através de um assessor, remeteu para aquilo que já dissera no dia anterior, na Roménia, onde o Benfica jogou com o Cluj: "Esse é um problema pessoal do presidente do FC Porto com a justiça portuguesa."

Além de Luís Filipe Vieira, também o inspector da Polícia Judiciária (PJ) Sérgio Bagulho foi referenciado por Ana Maria Curado, nos depoimentos que prestou no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto, no passado, como tendo alegadamente instruído Carolina Salgado sobre o teor de algumas das denúncias feitas pela ex-companheira de Pinto da Costa no seu livro, Eu, Carolina, e, posteriormente, nos depoimentos prestados ao Ministério Público - recorde-se que foi com base nas audições a Carolina Salgado que a equipa especial de investigadores liderada pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado reabriu alguns casos do "Apito Dourado" envolvendo Pinto da Costa, entretanto acusado formalmente em três deles.

Ana Maria Curado, de resto, terá contado no DIAP que foi Luís Filipe Vieira quem insistiu com Carolina para ir, pela primeira vez, à PJ e a terá "encaminhado" para um inspector da confiança dele.

Só este é que é da confiança dele? Como é que o camarote está sempre cheio?

Anónimo disse...

2- A pergunta que faço tem a sua razão de ser fortalecida à luz das informações que vêm sendo publicadas no semanário Sol pela conhecida jornalista Felícia Cabrita. Se ela está bem informada e se o que diz é verdade, prevejo um horizonte nada dourado para o apito. Escreve Felícia Cabrita: «Quanto aos documentos que Carolina dizia ter e que sustentariam as suas acusações, o seu depoiamento foi vago e inconsistente, o que levou a DCICCEF (Direcção Central de Investigação da Criminalidade e Corrupção Económica e Financeira, da PJ) a fazer uma busca a sua casa. «Nada foi encontrado. Apenas documentos antigos, nomeadamente extractos de contas bancárias» — conta a mesma fonte, acrescentando que em pouco tempo as revelações «revelaram-se um flop». Mais interessante ainda teria sido ouvir o presidente do Benfica comentar a seguinte passagem do artigo de Felícia Cabrita no Sol (e recordo que ela foi a primeira jornalista a registar as acusações de Carolina Salgado, antes mesmo da saída do livro): «Segundo o Sol apurou, o primeiro encontro entre os agentes da DCICCEF e Carolina Salgado ocorreu num hotel da Praça de Espanha, em Lisboa, e teve como intermediário o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Com Carolina, estava a redactora do livro, Maria Fernanda Freitas, e a jornalista Leonor Pinhão. Duas semanas antes, o presidente do Benfica entregara na DCICCEF um dossier com documentação que, segundo afirmou, iria provocar um abanão no mundo do futebol, contendo provas de corrupção. Mas, segundo a mesma fonte judicial, Luís Filipe Vieira comprou gato por lebre: «os documentos não passavam de fotocópias de peças processuais do processo Apito Dourado que já foram arquivadas».

Curioso tudo isto… Muito, muito curioso. Os agentes da PJ encontram-se com uma pessoa que, aparentemente, lhes quer fazer uma denúncia, num hotel? E o presidente do Benfica serve de intermediário entre as partes? Se isto é verdade, a que título se terão encontrado todos, visto que a título processual não foi, nem podia ser? Seria um encontro de velhos amigos, de benfiquistas, de fundadores do clube A Verdadeira Investigação que Interessa ao Apito Dourado?

Em verdade vos digo, parafraseando o Hamlet: «Há mais coisas entre o céu e a terra do que a nossa vã sabedoria supõe.
Será que o Vieira é o ponta de lança da da equipa de Maria José Morgado e ninguém sabe?

angel disse...

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Anónimo disse...

As cenas desta peça decorrem no Porto, nos dias 28 e29 de Novembro de 2003, na sequência de um célebre jogo Boavista - FC Porto, no qual, como se lembram, o então portista Deco, de nervos em franja, atirou com uma bota ao árbitro do encontro, Paulo Paraty.
Com Deco expulso e castigado com 3 jogos, movimentaram-se à volta do incidente inúmeras pressões e diligências no sentido de reduzir tal punição (é que Deco fazia muita falta), as quais envolveram o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, o estratego, o presidente da Liga.
Valentim Loureiro, que traçou o plano, o presidente dos árbitros, Pinto de Sousa, que "amaciou" e preparou Paulo Paraty, e outros figurantes de 2.° plano. A 1ª cena reproduz uma conversa telefónica entre os dois interlocutores a seguir identificados, tal como consta do original. Tecnicamente, há duas hipóteses
- a) o primeiro interlocutor oferece uma "cacha" jornalística ao segundo;
- b) propõe-lhe uma manobra de chantagem envolvendo o jogador Deco, que seria o ultimo a saber.


1ª Cena - DE COMO PINTO DA COSTA E TAVARES TELES MONTAM UMA CHANTAGEM


Personagens:
PC - sr. Pinto da Costa, presidente do FCPorto;
TT - sr. Tavares Teles, colaborador do jornal "O Jogo" e autor da rubrica "O Pato ".

PC - Estou?
TT - Sim, Jorge Nuno?
PC - Então?
TT - Então? Olha pá, eu... eu já escrevi aquela história do... Deco...ó pá, aquilo...o Manuel Tavares estava.., a querer pôr aquilo.., em grande destaque, pá!
PC - Não, não! Não ponhas porque... isso, não. Não ponhas nada. Não ponhas...
TT - Não...
PC - Tem mais impacto aí do que...
TT - Pronto! Ouve lá, e... e... entretanto o Porto vai jogar e os gajos (os jornalistas) vão perguntar ao Deco! O Deco o que é que vai dizer?
PC - Ó pá, o Deco vai dizer que está a pensar!
TT- Oue está a pensar, não é?
PC - É!
TT- Está...o gajo é maluco o suficiente para dizer que não..., que não é nada, que é tudo mentira...
PC - Pois..., mas não, eu falo com o Antero e ele avisa!
TT - Fala ... fala com ele, a dizer que lhe vão perguntar!
PC - OKI
TT - Está bom?
PC - Está bem!
TT - Pronto!
PC -Está
TT - Um abração! Está...
PC - Um abraço!
TT - Tem aqui coisas muito giras. Lê isto, amanhã, que tem aqui coisas muito giras!
PC - OK! OK!

Anónimo disse...

Para se rirem do novo GR dos Rosinhas BUTT (RABO EM INGLES)

http://www.youtube.com/watch?v=8u6uo0t7dd0

Vejam até ao fim, de risos o palhaço pertence mesmo ao circo :D

Anónimo disse...

Esta história é engraçada, embora mais engraçada ainda, seja a contestação de alguns portistas. Está claro que o método é pinto da costiano. Eu dou um desconto ao Esteves: ele bebe um bocadito... Quanto ao Terinho de Vinhais, continua a ser o mesmo lambe-botas do tempo em que andou na Escola Secundária de Valadares.

Anónimo disse...

Foi de férias o Tavares Teles?
Oh sad azul ofereceram-lhe umas boas viagens? Com tudo pago e umas mulheres no pacote?
Ele merece, sem dúvida, que senhor, que intelectual, que mente, só podia estar no jornal o juego.