terça-feira, 9 de abril de 2013

Jogo 40 - FC Porto, 3 x Braga, 1 - Foi à reviravolta, mas foi...

Kelvin abriu o livro, felizmente...
Foi mais um jogo que o FC Porto tornou complicado, sem razões para tal.
Não vi o jogo, o sono foi mais forte que eu (estou em Macau, a +7 horas de fuso horário...) mas vi resumos e li comentários vários.
E li e vi o habitual. Equipa amorfa, apática, lenta de processos e má nas decisões, sem plano B e sem velocidade.
Começou a perder e se a serenidade dos adeptos já não seria muita, deve ter diminuído mais ainda com esse golo bracarense.
Felizmente, a equipa manteve alguma união mínima e acabou por conseguir dar a volta ao resultado, muito por "culpa" da inspiração de um miúdo que tem prometido muito mais do que aquilo que tem alcançado. Felizmente, naquela noite, alcançou dois golos em 3 minutos no fim do jogo que valeram a diferença entre empatar e arrepiar ainda mais o caminho do tri ou manter a equipa à tona dos quatro pontos de distância...

Comentário ainda para o despropositado não agradecimento da equipa no final aos adeptos e para as não só despropositadas como patéticas declarações do Helton sobre o assunto. Quando o Helton chegou ao FC Porto, já eu era sócio e adepto há mais tempo de o que ele tinha de vida. Quando o Helton sair do FC Porto, eu continuarei a ser sócio e adepto do FC Porto. A ir ao estádio vibrar com a equipa. E se os adeptos assobiam, não é por serem anti-Porto ou de outros clubes. É por serem 100% Porto, por terem visto esses mesmos jogadores fazerem muito melhor do aquilo que fizeram nesse jogo. E o problema não está nos adversários - eles já jogaram contra adversários muito mais fortes e fizeram muito melhor. Se há assobios é porque há a noção que são capazes de mostrarem um futebol muito melhor. E em vez de criticar os adeptos, não percebendo que há uma crise e muitos sacrificios dos adeptos para lá estarem no estádio a ver as suas estrelas a jogar e não os querem ver a arrastarem-se em campo, a perderem tempo sem sentido, a fazerem coisas que nem os miudos das escolinhas fazem. O problema dos assobios dos adeptos está nos jogadores e na equipa técnica - não sei se há ordenados em atraso ou prémios por pagar, não sei se há problemas de relacionamento entre os grupos de jogadores ou entre estes e os técnicos, não sei o que se passa. O que sei é que já vi (e escrevi aqui) o FC Porto fazer grandes jogos esta época - e o jogo de sábado foi uma porcaria, para ser simpático. Bem melhor esteve Lucho nas suas declarações...

Só espero que este sábado, joguem a final da taça da Liga bem... e para ganhar. Como alguém no FC Porto disse, as finais não se jogam, ganham-se!

FICHA DE JOGO

FC Porto-SC Braga, 3-1
Liga portuguesa, 25.ª jornada
8 de Abril de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 31.210 espectadores

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e André Campos
Quarto árbitro: Pedro Vilaça

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson e Defour
Substituições: Maicon por Abdoulaye (ao intervalo), Defour por Atsu (62m) e Lucho por Kelvin (76m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Castro e Liedson
Treinador: Vítor Pereira

SC BRAGA: Quim; Baiano, Santos, Nuno André Coelho e Elderson; Custódio, Hugo Viana e Mauro; João Pedro, Mossoró e Alan (cap.)
Substituições: Mossoró por Carlão (68m), Hugo Viana por Rúben Micael (86m) e João Pedro por Hélder Barbosa (90m)
Não utilizados: Kritciuk, Haas, Rúben Amorim e Zé Luís
Treinador: José Peseiro

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Alan (22m), James (37m) e Kelvin (83m e 86m)
Cartão amarelo: Quim (67m)


PONTO DE SITUAÇÃO
29 vitórias, 8 empates, 3 derrotas
80 golos marcados, 22 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Jogo 39 - Académica, 0 x FC Porto, 3 - Castro, Coração de Dragão

Não foi fácil para mim assistir a este jogo. A diferença horária para Macau, onde estarei ainda mais umas semanas, é quase incompatível com a visualização de jogos em directo. Melhorou agora este fim de semana com a mudança de hora (passou de +8 horas para +7 horas de diferença para Portugal) mas mesmo assim não será fácil.

Em todo o caso, este consegui ver do principio ao fim, via internet porque o jogo escolhido pela RTP I (via TDM, canal de Macau) foi o dos lampiões esta semana...

E vi o mesmo de sempre.

Um FC Porto amorfo, com pouca chama, com um domínio inquestionável da posse de bola mas com um rendimento daí retirado residual. Logo a seguir ao intervalo, escrevi no Facebook: "27 ataques, 71% de posse de bola. 1 golo. Que sensação de desperdício de tempo e de saber o que fazer com a bola..." e este tem sido o comentário, mais letra menos letra, que tenho escrito e lido um pouco por toda a parte. E esta estatística explica o nosso 2º lugar na tabela. Bem podem pregar que até temos mais um ponto que o ano passado - vale-nos de muito isso, o canal história é para os lampiões, não é para aqui chamado quando não vamos à frente... E quando os lampiões comemoraram este fim de semana o seu 100º golo em competições este ano (e nós, como se vê abaixo, ainda nem aos 80 chegamos) sem ter a mesma posse de bola que temos, ainda mais perguntas ficam no ar... para que controlar assim? Que vantagens isso nos traz? Porque não concretizamos mais se até temos o melhor ponta de lança e melhor marcador do campeonato? E na minha modesta análise, as respostas apontam para o treinador: quer controlar assim porque quer ser como o Barcelona, o seu modelo de jogo; vantagens que traz é sofrermos poucos golos, somos de facto das melhores defesas da Europa (e estamos longe de ter dos melhores defesas da Europa, ao contrário de tempos não muito remotos); e não concretizamos mais porque o treinador é limitado ao seu  trabalho de campo em jogo, não consegue adaptar e adaptar-se a procurar mais golos - aliás, bem pelo contrário, a substituição-tipo dele é de cariz defensivo ou de segurar o jogo, metendo defesas e médios em predominância aos atacantes - caso mais paradigmático são os breves minutos de utilização de Liedson ou de Sebá nos últimos 5 jogos, nos quais o FC Porto perdeu um e empatou dois... não é normal que não estando em vantagem no marcador, não aposte nos atacantes que tem disponíveis...

Enfim, do jogo, fraquinho, valeu a vitória que nos mantém 4 pontos atrás dos lampiões e com uma centelha de esperança que ainda seja possível (não vai ser, mas pronto... deixem-nos sonhar!) e acima de tudo por ver um Moutinho bem melhor e um Castro que só pela entrega, fervor, portismo e suor que entrega em cada lance, em cada minuto, em cada momento do jogo me deixa a sonhar com tempos em que tantos sentiam aquela camisola e a responsabilidade de a vestir dessa mesma forma. Hoje, para além de Castro, talvez só Lucho e Hélton sintam algo de parecido - e são ambos estrangeiros! Ao que isto chegou...

Pelo golo e acima de tudo pela comemoração, que ainda hoje me arrepia ao escrever sobre ela, CASTRO foi o homem do jogo! Merece muito mais oportunidades e aquilo que conseguiu, até agora, foi contra muitos preconceitos (ah e tal que não tem técnica, que é muito duro, que é muito impetuoso, que não tem visão de jogo...) e contra o treinador e contra empresários (que infestam aquele balneário) e até contra a SAD que prefere bem mais a aposta nas contratações que rendem comissões de compra e venda do que nos miúdos vindos da formação.

Foto Facebook do André Castro


Castro, coração de Dragão! Parabéns!


FICHA DE JOGO

Académica-FC Porto, 0-3
Liga portuguesa, 24.ª jornada
30 de Março de 2013
Estádio Cidade de Coimbra
Assistência: 5.832 espectadores

Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: Rui Teixeira e Mário Dionísio
Quarto árbitro: Rui Patrício

ACADÉMICA: Ricardo; João Dias, João Real, Flávio (cap.) e Hélder Cabral; Bruno China, Makelele e Marcos Paulo; Rodrigo Galo, Edinho e Wilson Eduardo
Substituições: Bruno China por Cleyton (59m), João Dias por Marinho (67m) e Wilson Eduardo por Cissé (86m)
Não utilizados: Peiser, Halliche, Keita e Ogu
Treinador: Pedro Emanuel

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho; James, Jackson e Izmaylov
Substituições: Lucho por Castro (74m), James por Defour (74m) e Danilo por Maicon (81m)
Não utilizados: Fabiano, Liedson, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Mangala (15m), Danilo (52m) e Castro (89m)
Cartões amarelos: Bruno China (23m), Mangala (34m), Otamendi (62m) e João Moutinho (87m)
Cartões vermelhos: nada a assinalar


PONTO DE SITUAÇÃO
28 vitórias, 8 empates, 3 derrotas
77 golos marcados, 21 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

terça-feira, 19 de março de 2013

Jogo 38 - Marítimo, 1 x FC Porto, 1 - O adeus ao título?

Imagem FC Porto
Confesso que não vi bem o jogo. Diria que o vi com um olho aberto e outro fechado. Porque estando num fuso horário de +8 horas, ver um jogo às 2 da manhã não é tarefa nada fácil, ainda mais estando debaixo do efeito de Sedoxil...

Mas o que vi, mais uma vez, não me agradou. Não apenas o resultado - que começa a ser o menos surpreendente atendo ao nível exibicional da equipa desde o principio de Fevereiro ou ao nível de forma física exibida por algumas das pedras nucleares ou pelas constantes (quase semanais) lesões musculares em treinos que desde Novembro passado acontecem com uma frequência que eu já não tenho memória de ver no FC Porto.

Tudo isto concorreu para o empate. Falta força nas pernas, falta força anímica. Mesmo que o domínio de bola seja alto, isso não se traduz em golos (já o digo há muito tempo) e pior que isso, agora começa a ser comprometedor com falhanços defensivos derivados de perdas de bola e falta de pernas para recuperar a posição no terreno, deixando os adversários em boa posição de ataque, remate e até golo.

É verdade que Jackson voltou a falhar um penalti - que nem foi muito mal marcado, só que o guarda-redes adivinhou o lado e a falta de confiança geral da equipa (e que se nota particularmente no nosso n.º 9) fez o resto.

Com este empate fica agora (e para já...) o FC Porto a 4 pontos do 1º lugar. Logo, ao contrário do que confiantemente disse VP a semana passada, o FC Porto já não depende apenas de si próprio. Aliás, como aqui denunciei, comentários desse calibre por norma são um assumir de deitar a toalha ao chão no FC Porto. Aqui, VP, não se usam calculadoras. Aqui ganham-se os campeonatos, ganhando os jogos, um a um, sem desperdícios como o do Olhanense, do Sporting ou deste Marítimo. E as eliminatórias contra "Málagas" são para ganhar, não são para ser eliminado e muito menos culpar o árbitro que fez o que tinha de fazer - VP é que não fez o que devia ter sido feito, poupar Alex Sandro e Defour nesse jogo devido aos amarelos...

Mesmo a questão de alinhar novamente sem portugueses não é positivo. Tenho para mim que a equipa, na ausência natural de Moutinho por lesão e até de Varela por má forma, deveria atirar  para o onze inicial o Castro. Com todos os seus defeitos, tem uma enorme virtude: é, a par e até talvez mais do que Lucho, quem mais sente a camisola, o resultado e o que tem mais pulmões e estamina para correr sempre e lutar até cair para o lado.

A (dupla) desgraça está feita. A SAD foi avisada por muitos comentadores na blogosfera e nos foruns como o do LinkedIn várias vezes sobre as consequências da política de manutenção de VP, sobre as consequências da política de contratações em Julho e em Janeiro, sobre os défices detectáveis a olho nú no plantel. Sobre tudo isso, a SAD, a direcção geral e a direcção técnica pouco fizeram. Ligeiros ajustoes em Janeiro claramente insuficientes para o que faltava da época. Agora chora-se um campeonato quase perdido e que podia ter sido nosso se...

FICHA DE JOGO

Marítimo-FC Porto, 1-1
Liga portuguesa, 23.ª jornada
17 de Março de 2013
Estádio dos Barreiros, no Funchal

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Ricardo Santos e Tiago Rocha
Quarto árbitro: Tiago Martins

MARíTIMO: Salin; Briguel (cap.), Roberge, Igor Rossi e Rúben Ferreira; Rafael Miranda, David Simão e Artur; Héldon, Sami e Suk.
Substituições: David Simão por Semedo (67m), Artur por Danilo Dias (75m) e Heldon por Kukula (88m)
Não utilizados: Ricardo, João Diogo, Luís Olim e João Guilherme
Treinador: Pedro Martins

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Atsu por Varela (10m), Defour por Castro (62m) e Varela por Izmaylov (73m)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: James (34m), Suk (38m)
Cartões amarelos: Alex Sandro (27m), Otamendi (36m), Lucho (42m), Heldon (64m), Danilo (79m), James Rodríguez (80m) e Rúben Ferreira (84m)
Cartões vermelhos: nada a assinalar


PONTO DE SITUAÇÃO
27 vitórias, 8 empates, 3 derrotas
74 golos marcados, 21 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

sexta-feira, 15 de março de 2013

Jogo 37 - Málaga, 2 x FC Porto, 0 - Não passámos do hall dos campeões, quando o importante era chegar aos quartos...


Imagem FC Porto
E custa muito perder assim.

O Málaga não é melhor que o FC Porto nem tem mais experiência europeia. O FC Porto era claramente favorito na eliminatória e mais ainda depois de ter ganho, mesmo que por curtos 1-0, na primeira mão.

O que falhou, então, para que o Málaga eliminasse o nosso clube da LCE?

Muita coisa falhou.

Em primeiro, a equipa inicial. Moutinho afinal não estaria a 100%. E com Moutinho em baixa, o meio campo recente-se, é sabido. Já aqui o disse várias vezes: Lucho é o líder "espiritual" da equipa, mas Moutinho é o "motor e caixa de velocidades" que põe a equipa a funcionar nas rotações certas a todo o momento.

Em segundo, a abordagem ao jogo. Mais uma vez, o FC Porto quis mandar no jogo - mas não teve pernas para isso. O Málaga correu mais, lutou mais, procurou mais a bola, foi mais equipa. O FC Porto foi inconsequente, como habitualmente, na possessão de bola - uma oportunidade de golo o jogo todo e foi meio por acaso e quase impossível na recepção da bola do passe de James a Jackson já no final do jogo. Isto é muito pouco e é tema recorrente nas minhas análises aqui.

Em terceiro, o golo em cima do intervalo, que estava iminente. Escrevi eu algum tempo antes no timeline do Facebook: "O aviso está feito, quase marco o Málaga, mas invalidada a jogada por uma falta anterior. Mas o FC Porto tem de melhorar a sua atitude rapidamente ou isto acaba mal...".

Em quarto, a expulsão de Defour logo aos 48 minutos. Ainda na primeira parte, eu havia comentado no Facebook: "Desta forma, não terminam 11 de cada lado. No FCP ja estão amarelados Otamendi, Defour e Alex Sandro." e não me enganei. VP deveria ter protegido os jogadores e pelo menos Defour e Alex Sandro, que estavam a fazer faltas consecutivas sobre Joaquim, em particular, deveriam ter sido protegidos e substituidos mais cedo. Não o fez e aconteceu o que eu antevia, infelizmente.

Em quinto, a má forma de James. Apesar de ele ter mexido um pouco com a equipa, está longe dos melhores dias que já nos mostrou de azul e branco. Contrato de tubarão na cabeça? Ou será apenas ainda da recuperação da lesão muscular?

Em sexto, o medo. O medo cénico. VP, ao contrário do que anuncia frequentemente, não joga para ganhar, nem ao ataque, nestes jogos a doer. Por exemplo, colocar Defour a extremo é demonstrar receio e reforço do meio campo em oposição a mais velocidade e eficácia no ataque. Meter quase sempre um central ou um médio quando está a ganhar ou até empatado é sinal de que pretende manter esse resultado e não procurar dilatar com mais golos. VP é como Jesualdo na Europa, um cagão. E a verdade é que a estatística não mente: ele fez 15 jogos europeus em 2 épocas e só conseguiu vencer 7, menos de metade. É um treinador de consumo interno - e fraco! O ano passado o campeonato foi ganho por uma unha negra e este ano já vamos atrás do rival.

Em resumo, perdemos e fomos eliminados porque do outro lado esteve um treinador que soube explorar as fraquezas do nosso. Porque o Málaga não é melhor que nós. E nós provámos isso mesmo na primeira mão, que fizemos gato-sapato deles - mas sem concluir o trabalho, que é marcando golos. Resta-nos o campeonato e, talvez, a Taça da Liga, se a FPF nos deixar (devia, mas não sei se vai deixar) para completar a época. Muitas finais para disputar para conseguir ganhar estes dois troféus. Confesso que estou cada vez mais pessimista, como já estava o ano passado. Sendo que vejo este ano as galinholas muito mais fortes, muito mais moralizadas e com muito mais colinho e 2 pontos à nossa frente - isto não vai ser nada fácil!

Continuo a bater na mesma tecla: VP já demonstrou cabalmente que não tem estaleca para ser o líder do FC Porto - pode ter sido um excelente número do AVB, mas não será nunca um bom treinador para o FC Porto. Não é de topo, não tem discurso de topo, não tem capacidade de liderança, não tem estatuto para se impor aos jogadores nem eles lhe reconhecem competências para ser o líder do grupo.  Enquanto VP estiver na cadeira de sonho, estamos condenados a isto: um ou outro título interno de vez em quando e a degradar o bom nome que construiu que na última década na Europa.

Mas também a SAD tem culpa nisto. O tipo de política de contratações que seguiu nos ultimos não serve à luz do mercado de crise dos dias de hoje. Investimentos como o de Danilo, são completamente absurdos e errados. Mesmo Alex Sandro, que ataca muito bem, demonstra que tem claros problemas a defender e isso nota-se muito quando há jogos como este.

Tempos dificeis se avizinham, digo eu. Mas espero estar enganado...

FICHA DE JOGO

Málaga CF-FC Porto, 2-0
Liga dos Campeões, oitavos-de-final, segunda mão
13 de Março de 2013
Estádio La Rosaleda, em Málaga

Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)
Assistentes: Andrea Stefani e Renato Faverani
Quarto árbitro: Riccardo di Fiore
Assistentes adicionais: Luca Banti e Paolo Silvio Mazzoleni

MÁLAGA CF: Willy; Jesús Gámez, Demichelis, Weligton (cap.) e Antunes; Iturra, Toulalan e Júlio Baptista; Joaquín, Saviola e Isco
Substituições: Júlio Baptista por Santa Cruz (74m), Saviola por Piazón (78m) e Joaquín por Ignacio Camacho (89m)
Não utilizados: Kameni, Lugano, Seba e Sergio Sánchez
Treinador: Manuel Pellegrini

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Defour
Substituições: João Moutinho por James Rodríguez (intervalo), Varela por Maicon (58m) e Alex Sandro por Atsu (70m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Izmaylov e Liedson
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Isco (43m) e Santa Cruz (77m)
Cartões amarelos: Otamendi (17m), Defour (24m e 49), Demichelis (28m), Alex Sandro (30m), Jesús Gámez (33m), Toulalan (64m) e Mangala (83m)
Cartões vermelhos: Defour (49m, por acumulação de amarelos)


PONTO DE SITUAÇÃO
27 vitórias, 7 empates, 3 derrotas
73 golos marcados, 20 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

domingo, 10 de março de 2013

Jogo 36 - FC Porto, 2 x Estoril, 0 - Uma rapidinha

Imagem FC Porto
Ao que parece, pois não pude ver o jogo (em transito para uma temporada de 6 semanas em Macau) o jogo foi uma rapidinha: em 15 minutos ficou resolvido, com uma entrada forte a resolver o jogo logo ali e 75 minutos sonolentos daquele controle de bola e de jogo que não resulta em nada a não ser numa estatística "à Barcelona".

Maicon regressou aos golos (e segundo o site do FCP aos bons jogos, recebendo até o prémio de MVP do jogo) logo aos 4 minutos e pouco depois, pelos 13 minutos, Jackson voltou a marcar de penalti, limpinho, assumindo o seu 23º golo no campeonato em apenas 22 jornadas!

E, ao que parece, terminou aí mesmo o jogo. Nada mais houve de especial. A não ser que se considere as entradas de Castro e Varela aos 56 minutos algo de especial, porque até esse momento o FC Porto esteve em campo sem qualquer português no seu onze, algo que eu, sinceramente, não tenho memória de alguma vez ter acontecido. Foi, por isso, um dia triste para o FC Porto, um dia em que foi mais FC Oporto e menos o nosso FC Porto... Este é um efeito da globalização que a mim, de facto, não me agrada. Gosto de estrangeiros e sou fã de alguns como Lucho, Helton ou Jackson, por exemplo. Mas este esvaziar de portugueses e em especial de formados na própria equipa deixa-me um vazio de balneário, de amor à camisola à flor da pele... Que não se repita muitas mais vezes (ou vez nenhuma!), é tudo o que desejo!

E quarta, 'bora lá comer uns caramelos a Málaga! É p'ra ganhar!

FICHA DE JOGO

FC Porto-Estoril, 2-0
Liga, 22.ª jornada
8 de Março de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 24.604 espectadores

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Assistentes: Pais António e Paulo Ramos
Quarto Árbitro: Nuno Pereira

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho González (cap.) e Defour; James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Lucho González por Castro (56m) e James por Varela (56m) e Defour por Izmaylov (72m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Liedson e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

ESTORIL: Vagner; Mano, Yohan Tavares, Steven Vitória (cap.) e Jefferson; Gonçalo Santos e Diogo Amado; Carlitos, Evandro e Carlos Eduardo; Licá
Substituições: Diogo Amado por Luís Leal (57m), Carlitos por Gerso (75m) e Gonçalo Santos por Tony Taylor (75m)
Não utilizados: Mário Matos, Anderson Luís, João Pedro e João Coimbra
Treinador: Marco Silva

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Maicon (4m) e Jackson Martínez (13m, pen.)
Cartão amarelo: Luís Leal (90m+1)


PONTO DE SITUAÇÃO
27 vitórias, 7 empates, 2 derrotas
73 golos marcados, 18 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa

segunda-feira, 4 de março de 2013

Jogo 35 - Sporting, 0 x FC Porto, 0 - Domínio infrutífero, campeonato mais distante

O próprio site do clube, no resumo do jogo, define bem o que se passou: "Domínio Infrutífero". E o problema é que este problema não é deste jogo, é pelo menos o 5º jogo consecutivo que isso sucede: Olhanense, Beira-Mar, Málaga, Rio Ave e Sporting.

Nas estatísticas de qualquer um destes 5 jogos, o FC Porto dominou de cima a baixo. Mais cantos, mais ataques, mais remates, muito mais posse de bola. E no entanto, o que conseguiu? EVVVE com 6 golos marcados e 2 sofridos. Muito pouco aproveitamento do dominio exercido nesses jogos. Para além disso, em comum a todos estes 5 jogos reli os meus comentários de jogos lentos, sem intensidade, sem  ideias.

Ou seja, depois de um mês de Janeiro excepcional (quer em termos de resultados que foram excepcionais, quer em termos da irregularidade que esses resultados e exibições consecutivas demonstraram ser) entramos num mês de Fevereiro em que para além de voltarmos à normalidade exibicional do consulado VP, aliámos os resultados à tangente e fraquinhos e que nos puseram já 2 pontos atrás dos lampiões que, este ano, aliando alguma inteligência de gestão de plantel a um banco mais completo que o nosso e ao "colinho" dos árbitros (ver o penalti de ontem, marcado por uma mão de um jogador que está de costas para a jogada e não sabe que o Cardozo vai cabecear na direcção do braço dele) e que deixa o titulo deste ano uma quase miragem... A conversa de que eles ainda têm de vir cá ao Dragão é para embalar bébés - a realidade é que até essa jornada (a penultima) eu estou a ver o FC Porto a perder mais vezes pontos que os lampiões!

E as lesões que estes meses de Novembro até agora têm trazido, todas em treinos, a maior parte delas musculares, não têm ajudado nada. Moutinho, Mangala, Defour, Atsu, Varela, James Alex Sandro ou Maicon já tiveram todos problemas musculares, mais ou menos graves, nestes 3 meses - sendo que o regresso de todos os que já recuperaram se traduziu numa baixa de forma assinalável. E a falta de Moutinho no jogo de Alvalade foi enorme.

Se Lucho é o líder "espiritual" da equipa, como se viu no lance do 2º penalti do Jackson contra o Rio Ave, Moutinho é claramente o motor da equipa, aquele que pensa o jogo, que o acelera ou reduz a velocidade quando necessário, que faz os passes a rasgar, que encontra os espaços, que vem atrás buscar o jogo e o entrega no ataque como nenhum outro no plantel.

Ter posse de bola de 60% ou mais, como tem sido norma, não serve de nada se esse for o objectivo em si mesmo. Porque o objectivo dessa alta posse de bola é criar mais oportunidades de golo e, consequentemente, mais golos. Coisa que nos últimos 5 jogos não fizemos (1 golo por jogo e um jogo em branco)!

Pior ainda, no jogo de Alvalade conseguimos ter menos oportunidades flagrantes de golo que as jovens lagartinhas. Helton permitiu-nos sair a 0 de lá. Se o Jackson tivesse aquelas oportunidades que o Ricky teve, não sei se falhava...

Do jogo, Otamendi (apesar de um falhanço posicional que deu uma das mais claras oportunidades de golo dos lagartos) foi dos melhores, juntamente com Helton e com Fernando. Do resto, o que dizer? Entre o ter marcado presença em campo e o ausente absoluto, foi a ideia com que fiquei. Dominamos? Sim, mas para quê? Tínhamos o sinal mais e ascendente? Sim, mas para quê? Enfim, lá se foi a liderança e, espero eu, que não tenha ido o campeonato com ela... quando há estas disputas taco a taco, por norma o primeiro a ceder é o que perder...

Sexta mais um jogo complicado, daqueles que tiram campeonatos. Moutinho não deve ainda jogar, Mangala talvez não. A equipa não deve ser muito diferente da de sábado passado, esperemos que a atitude dos jogadores seja diferente para melhor, para muito melhor.

FICHA DE JOGO

Sporting-FC Porto, 0-0
Liga portuguesa, 21.ª jornada
2 de Março de 2013
Estádio José Alvalade, em Lisboa
Assistência: 27.436 espectadores

Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)
Assistentes: José Braga e Valter Rufo
Quarto árbitro: Luís Reforço

SPORTING: Rui Patrício; Miguel Lopes, Tiago Ilori, Marcos Rojo e Joãozinho; Rinaudo (cap.), Eric Dier e Adrien; Labyad, Van Wolfswinkel e Capel
Substituições: Labyad por Bruma (60m), Adrien por Carrillo (75m) e Capel por Fakobo (80m)
Não utilizados: Marcelo, Cédric, Zezinho e Etock
Treinador: Jesualdo Ferreira

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Izmaylov
Substituições: Izmaylov por James (56m), Varela por Atsu (67m) e Defour por Liedson (81m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Abdoulaye e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

Cartões amarelos: Izmaylov (38m), Marcos Rojo (44m e 78m), Maicon (70m), Fernando (86m) e Miguel Lopes (89m) e Bruma (90m+1)
Cartões vermelhos: Marcos Rojo (78m, por acumulação de cartões amarelos)


PONTO DE SITUAÇÃO
26 vitórias, 7 empates, 2 derrotas
71 golos marcados, 18 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Jogo 34 - FC Porto, 2 x Rio Ave, 1 - Herói ou Vilão?


Foi um jogo de emoções, mas não foi um jogo emocionante.

Antes de mais, o momento do jogo: Jackson marca o penalti à Panenka, à semelhança do que já havia feito no inicio da época, mas desta vez falha! O público, no geral, não gostou. Porque o jogo estava ainda a 0, porque o FC Porto estava a jogar mal, naquele já tradicional jogo empastado, lento, sem ideias, sem criatividade, sem rasgos, naquele "deixa andar que isto resolve-se" até esse momento. A partir daí, se a coisa já não ia bem, piorou. Os nervos tomaram conta dos adeptos que não perdoavam o mínimo erro, dos jogadores que falhavam ainda mais do que o costume. Foi uma primeira parte Favaios em vez de ser o Vintage que nós exigimos sempre.

E isso leva-me ao segundo momento do jogo. Sobre o intervalo, novo penalti a favor do FC Porto. Jackson é animado por alguns colegas para marcar, mas claramente que não era essa a sua ideia. E o capitão fez então o seu papel: El Comandante foi buscar a bola e entregou-a a Jackson que foi assim "obrigado" a marcar o penalti novamente. Meio estádio assobiava, estupidamente, meio estádio aplaudia, correctamente, dando força e coragem ao nosso matador. E ele, desta vez, cumpriu, marcando, mesmo que o guarda-redes tenha adivinhado o lado e ainda tocado na bola. Aquilo que poderia ter sido um enorme problema de confiança para o nosso matador foi assim arrumado à gaveta superior direita da baliza de Oblak com a ajuda do grande capitão que temos, Lucho Gonzalez.

E na segunda parte a equipa melhorou, mais confiante que ficou com aquele golo a empatar o jogo em cima do intervalo, e o 2º golo de Jackson permitiu não só mostrar que ele havia superado aquele mau momento como ainda fazer as pazes com o público! Herói ou vilão? Herói, pois claro, herói da noite!

De salientar ainda os regressos de James e Defour, ambos ainda sem o ritmo necessário mas como claras opções para os próximos jogos. E ainda, sobretudo, a estreia de Quiño, o jovem colombiano que me surpreendeu porque jogou bem melhor do que aquilo que eu havia visto até agora ele fazer na equipa B (diga-mos, para ser simpático, que ele não tinha mostrado nada para estar ali) e conseguiu substituir um dos jogadores em melhor forma, Alex Sandro, sem que ninguém suspirasse por ele durante o jogo, quer a atacar, quer a defender.

No resto, nada de mais: Moutinho é o motor da equipa, que pensa e faz jogar, Lucho mesmo num momento menos fulgurante é o líder da equipa, Fernando esteve melhor que no jogo anterior, Varela continua aos altos e baixos, Maicon regressou aos maus velhos tempos de lentidão, chutos para o alto e passes errados em catadupa, Otamendi também está em boa forma a compensar quer Maicon, quer Danilo - que continua a ser uma nulidade, um jogador banalissimo que tarda em afirmar-se na equipa e que já tem os sócios nas bancadas à tabela... 18 milhões? Livra...

FICHA DE JOGO

FC Porto-Rio Ave, 2-1
Liga portuguesa, 20.ª jornada
23 de Fevereiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 27.859 espectadores

Árbitro: Artur Soares Dias (Porto)
Assistentes: Rui Licínio e Bruno Rodrigues
Quarto árbitro: Rui Fernandes

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Quiño; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Izmaylov
Substituições: Izmaylov por James (intervalo), Lucho por Defour (67m) e Varela por Castro (87m)
Não utilizados: Fabiano, Liedson, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

RIO AVE: Oblak; Lionn, Nivaldo, Marcelo e Edimar; Tarantini (cap.), Wires e Filipe Augusto; Braga, Bebé e Ukra
Substituições: Braga por Tope (66m) e Bebé por Diego Lopes (82m)
Não utilizados: Rafa, André Vilas Boas, André Dias, Del Valle e André Costa
Treinador: Nuno Espírito Santo

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Braga(38m) e Jackson Martínez (45m+2, pen., e 77m)
Cartões amarelos: Marcelo (45m+1), Tope (68m), Ukra (80m) e Wires (90m+1)
Cartões vermelhos: nada a assinalar


PONTO DE SITUAÇÃO
26 vitórias, 6 empates, 2 derrotas
71 golos marcados, 18 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Virá aí um alargamento?

Desde que ouvi a noticia do "caso Boavista" que ando a matutar nisso: como vão resolver isto? Se de facto eles conseguirem a integração na I Liga (o que ainda estou para ver...) como resolver isso? Não podem alterar regras das competições em curso, só me resta como hipótese o alargamento na próxima época, talvez com um jogo entre o primeiro que não subir na II Liga e o melhor classificado dos que descerem, deixando assim 18 clubes na I Liga. E pergunto-me eu: e a competitividade onde fica?

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Jogo 33 - FC Porto, 1 x Málaga, 0 - De regresso (quase) às grandes noites europeias

Com este resultado curto, nada está ainda assegurado, mas atendendo à exibição poderemos estar um pouco mais descansados.

O Málaga foi quase atropelado nesta visita à invicta, por um FC Porto dominador, possessivo, atacante.

Dominador porque dominou o jogo, os tempos de jogo e os locais onde o jogo decorria a seu bel-prazer.

Possessivo porque queria ter sempre a bola - e conseguiu em mais de 60% do tempo de jogo - e raramente a perdia e rapidamente a recuperava, poucas vezes o Málaga deu mais de 5 toques de seguida na bola o jogo todo.

E atacante porque devido aos dois pontos anteriores, o jogo traduziu-se num sentido único para a baliza dos espanhóis. Faltou, talvez, mais eficácia e, acima de tudo, acutilância. Muitos dos ataques do FC Porto redundavam apenas em aproximação à baliza adversária e não em oportunidade real de remate ou até de golo.

Os espanhóis, por seu lado, vieram prevenidos contra o Jackson e foram mais defensivos do que aquilo que lhes é normal. Não me acredito que em casa eles usem a mesma táctica e isso só nos irá favorecer, tenho a certeza, pelo que num dia normal, nós marcamos lá e provavelmente até ganhamos se estivermos em dia sim. E então, sim, estaremos de regresso às grandes noites europeias - até agora, isto era para meninos...

Imagem FC Porto
Do jogo, gostei muito do Alex Sandro que defendeu bem (ou melhor, não teve que se preocupar muito com questões defensivas, felizmente) e atacou ainda melhor - prova maior no lance do golo! Mas gostei em particular do Moutinho que atravessa um grande momento de forma. É um grande jogador e cada vez que penso que o podemos perder (por mais bem vendido que seja) fico logo com uma certa nostalgia por pensar que vou deixar de ver a sua inteligência e qualidade em campo - mesmo que ele venha a ser bem substituído por qualquer outro, a saudade bate sempre.. Por outro lado, fiquei mais uma vez desapontado com Danilo, uma nulidade absoluta (ou melhor e para ser mais justo, está a pagar o facto de ter custado o que custou, 18 milhões é muito dinheiro e ele não mostrou nunca, até agora, uma centelha que nos fizesse acreditar que ele vale isso tudo) e que levou até ao desespero, em determinada altura, VP - como me ri a ver VP aos saltos, aos berros, a esbracejar, colérico, enraivecido, depois de mais uma asneirada do Danilo num lance de ataque! Ele ainda olhou para o banco de suplentes mas não viu o que podia fazer com o material que lá estava...

Daqui a 3 semanas há mais... e espero e estou confiante que depois continue a haver também!

Neste fim de semana, um osso duro de roer. O Rio Ave do "nosso" Nuno, que tão boa conta tem dado de si aos comandos da equipa - o que só surpreende quem não via a liderança que ele tinha no balneário do FC Porto, ele que foi o autor da hoje famosa frase do "Somos Porto" na ressaca dos castigos do campeonato do túnel!

FICHA DE JOGO

FC Porto
-Málaga CF, 1-0
Liga dos Campeões, oitavos-de-final, primeira mão
19 de Fevereiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 42.209 espectadores

Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Simon Beck e Stuart Burt
Quarto árbitro: Simon Long
Assistentes adicionais: Lee Probert e Mike Dean

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Izmaylov
Substituições: Varela por James (58m), Izmaylov por Atsu (70m) e Lucho por Castro (90m+1)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

MÁLAGA CF: Willy; Sergio Sánchez, Demichelis, Weligton (cap) e Antunes; Iturra e Toulalan; Joaquín, Júlio Baptista e Isco; Santa Cruz
Substituições: Joaquín por Portillo (63m), Júlio Baptista por Piazón (78m) e Iturra por Camacho (78m)
Não utilizados: Kameni, Lugano, Saviola e Duda
Treinador: Manuel Pellegrini

Ao intervalo: 0-0
Marcador: João Moutinho (56m)
Cartão amarelo: Iturra (75m)


PONTO DE SITUAÇÃO
25 vitórias, 6 empates, 2 derrotas
69 golos marcados, 17 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Jogo 32 - Beira-Mar, 0 x FC Porto, 2 - Outro jogo fraco mas com melhor resultado...

Parece que é oficial, terá terminado o período de bom futebol que a equipa exibiu entre os jogos contra os lampiões (inicio de Janeiro) e Vitória (inicio de Fevereiro) , 5 jogos de bom futebol e bons resultados.

Nos dois últimos, conta o Olhanense e agora este contra Beira-Mar, regressamos ao futebol lento, sem imaginação, sem ideias, de posse de bola inconsequente, muito passe para o lado e para trás, progressões lentas e sem aquela garra de querer resolver o jogo e procurar novo golo depois de marcar um.

E se contra os algarvios o resultado foi o que sabemos, ao menos contra os aveirenses o resultado foi melhor, o mínimo que é admissível para nos manter no topo da classificação e em busca do título.

De destacar do jogo de Aveiro o 20º golo do Jackson, cada vez mais um ponta de lança de primeira categoria atingindo à 19ª jornada o valor mínimo de golos que eu previa que ele seria capaz de atingir a época toda, tendo neste momento já tantos golos como o lampião que foi melhor marcador o ano passado e até mais um que o total de golos dos lagartos esta época! A parte má desta período de regularidade que Jackson atravessa é que a Europa já está de olho nele (por exemplo, Valdano já chamou a atenção para ele) e é neste momento o 3º melhor marcador na Europa, "apenas" atrás dos galácticos Messi e Ronaldo - esses têm um campeonato de golos deles aparte...

Outro facto relevante foi Izmaylov não só ter os 90 minutos do jogo (o que deve ter sido a primeira vez, para aí, nesta década...) como ainda foi o jogador que mais correu em campo (11.445 metros) o que não deixa de ser curioso quanto a ele, visto que nos lagartos ele raramente terminava um jogo como ainda se apresentava sempre lesionado...

Espero que na 3ª feira, frente ao Málaga, a equipa se apresenta bem melhor que neste dois jogos. Porque os espanhóis são acessíveis ao FC Porto, mas não a esrte FC Porto que jogou contra os algarvios e os aveirenses. Para a Liga dos Campeões pede-se um Porto Vintage e não um banal vinho de mesa...

Por último, a expulsão de Mangala e a ausência de Alex Sandro na próxima jornada. De Mangala, não digo que ele não merecesse ser expulso naquele jogo - fez algumas entrada um pouco mais duras ao longo do jogo (e não, não é por ser um jogador mais "fisico", é mesmo porque às vezes se excede) mas não por aquele lance aos 88 minutos. Ele saltou, muito alto como é habitual nele, e o defesa mal saiu do chão - isso não é amarelo, nem falta. Mas mesmo sem a expulsão, Mangala já tinha visto o 5º amarelo de uma série, pelo que já não jogaria o jogo contra o Rio Ave (sábado, 23/2, 20h15), o que também acontecerá com Alex Sandro pela mesma razão. E isso coloca um problema ao VP, que não tendo querido (ou podido...) ficar com Fucile, não tem para esse jogo nenhum dos jogadores que esta época cumpriram a posição. Resta Quiñones (que do que vi na equipa B é muito fraco para estas andanças) ou inventar outra alternativa: Maicon à esquerda depois de ter sido defesa direito?

FICHA DE JOGO

Beira-Mar-FC Porto, 0-2
Liga portuguesa, 19.ª jornada
15 de Fevereiro de 2013
Estádio Municipal de Aveiro

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)
Assistentes: Luís Marcelino e Jorge Cruz
Quarto árbitro: Renato Gonçalves

BEIRA-MAR: Rui Rego; Nuno Lopes, Hugo (cap.), Jaime e Hélder Lopes; Ricardo Dias, Fleurival e Rui Sampaio; Rúben Ribeiro, Yazalde e Nildo
Substituições: Rui Sampaio por Serginho (37m), Rúben Ribeiro por Abel Camará (61m) e Nuno Lopes por Bura (77m)
Não utilizados: Jonas, Dani Abalo, Pedro Moreira e Tozé
Treinador: Ulisses Morais

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Izmaylov, Jackson e Atsu
Substituições: Atsu por Maicon (65m), Lucho por James (72m) e João Moutinho por Castro (81m)
Não utilizados: Fabiano, Liedson, Kelvin e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Atsu (34m) e Jackson (73m)
Cartões amarelos: Nuno Lopes (27m), Mangala (31m e 88m), Alex Sandro (44m) e Hugo (51m)
Cartões vermelhos: Mangala (88m, por acumulação de amarelos)


PONTO DE SITUAÇÃO
24 vitórias, 6 empates, 2 derrotas
68 golos marcados, 17 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa