domingo, 5 de maio de 2013

Jogo 44 - Nacional, 1 x FC Porto, 3 - Entrada à campeão, Estoril ajuda, nunca mais é sábado!

Não vi, porque me apanhou de saída de Macau para Portugal.
Não li muito sobre o jogo, porque andava por aeroportos e vôos de 8 horas.
Ganhamos, que é o que interessa. E soube, na madrugada do aeroporto de Dubai, que os lampiões empataram com o Estoril.
Sábado, uma final de vida ou morte... do campeonato!

Ficam as fichas. E a ansiedade. Nunca mais é sábado!

FICHA DE JOGO

Nacional-FC Porto, 1-3
Liga portuguesa, 28.ª jornada
4 de Maio de 2013
Estádio da Madeira, no Funchal

Árbitro: Cosme Machado (Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e Tomás Santos
Quarto árbitro: Pedro Campos

NACIONAL: Gottardi; Nuno Campos, Miguel Rodrigues, Mexer e Marçal; Aly Ghazal, Moreno (cap.) e Jota; Candeias, Rondón e Mateus
Substituições: Moreno por Claudemir (intervalo), Mateus por Keita (intervalo) e Nuno Campos por Diego Barcellos (62m)
Não utilizados: Vladan, João Aurélio, Edgar Costa e Diogo
Treinador: Manuel Machado

FC PORTO: Helton; Danilo, Abdoulaye, Otamendi e Mangala; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Varela
Substituições: Fernando por Castro (69m), Varela por Defour (78m) e Lucho por Izmaylov (85m)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Castro
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-3
Marcadores: James (10m), Mangala (19m), Lucho (pen., 22m) e Candeias (pen., 27m)
Cartões amarelos: Mangala (25m), Candeias (29m), Fernando (51m), Helton (70m), Keita (89m) e Izmaylov (90m+1)


PONTO DE SITUAÇÃO
32 vitórias, 8 empates, 4 derrotas
88 golos marcados, 24 sofridos
1 título conquistado, 3 títulos perdidos, 1 título em disputa
    

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Jogo 43 - FC Porto, 2 x Setúbal, 0 - Muita posse, pouco golo e até James falha penaltis também...

Imagem FC Porto
Mais uma vez não vi o jogo em directo. Não só o sono é mais forte (isto de ver jogos às 3h30 da manhã não é fácil...) como a vontade, confesso, também não é entusiasmante.

Do que vi dos resumos e dos comentários, foi mais um jogo tipico do FC Porto deste ano - muito dominio de bola, mas pouco proveito. Muito pouco, até considerando que foi preciso esperar mais de uma hora pelo primeiro golo mesmo quando a posse andava na casa dos 80%. Ou seja, ninguém, incluindo e acima de tudo os jogadores, percebe para que raio que a equipa a bola. Para marcar golos, não é de certeza - porque marca muito poucos.

Enfim, para além disso, o futebol praticado é chato, previsível e muito pouco atraente. E vai valendo Helton que continua a ter umas intervenções fundamentais para manter a baliza do FC Porto a zero - mesmo que às vezes tire os adeptos do sério com isso.

O campeonato está entregue há muito - só os puramente crentes ainda pensavam que seria possível, mas um jogo à Capela deve ter arrumado com qualquer réstia de fé portista, como se viu nas declarações, tristes mais uma vez, de VP esta semana. Se era para moralizar o Estoril espicaçando-o, não me parece que resulte lá muito e tem a desvantagem de desmoralizar os nossos rapazes que, oficialmente, entraram de férias à espera da próxima época, já que o treinador deitou a toalha ao chão. Triste figura que faz, triste figura que nos faz passar.

Previsível, de há muito. Como previsível é que está a prazo muito curto - deste mês não passa. Ainda não se sabe quem vem aí, mas já circulam vários nomes - o ex-selecionador brasileiro Mano Menezes, Leonardo Jardim e Domingos parecem ser os nomes na linha da frente, mas já foi ventilado Paulo Fonseca e até Rui Faria, o eterno adjunto de José Mourinho. Também ao nível do plantel parece que tudo está já em andamento há muito - vários jogadores contratados (2 mexicanos e 2 portugueses do Vitória, sendo que estes não é certo que fiquem já na equipa principal) e uma entrevista do administrador financeiro que me pareceu um recado interno para os mais bem pagos que se quiserem continuar por cá, têm de rever em baixa o salário.

Do jogo mesmo, contra o Setúbal, que dizer mais? Muita posse, poucos golos. Lucho influente. James também falhou um penalti. Atsu apagado, Varela até esteve bem no seu lugar. Falta alma àquela equipa, falta aquela vontade de marcar 1, e depois outro, e depois mais outro... Falta líder. Vamos aguentando como podemos e ainda temos de aturar os mouros que conseguiram ir a uma final europeia 23 anos depois... nem que seja ao pontapé na cabeça dos adversários! O que vale é que o Chelsea não deve deixar escapar a Taça - não estou a ver o Abramovich a deixar as coisas assim tão simples... - e repetir, de forma invertida, o que fez o FC Porto de José Mourinho - ganhar as 2 competições em anos seguidos. Ao menos deixem-me ter esse prazer esta época... e já agora que deixem o Vitória jogar no Jamor a ver se tem hipóteses de ganhar... era um grande melão para os lampiões! E uma mini-alegria para nós...

FICHA DE JOGO

FC Porto-V. Setúbal, 2-0
Liga portuguesa, 27.ª jornada
27 de Abril de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 32.410 espectadores

Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)
Assistentes: Nuno Pereira e Paulo Soares
Quarto árbitro: Paulo Brás

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson e Atsu
Substituições: Atsu por Varela (39m), Alex Sandro por Abdoulaye (intervalo) e Lucho por Defour (81m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Izmaylov e Liedson
Treinador: Vítor Pereira

V. SETÚBAL: Kieszek; Pedro Queirós, Frederico Venâncio, Jorge Luiz e Kiko; Ney Santos, Bruno Amaro (cap.), Paulo Tavares e José Pedro; Pedro Santos e Miguel Pedro
Substituições: Miguel Pedro por Jorginho (58m), Zé Pedro por Horta (71m) e Bruno por Makukula (82m)
Não utilizados: Fonseca, Amoreirinha, Bruno Gallo e Bruninho
Treinador: José Mota

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Lucho (64m) e Defour (87m)
Cartão amarelo: Miguel Pedro (32m), Atsu (33m), Pedro Santos (37m), Paulo Tavares (77m), Kiko (80m) e Jorginho (84m)


PONTO DE SITUAÇÃO
31 vitórias, 8 empates, 4 derrotas
85 golos marcados, 23 sofridos
1 título conquistado, 3 títulos perdidos, 1 títulos em disputa
   

terça-feira, 23 de abril de 2013

Jogo 42 - Moreirense, 0 x FC Porto, 3 - O regresso às vitórias

Valeu pelo resultado.

O jogo, mais uma vez, foi fraco.

Sem alma, sem chama, sem vontade, sem pernas.

O Moreirense deu muito mais trabalho que o resultado transparece. Felizmente, tinhamos Jackson em dia sim e uma equipa que com um extremo de verdade (Atsu), em vez de um falso extremo (Defour) funciona muito melhor. Mesmo em dias fracos, um verdadeiro é melhor que um falso extremo e a diferença na produção da equipa faz-se sentir.

Fernando esteve bem a aproveitar a oportunidade na cabeça da área.

A defesa falhou muito, de tal forma que o melhor dos quatro defesas talvez tenha sido Danilo. E isso diz muito do mau jogo que os outros 3 fizeram...

No meio campo, James está com a cabeça fora do Dragão. Quando quer e aterra no jogo, é muito bom, mas a maior parte do tempo anda já a fazer listas mentais do que vai levar para a nova casa e coisas assim...

Enfim, venha o fim de época e o VP que vá à vida dele, para a Grécia ou Chipre ou Turquia, mas bem longe do Dragão, a ver se recuperamos o titulo para o ano que este ano a procissão já parou noutra Capela...

FICHA DE JOGO

Moreirense-FC Porto, 0-3
Liga portuguesa, 26.ª jornada
20 de Abril de 2013
Parque Desportivo Comendador Joaquim Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos

Árbitro: Marco Ferreira (Madeira)
Assistentes: Cristóvão Moniz e Sérgio Serrão
Quarto árbitro: Manuel Oliveira

MOREIRENSE: Ricardo Ribeiro; Ricardo Pessoa, Anilton, Aníbal Capela e Florent; Vinícius (cap.), Renatinho e Fábio Espinho; Wagner, Ghilas e Pintassilgo
Substituições: Wagner por Rafael Lopes (61m), Ricardo Pessoa por Paulinho (65m) e Anilton por Diego Gaúcho (74m)
Não utilizados: Ricardo Andrade, Kinkela, Belaid e Tales
Treinador: Augusto Inácio

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Lucho por Castro (74m), Atsu por Liedson (81m) e James por Izmaylov (87m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Kelvin e Defour
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Jackson Martínez (34m e 55m) e Fernando (52m)
Disciplina: nada a assinalar


PONTO DE SITUAÇÃO
30 vitórias, 8 empates, 4 derrotas
83 golos marcados, 23 sofridos
1 título conquistado, 3 títulos perdidos, 1 títulos em disputa
  

terça-feira, 16 de abril de 2013

Jogo 41 - Braga, 1 x FC Porto, 0 - Adeus, Taça, adeus VP...

...mesmo que seja só no final da época.

E a história repete-se. Duas vezes esta época que o FC Porto e Braga se defrontam em jogos consecutivos separados por poucos dias. Duas vezes que o FC Porto ganha para o campeonato e perde o jogo da competição a eliminar.

Pior ainda. Porque esta era a final. Da Taça da Liga, sim, que não vale nada, eu sei, mas é uma competição e eu gosto de ganhar sempre, até na pré-época - por isso não gostei de ver o FC Porto não jogar para ganhar a final. Porque as normas da casa são antigas: as finais não são para se jogar, são para se ganhar.

Não vi o jogo em directo, as horas são impróprias para quem está em Macau. Mas vi resumos e li muitos comentários. E não gostei do que vi e do que li. E menos ainda do que vi e li o VP dizer no final do jogo - culpar o árbitro pela derrota! VP, aprende de uma vez por todas: não é o árbitro que marca golos nem é ele que os sofre, pode condicionar mas isso trabalhado psicologicamente serve apenas para animar ainda mais os "rapazes". Claro que não percebes isso, como nem percebeste ainda como te caiu no colo o cargo que tens ou como vais ser despachado no final da época para a Turquia, Grécia ou Chipre enquanto o diabo esfrega um olho - e a única coisa que me preocupa é que a SAD tenha demorado quase 2 épocas a perceber o que meio mundo comentador bloguistico já percebeu há muito - o FC Porto é um pesado e tu só tens licença da câmara para motas abaixo dos 50 c.c.!

Quanto ao jogo, felizmente o Fabiano estava inspirado e mostrou que tem, de facto, categoria para herdar a camisola de Helton um dia (e pelas declarações dele dos ultimos tempos, desconfio que não vai ser um dia assim tão distante quanto isso) porque a parte final do jogo foi, simplesmente, penosa.

Enfim, segue o teu penoso percurso e que tanto nos faz sofrer por mais uns jogos, enterra lá de vez a equipa. Eu não acredito que consigas o que dizes que vais tentar - lutar pelo título até fim. Não tens força anímica, não tens controlo no plantel, não tens palavra a dizer nas contratações. E não tens jeito para treinador - podes ser um grande adjunto, mas és um treinador muito fraco.

E que ganhes ao Moreirense no sábado, é tudo o que peço - desconfio que levas é mais um banho de táctica do Inácio que sabe mais a dormir do que tu acordado... tomara me engane eu... é que com o jogo dos lampiões e lagartos esta jornada, os adeptos gostavam de poder continuar a sonhar que ainda é possível...

Sem ver Jackson comemorar, a Taça não vamos ganhar...


FICHA DE JOGO

SC Braga-FC Porto, 1-0
Taça da Liga, final
13 de Abril de 2013
Estádio Cidade de Coimbra

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Ricardo Santos e Tiago Rocha
Quarto árbitro: Manuel Mota

SC BRAGA: Quim; Baiano, Nuno André Coelho, Santos e Elderson; Custódio, Hugo Viana e Rúben Micael; Alan, Carlão e Mossoró
Substituições: Rúben Micael por João Pedro (75m), Carlão por Zé Luís (78m) e Mossoró por Douglão (90m+2)
Não utilizados: Kritsyuk, Rúben Amorim, Hélder Barbosa e Mauro
Treinador: José Peseiro

FC PORTO: Fabiano; Danilo, Abdoulaye, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho; James, Jackson e Defour
Substituições: Lucho por Otamendi (intervalo), Defour por Kelvin (60m) e James por Atsu (75m)
Não utilizados: Helton, Castro, Izmaylov e Liedson
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Alan (pen., 45m+2)
Cartões amarelos: Abdoulaye (17m e 45m), Elderson (36m), Baiano (47m), Mossoró (67m), Custódio (80m) e Quim (90m+2)
Cartões vermelhos: Abdoulaye (45m, por acumulação de amarelos)


PONTO DE SITUAÇÃO
29 vitórias, 8 empates, 4 derrotas
80 golos marcados, 23 sofridos
1 título conquistado, 3 títulos perdidos, 1 títulos em disputa
 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Jogo 40 - FC Porto, 3 x Braga, 1 - Foi à reviravolta, mas foi...

Kelvin abriu o livro, felizmente...
Foi mais um jogo que o FC Porto tornou complicado, sem razões para tal.
Não vi o jogo, o sono foi mais forte que eu (estou em Macau, a +7 horas de fuso horário...) mas vi resumos e li comentários vários.
E li e vi o habitual. Equipa amorfa, apática, lenta de processos e má nas decisões, sem plano B e sem velocidade.
Começou a perder e se a serenidade dos adeptos já não seria muita, deve ter diminuído mais ainda com esse golo bracarense.
Felizmente, a equipa manteve alguma união mínima e acabou por conseguir dar a volta ao resultado, muito por "culpa" da inspiração de um miúdo que tem prometido muito mais do que aquilo que tem alcançado. Felizmente, naquela noite, alcançou dois golos em 3 minutos no fim do jogo que valeram a diferença entre empatar e arrepiar ainda mais o caminho do tri ou manter a equipa à tona dos quatro pontos de distância...

Comentário ainda para o despropositado não agradecimento da equipa no final aos adeptos e para as não só despropositadas como patéticas declarações do Helton sobre o assunto. Quando o Helton chegou ao FC Porto, já eu era sócio e adepto há mais tempo de o que ele tinha de vida. Quando o Helton sair do FC Porto, eu continuarei a ser sócio e adepto do FC Porto. A ir ao estádio vibrar com a equipa. E se os adeptos assobiam, não é por serem anti-Porto ou de outros clubes. É por serem 100% Porto, por terem visto esses mesmos jogadores fazerem muito melhor do aquilo que fizeram nesse jogo. E o problema não está nos adversários - eles já jogaram contra adversários muito mais fortes e fizeram muito melhor. Se há assobios é porque há a noção que são capazes de mostrarem um futebol muito melhor. E em vez de criticar os adeptos, não percebendo que há uma crise e muitos sacrificios dos adeptos para lá estarem no estádio a ver as suas estrelas a jogar e não os querem ver a arrastarem-se em campo, a perderem tempo sem sentido, a fazerem coisas que nem os miudos das escolinhas fazem. O problema dos assobios dos adeptos está nos jogadores e na equipa técnica - não sei se há ordenados em atraso ou prémios por pagar, não sei se há problemas de relacionamento entre os grupos de jogadores ou entre estes e os técnicos, não sei o que se passa. O que sei é que já vi (e escrevi aqui) o FC Porto fazer grandes jogos esta época - e o jogo de sábado foi uma porcaria, para ser simpático. Bem melhor esteve Lucho nas suas declarações...

Só espero que este sábado, joguem a final da taça da Liga bem... e para ganhar. Como alguém no FC Porto disse, as finais não se jogam, ganham-se!

FICHA DE JOGO

FC Porto-SC Braga, 3-1
Liga portuguesa, 25.ª jornada
8 de Abril de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 31.210 espectadores

Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e André Campos
Quarto árbitro: Pedro Vilaça

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson e Defour
Substituições: Maicon por Abdoulaye (ao intervalo), Defour por Atsu (62m) e Lucho por Kelvin (76m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Castro e Liedson
Treinador: Vítor Pereira

SC BRAGA: Quim; Baiano, Santos, Nuno André Coelho e Elderson; Custódio, Hugo Viana e Mauro; João Pedro, Mossoró e Alan (cap.)
Substituições: Mossoró por Carlão (68m), Hugo Viana por Rúben Micael (86m) e João Pedro por Hélder Barbosa (90m)
Não utilizados: Kritciuk, Haas, Rúben Amorim e Zé Luís
Treinador: José Peseiro

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Alan (22m), James (37m) e Kelvin (83m e 86m)
Cartão amarelo: Quim (67m)


PONTO DE SITUAÇÃO
29 vitórias, 8 empates, 3 derrotas
80 golos marcados, 22 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Jogo 39 - Académica, 0 x FC Porto, 3 - Castro, Coração de Dragão

Não foi fácil para mim assistir a este jogo. A diferença horária para Macau, onde estarei ainda mais umas semanas, é quase incompatível com a visualização de jogos em directo. Melhorou agora este fim de semana com a mudança de hora (passou de +8 horas para +7 horas de diferença para Portugal) mas mesmo assim não será fácil.

Em todo o caso, este consegui ver do principio ao fim, via internet porque o jogo escolhido pela RTP I (via TDM, canal de Macau) foi o dos lampiões esta semana...

E vi o mesmo de sempre.

Um FC Porto amorfo, com pouca chama, com um domínio inquestionável da posse de bola mas com um rendimento daí retirado residual. Logo a seguir ao intervalo, escrevi no Facebook: "27 ataques, 71% de posse de bola. 1 golo. Que sensação de desperdício de tempo e de saber o que fazer com a bola..." e este tem sido o comentário, mais letra menos letra, que tenho escrito e lido um pouco por toda a parte. E esta estatística explica o nosso 2º lugar na tabela. Bem podem pregar que até temos mais um ponto que o ano passado - vale-nos de muito isso, o canal história é para os lampiões, não é para aqui chamado quando não vamos à frente... E quando os lampiões comemoraram este fim de semana o seu 100º golo em competições este ano (e nós, como se vê abaixo, ainda nem aos 80 chegamos) sem ter a mesma posse de bola que temos, ainda mais perguntas ficam no ar... para que controlar assim? Que vantagens isso nos traz? Porque não concretizamos mais se até temos o melhor ponta de lança e melhor marcador do campeonato? E na minha modesta análise, as respostas apontam para o treinador: quer controlar assim porque quer ser como o Barcelona, o seu modelo de jogo; vantagens que traz é sofrermos poucos golos, somos de facto das melhores defesas da Europa (e estamos longe de ter dos melhores defesas da Europa, ao contrário de tempos não muito remotos); e não concretizamos mais porque o treinador é limitado ao seu  trabalho de campo em jogo, não consegue adaptar e adaptar-se a procurar mais golos - aliás, bem pelo contrário, a substituição-tipo dele é de cariz defensivo ou de segurar o jogo, metendo defesas e médios em predominância aos atacantes - caso mais paradigmático são os breves minutos de utilização de Liedson ou de Sebá nos últimos 5 jogos, nos quais o FC Porto perdeu um e empatou dois... não é normal que não estando em vantagem no marcador, não aposte nos atacantes que tem disponíveis...

Enfim, do jogo, fraquinho, valeu a vitória que nos mantém 4 pontos atrás dos lampiões e com uma centelha de esperança que ainda seja possível (não vai ser, mas pronto... deixem-nos sonhar!) e acima de tudo por ver um Moutinho bem melhor e um Castro que só pela entrega, fervor, portismo e suor que entrega em cada lance, em cada minuto, em cada momento do jogo me deixa a sonhar com tempos em que tantos sentiam aquela camisola e a responsabilidade de a vestir dessa mesma forma. Hoje, para além de Castro, talvez só Lucho e Hélton sintam algo de parecido - e são ambos estrangeiros! Ao que isto chegou...

Pelo golo e acima de tudo pela comemoração, que ainda hoje me arrepia ao escrever sobre ela, CASTRO foi o homem do jogo! Merece muito mais oportunidades e aquilo que conseguiu, até agora, foi contra muitos preconceitos (ah e tal que não tem técnica, que é muito duro, que é muito impetuoso, que não tem visão de jogo...) e contra o treinador e contra empresários (que infestam aquele balneário) e até contra a SAD que prefere bem mais a aposta nas contratações que rendem comissões de compra e venda do que nos miúdos vindos da formação.

Foto Facebook do André Castro


Castro, coração de Dragão! Parabéns!


FICHA DE JOGO

Académica-FC Porto, 0-3
Liga portuguesa, 24.ª jornada
30 de Março de 2013
Estádio Cidade de Coimbra
Assistência: 5.832 espectadores

Árbitro: Bruno Esteves (Setúbal)
Assistentes: Rui Teixeira e Mário Dionísio
Quarto árbitro: Rui Patrício

ACADÉMICA: Ricardo; João Dias, João Real, Flávio (cap.) e Hélder Cabral; Bruno China, Makelele e Marcos Paulo; Rodrigo Galo, Edinho e Wilson Eduardo
Substituições: Bruno China por Cleyton (59m), João Dias por Marinho (67m) e Wilson Eduardo por Cissé (86m)
Não utilizados: Peiser, Halliche, Keita e Ogu
Treinador: Pedro Emanuel

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho; James, Jackson e Izmaylov
Substituições: Lucho por Castro (74m), James por Defour (74m) e Danilo por Maicon (81m)
Não utilizados: Fabiano, Liedson, Abdoulaye e Kelvin
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Mangala (15m), Danilo (52m) e Castro (89m)
Cartões amarelos: Bruno China (23m), Mangala (34m), Otamendi (62m) e João Moutinho (87m)
Cartões vermelhos: nada a assinalar


PONTO DE SITUAÇÃO
28 vitórias, 8 empates, 3 derrotas
77 golos marcados, 21 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

terça-feira, 19 de março de 2013

Jogo 38 - Marítimo, 1 x FC Porto, 1 - O adeus ao título?

Imagem FC Porto
Confesso que não vi bem o jogo. Diria que o vi com um olho aberto e outro fechado. Porque estando num fuso horário de +8 horas, ver um jogo às 2 da manhã não é tarefa nada fácil, ainda mais estando debaixo do efeito de Sedoxil...

Mas o que vi, mais uma vez, não me agradou. Não apenas o resultado - que começa a ser o menos surpreendente atendo ao nível exibicional da equipa desde o principio de Fevereiro ou ao nível de forma física exibida por algumas das pedras nucleares ou pelas constantes (quase semanais) lesões musculares em treinos que desde Novembro passado acontecem com uma frequência que eu já não tenho memória de ver no FC Porto.

Tudo isto concorreu para o empate. Falta força nas pernas, falta força anímica. Mesmo que o domínio de bola seja alto, isso não se traduz em golos (já o digo há muito tempo) e pior que isso, agora começa a ser comprometedor com falhanços defensivos derivados de perdas de bola e falta de pernas para recuperar a posição no terreno, deixando os adversários em boa posição de ataque, remate e até golo.

É verdade que Jackson voltou a falhar um penalti - que nem foi muito mal marcado, só que o guarda-redes adivinhou o lado e a falta de confiança geral da equipa (e que se nota particularmente no nosso n.º 9) fez o resto.

Com este empate fica agora (e para já...) o FC Porto a 4 pontos do 1º lugar. Logo, ao contrário do que confiantemente disse VP a semana passada, o FC Porto já não depende apenas de si próprio. Aliás, como aqui denunciei, comentários desse calibre por norma são um assumir de deitar a toalha ao chão no FC Porto. Aqui, VP, não se usam calculadoras. Aqui ganham-se os campeonatos, ganhando os jogos, um a um, sem desperdícios como o do Olhanense, do Sporting ou deste Marítimo. E as eliminatórias contra "Málagas" são para ganhar, não são para ser eliminado e muito menos culpar o árbitro que fez o que tinha de fazer - VP é que não fez o que devia ter sido feito, poupar Alex Sandro e Defour nesse jogo devido aos amarelos...

Mesmo a questão de alinhar novamente sem portugueses não é positivo. Tenho para mim que a equipa, na ausência natural de Moutinho por lesão e até de Varela por má forma, deveria atirar  para o onze inicial o Castro. Com todos os seus defeitos, tem uma enorme virtude: é, a par e até talvez mais do que Lucho, quem mais sente a camisola, o resultado e o que tem mais pulmões e estamina para correr sempre e lutar até cair para o lado.

A (dupla) desgraça está feita. A SAD foi avisada por muitos comentadores na blogosfera e nos foruns como o do LinkedIn várias vezes sobre as consequências da política de manutenção de VP, sobre as consequências da política de contratações em Julho e em Janeiro, sobre os défices detectáveis a olho nú no plantel. Sobre tudo isso, a SAD, a direcção geral e a direcção técnica pouco fizeram. Ligeiros ajustoes em Janeiro claramente insuficientes para o que faltava da época. Agora chora-se um campeonato quase perdido e que podia ter sido nosso se...

FICHA DE JOGO

Marítimo-FC Porto, 1-1
Liga portuguesa, 23.ª jornada
17 de Março de 2013
Estádio dos Barreiros, no Funchal

Árbitro: João Capela (Lisboa)
Assistentes: Ricardo Santos e Tiago Rocha
Quarto árbitro: Tiago Martins

MARíTIMO: Salin; Briguel (cap.), Roberge, Igor Rossi e Rúben Ferreira; Rafael Miranda, David Simão e Artur; Héldon, Sami e Suk.
Substituições: David Simão por Semedo (67m), Artur por Danilo Dias (75m) e Heldon por Kukula (88m)
Não utilizados: Ricardo, João Diogo, Luís Olim e João Guilherme
Treinador: Pedro Martins

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Atsu por Varela (10m), Defour por Castro (62m) e Varela por Izmaylov (73m)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-1
Marcadores: James (34m), Suk (38m)
Cartões amarelos: Alex Sandro (27m), Otamendi (36m), Lucho (42m), Heldon (64m), Danilo (79m), James Rodríguez (80m) e Rúben Ferreira (84m)
Cartões vermelhos: nada a assinalar


PONTO DE SITUAÇÃO
27 vitórias, 8 empates, 3 derrotas
74 golos marcados, 21 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

sexta-feira, 15 de março de 2013

Jogo 37 - Málaga, 2 x FC Porto, 0 - Não passámos do hall dos campeões, quando o importante era chegar aos quartos...


Imagem FC Porto
E custa muito perder assim.

O Málaga não é melhor que o FC Porto nem tem mais experiência europeia. O FC Porto era claramente favorito na eliminatória e mais ainda depois de ter ganho, mesmo que por curtos 1-0, na primeira mão.

O que falhou, então, para que o Málaga eliminasse o nosso clube da LCE?

Muita coisa falhou.

Em primeiro, a equipa inicial. Moutinho afinal não estaria a 100%. E com Moutinho em baixa, o meio campo recente-se, é sabido. Já aqui o disse várias vezes: Lucho é o líder "espiritual" da equipa, mas Moutinho é o "motor e caixa de velocidades" que põe a equipa a funcionar nas rotações certas a todo o momento.

Em segundo, a abordagem ao jogo. Mais uma vez, o FC Porto quis mandar no jogo - mas não teve pernas para isso. O Málaga correu mais, lutou mais, procurou mais a bola, foi mais equipa. O FC Porto foi inconsequente, como habitualmente, na possessão de bola - uma oportunidade de golo o jogo todo e foi meio por acaso e quase impossível na recepção da bola do passe de James a Jackson já no final do jogo. Isto é muito pouco e é tema recorrente nas minhas análises aqui.

Em terceiro, o golo em cima do intervalo, que estava iminente. Escrevi eu algum tempo antes no timeline do Facebook: "O aviso está feito, quase marco o Málaga, mas invalidada a jogada por uma falta anterior. Mas o FC Porto tem de melhorar a sua atitude rapidamente ou isto acaba mal...".

Em quarto, a expulsão de Defour logo aos 48 minutos. Ainda na primeira parte, eu havia comentado no Facebook: "Desta forma, não terminam 11 de cada lado. No FCP ja estão amarelados Otamendi, Defour e Alex Sandro." e não me enganei. VP deveria ter protegido os jogadores e pelo menos Defour e Alex Sandro, que estavam a fazer faltas consecutivas sobre Joaquim, em particular, deveriam ter sido protegidos e substituidos mais cedo. Não o fez e aconteceu o que eu antevia, infelizmente.

Em quinto, a má forma de James. Apesar de ele ter mexido um pouco com a equipa, está longe dos melhores dias que já nos mostrou de azul e branco. Contrato de tubarão na cabeça? Ou será apenas ainda da recuperação da lesão muscular?

Em sexto, o medo. O medo cénico. VP, ao contrário do que anuncia frequentemente, não joga para ganhar, nem ao ataque, nestes jogos a doer. Por exemplo, colocar Defour a extremo é demonstrar receio e reforço do meio campo em oposição a mais velocidade e eficácia no ataque. Meter quase sempre um central ou um médio quando está a ganhar ou até empatado é sinal de que pretende manter esse resultado e não procurar dilatar com mais golos. VP é como Jesualdo na Europa, um cagão. E a verdade é que a estatística não mente: ele fez 15 jogos europeus em 2 épocas e só conseguiu vencer 7, menos de metade. É um treinador de consumo interno - e fraco! O ano passado o campeonato foi ganho por uma unha negra e este ano já vamos atrás do rival.

Em resumo, perdemos e fomos eliminados porque do outro lado esteve um treinador que soube explorar as fraquezas do nosso. Porque o Málaga não é melhor que nós. E nós provámos isso mesmo na primeira mão, que fizemos gato-sapato deles - mas sem concluir o trabalho, que é marcando golos. Resta-nos o campeonato e, talvez, a Taça da Liga, se a FPF nos deixar (devia, mas não sei se vai deixar) para completar a época. Muitas finais para disputar para conseguir ganhar estes dois troféus. Confesso que estou cada vez mais pessimista, como já estava o ano passado. Sendo que vejo este ano as galinholas muito mais fortes, muito mais moralizadas e com muito mais colinho e 2 pontos à nossa frente - isto não vai ser nada fácil!

Continuo a bater na mesma tecla: VP já demonstrou cabalmente que não tem estaleca para ser o líder do FC Porto - pode ter sido um excelente número do AVB, mas não será nunca um bom treinador para o FC Porto. Não é de topo, não tem discurso de topo, não tem capacidade de liderança, não tem estatuto para se impor aos jogadores nem eles lhe reconhecem competências para ser o líder do grupo.  Enquanto VP estiver na cadeira de sonho, estamos condenados a isto: um ou outro título interno de vez em quando e a degradar o bom nome que construiu que na última década na Europa.

Mas também a SAD tem culpa nisto. O tipo de política de contratações que seguiu nos ultimos não serve à luz do mercado de crise dos dias de hoje. Investimentos como o de Danilo, são completamente absurdos e errados. Mesmo Alex Sandro, que ataca muito bem, demonstra que tem claros problemas a defender e isso nota-se muito quando há jogos como este.

Tempos dificeis se avizinham, digo eu. Mas espero estar enganado...

FICHA DE JOGO

Málaga CF-FC Porto, 2-0
Liga dos Campeões, oitavos-de-final, segunda mão
13 de Março de 2013
Estádio La Rosaleda, em Málaga

Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)
Assistentes: Andrea Stefani e Renato Faverani
Quarto árbitro: Riccardo di Fiore
Assistentes adicionais: Luca Banti e Paolo Silvio Mazzoleni

MÁLAGA CF: Willy; Jesús Gámez, Demichelis, Weligton (cap.) e Antunes; Iturra, Toulalan e Júlio Baptista; Joaquín, Saviola e Isco
Substituições: Júlio Baptista por Santa Cruz (74m), Saviola por Piazón (78m) e Joaquín por Ignacio Camacho (89m)
Não utilizados: Kameni, Lugano, Seba e Sergio Sánchez
Treinador: Manuel Pellegrini

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Defour
Substituições: João Moutinho por James Rodríguez (intervalo), Varela por Maicon (58m) e Alex Sandro por Atsu (70m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Izmaylov e Liedson
Treinador: Vítor Pereira

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Isco (43m) e Santa Cruz (77m)
Cartões amarelos: Otamendi (17m), Defour (24m e 49), Demichelis (28m), Alex Sandro (30m), Jesús Gámez (33m), Toulalan (64m) e Mangala (83m)
Cartões vermelhos: Defour (49m, por acumulação de amarelos)


PONTO DE SITUAÇÃO
27 vitórias, 7 empates, 3 derrotas
73 golos marcados, 20 sofridos
1 título conquistado, 2 títulos perdidos, 2 títulos em disputa

domingo, 10 de março de 2013

Jogo 36 - FC Porto, 2 x Estoril, 0 - Uma rapidinha

Imagem FC Porto
Ao que parece, pois não pude ver o jogo (em transito para uma temporada de 6 semanas em Macau) o jogo foi uma rapidinha: em 15 minutos ficou resolvido, com uma entrada forte a resolver o jogo logo ali e 75 minutos sonolentos daquele controle de bola e de jogo que não resulta em nada a não ser numa estatística "à Barcelona".

Maicon regressou aos golos (e segundo o site do FCP aos bons jogos, recebendo até o prémio de MVP do jogo) logo aos 4 minutos e pouco depois, pelos 13 minutos, Jackson voltou a marcar de penalti, limpinho, assumindo o seu 23º golo no campeonato em apenas 22 jornadas!

E, ao que parece, terminou aí mesmo o jogo. Nada mais houve de especial. A não ser que se considere as entradas de Castro e Varela aos 56 minutos algo de especial, porque até esse momento o FC Porto esteve em campo sem qualquer português no seu onze, algo que eu, sinceramente, não tenho memória de alguma vez ter acontecido. Foi, por isso, um dia triste para o FC Porto, um dia em que foi mais FC Oporto e menos o nosso FC Porto... Este é um efeito da globalização que a mim, de facto, não me agrada. Gosto de estrangeiros e sou fã de alguns como Lucho, Helton ou Jackson, por exemplo. Mas este esvaziar de portugueses e em especial de formados na própria equipa deixa-me um vazio de balneário, de amor à camisola à flor da pele... Que não se repita muitas mais vezes (ou vez nenhuma!), é tudo o que desejo!

E quarta, 'bora lá comer uns caramelos a Málaga! É p'ra ganhar!

FICHA DE JOGO

FC Porto-Estoril, 2-0
Liga, 22.ª jornada
8 de Março de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 24.604 espectadores

Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Assistentes: Pais António e Paulo Ramos
Quarto Árbitro: Nuno Pereira

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho González (cap.) e Defour; James, Jackson Martínez e Atsu
Substituições: Lucho González por Castro (56m) e James por Varela (56m) e Defour por Izmaylov (72m)
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Liedson e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira

ESTORIL: Vagner; Mano, Yohan Tavares, Steven Vitória (cap.) e Jefferson; Gonçalo Santos e Diogo Amado; Carlitos, Evandro e Carlos Eduardo; Licá
Substituições: Diogo Amado por Luís Leal (57m), Carlitos por Gerso (75m) e Gonçalo Santos por Tony Taylor (75m)
Não utilizados: Mário Matos, Anderson Luís, João Pedro e João Coimbra
Treinador: Marco Silva

Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Maicon (4m) e Jackson Martínez (13m, pen.)
Cartão amarelo: Luís Leal (90m+1)


PONTO DE SITUAÇÃO
27 vitórias, 7 empates, 2 derrotas
73 golos marcados, 18 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa

segunda-feira, 4 de março de 2013

Jogo 35 - Sporting, 0 x FC Porto, 0 - Domínio infrutífero, campeonato mais distante

O próprio site do clube, no resumo do jogo, define bem o que se passou: "Domínio Infrutífero". E o problema é que este problema não é deste jogo, é pelo menos o 5º jogo consecutivo que isso sucede: Olhanense, Beira-Mar, Málaga, Rio Ave e Sporting.

Nas estatísticas de qualquer um destes 5 jogos, o FC Porto dominou de cima a baixo. Mais cantos, mais ataques, mais remates, muito mais posse de bola. E no entanto, o que conseguiu? EVVVE com 6 golos marcados e 2 sofridos. Muito pouco aproveitamento do dominio exercido nesses jogos. Para além disso, em comum a todos estes 5 jogos reli os meus comentários de jogos lentos, sem intensidade, sem  ideias.

Ou seja, depois de um mês de Janeiro excepcional (quer em termos de resultados que foram excepcionais, quer em termos da irregularidade que esses resultados e exibições consecutivas demonstraram ser) entramos num mês de Fevereiro em que para além de voltarmos à normalidade exibicional do consulado VP, aliámos os resultados à tangente e fraquinhos e que nos puseram já 2 pontos atrás dos lampiões que, este ano, aliando alguma inteligência de gestão de plantel a um banco mais completo que o nosso e ao "colinho" dos árbitros (ver o penalti de ontem, marcado por uma mão de um jogador que está de costas para a jogada e não sabe que o Cardozo vai cabecear na direcção do braço dele) e que deixa o titulo deste ano uma quase miragem... A conversa de que eles ainda têm de vir cá ao Dragão é para embalar bébés - a realidade é que até essa jornada (a penultima) eu estou a ver o FC Porto a perder mais vezes pontos que os lampiões!

E as lesões que estes meses de Novembro até agora têm trazido, todas em treinos, a maior parte delas musculares, não têm ajudado nada. Moutinho, Mangala, Defour, Atsu, Varela, James Alex Sandro ou Maicon já tiveram todos problemas musculares, mais ou menos graves, nestes 3 meses - sendo que o regresso de todos os que já recuperaram se traduziu numa baixa de forma assinalável. E a falta de Moutinho no jogo de Alvalade foi enorme.

Se Lucho é o líder "espiritual" da equipa, como se viu no lance do 2º penalti do Jackson contra o Rio Ave, Moutinho é claramente o motor da equipa, aquele que pensa o jogo, que o acelera ou reduz a velocidade quando necessário, que faz os passes a rasgar, que encontra os espaços, que vem atrás buscar o jogo e o entrega no ataque como nenhum outro no plantel.

Ter posse de bola de 60% ou mais, como tem sido norma, não serve de nada se esse for o objectivo em si mesmo. Porque o objectivo dessa alta posse de bola é criar mais oportunidades de golo e, consequentemente, mais golos. Coisa que nos últimos 5 jogos não fizemos (1 golo por jogo e um jogo em branco)!

Pior ainda, no jogo de Alvalade conseguimos ter menos oportunidades flagrantes de golo que as jovens lagartinhas. Helton permitiu-nos sair a 0 de lá. Se o Jackson tivesse aquelas oportunidades que o Ricky teve, não sei se falhava...

Do jogo, Otamendi (apesar de um falhanço posicional que deu uma das mais claras oportunidades de golo dos lagartos) foi dos melhores, juntamente com Helton e com Fernando. Do resto, o que dizer? Entre o ter marcado presença em campo e o ausente absoluto, foi a ideia com que fiquei. Dominamos? Sim, mas para quê? Tínhamos o sinal mais e ascendente? Sim, mas para quê? Enfim, lá se foi a liderança e, espero eu, que não tenha ido o campeonato com ela... quando há estas disputas taco a taco, por norma o primeiro a ceder é o que perder...

Sexta mais um jogo complicado, daqueles que tiram campeonatos. Moutinho não deve ainda jogar, Mangala talvez não. A equipa não deve ser muito diferente da de sábado passado, esperemos que a atitude dos jogadores seja diferente para melhor, para muito melhor.

FICHA DE JOGO

Sporting-FC Porto, 0-0
Liga portuguesa, 21.ª jornada
2 de Março de 2013
Estádio José Alvalade, em Lisboa
Assistência: 27.436 espectadores

Árbitro: Paulo Batista (Portalegre)
Assistentes: José Braga e Valter Rufo
Quarto árbitro: Luís Reforço

SPORTING: Rui Patrício; Miguel Lopes, Tiago Ilori, Marcos Rojo e Joãozinho; Rinaudo (cap.), Eric Dier e Adrien; Labyad, Van Wolfswinkel e Capel
Substituições: Labyad por Bruma (60m), Adrien por Carrillo (75m) e Capel por Fakobo (80m)
Não utilizados: Marcelo, Cédric, Zezinho e Etock
Treinador: Jesualdo Ferreira

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Defour e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Izmaylov
Substituições: Izmaylov por James (56m), Varela por Atsu (67m) e Defour por Liedson (81m)
Não utilizados: Fabiano, Castro, Abdoulaye e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

Cartões amarelos: Izmaylov (38m), Marcos Rojo (44m e 78m), Maicon (70m), Fernando (86m) e Miguel Lopes (89m) e Bruma (90m+1)
Cartões vermelhos: Marcos Rojo (78m, por acumulação de cartões amarelos)


PONTO DE SITUAÇÃO
26 vitórias, 7 empates, 2 derrotas
71 golos marcados, 18 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa