sábado, 11 de outubro de 2008

FEZ-SE HISTÓRIA

"A verdade, enfim


Já não deve haver muitas dúvidas: este Benfica de Quique Flores/Rui Costa é o melhor dos últimos anos. Pelo menos, já não tinha ideia de uma jogatana dos encarnados ao nível daquela com que nos brindou na segunda parte da partida contra o Nápoles, para mais sem contar com quatro pesos-pesados: Carlos Martins (até aos 26 minutos) no banco, Suazo e Aimar lesionados, e Cardozo castigado.

Ufffff! – suspiro enfim de alívio ao olhar para a manchete de ontem de Record. De facto, “Digno de Reyes” aplica-se perfeitamente ao jogo do Benfica, com o avançado espanhol a repetir a proeza de quatro dias antes, frente ao Sporting, e Nuno Gomes a confirmar, na execução superior de um golpe de cabeça, que está de volta aos seus melhores dias.

As manchetes viram-se normalmente para os golos e para os “heróis” imediatos. Não fosse isso e eu preferiria salientar que foi da lucidez de Quique – com a aposta na dupla Luisão/Sidnei, que deu solidez à defesa, e com a recuperação de Katsouranis para a sua verdadeira posição, que dotou de outra profundidade e consistência o meio-campo – que nasceu o “novo” Benfica.

E pensar que nos debatemos aqui, nos últimos anos, com a necessidade comercial de “pisar o risco”, incensando na 1.ª página vitórias tangenciais e exibições medíocres, do género “Águias voam alto” ou “Aí está o Benfica!”, tantas vezes quando o “alto” era baixo como o Colombo ou o “Benfica” que se exaltava nada tinha do Benfica que conhecíamos e que parece estar agora de volta. Será que já não precisaremos mais, não de mentir, mas de dar à verdade um embrulho de ouro para material de pechisbeque? Em nome de Record, agradeço os bons ofícios de D. Enrique Sánchez Flores."

Chamaram-me a atenção para esta pérola jornalística, saída estes dias no Rascord. O seu arrotador, Alexandre Pais, é só o director desse pasquim.
Escalpelizando o vómito, concluem-se imediatamente duas coisas: a primeira, é que o director do pasquim admite que o pasquim mente deliberadamente, sempre que for preciso, de forma a glorificar a instituição do regime. A segunda é que o Rascord, admitindo existir para servir o Glorigozo, pela primeira vez na história do jornalismo lusitano, declara, pela voz do seu director, a sua total falta de isenção, resumida no agradecimento ao treinador. É caso para se dizer que acaba de ser feita história. Só gostava de saber o que a Alta Autoridade para a Comunicação Social acha do assunto.

2 comentários:

portoazul disse...

oh, não acham nada.

é tão simples entender que a «instituiçao» é e será sempre a mais maior grande do mundo e talvez da europa???

esse jornal, e o outro, a biblia, têm de vender papel. dia apos dia só servem para glorificar o regime vermelhudo.

se o papel nao fosse duro e sujo, eu dizia para que é que serviam...

Francisco disse...

Acabei de comprar o livro de Jorge Rodrigues:"JORGE NUNO PINTO DA COSTA",subtitulado "o Portador de Alegrias", livro que folheei e me parece revelar as facetas culturais do nosso Presidente, as quais, aliás,são do conhecimento da legião de adeptos portistas.
Por isso, pela suas qualidades humanas e culturais ( e não me pronuncio agora sobre os seus conhecimentos desportivos que deixam a léguas os seus congéneres dos outros clubes), por isso, repito, me custa compreender e aceitar que se tenha envolvido, a ele e por arrastamento ao clube, com uma prostituta que agora anda a correr em exibição pornográfica na internet. Uma vergonha.
Mas o meu comentário prende-se também com o subtítulo do livro em questão. É que se é um facto que o nosso presidente é efectivamente um «portador de alegrias» para a nação portista é simultaneamente um «portador de alergias» para os seus adversários e inimigos.Não se trata só de azia, é alergia pura que lhes advém de serem pequeninos e medíocres!

Que merda é esta de ir perder ao Bessa para a Intercalar, com as reservas dos putos axadrezados! Andam a brincar?
Nuinguém os põe na linha? Na Sertã também vai ser assim?