quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Jogo 7 - FC Porto, 2 x Shaktar Donetsk, 1 - Jornada 1 da Liga dos Campeões
No regresso da Liga dos Campeões a um dos seus redutos mais habituais, o nosso fantástico Estádio do Dragão, aconteceu o que normalmente acontece nesta casa: o FC Porto ganha!
E assim é que é bonito, jogue bem ou menos bem, ganhamos - nada de vitórias morais!
Ponto prévio - os ucrano-brasileiros são um adversário muito dificil e só um grande FC Porto seria capaz de os ultrapassar. E foi isso que aconteceu.
Porque temos, para além de grandes jogadores, uma grande equipa, unida e coesa e a praticar um futebol tiki-taka de grande qualidade.
O FC Porto dominou sempre e mesmo o falhanço do penalti, em conjunto com o falhanço do Helton, não desmoralizaram nem a equipa, nem o público, que de forma fantástica percebeu que seria apenas uma questão de tempo até virar o jogo. E assim foi.
Primeiro, com um golo fantástico de livre directo do Hulk, num remate a mais de 100 à hora! É um daqueles momentos que fazem valer a pena ir a um estádio. Depois, com um momento de magia de James Rodriguez. O puto fez uma obra de arte pela esquerda, culminando num passe com mel e açucar que até o Postiga marcava, quanto mais o Kléber! O FC Porto ficou ainda a dever mais um golo, pelo menos, ao público e ao adversário! Um remate perigoso de Moutinho de fora da área, outro de Defour da esquina da pequena área e uma bola ao ferro num livre soberbo do James - sem contar com o penalti falhado e outra bola ao ferro ainda na primeira parte...
Mais uma vez, soube a pouco. Foram 5 golos nos últimos 2 jogos, mas poderiam e deveriam ter sido uns 10...
Em todo o caso, provou-se uma coisa hoje, que eu digo há muito, muito tempo: um erro na Liga dos Campeões é, quase sempre, sucedido de um golo. O erro do Helton, numa bola onde normalmente nem costuma falhar, resultou num golo do adversário. Falhou, sofreu. Felizmente, eles falharam mais... ou nós somos mesmo melhores, o que preferirem.
Parabéns ao Vítor Pereira que não teve medo em arriscar novamente a jogar sem trinco, reforçando tecnicamente e ofensivamente o meio-campo com a alteração Fernando-Belluschi. Já agora, gostei de ouvir o Fernando no final dizer que estava arrependido, mas não chega. Quero ver isso em campo...
Últimas palavras para Defour, um Moutinho 2. E para James, em grande forma. Varela está a perder espaço, infelizmente, porque faz falta. Djalma não tem pedal para estas andanças, jogar no Dragão e na LCE é muito diferente de Angola e do Marítimo... a escola faz falta. E para Moutinho, um grande jogador, dá gosto ver jogar!
FICHA DE JOGO
FC Porto-Shakhtar Donetsk, 2-1
UEFA Champions League, grupo G, primeira jornada
13 de Setembro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.612
Árbitro: Felix Brych (Alemanha)
Assistentes: Thorsten Schiffner e Mark Borsch
Quarto árbitro: Günter Perl
Assistentes adicionais: Peter Sippel e Christian Dingert
FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Otamendi, Maicon e Alvaro; Fernando, Defour e João Moutinho; Hulk, Kléber e James
Substituições: Fernando por Belluschi (61m), Kléber por Djalma (69m) e Hulk por Varela (78m)
Não utilizados: Bracali, Mangala, Souza e Cristian Rodríguez
Treinador: Vítor Pereira
SHAKHTAR DONETSK: Rybka; Srna «cap.», Chygrynskiy, Rakitskiy e Rat; Eduardo, Fernandinho Mkhitaryan e Willian; Jadson e Luiz Adriano
Substituições: Eduardo por Kucher (42m), Jadson por Alex Teixeira (64m) e Willian por Hübschman (82m)
Não utilizados: Pyatov, Douglas Costa, Kobin, e Seleznyov
Treinador: Mircea Lucescu
Ao intervalo: 1-1
Marcadores: Luiz Adriano (12m), Hulk (28m) e Kléber (51m)
Disciplina: cartão amarelo para Luiz Adriano (26m), Chygrynskiy (31m e 80m), Srna (34m) e Moutinho (34m); cartão vermelho directo para Rakitskiy (40m) e, por acumulação de amarelos, para Chygrynskiy (80m)
PONTO DE SITUAÇÃO
6 vitórias, 1 derrota
16 golos marcados, 7 golos sofridos
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1 comentário:
Bom dia,
Tal como se previa ontem tivemos um jogo complicado, perante um adversário valoroso, que se tem vindo a afirmar na Europa.
O jogo iniciou dividido até que o FC Porto ganha a grande penalidade que Hulk não converte.
Para complicar ainda mais, Helton tem aquela infelicidade, e sofremos o golo.
Os adeptos de imediato reagem, empurrando a equipa para a frente, e é com naturalidade que chegamos ao empate, naquele golo de apologia do Hulk. Grande míssil!
Após a expulsão ainda na primeira parte do central da equipa ucraniana, as coisas complicaram-se para nós, embora se possa muitas vezes pensar que contra 10 é mais fácil.
Os ucranianos encostaram o bloco defensivo, e exploravam o contra-ataque através de Wiliam e Luiz Adriano. É neste típico jogo que o Shahktar é perigoso.
Todavia o FC Porto continuou a carregar, e sempre que acelerava no último terço, vinham à tona as fragilidades defensivas do Shahktar.
Foi então que o melhor em campo - James, saca um coelho da cartola, e num lance de magia senta o defensor adversário e assiste Kléber para o golo da vitória.
Até à expulsão do outro central do Shaktar, foi uma fase complicada do desafio.
Nós não conseguíamos marcar o terceiro golo, e alguns dos nossos jogadores já estavam desgastados, como é o caso de Hulk, e tiveram de ser substituídos.
Com o resultado pela margem mínima, o Shahktar revela-se sempre perigoso, daí alguma prudência atacante.
Depois da expulsão do outro central, os ucranianos abandonaram a disputa do resultado, e até final foi o gerir do tempo.
Grande apoio do público, muito importante no empurrar da equipa, depois de um penalti falhado e de um erro de Helton.
O FC Porto está no patamar das melhores equipas da Europa, e ontem sentia-se que ganharíamos o jogo com maior ou menor dificuldade, apesar dos ucranianos terem uma excelente equipa.
Estamos de volta ao nosso lugar, e acredito no apuramento para a fase seguinte.
Abraço e boa semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
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