sábado, 10 de setembro de 2011
Jogo 6 - FC Porto, 3 x Setúbal, 0
Foi um começo algo sonolento e um pouco frustrante, fazendo temer que as apostas no onze inicial de Vítor Pereira para dar minutos de descanso a algumas das mais influentes pedras (Moutinho e Hulk em especial) fosse dar errado. Mas após os 15 minutos, a máquina engrenou e começou a asfixiar o Setúbal na sua defesa, não dando descanso - culminando com 3 bolas à barra entre os minutos 21 e 29 num misto de azar e pontaria a mais (ou a menos?) que poderiam ter dado outra expressão ao resultado ao intervalo, que era ainda de 0-0.
Com o intervalo, veio a jogada de mestre de Vítor Pereira. A troca de Souza por Moutinho mostrou que o treinador sabe de futebol e não tem medo de arriscar. Assim, o FC Porto abdicou do trinco, passando a actuar com dois médios centro e um mais avançado, numa quase inversão do triangulo habitual - com a diferença que os dois médios mais recuados jogavam muito mais à frente que o trinco habitualmente joga. A entrada de Moutinho veio trazer outro dinamismo à equipa, outra qualidade de passe e uma pressão muito maior e mais à frente sobre o Setúbal.
O golo adivinhava-se a qualquer instante e aconteceu mesmo pelos pés do Moutinho, uma bomba de fora da área. A partir daí, o Setúbal tentou subir um pouco mais, abandonando a postura passiva assumida até aí, mas de nada valeu, porque o rolo compressor do meio campo continuava a funcionar e os outros golos aconteceram de forma natural, sendo que se o jogo tivesse mais 5 ou 10 minutos, provavelmente os números finais atingiriam valores mais adequados ao que se passou em campo durante 80 minutos...
Notas finais sobre o jogo:
1 - Defour é bom jogador, na posição 6 ou 8, faz lembrar o Moutinho - até na altura, 1,73m, e nos km's que corre. Mas também na qualidade de passe e na capacidade de encontrar espaços quer para passar quer para se posicionar. Ia marcando de cabeça numa jogada excelente. Quando falar português e tiver mais rotinas com os companheiros de equipa, vai ser um caso sério.
2 - Souza não tem futebol nos pés para o FC Porto. Joga para trás e para os lados de mais, raramente consegue sair com a bola nos pés e apesar da sua altura, das poucas vezes que ganha uma bola aérea é para a colocar nos adversários.
3 - Fernando continua com a cabeça longe, das poucas vezes que joga ainda faz pior que Souza, asneiras e infantilidades. Quem me lê aqui sabe que há muito que não morro de amores por ele, mas ultimamente ele tem feito tudo para me dar razão...
4 - Maicon é um nabo. Fraco de pés. E fraco de cabeça - não jogo aéreo, mas de mentalidade. As suas desconcentrações são letais, em especial quando falamos de Liga dos Campeões. Não é jogador para o FC Porto, não evoluiu mais do que isto, prejudica a equipa pela instabilidade que traz aos colegas e aos adeptos também.
5 - Kléber tem tudo para vir a ser um grande ponta de lança. Mas precisa de melhorar a sua mobilidade na área e afinar a pontaria. Neste momento, a minha opinião é que Hulk é que deveria estar a ponta de lança, Kléber ainda não produz o necessário para justificar a titularidade.
FICHA DE JOGO
FC Porto-Vitória de Setúbal, 3-0
Liga 2011/12, quarta jornada
9 de Setembro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.511 espectadores
Árbitro: Marco Ferreira (AF Madeira)
Assistentes: Sérgio Serrão e Cristóvão Moniz
Quarto árbitro: Manuel Oliveira
FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Maicon e Alvaro; Souza, Defour e Belluschi; James, Kléber e Cristian Rodríguez
Substituições: Souza por João Moutinho (46m), Kléber por Hulk (71m) e Cristian Rodríguez por Djalma (81m)
Não utilizados: Bracali, Walter, Mangala e Fernando
Treinador: Vítor Pereira
V. SETÚBAL: Diego; Peter Suswam, Ricardo Silva, Anderson do Ó e Miguelito; Hugo Leal, Bruno Amaro, e Zé Pedro; Jorge Gonçalves, Cláudio Pitbull «cap.» e Neca
Substituições: Hugo Leal por João Silva (59m) e Jorge Gonçalves por Rafael Lopes (71m)
Não utilizados: Ricardo, Tengarrinha, Igor, Michel e Bruno Severino
Treinador: Bruno Ribeiro
Ao intervalo: 0-0
Marcadores: João Moutinho (53m), James (75) e Belluschi (88m)
Disciplina: cartão amarelo para Maicon (17m), Anderson do Ó (40m), Neca (44m), Cristian Rodríguez (52m) e Alvaro (54m)
PONTO DE SITUAÇÃO
5 vitórias, 1 derrota
14 golos marcados, 6 golos sofridos
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Jogo com algumas dificuldades iniciais, sobretudo na conquista de espaços da manobra ofensiva, de algum modo superadas depois dos vinte minutos iniciais.
Depois foi uma exibição em crescendo, com belos nacos de futebol fluído, dinâmico, inteligente e por vezes belo.
O segundo golo foi, para mim, o corolário do melhor, explanado em campo. Lance corrido, simples, muito bonito e eficaz, ao melhor estilo do famoso Tiki-Taka catalão.
O 3-0 final acaba por não reflectir a gritante diferença de nível das equipas nem faz jus à qualidade do futebol ofensivo portista bem como às enumeras oportunidades desperdiçadas. Só a barra desfez três dessas oportunidades!
Um abraço
Enviar um comentário