Sem qualquer brilhantismo, conseguiu-se no sábado o mais importante, que foram os 3 pontos. De futebol, pouco se viu, apesar de 5 minutos prometedores.
Perante uma equipa fraquinha, que vinha desde o início da semana a preparar-se para uma derrota, atirando sem dó nem piedade no árbitro ainda antes do jogo começar, o Sr. Ferreira voltou a (não) surpreender. Agradecendo a todos os Deuses as lesões de Varela e Cebola, pôde, enfim, tornar a meter o seu menino fetiche, tornando o onze do Porto num dez contra 12. E o pior titular da história do Clube, qual Usain Bolt, não se fez rogado. Tal como o Jamaicano, quando toda a gente pensa que já não é mais humanamente possível bater o seu próprio record, espantou de novo a nação portista, com 70m dos mais espectaculares disparates e as mais anedóticas asneiras do seu repertório, numa sucessão infindável. De fazer os nervos em franja a mais de 40 mil e de fazer babar o seu mentor.
De resto, o Sr. Ferreira, tal como é o único a vislumbrar enormes qualidades em Mariano, é o único que não vê o miserável estado de forma de Raul Meireles, deixando-o em campo mais de 80 m. E assim, em vez de 11, jogávamos com 9 jogadores. Só assim se consegue compreender como, depois da expulsão de Polga, os lagartos tomaram conta do jogo, enquanto o Porto, vergonhosamente, recuava no terreno.
Resultado - vitória sem qualquer sabor. E digo isto sem ponta de exagero. Quem está no estádio a aguentar com 70m de Mariano Gonzalez e a ver Raul Meireles a arrastar-se, perante a passividade do Sr. Fereira, pouco gozo retira dum clássico. Só mesmo pela vitória, pelo (mais um) vôo de Falcão e pelo grande jogo de Fucile.
E para 4ª feira, mais Mariano e mais uma invenção para o lugar de Fernando. E se ficar só por aí, deveremos ficar agradecidos.
3 comentários:
pela verdade!
www.causaprimeira.blogspot.com
Bettencourt e as promiscuidades do clube do regime
Todos sabemos que a comunicação social é dominada pelo clube do regime, mas no almoço comemorativo do nono aniversário do núcleo sportinguista de Vendas Novas, José Eduardo Bettencourt chamou alguns bois pelos nomes:
"Não confundimos futebol com política, nem temos relações promíscuas nessa área [relações promíscuas entre o SLB e a Câmara Municipal de Lisboa]. Se calhar por isso uns começam com muitos milhões porque sabiam que iam ter os problemas resolvidos, e outros começam sem nada. (...)
E a vergonha que foi a criação de um Fundo de Investimento do Benfica em que se avaliou, por exemplo, o Javi García em 17 milhões de euros e juniores desconhecidos em cinco milhões! Onde é que já se viu? Andamos a dormir? E enquanto uns brincavam, outros tratavam, nos bastidores, de tomar conta disto. (...)
Com metade do orçamento ficámos quatro anos à frente do Benfica. Com muito menos dinheiro investido, com muitas menos condições, conseguimos sempre ficar à frente de uma equipa que investe muito no seu plantel, todos os anos. (...)
Foi a primeira vez que ganhamos a uma equipa alemã [Hertha Berlim]. Um conjunto que lutou até à penúltima jornada pelo título alemão, mas que toda a gente diz que não joga nada. O Everton ganhou 4-0 ao AEK de Atenas, mas os gregos é que têm uma grande equipa"
José Eduardo Bettencourt, 04/10/2009
Sexta-feira, 2 de Outubro de 2009
A história mal contada de uma “testemunha normal”
«Maria José Morgado garantiu, ontem, quarta-feira, que Carolina Salgado foi tratada como uma "testemunha normal" no Apito Dourado e revelou-se ofendida com a acusação de que a equipa especial de investigação por si liderada manipulou depoimentos.
Em causa estão declarações prestadas pela irmã gémea de Carolina ao Ministério Público do Porto, em Junho de 2007, aludindo a alegadas "cumplicidades" entre elementos da equipa especial de investigação do Apito Dourado e a ex-companheira de Pinto da Costa. Ana Salgado alegara que Maria José Morgado, na altura coordenadora da referida equipa, telefonava a Carolina para informá-la sempre que era deduzida uma acusação e para "dar-lhe força para continuar". E que o inspector da PJ Sérgio Bagulho, integrante da mesma unidade, teria "treinado" aquela testemunha.
Ontem, no início do julgamento de Ana Salgado - que responde por dois crimes de difamação agravada - a procuradora-geral adjunta rejeitou todas as insinuações, sublinhando que foi posta em causa a sua "honra profissional", bem como a de toda a equipa que liderou. "Nunca telefonei a Carolina Salgado", frisou a magistrada, revelando que o único contacto entre as duas, além do que tinha havido na sede da equipa especial, na primeira inquirição, foi estabelecido por iniciativa da ex-companheira de Pinto da Costa e nada teve a ver com os processos.
"Telefonou-me por razões humanitárias. Disse estar desesperada, com medo de ficar de repente na rua, sem casa, nem bens. Na altura, falei-lhe à pressa, porque estava a caminho da piscina. Disse-lhe para ter calma, que se houvesse algum processo cível ela poderia contestar. Só falei com ela por consideração ao Sérgio Bagulho (a quem Carolina tinha levantado a questão)", afirmou Morgado. Em causa estariam partilhas após a separação de Carolina e do presidente do F.C. Porto.
Quanto à acusação de manipulação de depoimentos, a magistrada afirmou que "não tem cabimento", lembrando que as declarações daquela testemunha, na reabertura dos processos, coincidiram com as que já tinha prestado em ocasiões anteriores.
Questionada sobre o facto de Carolina ter sido inquirida muitas vezes na própria residência, Morgado explicou que tal se deveu à necessidade de "evitar o circo mediático e fugas de informação", lembrando, também, que Carolina recebia protecção policial, por ter sido vítima de ameaças e alegadas perseguições.»
in JN, 01/10/2009
Mesmo fazendo um esforço para acreditar na versão de Maria José Morgado (MJM), as suas declarações suscitam-me um conjunto de interrogações.
É habitual uma "testemunha normal" ter acesso ao número de telemóvel da procuradora-geral adjunta?
É habitual os inspectores da PJ meterem “cunhas” para que a procuradora-geral adjunta atenda telefonemas de "testemunhas normais", ou este caso foi uma excepção aberta por MJM por o inspector da PJ ser o senhor Sérgio Bagulho e a testemunha ser a dona Carolina?
É habitual que inspectores da PJ e a procuradora-geral adjunta se preocupem com problemas pessoais das "testemunhas normais" que, segundo a própria MJM, nada tinham a ver com os processos?
É habitual o Ministério Público inquirir as "testemunhas normais", ou arguidos, na sua própria residência, para "evitar o circo mediático”? Foi isso que aconteceu, por exemplo, com Valentim Loureiro, Carlos Cruz, Paulo Pedroso ou Oliveira e Costa?
Evidentemente, está por nascer o jornalista português com coragem para fazer estas perguntas à toda poderosa procuradora-geral adjunta e suspeito que mesmo que fossem feitas ficariam sem resposta.
In reflexão portista
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