De volta às lides, neste ano novo. No que ao futebol diz respeito, tudo na mesma. Vira o disco, toca o mesmo.
Aliás, as férias natalícias fizeram-me lembrar a silly season desportiva. Enquanto os Avantes se degladiavam na propaganda ao clube do regime, fotografando jogadores com taças de champanhe, a pedir o título (como se um desejo formulado muitas vezes se tornasse realidade), na secretaria o Glorigozo mostra que é esse o seu campo de eleição. Assim, habituados aos golos e penalties aos 94m (nem que seja com uma bola na cabeça), ficaram possuídos por um árbitro ter tido uma atitude de enorme coragem, ao anular, e muito bem, um golo por evidente mão. Convenhamos que não é todos os dias que um árbitro, em pleno estádio da Luz (estádio onde fiscais de linha são agredidos e depois sancionam golos que não se sabe se entram) anula um golo daqueles. Demonstra, passe a boçalidade, tê-los como um touro de cobrição. Vai daí, começam os bastidores a funcionar. Pedro Henriques, para aprender, é encostado, devendo reflectir no mal que fez à nação. Entretanto, passa-se a mensagem para os outros árbitros - ponham-se finos quando apitarem o Glorigozo, senão... Cautelarmente, o sócio de cativo, também conhecido como Palhaço do Gel, é, obviamente nomeado para apitar o nosso jogo da Choupana, jogo esse já por si tradicionalmente difícil. Espera-se, por isso, atitude, raça e competência para pormos tudo in su sitio. Ano novo, há que manter o velho vício de ganhar.
Sem comentários:
Enviar um comentário