O "GLORIOSO" EM TODO O SEU ESPLENDOR

O desespero dos adeptos do "Glorioso" chegou a um tal ponto, que o País está prestes a tornar-se num manicómio a céu aberto. Cientes da inferioridade inultrapassável face à máquina trituradora da Invicta, os seus dirigentes, capitaneados pelo inenarrável Kadafhi dos Pneus, não se importaram de gastar uma fortuna a patrocinar uma galdéria e a comprar livros de literatura de w.c., com o único objectivo de afastar o adversário que se recusa a aceitar o desígnio divino que é deles, por ordem natural das coisas, de serem "O Glorioso". E ser "O Glorioso" significa ganhar tudo. Não sendo possível fazê-lo no relvado (até os seus, também por ordem natural das coisas, semi-cérebros, entenderam isso), só há uma alternativa - extermínio do opositor. Essa estratégia permitiu, pelo menos, que, a cada humilhação e tiro no pé, pudessem vir clamar: "agora é que o apito vai apitar". Os seus 6 milhões de lobotomizados babam-se e espumam-se e assim perpetuam o kadafhi no trono.

Milhares de euros gastos depois, muitas mais humilhações sofridas depois, eis que, apesar do moço de recados que puseram na Comissão Disciplinar, surge um castigo aparentemente inócuo. Afinal, não iriam ser entregues em bandeja de prata todos os títulos nacionais e internacionais ganhos pela "Besta" ao "Glorioso". Como é tal possível? Ungidos por Deus, extensão divina na Terra, e não lhes fazem essa oferenda? Não sacrificam Pinto da Costa na guilhotina? O resultado foi uma venda anormal de coletes de força provocada por um surto de desespero como há muito não se via. Basta atentar nos comentários on-line dos seus seguidores (aqueles que completaram a 4ª classe), para se perceber que foi o fim da esperança na reposição do Caos em Cosmos.

Neste entretanto, havia que continuar a entreter os pacóvios. Depois da melhor equipa da década e da transformação consumada num colosso europeu, arranjaram novo mito sebastiânico e foram desenterrar 1 glória com 20 anos - afinal, desenterrar glórias passadas é o seu ex - libris. Mas, eis que até D. Sebastião comete o pecado capital de não se vergar ao "Glorioso", recusando-se a treinar a banda de música do "maestro". Mais uma figura patética e de patetas. Solução? Vira o disco, toca o mesmo. Agora é que vai mesmo apitar! É desta! Então, o órgão oficioso, "A Bosta" anuncia pomposamente que os adoradores de Lúcifer têm a Champions em risco. O que daí resulta? Finalmente, podem ir à pré da Champions serem cilindrados por alguém! Finalmente, uma centelha, um vislumbre de intervenção divina! Afinal, somos mesmo o "Glorioso"! Se Cunha Leal o disse, é porque é verdade. Afinal, foi ele quem disse, mas não o quiseram ouvir, que deveriam ser retirados 33 pontos ao Porto por causa de Leandro Lima... Sven Goran Erickson, alguém se lembra? Quem é esse?

Quando o desespero chega a um ponto tal em que até a hipótese de ida, via secretaria, à pré - eliminatória da Liga do Campeões, é recebida como a chegada do Messias, está tudo dito acerca do estado actual do "Glorioso...

Entretanto e não é que interesse muito, mas veja-se o que José Manuel Meirim, especialista em Direito do Desporto tem a dizer acerca disto:


José Manuel Meirim faz questão de frisar previamente que é «adepto do Benfica, mas que entende que o Direito não é nem vermelho, nem azul-e-branco, nem verde» e vinca a sua posição de jurista. E, feito este esclarecimento, esclarece também que a alínea d) se aplica à respectiva época em curso.

Ou seja, o jurista explica que o desrespeito pela alínea d) dos critérios de admissão acontece quando «esta situação de combinação ou alteração de resultados desportivos tiver sido produzida na época que permitiu o acesso à Liga dos Campeões».

O que José Manuel Meirim aponta não se verificar, pois a condenação do F.C. Porto é respeitante à temporada 2003/04. E não terá efeitos desportivos retroactivos a nível das competições europeias. Pois a participação na Champions de que se fala é a de 2008/09 e a actual época 2007/08 do F.C. Porto respeita os critérios de admissão à Liga dos Campeões - neste caso em concreto, no que respeita à alínea d).

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