Depois do que o Francisco tão eloquentemente escreveu, pouco mais há a acrescentar. Fico contente que este espaço seja um espaço apreciado por muitos para discutirmos de forma elevada aquilo que apaixinadamente nos une.
Uma coisa realço. É preciso não esquecer que não somos pagos para escrever, não é esta a nossa vida e, por isso, muitas vezes escrevemos de cabeça quente quando as coisas não correm bem. É natural, nessas alturas, o exagero e até algum défice de escrita. É o coração a falar...
Isto posto e para que não restem dúvidas sobre o que preconizo (de forma a não ser acusado de mensagens inuteis), cá vai:
Administradores da SAD e Direcção do Clube: demissão imediata no fim desta época e convocatória de eleições. Já acabou o tempo em que isto era banda de um homem só. Nesses saudosos tempos, o "homem só" chegava e sobrava para as encomendas. Desportivamente, acertava nos treinadores e era um sagaz negociador. Comprava barato e bom e vendia por milhões. Em simultâneo, zurzia na corja anti-portista encabeçada pela (des)comunicação social.
Chegámos ao tempo das SADs. O tempo dos milhões a circular e das comissões. O tempo dos prémios chorudos pelas mais valias criadas, estatutariamente legais e tranasparentes. O bando de abutres apertou o cerco e o Presidente deixou de mandar sozinho. O que foi uma bênção dos céus - a conquista da europa e do mundo, foi desbaratada, ao pior estilo amador, em poucos meses. Sejamos claros. Naquelas condições, com o dinheiro que se ganhou, quer com a conquista, quer com a venda de jogadores, criaram-se as condições para estarmos no topo da Europa uns anos largos. O mais difícil estava feito. O que sucedeu? Escolha tão inacreditável quanto desastrosa de 3 treinadores numa época, contratação de contentores de jogadores sem categoria. O dinheiro evaporou-se, perdeu-se ingloriamente um campeonato para os principais rivais e perdeu-se a equipa e a mísitca. Em meses, repita-se. Pelo meio corre-se vergonhosamente com o maior símbolo do Clube - Jorge Costa. Contrata-se mais duas nulidades de treinadores. Está o caos instalado. Os inimigos, cientes da fragilidade inaudita, apertam o cerco do Apito Dourado. Manietam, dessa forma, o Presidente, que, verdade seja dita, já há muito apenas se preocupava com viagra e rameiras. Os outros membros da Administração ninguém sabe quem são nem como falam. Tirando, claro está, o tio Reinaldo, de quem apenas soubemos notícias recentemente. Notícias que mais uma vez envergonham o Clube.
Resumindo: foram-se os símbolos, foi-se a mística, vão-se os títulos, escoa-se a credibilidade, oferece-se o flanco aos inimigos. Demitir-se, sem grande alarido no final da época é manterem uma réstia de dignidade e deixar o barco para timoneiros com sangue fresco que saibam e, sobretudo, queiram conduzi-lo a bom porto.
Jesualdo Ferreira: treinador com um pé na pré reforma. Sabemos que é das cores do inimigo. Quando representava tais cores, deixa como cartão de visita uma deslocação ao Estádio das Antas, num jogo em que se apanha a ganhar logo de início e em que expulsam um nosso jogador. A ganhar, com um a mais, perde o jogo 2-1. De resto, andou pelo Braga e, por algum motivo, correram com ele. Nunca demonstrou um lampejo de classe extra, nenhum título ou lançamento de bons jogadores. O falhanço era previsível. Deviam estar escaldados com Gigi, Fernandez, Couceiro e Co. Não estavam. Se também tiver dignidade, depois de eliminado da taça pelo Atlético, depois de provavelmente perder o campeonato quando dobrou a 1ª volta com sete pontos de avanço e depois de falhar uma ocasião soberana de ganhar ao Chelsea, obviamente só lhe resta um caminho.
Sangue novo, meus amigos, sangue novo e depressa.
4 comentários:
Caros amigos,
Sem pôr em causa que se discuta tudo o que tem a ver com o nosso clube ,penso que não devemos esquecer que comandamos a 1ª Liga e que a vitória continua a depender apenas de nós.A 2ª volta tem sido para esquecer.Tem havido erros a nível da orientação da equipa,mas não podemos esquecer os factores externos que têm condicionado o normal desenrolar dos acontecimentos como foi o caso do jogo de Leiria que deixou marcas como sabemos.Continuo a acreditar que podemos dar a volta e que na Luz a equipa renascerá dando-nos uma alegria como tem sucedido em épocas anteriores, com vitórias decisivas na Luz ou em Alvalade.Vamos unir esforços e apoiar a equipa esperando que com a recuperação de jogadores influentes e o regresso de Bosingwa e principalmente ANDERSON possamos dar a resposta a todos que já "decretaram" a nossa derrota.Depois sim discutamos abertamente, mas com cabeça fria, o futuro.
ok, ok... quem é crente que sonhe. Acham mesmo que vamos à casa dos lampiões com árbitro contra nós (que é o costume), com um ponto de vantagem e a morala em *alta* como está e se ganha ?!
Por favor sejamos realistas. É um sonho que neste momento não me atrevo a ter.
Bosingwa?! regresso ?! Tenho dúvidas. Deve andar com problemas disciplinares graves, só por isso é que não joga, ou acham o quê?
É, acho que é tempo de pôr a andar esta malta da SAD que se instalou pois os títulos do em 2003 e 2004 não foram obra da mesma.
Portistas li este comentário num blog azul e branco e fiquei, naturalmente, preocupado com o seu teor. Leiam, façam uma reflexão séria e comentem.
«Agora somos dois said...
Agora que me passou a irritação, já só estou a pensar que podemos dar a volta no Estádio da Luz e nessa caso seremos campeões. Mas há coisas em que a gente não pode deixar de pensar.
1) a dança de treinadores
Depois da tragédia octaviana, tivemos o Mourinho durante dois anos e meio. Foi isso que interrompeu a decadência que já se sentia. Lembram-se que com Octávio Machado a contestação dos sócios já atingia o nosso Presidente? E que nessa altura se virava exactamente contra o Senhor Caldeira? Pois bem, o Senhor Caldeira ficou, o Mourinho foi-se embora. Vieram vários, o Del Neri a quem o Jorge Costa tirou o tapete, o Fernandez que era talvez o melhor e a quem tiraram o Carlos Alberto. Depois chegou a nódoa couceira o pior treinador português dos últimos anos, um embalsamador de equipas que atirou para a segunda divisão. De repente, o Adrianse, um homem das camadas jovens. Pensei que íamos apostar no longo prazo, mas esqueci-me que a cantera não dá comissões. O homem não conseguia vencer os interesses instalados, que queriam jogadores da zona franca da Madeira e de países em que não há transparência fiscal e bateu a porta. A história da vinda do jesualdo fica nos anais como um acto de estupidez: como é possível que tenha vindo através de um intermediário? Isto quando as nossas relações com os metralha estavam boas? Custou o dobro do que teria custado se o nosso presidente tivesse falado com o joãozinho, mas isso não dava comissões. O Jesualdo não é mau, mas não foi ele quem formou a equipa, não fez a pré-época, não teve sequer a hipótese de contratar um preparador físico porque teve que ficar com os restos do passado que estavam na folha de pagamentos.
2) o plantel do inicio da época
Adrianse já tinha dito que Postiga não servia, porque acima de tudo criava mau ambiente. Mas como era o jogador mais caro (como Rui Moreira muito bem recordou) não se podia dispensar o menino, As contratações tinham sido todas marteladas. Ezequias, Diogo Valente, Tarik e Fucile. Destes já só sobra o último, que nem sequer é grande jogador mas pelo menos tem o nosso espírito...
3) o drama da paragem
Chegado o Inverno, entrou-se nas negociatas. Aflito com o apito e com os restos da Carolina, Pinto da Costa não foi capaz de conter as coisas. Os conflitos do ano passado entre Antero Henrique e o Reinaldo, que foram a causa do problema no Olival, mantiveram-se, mas o Reinaldo tem um vício e o clube já não pode cobrir as dívidas. Antero pode agora jogar a seu bel-prazer com Caldeira. Sem que ninguém dê importância, o médico JC Esteves (o nosso grande Zito) tem um problema de saúde e é afastado. O grupo Amorim vendeu a sua participação aos espanhóis da Chamartin e Rui Alegre deixa de aparecer. Está tudo feito para o Caldeira (com a ajuda interesseira do Antero) assumir o poder. Fernando Gomes chora pelos cantos que não há dinheiro, mas o Presidente não gosta que lhe falem de números e deixa-se levar por quem ainda lhe está próximo. Helton vê o seu contrato prolongado no tempo e o salário aumentado de 600.000 para 800.000 euros anuais. Já não tem que se esforçar porque já não precisa de encontrar um clube estrangeiro. Ganha que chegue... Baía foi informado que o seu contrato não será renovado... Ricardo Costa que fora despedido a chorar em pleno relvado não sai porque os franceses não pagam por suplentes... Adriano foi posto à venda porque o passe não é todo do clube... Afinal, ficam os dois.Todos os dias se anunciam reforços: Madrid e Diego, que faziam todo o sentido porque cá dentro toda a gente sabe que o Lucho devia parar para se curar dos problemas que tinha. Mas comprar em Braga não dá comissões. Vêm o Lucas e o Renteria, uma 5ªa opção e uma esperança do passado, que já no Brasil era conhecido por “desesperança”.Jesualdo cala-se, come o cigarro e percebe que Adriano é uma opção, mas não conta que mais uma vez, o Postiga seja o problema no balneário. “Ai ele fica? Então ele que marque.”. O Bosingwa, que só o Baía consegue controlar, começa a tremer mas o Victor já nem quer saber.
4) O “caroço”
Não há dinheiro e em vésperas do jogo com o Chelsea, Fernando Gomes desabafa que “nem para os ordenados” e espera que o FC Porto pelo menos empate. Mas nada disso acontece. Na volta, o presidente já só pensa que é preciso é comprar um outro guarda-redes. No balneário alguém pergunta se não vai voltar o Bruno Vale e arma-se uma giga. Agora, a táctica é outra, vender os direitos televisivos de 2009 – 2013 para conseguir fazer face ao buraco das contas, vender o Pepe, o Lucho e o Quaresma. Alguém segreda: “se for preciso, fazemos uns saldos”.
5) O jogo com o Sporting
Durante a semana, no Oliva, treinamos sempre em 4-4-2, com o Quaresma como vértice adiantado do meio campo losango e o Adriano com o Lisandro à frente. Quando o Lisandro se lesiona, Jesualdo fica de cabeça perdida porque sabe que o Postiga não pode jogar com o Adriano. Pensa então em avançar o Cech para o meio campo e deixar à frente o Quaresma e o Adriano, mas para isso precisa do Bosingwa. Como o Zé anda de cabeça perdida, irritou-se por lhe chamarem a atenção no treino e diz ao Jesualdo que daqui a dois meses já cá não estamos os dois e o professor não pode deixar de tomar uma posição, foi a terceira falta de educação. Há que mudar a táctica e virar para o 4-3-3 o que exige um meio campo lutador, mas o Meireles e o Assunção estão á bica e o Lucho, já se vira nos treinos, só lhe faltam bolsos nos calções. Conclusão resto vocês todos sabem. Mas o que não sabem é que Jesualdo tem feito os impossíveis. É, em 25 anos de FCP/JNPC o primeiro treinador que está sozinho, que não tem direcção, que não fez a pré época, que não consegue escolher os jogadores que entram e que saiem. Além disso, temos as arbitragens que nunca nos dão o benefício da dúvida por razões óbvias e tem ainda o Benfica a resolver os jogos à maneira do Veiga. Viram o golo na Amadora? Lembram-se do Marco Ferreira, em Guimarães, no ano Trapatoni de todas as trapalhices?
Infelizmente, caríssimos, o imbecil do Rui santos tem razão, a época JNPC acabou. O navio está a meter água e só não se sabe quando irá ao fundo.
22/3/07 00:59»
Eu por mim, via com bons olhos a candidatura do Dr. Rui Moreira para Presidente do FCPorto. Está na hora da mudança.
«Eu por mim, via com bons olhos a candidatura do Dr. Rui Moreira para Presidente do FCPorto. Está na hora da mudança. »
Onde é que eu já vi isto!!!!!!!!!
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