quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Como tudo muda...
Pois bem, aqui está a campanha a que está votado o novo seleccionador.
Mas, antes de iniciar esta crónica, tenho de deixar desde já um ponto prévio. Não morro de amores por Carlos Queirós, bem pelo contrário, e a comprovar isso mesmo está o facto de ter sido aqui brindado, neste blog, com uma série de mimos ao longo dos tempos.
Posto isto, avancemos então para o que me parece verdade e que a Bolha, no sentido de atingir certos destinatários, tenta escamotear.
No início da era do Jumento, preparação para o Euro 2004, a selecção brindou-nos com uma série de resultados fabulosos. A rercordar: vitória brilhante à Macedónia em casa 1-0; empate com a Holanda; empate com o Paraguai em casa 0-0; Brilhante vitória ao Cazaquistão em casa 1-0; Goleado pela Espanha 0-3; Á mesma Albânia 5-3 em casa; e empate com a Grécia 1-1 em casa.
No entanto, como esse brilhante jumento afrontou os Dragões, desde logo mereceu todo o apoio dos pasquins.
Hoje, todos rezam para que Carlos Queirós tenha maus resultados, para poderem elevar a figura do jumento.
Ontem a primeira página da Bolha, motivava os seus leitores a assinar uma petição on-line pró-Rónaldo (não é erro, da forma como dizem é assim que se escreve, com acento) para enviar a todas sa Federações, cujos seleccionadores votarão no melhor jogador do mundo.
Hoje, o único culpado é o seleccionador, sendo que o menino bonito, que não fez a ponta de um corno durante o jogo, que parecia uma "prima dona" que ainda se vira aos adeptos pelo facto de ter recebido assobios, passa incólume, porque afinal, coitadinho, não teve culpa.
Essa, a culpa, foi da tática.
Idolatram-nos, elevam-nos à condição de Deuses e depois dá nisto.
E a verdade, verdadinha, é que a figura desta selecção é um tal de Deco e não o "pseudo menino de oiro". E se Deco não joga, a Selecção também não.
Ah, também não se devriam esquecer que o jumento só meteu o Deco a jogar a titular, quando já não tinha alternativa, ou seja, depois da derrota no primeiro jogo no Europeu.
sábado, 11 de outubro de 2008
FEZ-SE HISTÓRIA
Já não deve haver muitas dúvidas: este Benfica de Quique Flores/Rui Costa é o melhor dos últimos anos. Pelo menos, já não tinha ideia de uma jogatana dos encarnados ao nível daquela com que nos brindou na segunda parte da partida contra o Nápoles, para mais sem contar com quatro pesos-pesados: Carlos Martins (até aos 26 minutos) no banco, Suazo e Aimar lesionados, e Cardozo castigado.
Ufffff! – suspiro enfim de alívio ao olhar para a manchete de ontem de Record. De facto, “Digno de Reyes” aplica-se perfeitamente ao jogo do Benfica, com o avançado espanhol a repetir a proeza de quatro dias antes, frente ao Sporting, e Nuno Gomes a confirmar, na execução superior de um golpe de cabeça, que está de volta aos seus melhores dias.
As manchetes viram-se normalmente para os golos e para os “heróis” imediatos. Não fosse isso e eu preferiria salientar que foi da lucidez de Quique – com a aposta na dupla Luisão/Sidnei, que deu solidez à defesa, e com a recuperação de Katsouranis para a sua verdadeira posição, que dotou de outra profundidade e consistência o meio-campo – que nasceu o “novo” Benfica.
E pensar que nos debatemos aqui, nos últimos anos, com a necessidade comercial de “pisar o risco”, incensando na 1.ª página vitórias tangenciais e exibições medíocres, do género “Águias voam alto” ou “Aí está o Benfica!”, tantas vezes quando o “alto” era baixo como o Colombo ou o “Benfica” que se exaltava nada tinha do Benfica que conhecíamos e que parece estar agora de volta. Será que já não precisaremos mais, não de mentir, mas de dar à verdade um embrulho de ouro para material de pechisbeque? Em nome de Record, agradeço os bons ofícios de D. Enrique Sánchez Flores."
Chamaram-me a atenção para esta pérola jornalística, saída estes dias no Rascord. O seu arrotador, Alexandre Pais, é só o director desse pasquim.
Escalpelizando o vómito, concluem-se imediatamente duas coisas: a primeira, é que o director do pasquim admite que o pasquim mente deliberadamente, sempre que for preciso, de forma a glorificar a instituição do regime. A segunda é que o Rascord, admitindo existir para servir o Glorigozo, pela primeira vez na história do jornalismo lusitano, declara, pela voz do seu director, a sua total falta de isenção, resumida no agradecimento ao treinador. É caso para se dizer que acaba de ser feita história. Só gostava de saber o que a Alta Autoridade para a Comunicação Social acha do assunto.
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Uma semana atribulada...
Espero poder desabafar um bocadinho mais na próxima.
Bom fim-de-semana a todos os Dragões.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Quando entramos para ganhar...
Ganhamos, sem espinhas, mesmo com a ajuda preciosa que o Calabote deu aos lagartos para tentar equilibrar o jogo...
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Que mais nos espera?
Se as contratações da época passada foram um desastre, as deste ano, muito mais dispendiosas, também deixam muito a desejar.
Além de outras considerações, como, por exemplo, a teimosia do treinador na manutenção do Helton, teimosia que nos tem causado muitos dissabores, ou a insistência no Benitez ( esforçado, mas medíocre, sem capacidade de arranque e com fraco sentido posicional, para não referir os centímetros que lhe faltam) ou para não falar do Mariano, o menino querido do treinador (só pode ser!!!), importa perguntar:
- que faz o Bolatti neste grupo de jogadores?
- o Adriano não era muito melhor que o Farias?
- que raio de contratação é o Guarin que nem efectivo era em França?
-as substituições têm que ser em tempo pré-determinado?
-por que motivo não se treinam as bolas paradas, livres e cantos principalmente?(O Arsenal em todos os cantos punha dois jogadores sobre a linha da baliza…)
-por que carga de água os nossos defendem sempre tão atrás?
Quem souber responder que responda.
Razão tem o Dragão quando pergunta se o Ibson não tem lugar nesta equipa. E eu acrescento, que motivos houve para não dar uma oportunidade ao Pitbull, que foi o melhor jogador do Setúbal na época transacta?
Para lá das insuficiências do treinador e respectivaequipa técnica (não percebo a contratação do actual adjunto!), julgo que há muitos mais culpados: a SAD e não só. O nosso presidente entrou numa de desnorte que só tem prejudicado o clube! Esta é pelo menos a minha opinião.
Custa-me muito dizer isto, mas, para mim, é uma verdade dura e crua: os lampiões fizeram um trabalho muito melhor do que o nosso. Para nossa desgraça o orelhas pôs quem sabe a tratar do assunto das contratações!...À primeira vista com melhores resultados. Agora, com a ajuda e os favores que os poderes federativos e ligueiros lhes concedem ( lá está o Lucílio!!!) não devem ter muita dificuldade em conseguirem o almejado triunfo. Mas, volto a repetir, se isso vier a acontecer, só temos que nos queixar de quem nos governa e de quem forjou esta equipa técnica e estes jogadores.
Já no pretérito ano afirmei, mais do que uma vez, que o Porto não tinha uma grande equipa (os outros é que eram uma miséria!)e chamei a atenção para a importância que o Paulo Assunção desempenhava na equipa e como era imprescindível mantê-lo para estabilizar a estrutura, ainda para mais com a saída do Quaresma e do Bosingwa. Os resultados estão à vista! O Sr Presidente é que sabe!
Tentei, mas não consigo...
Vou ter mesmo que falar ainda hoje!!!
Pois bem, aquilo que assisti ontem, não foi nada que eu, outros portistas e comentadores não estivessem à espera.
Recordo-me de ter chegado a casa de um amigo Portista onde fui ver o jogo e de logo termos comentado que viríamos com um cesto, mas que normalmente iriam acontecer duas ocasiões de golo a nosso favor.
Oea nem mais, nem bruxos, nem adivinhos. Apenas o constatar de factos a que o pseudo-iluminado treinador nos vinha habituando. A mudança do sistema em jogos mais importantes, ao velho estilo português e que normalmente resulta na derrota.
Se no Editorial do jornal "O JOGO" refere-o Fernando Santos hoje:
E disse-o, como muitos outros dissemos. Como o Azulão escreveu aqui e como muitos outros escreveram e muitos outros que escrevem hoje, já rendidos face à mediocridade de um treinador, que não serve, não presta e que não nos leva a lado nenhum.
E diz o Burrualdo que temos uma equipa em construção??? Que viu coisas boas ontem?
Só ele mesmo para ter visto coisas positivas. Ha dois anos, quando tinhamos o Andersom, tinhamos uma equipa em construção. Pelos vistos atingiu a sua maturidade ganhando um campeonato a vinte pontos do segundo e nada mais.
No ano seguinte já temos novamente a equipa em construção.
Pois bem, da equipa base destruida, segundo o Mister, sairam três jogadores: Bosingwa, Qauresma e Paulo Assunção. Na equipa base a construir entraram sete.
O ano passado o homem dizia que era preciso ter tempo para entrarem as contratações. Este ano, já puderam entrar algumas, sendo certo que Pelé, o tal que foi avaliado em oito milhões de euros e se destina a subsituir Assunção, ainda nem sequer calçou as chuteiras, quiçá porque precisa de adaptação ao futebol português, porque não domina bem o dialecto.
Mais engraçado ainda é que o mister, durante o jogo, tirou Fernando e Raul Meireles da equipa, o primeiro que tem feito todos os jogos desde o início da época e o Raul que é um esteio da tal equipa destruida. E também deixou Lucho no banco, quando afinal ele poderia ter jogado de início. Ou será que é melhor primeiro sofrer e depois correr atrás do prejuízo? É que se ele podia jogar, jogava de início. Se podia mais ou menos, nem sequer deveria ser posto a jogar.
Mas Burrualdo não entende. Tal como não entende que perder por um ou por quatro é completamente diferente. Mais, o problema não é perder por quatro. É perder por quatro quando poderíamos ter perdido por 7 ou 8.
E a diferença que ele não vê ( e não vê porque quem nasce vermelho, nunca mais se livra do trauma e desses pensamentos pequenos) é que para nós, perder com o Arsenal é o mesmo que perder com o Paços de Ferreira, com o Fátima, etc. etc. Nós não gostamos de perder e mesmo perdendo não gostamos de vitórias morais.
Ontem vi um Porto completamente metido no meio do seu meio campo, qual Salgueiros em tempos aúreos, agarrado ao empate em estilo de contra-ataque. Jogamos como o Salgueiros jogava no Porto e muitas outras equipas da 2.ª divisão jogam hoje em dia no Dragão quando jogam para a Taça. Jogamos como Jesualdo sempre jogou nas equipas pequenas, as quais está habituado a treinar.
Mais do que a derrota por 4-0, fomos medíocres. E medíocre foi, mais uma vez o treinador. Como o foi na Luz, apesar de termos empatado. Como o foi na final da Taça, da supertaça e como o é sempre que tem de mexer na equipa, já que não sabe o que fazer.
Mas não dos que apontam um vaticínio péssimo para a equipa. Porque para o Porto ser Campeão, qualquer um o é. Mas que podemos passar por momentos muito maus, lá isso podemos...
Porque apesar de sermos recordistas mundiais de compra de defesas-esquerdos, conseguimos ao fim de tantas tentativas comprar um ainda pior que o Areias e que outro que compramos ao Marítimo e do qual já nem me lembro o nome.
Uma vergonha... Começando pelo treinador... E digam-me... O Ibson não teria sequer lugar neste plantel de "vastíssima" qualidade do Mister Burrualdo???
Não, segundo Burrualdo não se encaixa no sistema de jogo dele. Mas pelos visto os Benitez encaixam... Vá-se lá saber porquê...
Uma pergunta!!!
Mas fica a pergunta para comentários:
O Ibson não tinha lugar neste Porto???
O CAQUÉTICO E O COVEIRO
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Humilhados
Na forja uma grande equipa, Senhor Jesualdo!
Confrangedor!
Estou a ver o que nos espera em Alvalade!
TUDO NORMAL
Nesses outros tempos, ainda hoje alguém punha o lugar à disposição. Amanhã tínhamos outro treinador. Mas como esses eram tempos anormais, tempos em que ganhávamos em Milão, espetávamos 5 em casa do campeão da Alemanha e levávamos para casa todas as supertaças, hoje o normal é sermos goleados. E por isso, os adeptos, os que antigamente eram os verdadeiros donos do clube, não vão assobiar Jesualdo, não vão abanar lençóis brancos e exigir mudanças. E domingo, muito normalmente, haverá mais.
Eu, como sou um anormal, não porei mais os pés no estádio nem verei mais nenhum jogo. E não o faço não é porque temos o pior treinador da história do clube. Não o faço enquanto não vir um forte levantamento de massas que se mobilize para correr com este geriátrico incompetente e, de passagem, a SAD que o colocou lá e que lá o mantém. Porque, não tenhamos dúvidas, enquanto os adeptos não se juntarem caminhamos para o precipício. A culpa é de todos nós, massa de adeptos apática que tudo engole sem reclamar. Eu não estou habituado a ver o Porto ser desfeito desta forma. Eu não me conformo com o facto de todos os anos ser normal levar goleadas na Liga dos Campeões. Mas sobretudo não me conformo com o facto de ser possível que um treinador (?) do Futebol Clube do Porto, depois de levar vergonhosos 4-0 possa, impunemente, proferir as seguintes declarações, como se fosse tudo muito natural:
«Fica o resultado negativo, mas apenas isso. Tivemos um mau resultado, porque a equipa do Arsenal é forte. Houve períodos durante o jogo que mostrou que temos capacidade para melhorar. Sobretudo do ponto de vista táctico podemos crescer. Num futuro próximo podemos ser mais competitivos e conseguir melhores resultados. O que fica de importante para além do resultado é que perdemos três pontos, apenas isso. Perder por 4-0 ou outro resultado é igual. Houve muito Arsenal e pouco F.C. Porto. Tínhamos consciência que era um adversário muito complicado. As três primeiras oportunidades de golo foram do F.C. Porto e se tivéssemos marcado o jogo seria diferente. Galvanizava o F.C. Porto e mexia com o Arsenal, que perdeu no último fim-de-semana aqui. Mas aconteceu um golo, depois outro e no início da segunda parte outro, que matou o jogo. Fica a ideia que o jogo poderia ter sido outro. O Arsenal poderia na mesma ter ganho, mas teria ganho de outra forma. Às vezes perde-se um jogo, mas pode ganhar-se uma equipa. Vamos trabalhar no que correu mal para melhorar».
Se é este o Porto que os adeptos querem, estou fora. Se quiserem o PORTO de volta, comecemos desde já, de forma ordeira, mas vigorosa, um levantamento popular. Já amanhã e até que haja mudanças profundas.