Imagem FC Porto |
Um a um.
Helton, não teve grande culpas e ainda teve umas saídas fora dos postes para cortar males maiores...
Danilo, uma absoluta nulidade: passou mal, centrou pior, rematou para o País de Gales, não defendeu bem, falhou uma recarga de golo feito, deveria ter saído ao intervalo...
Mangala, outro absurdo: que ele é melhor a atacar do que a defender, já eu o digo há imenso tempo, sendo que as suas melhores armas são o poderio físico e a velocidade; hoje, o poderio fisico ainda foi usando a espaços, mas a velocidade? Aos 7 minutos, foi comido em velocidade pelo Targino (ok, aceito!) e pelo Izmaylov no lance que deu o golo do Olhanense. E durante o jogo fez "n" passes disparatados e corridas de 30 metros com a bola para a seguir perder a bola numa finta idiota. Quase aposto que para a semana vai sentar o cú no banco e Maicon regressa ao onze... Já agora, Mangala a defende mal quanto ao seu posicionamento e não tem instinto de antecipar para onde o adversário vai passar a bola - Mangala é o mais parecido com Pepe que tivemos, mas enquanto o Pepe já sabe para onde a bola vai antes dela partir, Mangala precisa daquela fracção de segundo depois de ela sair dos pés do adversário para perceber isso - e contra jogadores como o Targino, isso é letal.
Otamendi não esteve mal, mas também não esteve bem... apesar de tudo, ainda terá sido dos menos maus...
Alex Sandro está como o Otamendi, apesar de que no lance do golo ele nem sequer tentou recuar e, salvo o erro (e não tenho agora esse certeza) terá sido ele a perder a bola que deu origem depois ao golo. Alex Sandro é fraco a defender mas excelente a atacar - no FC Porto os defesas laterais têm que ser bons atacantes porque 90% dos jogos da época eles não têm de defender. O problema é que a falta de capacidade defensiva (como mau posicionamento em campo, dar espaço para o adversário directo receber e controlar a bola, pouca vontade em recuperar a posição defensiva quando está integrado no ataque...) nos outros 10% dos jogos nota-se muito...
Fernando foi outra nulidade em campo, com passes para trás e para o lado e quase sempre para os pés dos adversários, pouca pressão e muito confuso. Saiu tarde...
Moutinho foi o melhor em campo, mas mesmo assim este foi um mau jogo dele, não foi aquele Moutinho esclarecido e que encontra soluções para a equipa.
Lucho também não estava nos seus dias, mas não foi dos piores. Mas não foi o Lucho de qualidade que me habituou a pisar no relvado (ou lá o que é aquela coisa verde que eles calcam) do Dragão...
Izmaylov estava a ser o melhor do FC Porto até à sua substituição, que não percebi. Se estava cansado, não parecia. Não estando a jogar mal (em especial se comparado com Danilo, Fernando e Varela) não percebi porque saiu, até porque ele é dos poucos capazes de fazer uma das poucas coisas que ia resultando, que era o remate de fora da área - dentro da área o Marcelo limpava a área de cabeça...
Varela foi outra nulidade, não atinava com os centros e atrapalhava-se com a bola, estava sempre a cair no chão, complicativo. Devia ter saído mais cedo.
Jackson foi herói e vilão num só jogo. Marcou o golo que não entreva de maneira nenhuma e nos valeu o empate, mas falhou o penalti, muito mal marcado, que nos colocava isolados na frente do campeonato.
Vitor Pereira igual a si mesmo. Não mexeu ao intervalo, que era o que qualquer treinador teria feito com a má exibição da primeira parte de Mangala, Danilo, Fernando e Varela. Tinha quatro jogadores que podiam sair. Nenhum deles deveria ter voltado do intervalo, mesmo que sejam 4 e as substituições autorizadas sejam apenas 3... Mas quem foi VP tirar apenas aos 60 minutos? Izmaylov, um dos mais esclarecidos... A entrada de Tozé, em todo o caso, foi bem pensada - desde a saída de Izmaylov que não havia quem rematasse de fora da área, uma das poucas formas de chegar à baliza e ele poderia conseguir fazer isso, bem como marcar livres - mas Moutinho não estava para aí virado...
Em resumo, perdemos 2 pontos. Não se admite que jogadores que jogaram como jogaram os dois jogos anteriores não tenham sido capazes de vencer este jogo - porque não se aplicaram nem metade do que se aplicaram nesses jogos. Aos 3 minutos eu já dizia que hoje isto ia ser dificil porque eles não corriam, devia ser do frio - e ainda não estava gelado com o golo do Olhanense uns minutos mais tarde... Menos mal que os lampiões empataram também com o Nacional, na Choupana, que nos mantém do topo da classificação mas em igualdade pontual e não por estarmos mesmo isolados. E que sirva de lição isto, pois a próxima escorregadela pode ser bem mais grave...
Quando o jogo acabou, estava capaz de bater nos jogadores do FC Porto, se acaso algum deles se atravessasse à minha frente naqueles minutos! Fico louco quando não ganhámos um jogo por inépcia própria. E, ao contrário do que VP disse no fim, nós NÃO quisemos ganhar. Muita posse, algum pendor atacante, mas não era uma vontade férrea nem inequívoca de querer ganhar. O resultado dos lampiões, que entusiasmou o público que entrou a comer a relva, apenas serviu para descomprimir mais os nossos jogadores. Não vi essa vontade de querer ganhar. E espero bem que contra o Beira-Mar já na próxima sexta eles rectifiquem não só o resultado como, acima de tudo, a atitude em campo. A liderança ali tão próxima e não a agarraram!
FICHA DE JOGO
FC Porto-Olhanense, 1-1
Liga portuguesa, 18.ª jornada
10 de Fevereiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 26.809 espectadores
Árbitro: Cosme Machado (Braga)
Assistentes: Inácio Pereira e Alfredo Braga
Quarto árbitro: António Augusto Costa
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e Izmaylov
Substituições: Izmaylov por Sebá (58m), Varela por Tozé (66m) e Fernando por Liedson (71m)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Castro e Abdoulaye
Treinador: Vítor Pereira
OLHANENSE: Bracali; Luís Filipe, André Micael, Maurício e Jander; Vasco Fernandes, Tiago Terroso e Rui Duarte (cap.); Babanco, Targino e Evandro
Substituições: Evandro por David Silva (59m), Babanco por Lucas (66m) e Luís Filipe por Nuno Piloto (76m)
Não utilizados: Ricardo, Nuno Reis, Leandro e Francesco
Treinador: Manuel Cajuda
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Targino (7m) e Jackson Martínez (55m)
Cartões amarelos: Jander (64m), Fernando (72m), Nuno Piloto (78m), Targino (80m), Rui Duarte (83m) e Lucas (83m)
Cartões vermelhos: nada a assinalar
PONTO DE SITUAÇÃO
23 vitórias, 6 empates, 2 derrotas
66 golos marcados, 17 sofridos
1 título conquistado, 1 título perdido, 3 títulos em disputa
2 comentários:
Aos 80 minutos virei-me para o meu companheiro de cadeira, molhado e gelado e disse-lhe apenas um nome: Hulk. Ele assentiu com a cabeça, percebendo o que eu queria dizer.
Temos uma equipa compacta? Temos.
Que domina o jogo? Temos
Mas quando a coisa corre mal, falta-nos o rasgo, a imaginação, o talento que decide os jogos. Foi assim com o Gil Vicente. Com o Rio Ave. Com o Benfica.
Foi assim hoje.
Agora fico a pensar, demos mais de 45M€ pelos nossos defesas… será que podíamos não ter contratado um Danilo e um dos centrais (jogando com Maicon/Ba e Sapunaru/Fucile) nessas posições e tinhamos ido buscar um jogador que realmente desequilibrasse para colocar lá na frente?
Leandro Damião, Phillipe Coutinho, Forlan, Javier Hernandez, Quaresma, Buonannote…
Há coisas que não percebo.
O nosso calendário é dificil, vamos ter umas série de 4 jogos com 3 deles fora, e o quarto com o Braga em casa. Vamos á Madeira 3 dias depois de jogarmos a segunda mão com o Málaga. E vejo o nosso plantel cada vez mais curto.
Seba e Tozé para virar o jogo?? Por amor de deus…
James tem de recuperar já!!
Cumprimentos.
João Silva
Foi um retrocesso no bom futebol que o FC Porto apresentou nos dois anteriores encontros. Muito mérito do adversário, obviamente, mas também algum demérito próprio.
Faltou a qualidade de passe, o poder de desmarcação, a criatividade aliada à velocidade de pensamento e execução e sobretudo a eficácia no remate.
Ainda assim, os Dragões conseguiram, na segunda parte, criar o número suficiente de oportunidades para terminarem com resultado bem diferente. Faltou também um pouquinho de sorte.
Há que cair na real e interiorizar que o futebol é pródigo em imponderáveis e por isso, a equipa tem de se manter permanentemente coesa, solidária, ambiciosa e competente.
Um abraço
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