Imagem Facebook do FC Porto |
E esse empenho deu frutos bem cedo com Jackson a abrir o marcador no decorrer do 3º minuto com uma excelente (e limpa) desmarcação, contornando o desamparado guarda-redes e colocando de pé esquerdo dentro da baliza.
E após o golo a pressão continuou e nem as saídas por lesões de Fernando e Maicon (com entradas de Defour e Abdoulaye) alterou o estado de espírito da equipa, que culminou com um missil de Varela, aos 35 minutos, a mais de 100Hm/h, engavetado no canto superior direito da baliza do desolado guarda-redes que só a viu passar disparada.
Com o intevalo, houve um claro acalmar de velocidade e intensidade de jogo, típico de quem quer gerir o jogo de terça-feira contra o Kiev, lá na longinqua Ucrânia - e nesse período viu-se o Maritimo tentar pisar terrenos que até então não havia conseguido nem vislumbrar: o meio-campo do FC Porto!
Mas pelos 60 minutos, finalmente, a equipa sacudiu-se e voltou a apoderar-se do jogo após o 2º golo de Jackson na partida (bisando pela primeira vez e isolando-se na liderança dos melhores marcadores com uns fantásticos 8 golos em 8 jogos) e não mais permitiu que os madeirenses voltassem a jogo, estendendo depois a cavalgada dos golos até aos 5-0 finais com mais 2 golos de James que também assinou ontem uma bela exibição.
Mas se o jogo teve o lado positivo do empenho da equipa, por outro lado ficou marcado não só pelas lesões já referidas de Fernando e Maicon, mas também as de Helton e Lucho, este já quase em cima do final da partida e que, porque já estavam gastas as 3 substituições, obrigou a que o argentino se mantivesse de corpo em campo - mas não em espirito que esse estava concentrado nas dores do joelho e mal se mexia da posição no circulo central onde estava...
Das 4 lesões, quanto a mim, 2 foram claramente incidentes normais: Helton que caiu por cima de um adversário e Lucho que pôs mal a perna num lance e dobrou-se sobre si próprio, levando a que caísse com o peso do seu corpo sobre a perna flectida. Da lesão de Fernando não me apercebi bem, mas julgo que foi na sequência de uma disputa de bola em que ele mete o pé e poderá ter tencionado o músculo que rompesse. A minha maior dúvida é a lesão de Maicon que possa ter sido pelo relvado ou não - porque me dá a impressão que a lesão é causada pela forma como ele entra e deixa cair o pé e não pelo relvado propriamente dito. Eu sei que este tema tem sido recorrente nos últimos tempos, mas parece-me que nenhuma das lesões do jogo contra os insulares têm razão directa no mau relvado - parece-me que poderiam acontecer em qualquer sitio, são lances de jogo normais, apenas num anormal volume num jogo só.
O que, diga-se, não afasta o problema do relvado não estar em boas condições. E parece-me que o problema não está em quem faz a manutenção, mas sim em que fez a plantação da relva e quem forneceu o relvado - enquanto há 3 anos atrás a relva veio da Alemanha e quem plantou foi uma empresa inglesa, desta vez a relva veio do Ribatejo e quem a aplicou foi a empresa que faz a manutenção do relvado, a RED. Ou seja, acredito que terá sido uma decisão da SAD para baixar os custos e que, aparentemente, está a causar problemas no jogo da equipa e até psicológicos, pois os jogadores começam a retrair-se com medo de se lesionarem. Julgo que a SAD terá de intervir rapidamente e poupar dinheiro onde é preciso (por exemplo, nas comissões das transferências dos jogadores que são exorbitantes) e não em coisas fundamentais para o jogo da equipa como o relvado!
FICHA DE JOGO
FC Porto-Marítimo, 5-0
Liga portuguesa, oitava jornada
2 de Novembro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 27.609 espectadores
Árbitro: Cosme Machado (Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e Nuno Eiras
Quarto árbitro: Pedro Vilaça
FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); James, Jackson e Varela
Substituições: Fernando por Defour (28m), Maicon por Abdoulaye (32m) e Helton por Fabiano (74m)
Não utilizados: Castro, Kleber, Miguel Lopes e Atsu
Treinador: Vítor Pereira
MARÍTIMO: Ricardo; Briguel (cap.), João Guilherme, Roberge e Rúben Ferreira; Semedo, Rafael Miranda e João Luiz; Sami, Danilo Dias e Heldon
Substituições: Sami por Fidelis (intervalo), Semedo por Olberdam (intervalo) e João Luiz por David Simão (70m)
Não utilizados: Welligton, Márcio Rozário, Luís Olim e Ytalo
Treinador: Pedro Martins
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Jackson (3m e 59m), Varela (35m) e James (72 e 77m)
Cartões amarelos: Roberge (53m), Otamendi (63m), João Luiz (66m) e Danilo Dias (83m)
PONTO DE SITUAÇÃO
11 vitórias, 2 empates
30 golos marcados, 7 sofridos
1 título conquistado, 4 títulos em disputa
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