Aquilo que muitos previam e não queriam sequer pensar, aconteceu.
E de forma humilhante. Perder com uma equipa do Chipre é uma humilhação.
E a forma como (não) jogaram, como demonstram má forma física, como não souberam ser uma equipa na procura das soluções para ultrapassar os problemas que surgiam faziam antever, quase desde o principio, que este iria ser o desfecho.
Ainda cheguei a acreditar, crente como sou, que o empate a 3 minutos do fim seria o necessário para termos "o mal menor". Errei. Sofremos novo golo. E perdemos, e perdemos muito justamente. Não foi azar, não foi o árbitro, não foi por acaso.
Sobre o jogo, o que dizer? A primeira parte, dominados por uns incipientes cipriotas. Disse VP: "muito competitivo na primeira parte mas não muito bem jogado". Tem razão na parte da qualidade do jogo, mas não na parte do competitivo. Qualquer equipa com um pouco de estaleca teria dominado os cipriotas na primeira parte, que andou muito longe de ser competitiva. Chegarmos ao intervalo a perder foi normal, porque Mangala já estava a mostrar há muito defeitos de juventude. Continuo a pensar que ele tem excelentes qualidade - mas também o Tiago Ferreira tem e não custou "n" milhões e nos faz estar nas manchetes dos jornais como maus pagadores! Mangala precisa de tempo e rodagem para ser o jogador que esperamos venha a ser. O problema é que não temos tempo e espaço no FC Porto para esperar que ele seja esse jogador - tem de ser emprestado. O que o FC Porto precisava no início da época era um grande central - no imediato! Não para o futuro.
Na segunda parte, a equipa melhorou. Mas mesmo assim, não conseguiu, em 90 minutos, construir um lance de golo claro. A entrada de James foi tardia e a entrada de Guarin foi inconsequente. Já a entrada de Defour nada trouxe de novo à equipa. O empate, quase milagroso e num penalti duvidoso, aconteceu em cima do fim, no que parecia ser o "mal menor".
A equipa não conseguir oportunidades de golo contra o APOEL é grave. Demonstra muitos problemas: falta de fio de jogo, falta de coesão, pouca concentração, pouca união. Isto reflecte, quanto a mim, pouco e mau trabalho à semana. E isso não é um problema de pouca aplicação dos jogadores - que devem andar tão motivados como nós - é apenas e só um problema de gestão. E quem é que faz a gestão e planificação dos treinos? Quem estuda e pensa nas tácticas para o adversário seguinte?
Em resumo, o reinado de VP acabou hoje. Pelo menos, para os adeptos. Basta ver os vários foruns da net sobre o FC Porto e percebe-se isso mesmo, perdeu-se a confiança e mesmo aqueles que ainda depositavam uma réstia de confiança nele, hoje perderam-na.
Perdida está também a qualificação para os oitavos de final - não só não depende de nós como ainda depende de uma série de resultados conjugados para acontecer. E a jogar assim, começo a duvidar se no final dos 6 jogos temos garantido algo melhor que o 4º lugar...
Pinto da Costa tem agora duas opções. Manter o discurso da confiança no treinador, que já ganhou um titulo e que vai em primeiro no campeonato. Ou olhar para o problema de frente e, enquanto ainda vai em primeiro no campeonato e pode seguir para a Liga Europa, mudar a gestão da equipa. O campeonato vai parar depois deste fim de semana devido aos compromissos da selecção. Melhor momento, não há, para o efeito. É agora ou estará toda a época, bem como o enorme investimento, perdido.
FICHA DE JOGO
APOEL-FC Porto, 2-1
UEFA Champions League, grupo G, quarta jornada
1 de Novembro de 2011
Estádio GSP, em Nicósia
Assistência: 22.301 espectadores
Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália)
Assistentes: Luca Maggiani e Elenito Di Liberatore
Quarto árbitro: Andrea Gervasoni
Assistentes adicionais: Mauro Bergonzi e Andrea De Marco
APOEL: Pardo; Poursaitides, Oliveira, Paulo Jorge e Soloumou; Hélio Pinto, Nuno Morais e Manduca; Charalambides «cap.», Ailton e Tricovski
Substituições: Aliton por Jahic (77m), Tricovski por Solari (85m) e Manduca por Alexandrou (90m+2)
Não utilizados: Kissas, Kaká, Belaid e Satsias
Treinador: Ivan Jovanovic
FC PORTO: Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Mangala e Alvaro Pereira; Fernando, João Moutinho e Belluschi; Hulk, Kléber e Varela
Substituições: Fernando por Guarín (60m), Varela por James (60m) e Belluschi por Defour (76m)
Não utilizados: Bracalli, Djalma, Sapunaru e Otamendi
Treinador: Vítor Pereira
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Ailton (42m, g.p.), Hulk (89m, g.p.) e Manduca (90m)
Disciplina: cartão amarelo para Varela (3m), Mangala (42m), Poursaitides (62m), Manduca (76m) e Charalambides (90m+2)
Ponto de Situação
10 vitórias, 3 empates, 3 derrotas
40 golos marcados, 15 golos sofridos
3 comentários:
Bom dia,
Ontem tivemos uma prestação vergonhosa no Chipre.
Algo se passa no seio do grupo.
Será que os jogadores querem fazer a "cama" a VP?
Ou será VP assim tão mau treinador?
O segredo para se singrar numa grande equipa é saber conduzir homens e a sua preparação e recuperação físicas.
Há que corrigir o que está errado, e Pinto da Costa mais do que ninguém sabe o que se passa.
Não nos podemos dar ao desmazelo e ter uma época igual à de 2004/2005.
Abraço e boa semana
Paulo
pronunciadodragao.blogspot.com
Nem me apetece fazer grandes comentários tal a azia que sinto face à vulgaridade da exibição portista: Vergonhosa, incompreensível e intolerante.
Fico-me por aqui!
Um abraço
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