sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Antevisão da Supertaça Europeia



É hoje à noite que pela 4ª vez o FC Porto vai disputar este troféu que, até agora, apenas venceu uma vez no já longínquo ano de 1988 numa final disputada a 2 mãos contra o Ajax de Amsterdão.

Hoje teremos novamente hipótese de discutir o troféu depois das derrotas de 2004 (contra o Milan) e 2005 (contra o Valência), estas já a uma mão disputada em terreno neutro, o Mónaco.

Acredito que é possível. Como disse bem ontem o treinador, o FC Porto não vai lá ver o Barcelona jogar. Se bem, que atendendo ao que tem acontecido desde que Guardiola tomou conta da equipa, isso irá acontecer: consta que o seu Barcelona nunca teve menos de 50% de posse de bola e consegue até séries razoáveis de jogos com posse de bola superior a 60 e até 70% com regularidade. Logo, quem joga são eles, os outros estão lá a ver jogar - ou a correr atrás da bola, depende da perspectiva!

Não vai ser fácil. Mas se o FC Porto trabalhar bem, der o litro, der o que tem e o que não tem, pode conseguir.

Também seria bom que o árbitro não complicasse - e não sei qual vai ser o efeito de ser o mesmo da meia final com o Villareal e em que a Marca inventou aquelas coisas do jantar no final do jogo - que rapidamente se provou serem falsas - mas que implicou até um inquérito da UEFA ao assunto. Tenho receio que o árbitro, para mostrar independência do FC Porto, o prejudique até de forma algo irracional, sem dolo, marcado por esse facto...

O que será que se tem de fazer para ganhar ao Barcelona?

Antes de mais, não temer a equipa - respeitar, sim - e pressionar alto como o FC Porto fez tão bem o ano passado. Porque quanto mais longe da nossa baliza, melhor. Depois deve manter os extremos bem à frente, não só para impedir as subidas dos laterais que tanta mossa fazem como ainda para aproveitar essas mesmas subidas. É importante também que o ponta de lança pressione muito os centrais - o Barcelona muitas vezes usa essa jogada de fazer sair um dos centrais (normalmente Piqué) com a bola jogada criando desequilíbrios no meio campo dos adversários. Depois, espero que não faça marcações homem a homem ao Messi - ele é difícil ser marcado assim, é muito rápido, com a bola nos pés um perigo e se conseguir libertar-se por momentos da marcação é meio-golo - assim, a marcação tem de ser à zona e isso implica concentração total em campo e boa coordenação entre sectores defensivo e meio campo.

Se o FC Porto conseguir fazer isto, é meio caminho andado para não perder. Depois é só confiar que o Hulk vai querer exibir-se e marcar. Logo, se não sofrermos e se marcarmos, ganhamos...

Acredito que a equipa inicial seja a do costume:
Helton; Sapunaru, Otamendi, Rolando, Fucile; Souza, Moutinho, Guarin; Varela, Hulk e Kléber.

E que os deuses do futebol, como dizia o saudoso Perestrelo nos microfones da TSF, nos protejam!

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