quarta-feira, 20 de maio de 2009

6 finais memoráveis

É a UEFA quem o diz, a nossa final de 2003 contra o Celtic, disputada em Sevilha, é uma das melhores 6 finais (e a última, por sinal) e que merecem ser recordadas nos anais da história do futebol.

Diz a Uefa: "2003: Celtic FC 2-3 FC Porto
Estádio Olímpico de Sevilla, Sevilha
Foi um momento especial para o então futuro "special one". O FC Porto de José Mourinho teve de lutar muito para levar a melhor sobre o Celtic, que recuperou duas vezes de desvantagem. Derlei decidiu o encontro com um "golo de prata" aos 115 minutos. O brasileiro tinha colocado o Porto em vantagem no período de compensação da primeira parte, mas o sueco Henrik Larsson empatou dois minutos após o reinício. Dmitri Alenichev recolocou o clube português na frente, mas Larsson voltou a ser rápido a responder e, três minutos depois, deu o empate aos escoceses, levando o jogo para prolongamento. O desafio seria decidido pelo melhor marcador da prova, com o 12.º golo de Derlei a dar o triunfo ao FC Porto
".



Mais uma vez em grande o nosso FC Porto. Um pequeno registo magistralmente escrito por MST para memória de todos sobre o momento do golo do Derlei: "Em Sevilha, eu estava sentado exactamente no enfiamento do ataque do FC Porto, durante a dramática segunda parte do prolongamento. Eu sabia que, para ganhar o jogo, dependeríamos quase necessariamente das forças e do talento do Derlei. E via-o, quase desfalecido, arrasado pelo esforço daquela primeira parte de campeão, onde o Porto fez todas as despesas do jogo, com 50º graus à sombra, enquanto o Celtic esperava pelo cansaço dos portistas para lançar o seu contra golpe, através desse fantástico Larsson. Quando o Marco Ferreira obrigou o guarda-redes do Celtic a defender uma bola para o lado e ela foi parar aos pés do Derlei, eu olhei e vi que, entre este e a baliza, havia ainda dois defesas do Celtic para ultrapassar. Julguei a missão impossível, constatando o estado de total desgaste do Derlei. Acho que só ele acreditou que era possível, quando rompeu direito ao golo e à vitória, fintando um adversário, tirando o outro do caminho e reunindo a reserva final de energias e de lucidez para encher o pé e rematar com força e colocação suficientes para tornar impossível a parada do guarda-redes adversário. É dos tais momentos do futebol que hão-de viver comigo para sempre, porque foi o resultado da vontade invencível, da garra e do talento de um jogador que, quanto maior é a pressão, quanto maior é a dimensão histórica do instante, maior é a fé e a determinação que revela — jogando não apenas para um jogo, nem sequer para uma final, mas verdadeiramente para a história."

Por último, mais uma dos jornalistas: o Adebayor usa o nome do FC Porto para justificar que o desagrado dos adeptos por se falar na sua saída não deveria acontecer por não ser culpa dele... Reparem que não se lembrou do Real Madrid, do Barcelona, do Bayern ou dos nossos queridos inimigos lagartos e galinácios. "Que culpa tenho eu se o FC Porto se interessa por mim"? E os jornalistas divulgam estas coisas...

E amanhã faz 6 anos que vencemos essa memorável final da Taça Uefa que hoje acaba com o FC Porto como único clube português que a venceu. E dos vencidos não reza a história, nem nas finais memoráveis...

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