O Dragão já escreveu tudo sobre o jogo. A única coisa que posso acrescentar é que, de facto, nasceu um mito naquele estádio nesse dia. Descrever é impossível. Aquela gente toda a cantar e a puxar pela equipa é arrepiante. Nos golos, é de ensurdecer. Os ingleses ainda entoaram umas cancõezitas, mas logo desistiram perante aqueele troar. E no fim do jogo, perante o banho, ficaram mudos. Nunca vi aquela reacção em adeptos ingleses. Para primeiro jogo a sério, há de ficar na história. Dentro em breve, a nossa casa será temida por essa europa fora, em termos de ambiente. Porque no resto, nem é preciso. Só de se falar em FC Porto, a Europa do Futebol faz um silêncio reverencial. Afinal, é a equipa que esmaga a Lazio, o Manchester e que empata em Madrid. Que ganha uma Taça Uefa com impressionante facilidade. Enfim, com estes jogadores, não é difícil. Quantas equipas se podem gabar de jogar com um meio campo como o nosso - Deco, Carlos Alberto, Pedro Mendes, Aleni e Maniche? Três números dez em simultâneo? Dois dribladores geniais? Todos excelentes passadores? Só não se fala mais nestes jogadores lá fora, porque jogam no triste campeonato português. Porque anteontem fizemos só o 4º jogo a sério da época, a seguir ao Milão e Real. Os outros foram brincadeira de criança, incluindo o Marselha. E até é de estranhar que, de tanto jogarmos com cepos como o clubezeco do Vic, não desaprendemos. Por falar nisso, porque não comentou ele os 3-1 em casa que levou na Taça Uefa da 2ª divisão, com o Alborg? Pagava para ver a cara dele quando acabou o jogo de 4ª feira. Aposto que nem dormiu 15 antes, a pensar que íamos ser humilhados...
Bem, mas voltando a coisas significantes, babei-me todo com o puto carlos Alberto. Para quem fez 19 anos depois de assinar, para quem está cá há dois meses, apenas tendo jogado antes deste jogo uns minutitos na Taça, nada mau. Aliás, excelente. Aquele Fortune ainda hoje deve tremer só de pensar no puto. Levou cada nozada humilhante! Na verdade, o puto assumiu o jogo com uma maturidade invulgar, comandando a cavalgada impressionante da 2ª parte. Vai longe e os nossos cofres vão encher a curto prazo.
PS - Concordo com o José Manuel Ribeiro. No fim de semana estes elogios acabarão. Vão dizer que ganhámos à AAC porque o Benni tinha as meias baixadas e a bola lhe bateu no osso e se desviou para a baliza... Começo a ficar irritado com esta gente. Quando jogamos assim nas competições internacionais, somos o orgulho de Portugal. MAs cá dentro odeiam-nos. Por isso é que estes elogios soam a falso. Senão denunciavam as escandalosas escolhas do palhaço gaúcho. Miguel melhor do que Paulo Ferreira? Alguém melhor do que o melhor central do Mundo Ricardo Carvalho, que depois de secar duas vezes o Ronaldo e o Drogba, acaba de secar o Nistelrooy? Eles que morram longe, depois de se terem ido autoflagelar por terem escrito estes elogios, como forma de expiarem os seus pecados e de se purificarem...
sábado, 28 de fevereiro de 2004
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2004
José Manuel Ribeiro "dixit"!!!
"Esplendor
O futebol português está no topo da Europa. Se tivermos em consideração a qualidade do FC Porto no jogo de anteontem e o facto de haver, na SuperLiga, uma equipa ainda melhor e outra em vias de o ser (a qualquer momento; talvez até já seja, a esta hora), a Taça UEFA, a Liga dos Campeões e o Euro'2004 estão garantidos. É o apogeu. Posso revelar, de fonte segura, que Sir Alex Ferguson, treinador do Manchester United, decidiu finalmente reformar-se, não por causa da derrota ou da vulgarização a que sujeitaram o clube mais rico do Mundo, mas por ter sabido que, no insignificante campeonato português, há quem seja capaz de vulgarizar quem o vulgarizou a ele. Como lidar com uma realidade tão esmagadora? Sem excessivo desrespeito pela lógica, o Manchester pode ambicionar um resultado rectificativo na segunda mão, mas e depois? Como aguentar o dia a dia, sabendo que, numa qualquer esquina do destino, estará esse fantasma à espreita e então na Europa, livre dos grilhões do sistema que por cá lhe vai refreando os ímpetos e coarctando o potencial? É de enlouquecer. Ferguson e o fantasma. Ferguson pelos motivos já referidos; o fantasma por estar obrigado a ouvir os aplausos gerais ao FC Porto e, sobretudo, por ter de aguentar a ideia de que mais nenhuma equipa portuguesa consegue jogar àquele nível, sabendo que é mentira. O fantasma consegue; se não conseguiu até agora, é uma formalidade. Os árbitros sabem fazê-las. Facto confirmadíssimo. Por que razão haveria um homem sério como Dias da Cunha de levantar essa suspeita em permanência, desrespeitando o trabalho aparentemente meritório dos adversários, se não tivesse a certeza? Estão a questionar a santidade do sistema. Estão a roubar o palco ao fantasma. Nem a certeza de que esta vénia nacional ao FC Porto durará, no máximo, uma semana consegue atenuar a sensação de impotência. Para anestesiar esse sentimento só mesmo a convicção de que aquela camisola alegadamente rasgada por Mourinho, há um mês, valerá muito dinheiro um dia destes. Se pedirem muito, talvez ele até aceite assiná-la. "
O futebol português está no topo da Europa. Se tivermos em consideração a qualidade do FC Porto no jogo de anteontem e o facto de haver, na SuperLiga, uma equipa ainda melhor e outra em vias de o ser (a qualquer momento; talvez até já seja, a esta hora), a Taça UEFA, a Liga dos Campeões e o Euro'2004 estão garantidos. É o apogeu. Posso revelar, de fonte segura, que Sir Alex Ferguson, treinador do Manchester United, decidiu finalmente reformar-se, não por causa da derrota ou da vulgarização a que sujeitaram o clube mais rico do Mundo, mas por ter sabido que, no insignificante campeonato português, há quem seja capaz de vulgarizar quem o vulgarizou a ele. Como lidar com uma realidade tão esmagadora? Sem excessivo desrespeito pela lógica, o Manchester pode ambicionar um resultado rectificativo na segunda mão, mas e depois? Como aguentar o dia a dia, sabendo que, numa qualquer esquina do destino, estará esse fantasma à espreita e então na Europa, livre dos grilhões do sistema que por cá lhe vai refreando os ímpetos e coarctando o potencial? É de enlouquecer. Ferguson e o fantasma. Ferguson pelos motivos já referidos; o fantasma por estar obrigado a ouvir os aplausos gerais ao FC Porto e, sobretudo, por ter de aguentar a ideia de que mais nenhuma equipa portuguesa consegue jogar àquele nível, sabendo que é mentira. O fantasma consegue; se não conseguiu até agora, é uma formalidade. Os árbitros sabem fazê-las. Facto confirmadíssimo. Por que razão haveria um homem sério como Dias da Cunha de levantar essa suspeita em permanência, desrespeitando o trabalho aparentemente meritório dos adversários, se não tivesse a certeza? Estão a questionar a santidade do sistema. Estão a roubar o palco ao fantasma. Nem a certeza de que esta vénia nacional ao FC Porto durará, no máximo, uma semana consegue atenuar a sensação de impotência. Para anestesiar esse sentimento só mesmo a convicção de que aquela camisola alegadamente rasgada por Mourinho, há um mês, valerá muito dinheiro um dia destes. Se pedirem muito, talvez ele até aceite assiná-la. "
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004
E comemos mesmo... Carago
Tal como eu previa e como diagnostiquei, esmagamos os milionários do Manchester.
Que lindo aquele estádio cheio e em uníssono a cantar e a puxar pelos nossos:
"ALLEZ PORTO ALLEZ,
NÓS SOMOS A TUA VOZ,
QUEREMOS ESTA VITÓRIA,
CONQUISTA-A POR NÓS..."
Para quem não foi ao jogo, não sabem o que perderam. Aquilo foi um autêntico inferno e aquando dos golos a explosão ouviu-se no Iraque. E não foi só quando o Mágico Porto estava a ganhar ou empatado. Durante todo o jogo existiu uma cumplicidade entre os jogadores e adeptos Dragões. Nós sabiamos que haveriamos de pôr aqueles vermelhos em sentido e no fim foi o que foi.
O Mundo mais uma vez se rendeu aos nossos pés e se verificarem o meu post de ontem, tudo aquilo que vaticinei bateu certo.
Estamos de parabéns e até fiquei contente que alguém tenha vindo ao blog na altura do golo do Manchester e fazer um comentário deste calibre:
"Goooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolo do Manchester:
SAudações Leoninas
25/02/2004 • 19:59:45"
Pois é, no fim ficou entalado com o rabinho entre as pernas e depois de tantas vezes ter falado no jogo com o Manchester e com a certeza de que levariamos algumas para contar, vem penitenciar-se noutro comentário e dar-nos os parabéns. Mas isto são lobos com pele de cordeiro e depois de verem perdida, mais uma vez, a oportunidade de o Mágico Porto ser humilhado, acontecendo antes o inverso, querem que a gente agradeça.
Não, não o fazemos. Sabemos perfeitamente quem esteve ao nosso lado ontem durante o jogo e sabemos o grito que se ouviu na terra dos infiéis aquando do golo do Manchester. Mas o sistema entrou outra vez em campo na sua maior amplitude e ganhamos o jogo de uma forma esmagadora.
Apenas se esquecem de dizer é que foi um sistema tático e de jogo que vulgarizou os Lampiões Ingleses. O deficiente mental do Dias da Cunha também engoliu em seco e levou umas bojardas do Pinto no final do jogo. E sabemos muito bem que daqui a 15 dias estarão a torcer baixinho para que o Mágico Porto seja goleado.
Nesta hora não me posso esquecer do palhaço do treinador dos peseteiros, o Carlos Queirós. Quer um final Real Madrid-Manchester. Depois desta jornada devia era ter vergonha na cara.
O seu Real peseteiro, cheio de galáticos, levou banho de bola na Baviera e só empatou por uma infelicidade de quem normalmente é um dos esteios, o seu guarda-redes. Com uma equipa daquelas foi vulgarizado na Alemanha e teve a sorte de empatar o jogo.
O seu "querido" Manchester levou banho de bola contra o Mágico Porto e não levou mais do que dois, sabe Deus como. Devia era ter vergonha na cara e vir aprender com o melhor treinador do Mundo, o Zé Mourinho.
Porque ganhar com aquelas estrelas, qualquer um ganha. Ser vulgarizado com aquelas estrelas, poucos são. Vulgarizar o Manchester com uma equipa Portuguesa, só o Mágico Porto é.
Que se entale mais vezes.
Obrigado, Mágico Porto.
Que lindo aquele estádio cheio e em uníssono a cantar e a puxar pelos nossos:
"ALLEZ PORTO ALLEZ,
NÓS SOMOS A TUA VOZ,
QUEREMOS ESTA VITÓRIA,
CONQUISTA-A POR NÓS..."
Para quem não foi ao jogo, não sabem o que perderam. Aquilo foi um autêntico inferno e aquando dos golos a explosão ouviu-se no Iraque. E não foi só quando o Mágico Porto estava a ganhar ou empatado. Durante todo o jogo existiu uma cumplicidade entre os jogadores e adeptos Dragões. Nós sabiamos que haveriamos de pôr aqueles vermelhos em sentido e no fim foi o que foi.
O Mundo mais uma vez se rendeu aos nossos pés e se verificarem o meu post de ontem, tudo aquilo que vaticinei bateu certo.
Estamos de parabéns e até fiquei contente que alguém tenha vindo ao blog na altura do golo do Manchester e fazer um comentário deste calibre:
"Goooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooolo do Manchester:
SAudações Leoninas
25/02/2004 • 19:59:45"
Pois é, no fim ficou entalado com o rabinho entre as pernas e depois de tantas vezes ter falado no jogo com o Manchester e com a certeza de que levariamos algumas para contar, vem penitenciar-se noutro comentário e dar-nos os parabéns. Mas isto são lobos com pele de cordeiro e depois de verem perdida, mais uma vez, a oportunidade de o Mágico Porto ser humilhado, acontecendo antes o inverso, querem que a gente agradeça.
Não, não o fazemos. Sabemos perfeitamente quem esteve ao nosso lado ontem durante o jogo e sabemos o grito que se ouviu na terra dos infiéis aquando do golo do Manchester. Mas o sistema entrou outra vez em campo na sua maior amplitude e ganhamos o jogo de uma forma esmagadora.
Apenas se esquecem de dizer é que foi um sistema tático e de jogo que vulgarizou os Lampiões Ingleses. O deficiente mental do Dias da Cunha também engoliu em seco e levou umas bojardas do Pinto no final do jogo. E sabemos muito bem que daqui a 15 dias estarão a torcer baixinho para que o Mágico Porto seja goleado.
Nesta hora não me posso esquecer do palhaço do treinador dos peseteiros, o Carlos Queirós. Quer um final Real Madrid-Manchester. Depois desta jornada devia era ter vergonha na cara.
O seu Real peseteiro, cheio de galáticos, levou banho de bola na Baviera e só empatou por uma infelicidade de quem normalmente é um dos esteios, o seu guarda-redes. Com uma equipa daquelas foi vulgarizado na Alemanha e teve a sorte de empatar o jogo.
O seu "querido" Manchester levou banho de bola contra o Mágico Porto e não levou mais do que dois, sabe Deus como. Devia era ter vergonha na cara e vir aprender com o melhor treinador do Mundo, o Zé Mourinho.
Porque ganhar com aquelas estrelas, qualquer um ganha. Ser vulgarizado com aquelas estrelas, poucos são. Vulgarizar o Manchester com uma equipa Portuguesa, só o Mágico Porto é.
Que se entale mais vezes.
Obrigado, Mágico Porto.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004
Até os comemos... Carago!!!
Esta simples expressão exprime praticamente tudo sobre os sentimentos dos Portistas para o jogo de logo à noite contra os Milionários do Manchester United.
É esta a vontade que temos e é isso que queremos, embora tenhamos consciência de que do lado de lá está uma super-equipa com super-estrelas pagas a peso de ouro.
E Zé Mourinho já fez ver isso quando disse que "com 25% do orçamento deles acabavamos com 20 pontos de distância do 2.º lugar". Mas o que Zé Mourinho não disse, porque seria éticamente censurável, mas que eu digo, é que com o Orçamento deles, eles vinham cá para levar 6 naquele pêlo, mais 6 em Old Trafford e ainda mais uns 6 pelo caminho, num joguinho dentro do avião.
Por isso cada vez sinto mais orgulho em ser Portista. Porque sabemos andar nestas lides, com dinheiro de mealheiro. E como já dizia ontem o Fernando Guerra no Avante Lampião (ele que não é Dragão) "Não tenho poderes para adivinhar o desenrolar do jogo de amanhã, nem o da segunda mão em Inglaterra, muito menos penetrar no pensamento do treinador do FC Porto, nem isso me preocupa, porque de uma coisa não tenho eu a menor dúvida: com o Manchester ou outro qualquer de idêntico calibre é para ganhar. Mourinho tem defeitos, já se excedeu, já foi inconveniente, tudo é isso verdade. Mas em audácia e capacidade de trabalho é um exemplo que deve ser seguido. Enfrenta problemas graves ao nível da sua estrutura mas nada que o faça depor as armas. Admite apenas reequacionar a forma como irá abordar os dois jogos com os ingleses, com coragem e alegria, mas consciente de que tudo o que de bom alcançar a partir de agora no quadro da UEFA ultrapassará o limite dos objectivos definidos pelo seu clube. Porque, como ele disse, em Portugal as equipas preparam-se para ganhar o Campeonato. Não conseguem olhar mais para cima. O que Mourinho recusa, porque ele sabe que há estrelas no céu e é capaz de agarrá-las... "
E é aqui que reside a nossa força, a nossa motivação e o nosso orgulho. Nunca entregamos as armas e lutamos sempre pela vitória. E daí a minha admiração pelo Zé Mourinho. Também pelo facto de pôr sempre a fasquia bem alta. Aquela frase no final do jogo com os Gregos do Panatinaikos nas Antas, quando disse ao treinador deles para não festejar, porque ainda não tinha acabado, demonstra equivocamente aquilo que é a mística do Dragão, lutar até ao fim das nossas forças por uma vitória.
E não é pelo facto de estarmos condicionados pela falta de muitos jogadores que o discurso mudou. Queremos ganhar a eliminatória, custe o que custar.
Encontro-me neste momento com uma gripe de todo o tamanho! Pus-me a pé hoje para vir trabalhar. No entanto, logo não deixarei de estar presente no Estádio do Dragão a apoiar o nosso Mágico Porto. Porque sei que todos juntos podemos ajudar a nossa equipa e porque ela precisa de nós. Não posso faltar a este jogo, sendo certo que por prescrição médica deveria estar na cama. No entanto todas as minhas forças estão viradas para este jogo e logo, apesar da minha fraca voz, hoje, gritarei até onde me for possível pelo Mágico Porto.
Porque este Mágico Porto merece o meu sacrifício e porque também tenho a mística deste Dragão.
Até logo meus caros e força nessa voz. Os nossos heróis merecem-no e nós estamos sempre com eles.
Como diriam os SuperDragões, NOS ACREDITAMOS...
É esta a vontade que temos e é isso que queremos, embora tenhamos consciência de que do lado de lá está uma super-equipa com super-estrelas pagas a peso de ouro.
E Zé Mourinho já fez ver isso quando disse que "com 25% do orçamento deles acabavamos com 20 pontos de distância do 2.º lugar". Mas o que Zé Mourinho não disse, porque seria éticamente censurável, mas que eu digo, é que com o Orçamento deles, eles vinham cá para levar 6 naquele pêlo, mais 6 em Old Trafford e ainda mais uns 6 pelo caminho, num joguinho dentro do avião.
Por isso cada vez sinto mais orgulho em ser Portista. Porque sabemos andar nestas lides, com dinheiro de mealheiro. E como já dizia ontem o Fernando Guerra no Avante Lampião (ele que não é Dragão) "Não tenho poderes para adivinhar o desenrolar do jogo de amanhã, nem o da segunda mão em Inglaterra, muito menos penetrar no pensamento do treinador do FC Porto, nem isso me preocupa, porque de uma coisa não tenho eu a menor dúvida: com o Manchester ou outro qualquer de idêntico calibre é para ganhar. Mourinho tem defeitos, já se excedeu, já foi inconveniente, tudo é isso verdade. Mas em audácia e capacidade de trabalho é um exemplo que deve ser seguido. Enfrenta problemas graves ao nível da sua estrutura mas nada que o faça depor as armas. Admite apenas reequacionar a forma como irá abordar os dois jogos com os ingleses, com coragem e alegria, mas consciente de que tudo o que de bom alcançar a partir de agora no quadro da UEFA ultrapassará o limite dos objectivos definidos pelo seu clube. Porque, como ele disse, em Portugal as equipas preparam-se para ganhar o Campeonato. Não conseguem olhar mais para cima. O que Mourinho recusa, porque ele sabe que há estrelas no céu e é capaz de agarrá-las... "
E é aqui que reside a nossa força, a nossa motivação e o nosso orgulho. Nunca entregamos as armas e lutamos sempre pela vitória. E daí a minha admiração pelo Zé Mourinho. Também pelo facto de pôr sempre a fasquia bem alta. Aquela frase no final do jogo com os Gregos do Panatinaikos nas Antas, quando disse ao treinador deles para não festejar, porque ainda não tinha acabado, demonstra equivocamente aquilo que é a mística do Dragão, lutar até ao fim das nossas forças por uma vitória.
E não é pelo facto de estarmos condicionados pela falta de muitos jogadores que o discurso mudou. Queremos ganhar a eliminatória, custe o que custar.
Encontro-me neste momento com uma gripe de todo o tamanho! Pus-me a pé hoje para vir trabalhar. No entanto, logo não deixarei de estar presente no Estádio do Dragão a apoiar o nosso Mágico Porto. Porque sei que todos juntos podemos ajudar a nossa equipa e porque ela precisa de nós. Não posso faltar a este jogo, sendo certo que por prescrição médica deveria estar na cama. No entanto todas as minhas forças estão viradas para este jogo e logo, apesar da minha fraca voz, hoje, gritarei até onde me for possível pelo Mágico Porto.
Porque este Mágico Porto merece o meu sacrifício e porque também tenho a mística deste Dragão.
Até logo meus caros e força nessa voz. Os nossos heróis merecem-no e nós estamos sempre com eles.
Como diriam os SuperDragões, NOS ACREDITAMOS...
Aqui vai aço... MST
"Missão impossível?
1- O FC Porto, em minha opinião, ultrapassou brilhantemente a fase de consolidação do Campeonato que, entre outras dificuldades, envolvia as deslocações à Luz e a Alvalade, a par da manutenção em prova na Taça de Portugal. Tal como aqui escrevi há meses, para voltar a ser campeão, o FC Porto precisava de chegar aqui, ao jogo com o Manchester, com suficiente avanço no campeonato que lhe permitisse precaver-se contra eventuais percalços internos motivados pelo excesso de jogos, de competição e de stress. Nunca é de mais realçar o grau de exigência e de esforço totalmente diverso de uma equipa que, a par das competições internas, se bate simultaneamente ao mais alto nível europeu, face a concorrentes que apenas têm de se concentrar em jogos semanais e internos. E o facto é que o FC Porto conseguiu chegar a esta fase de todas as decisões com o Benfica afastado do título e a concorrência reduzida a um persistente Sporting que, mesmo assim, está a distância razoável embora não decisiva de sete pontos, que, na verdade, são oito. Ainda não é o título ao virar da esquina, mas é uma posição altamente confortável e o máximo humanamente exigível a quem, além do mais, sofreu a baixa insubstituível de Derlei — apenas o melhor jogador do campeonato — somada a uma onda de lesões que, como quase sempre, veio na pior altura.
2- Para o jogo de amanhã, de grau de exigência absoluto, José Mourinho depara-se com um cenário quase devastador. Com Derlei, Alenitchev e César Peixoto magoados, Maciel e Sérgio impedidos de jogar na Europa, Costinha castigado e Maniche eMarco Ferreira em dúvida, são sete ou oito baixas entre o «núcleo duro» dos 18/20 jogadores que constituem a estrutura habitual de uma equipa de alta competição. Isso, mais o facto de, entre as baixas, se contarem todos os flanqueadores da equipa, reduz claramente as opções de Mourinho e deixa-o sem soluções de recurso— ou acerta à primeira, ou não há emenda possível. E o que poderá fazer Mourinho? É manifesto que não tem alternativa senão jogar em 4x4x2. Mas um 4x4x2 que não deixa grandes ilusões quanto às possibilidades de contra-ataque, porque nem Jankauskas nem McCarthy são jogadores para assegurarem por si o contra-ataque, pelo contrário, ambos são pontas-de-lança clássicos para serem servidos a partir dos extremos... que não há. Assim sendo, parece que a única solução ofensiva háde ter que residir no meio-campo. Uma noite de inspiração de Deco e Maniche (este, se jogar) é essencial, mas pode não ser suficiente. Ontem, aqui em A BOLA, aventava-se a hipótese de Mourinho fazer entrar Ricardo Costa para defesa-direito e chegar Paulo Ferreira para o meio-campo. É uma solução que já tem sido testada e, a meu ver, sempre sem resultados eficazes, para além do facto de essa ser o oposto de uma solução que reforce a capacidade ofensiva e desequilibradora do meio-campo. Se aceitarmos que as hipóteses de chegar ao golo terão, por força das circunstâncias, de vir essencialmente do meio-campo, eu penso que, à primeira vista, a solução lógica será a oposta. Ou seja, o Carlos Alberto, um repentista e desequilibrador nato, o tipo de jogador que, quando em noite inspirada, mais mossas pode causar a equipas inglesas. Mas, com ou sem Carlos Alberto, o problema principal de Mourinho vai ser quando olhar para o banco e constatar que, além de defesas, só tem disponíveis jogadores que vêm de lesões, como Ricardo Fernandes e Bosingwa, ou jogadores pouco testados, como Bruno Morais — se a memória me não falha, o único avançado disponível, para além de Jankauskas e McCarthy. E se olharmos para o banco do Manchester United... Enfim, não há muito mais a fazer do que aquilo que Mourinho já disse: esquecer as contrariedades e jogar com coragem e alegria. A verdade é que, como ele também notou e todos sabemos, em condições normais, nenhuma grande equipa portuguesa se pode bater com uma grande equipa europeia. Quanto mais em condições anormais...
3- A Selecção de Scolari não me aquece nem me arrefece. Os jogos já disputados neste ano e meio não servem para estabelecer nenhum padrão, nem quanto a resultados, nem quanto a exibições, a não ser a mediania de uns e outros. Quando a Selecção entra em campo, seja contra quem for, não é previsível para ninguém que exibição irá realizar e que resultado irá obter. Tudo parece continuar eternamente dependente dos rasgos de inspiração de um Figo ou de um Pauleta, coisa que qualquer seleccionador de bancada é capaz de programar. Passado ano e meio, é difícil de perceber que progressos foram feitos em relação à liderança provisória de Agostinho Oliveira, assim como, em última análise, é difícil de entender para que serviram os treze ou catorze jogos de preparação já efectuados. Não há uma linha contínua de evolução e melhorias, não há sequer um esquema de jogo claro e definido. É evidente que a grande preparação será feita quando a Selecção se concentrar nos vinte dias antecedentes ao Euro, com todos os jogadores já libertos dos seus outros compromissos. Mas isso equivale a dizer que tudo poderia começar de novo, a partir daí, visto que em termos de qualidade de jogo adquirida não existe nada. Mas não é o caso: já todos mais ou menos podemos dizer quem são os 23 da escolha final de Scolari, o que significa que praticamente já não há lugares em aberto. Mesmo aquilo que poderia suscitar dúvidas parece já resolvido: Ricardo Carvalho não será titular, pelo menos de início, apesar de ser, à vista de todos, o melhor central português em acção. Vítor Baía não será chamado — devido a uma teimosia irracional de Scolari que talvez um dia se perceba — e apesar do manifesto e preocupante problema que os dois guarda-redes de Scolari têm com o jogo aéreo: Quim, porque é baixo de mais, e Ricardo porque, apesar de ser um enorme guarda-redes entre os postes, é um factor de permanente instabilidade no jogo aéreo, como ficou bem patente no último Gil Vicente-Sporting. Enfim, os comandados de Luiz Felipe Scolari, após um ano e meio de preparação que se afigura ter sido rigorosamente inútil, vão ter vinte dias para se porem em forma e justificarem as expectativas que quase toda uma nação deposita neles. Têm a seu favor o factor casa, que significa o apoio do público e arbitragens tradicionalmente amigas. Mas mesmo isso, por si só, não chega. Vão ter de mostrar muito mais valor e muito mais futebol do que têm feito até aqui. "
1- O FC Porto, em minha opinião, ultrapassou brilhantemente a fase de consolidação do Campeonato que, entre outras dificuldades, envolvia as deslocações à Luz e a Alvalade, a par da manutenção em prova na Taça de Portugal. Tal como aqui escrevi há meses, para voltar a ser campeão, o FC Porto precisava de chegar aqui, ao jogo com o Manchester, com suficiente avanço no campeonato que lhe permitisse precaver-se contra eventuais percalços internos motivados pelo excesso de jogos, de competição e de stress. Nunca é de mais realçar o grau de exigência e de esforço totalmente diverso de uma equipa que, a par das competições internas, se bate simultaneamente ao mais alto nível europeu, face a concorrentes que apenas têm de se concentrar em jogos semanais e internos. E o facto é que o FC Porto conseguiu chegar a esta fase de todas as decisões com o Benfica afastado do título e a concorrência reduzida a um persistente Sporting que, mesmo assim, está a distância razoável embora não decisiva de sete pontos, que, na verdade, são oito. Ainda não é o título ao virar da esquina, mas é uma posição altamente confortável e o máximo humanamente exigível a quem, além do mais, sofreu a baixa insubstituível de Derlei — apenas o melhor jogador do campeonato — somada a uma onda de lesões que, como quase sempre, veio na pior altura.
2- Para o jogo de amanhã, de grau de exigência absoluto, José Mourinho depara-se com um cenário quase devastador. Com Derlei, Alenitchev e César Peixoto magoados, Maciel e Sérgio impedidos de jogar na Europa, Costinha castigado e Maniche eMarco Ferreira em dúvida, são sete ou oito baixas entre o «núcleo duro» dos 18/20 jogadores que constituem a estrutura habitual de uma equipa de alta competição. Isso, mais o facto de, entre as baixas, se contarem todos os flanqueadores da equipa, reduz claramente as opções de Mourinho e deixa-o sem soluções de recurso— ou acerta à primeira, ou não há emenda possível. E o que poderá fazer Mourinho? É manifesto que não tem alternativa senão jogar em 4x4x2. Mas um 4x4x2 que não deixa grandes ilusões quanto às possibilidades de contra-ataque, porque nem Jankauskas nem McCarthy são jogadores para assegurarem por si o contra-ataque, pelo contrário, ambos são pontas-de-lança clássicos para serem servidos a partir dos extremos... que não há. Assim sendo, parece que a única solução ofensiva háde ter que residir no meio-campo. Uma noite de inspiração de Deco e Maniche (este, se jogar) é essencial, mas pode não ser suficiente. Ontem, aqui em A BOLA, aventava-se a hipótese de Mourinho fazer entrar Ricardo Costa para defesa-direito e chegar Paulo Ferreira para o meio-campo. É uma solução que já tem sido testada e, a meu ver, sempre sem resultados eficazes, para além do facto de essa ser o oposto de uma solução que reforce a capacidade ofensiva e desequilibradora do meio-campo. Se aceitarmos que as hipóteses de chegar ao golo terão, por força das circunstâncias, de vir essencialmente do meio-campo, eu penso que, à primeira vista, a solução lógica será a oposta. Ou seja, o Carlos Alberto, um repentista e desequilibrador nato, o tipo de jogador que, quando em noite inspirada, mais mossas pode causar a equipas inglesas. Mas, com ou sem Carlos Alberto, o problema principal de Mourinho vai ser quando olhar para o banco e constatar que, além de defesas, só tem disponíveis jogadores que vêm de lesões, como Ricardo Fernandes e Bosingwa, ou jogadores pouco testados, como Bruno Morais — se a memória me não falha, o único avançado disponível, para além de Jankauskas e McCarthy. E se olharmos para o banco do Manchester United... Enfim, não há muito mais a fazer do que aquilo que Mourinho já disse: esquecer as contrariedades e jogar com coragem e alegria. A verdade é que, como ele também notou e todos sabemos, em condições normais, nenhuma grande equipa portuguesa se pode bater com uma grande equipa europeia. Quanto mais em condições anormais...
3- A Selecção de Scolari não me aquece nem me arrefece. Os jogos já disputados neste ano e meio não servem para estabelecer nenhum padrão, nem quanto a resultados, nem quanto a exibições, a não ser a mediania de uns e outros. Quando a Selecção entra em campo, seja contra quem for, não é previsível para ninguém que exibição irá realizar e que resultado irá obter. Tudo parece continuar eternamente dependente dos rasgos de inspiração de um Figo ou de um Pauleta, coisa que qualquer seleccionador de bancada é capaz de programar. Passado ano e meio, é difícil de perceber que progressos foram feitos em relação à liderança provisória de Agostinho Oliveira, assim como, em última análise, é difícil de entender para que serviram os treze ou catorze jogos de preparação já efectuados. Não há uma linha contínua de evolução e melhorias, não há sequer um esquema de jogo claro e definido. É evidente que a grande preparação será feita quando a Selecção se concentrar nos vinte dias antecedentes ao Euro, com todos os jogadores já libertos dos seus outros compromissos. Mas isso equivale a dizer que tudo poderia começar de novo, a partir daí, visto que em termos de qualidade de jogo adquirida não existe nada. Mas não é o caso: já todos mais ou menos podemos dizer quem são os 23 da escolha final de Scolari, o que significa que praticamente já não há lugares em aberto. Mesmo aquilo que poderia suscitar dúvidas parece já resolvido: Ricardo Carvalho não será titular, pelo menos de início, apesar de ser, à vista de todos, o melhor central português em acção. Vítor Baía não será chamado — devido a uma teimosia irracional de Scolari que talvez um dia se perceba — e apesar do manifesto e preocupante problema que os dois guarda-redes de Scolari têm com o jogo aéreo: Quim, porque é baixo de mais, e Ricardo porque, apesar de ser um enorme guarda-redes entre os postes, é um factor de permanente instabilidade no jogo aéreo, como ficou bem patente no último Gil Vicente-Sporting. Enfim, os comandados de Luiz Felipe Scolari, após um ano e meio de preparação que se afigura ter sido rigorosamente inútil, vão ter vinte dias para se porem em forma e justificarem as expectativas que quase toda uma nação deposita neles. Têm a seu favor o factor casa, que significa o apoio do público e arbitragens tradicionalmente amigas. Mas mesmo isso, por si só, não chega. Vão ter de mostrar muito mais valor e muito mais futebol do que têm feito até aqui. "
terça-feira, 24 de fevereiro de 2004
MAIS ALGUNS PENSAMENTOS
Depois dumas feriazitas, cá estou de volta para pôr o lagartixa VIC a encher este blog de comentários. Como a esta hora já he passou a azia do fim de semana, aguardarei serenamente as suas observações, agora que a sua grande equipa vai folgar para a Taça Uefa . Não deixo de ficar curioso sobre o que ele possa dizer. Taça, já era, Uefa, idem, campeonato nem se fala.... E por falar nos lagartos, não acham que o engenheiro ex-catequista anda a ficar com muita treta? Que anda a tentar copiar o discurso do genial José? Reparem que ele, usando dos preceitos bíblicos, quando treinava o Porto, oferecia sempre a outra face. A equipa não jogava nada, éramos enxovalhados pelos Avantes e ele achava bem, respondendo sempre com educação e decoro.
Agora, diz que são a melhor equipa de Portugal. Que a jogar assim, ninguém os vence neste País (também, lá fora não jogam...). Bem, esteve quase o Gil e encher a marmita. Está a querer ter um discurso ambicioso, à la Mourinho, a ver se resulta. Claro que para isso é preciso ser-se genial, o que ele está longe de ser. É preciso jogar ao ataque, o que ele não faz. O único ataque organizado que ele pratica é o do mergulho sincronizado. Aliás, não sei se repararam no que disse o aprendiz Liedson na semana passada sobre o jogo com o Porto. Disse que é obrigação usar todos os recursos para expulsar adversários (referindo-se à "agressão" do Bicho). Disse ainda que esses lances podem dar vantagem preciosa durante os jogos. Lindo, sem dúvida. Deve ser a isto que o engenheiro se refere quando diz que ninguém lhes ganha!
Quanto aos lampiões, registo com agrado como os Avantes mudam no espaço de semanas. Primeiro, re-entram os lampiõesna luta pelo título. Logo a seguir, afastam-se definitivamente da luta pela Liga dos Campeóes. Não percebo nada. Aliás, percebo tanto como o SR. CAMACHO percebe de futebol. Aqueles centrais são para mim uma fonte de inesgotável alegria. Ah grande Luisão! O Real Madrid ainda se vai arrepender....
Enfim, amanhã o nosso lindo Estádio do dragão vai encher pela primeira vez para a Liga dos Campeões. Apesar dos desfalques, acredito na equipa. E até que enfim que vamos jogar com uma equipa a sério. Lá estarei, a puxar pelos nossos. Já tenho saudades das noites de glória!
Agora, diz que são a melhor equipa de Portugal. Que a jogar assim, ninguém os vence neste País (também, lá fora não jogam...). Bem, esteve quase o Gil e encher a marmita. Está a querer ter um discurso ambicioso, à la Mourinho, a ver se resulta. Claro que para isso é preciso ser-se genial, o que ele está longe de ser. É preciso jogar ao ataque, o que ele não faz. O único ataque organizado que ele pratica é o do mergulho sincronizado. Aliás, não sei se repararam no que disse o aprendiz Liedson na semana passada sobre o jogo com o Porto. Disse que é obrigação usar todos os recursos para expulsar adversários (referindo-se à "agressão" do Bicho). Disse ainda que esses lances podem dar vantagem preciosa durante os jogos. Lindo, sem dúvida. Deve ser a isto que o engenheiro se refere quando diz que ninguém lhes ganha!
Quanto aos lampiões, registo com agrado como os Avantes mudam no espaço de semanas. Primeiro, re-entram os lampiõesna luta pelo título. Logo a seguir, afastam-se definitivamente da luta pela Liga dos Campeóes. Não percebo nada. Aliás, percebo tanto como o SR. CAMACHO percebe de futebol. Aqueles centrais são para mim uma fonte de inesgotável alegria. Ah grande Luisão! O Real Madrid ainda se vai arrepender....
Enfim, amanhã o nosso lindo Estádio do dragão vai encher pela primeira vez para a Liga dos Campeões. Apesar dos desfalques, acredito na equipa. E até que enfim que vamos jogar com uma equipa a sério. Lá estarei, a puxar pelos nossos. Já tenho saudades das noites de glória!
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004
ALGUMAS SOLTAS
Esta semana eles andam calminhos... nem falaram mais do jogo do fim de semana passado. Claro, já não podiam esconder o penalty mais longo da história do futebol. O penalty que demorou 30 segundos, mas que, segundo "eles", era impossível o árbitro descortinar. Mas a piscinada do Liedson em Alvalade, lance em que o Calabote estava completamente tapado, esse sim, foi nítido! Ou será que este silêncio significa que se convenceram que o campeonato já está entregue?
À vinda para casa hoje, estava a ouvir a bancada Central. Uma nota a destacar. A isenção do sportinguista Fernando Correia, que de facto, de tão rara, é de louvar. Estava com um convidado também sportinguista que, ao referir-se a um amigo comum de Viseu diz algo do género "Curiosamente, sendo de Viseu, é um grande Dragão". Ao que o Fernando Correia responde: "E qual é o problema?". Obrigado, Fernando Correia. Como se fosse de espantar. Como se alguém tivesse lepra por ser portista em Viseu... O dito senhor, encabulado, compõe o ramalhete:´"É que naquelas bandas é raro".
Meus amigos, que cansaço... Esta gente continua convencida que só os pescadores de Leixões e as peixeiras do Bolhão são portistas. Que nem no Grande Porto o azul e branco domina. Que é mais fácil encontrar um Muçulmano a comer toucinho do que um portista fora das referidas regiões demarcadas. É por isso que lhes custa a engolir as nossas vitórias. Não copnseguem perceber como é que um clube com tão pouco apoio consegue as vitórias que exibimos. Curiosamente, ao mesmo tempo que nos querem reduzir a significância a este nível, atribuem-nos o grande poder de conseguir dominar todas as estruturas do futebol luso e mundial. E de corrupção dos árbitros. Árbitros estes que são todos portistas, a começar pelo Calabote e pelo Bruno Paixão. Definitivamente, vivem num mundo só deles. A este respeito e só para terminar, diga-se que na Faculdade conheci muita gente de Viseu. Malta da minha idade. Pelo menos 70% deles era portista. Porque será? Isto para não dizer que nem eu, nem o Dragão, nem o Grande Portista somos do grande Porto....
À vinda para casa hoje, estava a ouvir a bancada Central. Uma nota a destacar. A isenção do sportinguista Fernando Correia, que de facto, de tão rara, é de louvar. Estava com um convidado também sportinguista que, ao referir-se a um amigo comum de Viseu diz algo do género "Curiosamente, sendo de Viseu, é um grande Dragão". Ao que o Fernando Correia responde: "E qual é o problema?". Obrigado, Fernando Correia. Como se fosse de espantar. Como se alguém tivesse lepra por ser portista em Viseu... O dito senhor, encabulado, compõe o ramalhete:´"É que naquelas bandas é raro".
Meus amigos, que cansaço... Esta gente continua convencida que só os pescadores de Leixões e as peixeiras do Bolhão são portistas. Que nem no Grande Porto o azul e branco domina. Que é mais fácil encontrar um Muçulmano a comer toucinho do que um portista fora das referidas regiões demarcadas. É por isso que lhes custa a engolir as nossas vitórias. Não copnseguem perceber como é que um clube com tão pouco apoio consegue as vitórias que exibimos. Curiosamente, ao mesmo tempo que nos querem reduzir a significância a este nível, atribuem-nos o grande poder de conseguir dominar todas as estruturas do futebol luso e mundial. E de corrupção dos árbitros. Árbitros estes que são todos portistas, a começar pelo Calabote e pelo Bruno Paixão. Definitivamente, vivem num mundo só deles. A este respeito e só para terminar, diga-se que na Faculdade conheci muita gente de Viseu. Malta da minha idade. Pelo menos 70% deles era portista. Porque será? Isto para não dizer que nem eu, nem o Dragão, nem o Grande Portista somos do grande Porto....
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004
MST de novo...
- Há pouco mais de um mês atrás Dias da Cunha recusou- se a acompanhar a sua equipa à Luz declarando que isso seria «hipócrita» da sua parte. O Benfica, como ele não se cansou de insinuar ao longo dos últimos anos, integrava o tal sistema que o Sporting combatia e combate em nome da moralização, da transparência e outras coisas grandiloquentes que tais. Mas eis que morre o Fehér e, como que por milagre, o Benfica deixa de fazer parte do sistema aos olhos de Dias da Cunha — que é assim uma espécie de ungido do Senhor, com a missão de, em cada momento, declarar quem são os bons e os maus, quem são aqueles que estão no recto caminho indicado pelo exemplo virtuoso do presidente do Sporting e quem são os indignos de o terem sentado a seu lado na tribuna de um estádio. Há um mês atrás Luís Filipe Vieira fazia parte desta última categoria dos infrequentáveis; agora, graças à morte de Fehér, Dias da Cunha perdoou-lhe os pecados passados e até, num golpe de prestidigitação, riscou-o do sistema ou da direcção e mando na Liga. O Benfica que, juntamente com o Boavista, tomou conta da Liga, chegando Vieira a declarar que isso era mais importante que comprar bons jogadores, vê-se agora, por concessão do príncipe, apagado desse currículo, desse estatuto e dessas benesses tão denunciadas pelo presidente do Sporting e substituído nessa ignomínia por Pinto da Costa e o FC Porto—que, por acaso, foi, juntamente com o Sporting, o único clube que votou contra o actual poder e que não dispõe de um só elemento em nenhum órgão de poder do futebol português. Hipocrisia, disse ele?
- A ida de Dias da Cunha ao programa de Judite de Sousa foi, para resumir tudo em breves palavras, uma coisa pungente, patética, mesmo chocante. Até aqueles que poderiam, em circunstâncias normais, sentir-se atingidos ou ofendidos pelas suas afirmações sempre levianas desta vez apenas conseguiram ter dó. Diz ele que a sua «entrevista» foi recebida com «muito entusiasmo». Não haverá mesmo uma alma caridosa que lhe explique?
- O amigo Valentim Loureiro, porém, resolveu levá- lo a sério e sentir-se ofendido, com queixa à Procuradoria e Comissão Disciplinar da Liga. É extraordinário que o presidente do Sporting possa passar toda a semana anterior ao Sporting-FC Porto a incendiar os ódios, insultando não apenas o seu adversário e os seus adeptos mas virtualmente todos os portuenses — e nada lhe suceda... Mas, se toca no presidente da Liga, aí já a coisa fia mais fino e há que tomar providências disciplinares para o responsabilizar pelo que diz.
- Todavia, e como já sucedeu com a camisola rasgada do Mourinho, também agora o presidente do Sporting tratou de ir adiantando que não tem de provar o que diz. Ele «conhece casos de corrupção»mas não tem de os denunciar nem identificar. Aquele artigo do Código Penal sobre o crime de difamação, que se aplica a todos os cidadãos, Presidente da República incluído, não se aplica porém ao presidente do Sporting. Privilégios...
- O Benfica-FC Porto não foi um grande jogo de futebol mas foi do melhor que se arranja por cá e do melhor que se tem visto este ano. Para começar, nem de um lado nem do outro houve provocações prévias nem tentativas de pressão sobre o árbitro. Não houve incidentes especiais entre adeptos, não houve artistas contratados para se atirarem para o chão em momentos críticos, nem lesões simuladas, nem perdas de tempo deliberadas, nem jogadas antidesportivas, nem uma arbitragem descaradamente caseira. Foi um derby onde se jogava o título, decidido sem penalties, nem golos duvidosos, nem expulsões, nem entradas para magoar. Por isso mesmo estranhei que, num jogo com tão poucas faltas e sem maldade, o Benfica tivesse acabado sem nenhum cartão amarelo, o que foi perfeitamente justificável, mas o FC Porto tivesse acabado com quatro, o que condiciona sempre os jogadores. Julgo que nenhum benfiquista de boa-fé conseguirá encontrar um só lance em que possa reclamar do árbitro. Já o FC Porto tem um offside nuito duvidoso arrancado ao Maciel em jogada de perigo iminente e um claro penalty do Argel sobre o Jorge Costa, que admito que o árbitro possa não ter visto mas que a televisão revelou claramente. Ora, sempre achei que não fica bem uma equipa reclamar de um erro do árbitro, mesmo que porventura decisivo, se em jogo jogado não demonstrou, como foi o caso, merecer ganhar. Isto é, por maior que seja a razão nesse particular, não se pode invocar um erro de arbitragem para justificar a não obtenção de um resultado que não se justificou. Essa é a tradicional postura do Sporting (apesar dos nove penalties que já leva assinalados a seu favor, contra três do Benfica e FC Porto). Mas as grandes equipas, como o FC Porto, habituadas a erros de arbitragem em alta competição europeia — onde os potentados são sempre favorecidos pela arbitragem dos monstros sagrados Collina ou Kim Nielsen, a benefício das receitas televisivas —, já sabem que muitas vezes é preciso jogar contra os erros dos árbitros, porque os jogos se ganham dentro de campo e não no flash interview. Repare-se como nem Jorge Costa nem nenhum outro jogador do FC Porto perdeu tempo, durante ou após o jogo, a reclamar do penalty que João Ferreira não viu. Eu louvo essa atitude mas não posso deixar em claro a atitude dos dois comentadores da RTP, esforçando- se desesperadamente por fingir não verem bem o que as imagens, repetidas e passadas em câmara lenta, mostravam com incontornável clareza. Um pouco mais de isenção só lhes ficaria bem. Detalhe à parte, o essencial é que o FC Porto não jogou o suficiente para merecer vencer um Benfica que foi do melhor que tenho visto esta época e que demonstrou coragem e atitude. Mas, antes que comecem as tiradas de consolação do género «demonstrámos que somos melhores que o Porto», convém recordar várias coisas. Primeiro, que o Benfica tinha de jogar neste jogo uma cartada final decisiva, enquanto o FC Porto tinha, sobretudo, de gerir a sua vantagem e o seu avanço, agora que está em pleno ciclo terrível da época. Depois, que a qualidade de uma equipa não se mede por um jogo, mas por uma época inteira, e, nesta, o FC Porto já leva mais jogos disputados e bastante mais jogos difíceis que os seus concorrentes directos. O Sporting está afastado de todas as competições, excepto o campeonato, o Benfica mantém-se na Taça e na UEFA, mas graças a uma irrepetível sorte nos sorteios; o FC Porto lidera o campeonato, está nas meias-finais da Taça, depois de ter afastado equipas da primeira Liga como o Boavista, venceu a Supertaça Cândido de Oliveira e esteve a um sopro de vencer a Supertaça Europeia contra o Milan e, acima de tudo, ultrapassou a primeira fase da Liga dos Campeões e, depois do Real Madrid, saiu-lhe pela frente nada menos que o Manchester United. Enfim, mesmo no campeonato, o FC Porto terminou na Luz todas as deslocações teoricamente mais difíceis (já foi ao Restelo, a Alvalade, à Luz, ao Funchal, a Leiria, a Guimarães, a Braga e ao Bessa, sem nunca conhecer a derrota) e tem mais um jogo disputado fora que o Benfica e mais dois que o Sporting. Last but not least, convém ainda não esquecer que o FC Porto que se apresentou na Luz estava desfalcado de Derlei, César Peixoto, Alenitchev e Marco Ferreira. Esperar que chegasse à Luz e passasse os 90 minutos em cima do Benfica era pura demagogia. O essencial é que, no espaço de duas semanas, Sporting e Benfica tiveram ambos a possibilidade de encurtar distâncias para o FC Porto e não o conseguiram.
- A ida de Dias da Cunha ao programa de Judite de Sousa foi, para resumir tudo em breves palavras, uma coisa pungente, patética, mesmo chocante. Até aqueles que poderiam, em circunstâncias normais, sentir-se atingidos ou ofendidos pelas suas afirmações sempre levianas desta vez apenas conseguiram ter dó. Diz ele que a sua «entrevista» foi recebida com «muito entusiasmo». Não haverá mesmo uma alma caridosa que lhe explique?
- O amigo Valentim Loureiro, porém, resolveu levá- lo a sério e sentir-se ofendido, com queixa à Procuradoria e Comissão Disciplinar da Liga. É extraordinário que o presidente do Sporting possa passar toda a semana anterior ao Sporting-FC Porto a incendiar os ódios, insultando não apenas o seu adversário e os seus adeptos mas virtualmente todos os portuenses — e nada lhe suceda... Mas, se toca no presidente da Liga, aí já a coisa fia mais fino e há que tomar providências disciplinares para o responsabilizar pelo que diz.
- Todavia, e como já sucedeu com a camisola rasgada do Mourinho, também agora o presidente do Sporting tratou de ir adiantando que não tem de provar o que diz. Ele «conhece casos de corrupção»mas não tem de os denunciar nem identificar. Aquele artigo do Código Penal sobre o crime de difamação, que se aplica a todos os cidadãos, Presidente da República incluído, não se aplica porém ao presidente do Sporting. Privilégios...
- O Benfica-FC Porto não foi um grande jogo de futebol mas foi do melhor que se arranja por cá e do melhor que se tem visto este ano. Para começar, nem de um lado nem do outro houve provocações prévias nem tentativas de pressão sobre o árbitro. Não houve incidentes especiais entre adeptos, não houve artistas contratados para se atirarem para o chão em momentos críticos, nem lesões simuladas, nem perdas de tempo deliberadas, nem jogadas antidesportivas, nem uma arbitragem descaradamente caseira. Foi um derby onde se jogava o título, decidido sem penalties, nem golos duvidosos, nem expulsões, nem entradas para magoar. Por isso mesmo estranhei que, num jogo com tão poucas faltas e sem maldade, o Benfica tivesse acabado sem nenhum cartão amarelo, o que foi perfeitamente justificável, mas o FC Porto tivesse acabado com quatro, o que condiciona sempre os jogadores. Julgo que nenhum benfiquista de boa-fé conseguirá encontrar um só lance em que possa reclamar do árbitro. Já o FC Porto tem um offside nuito duvidoso arrancado ao Maciel em jogada de perigo iminente e um claro penalty do Argel sobre o Jorge Costa, que admito que o árbitro possa não ter visto mas que a televisão revelou claramente. Ora, sempre achei que não fica bem uma equipa reclamar de um erro do árbitro, mesmo que porventura decisivo, se em jogo jogado não demonstrou, como foi o caso, merecer ganhar. Isto é, por maior que seja a razão nesse particular, não se pode invocar um erro de arbitragem para justificar a não obtenção de um resultado que não se justificou. Essa é a tradicional postura do Sporting (apesar dos nove penalties que já leva assinalados a seu favor, contra três do Benfica e FC Porto). Mas as grandes equipas, como o FC Porto, habituadas a erros de arbitragem em alta competição europeia — onde os potentados são sempre favorecidos pela arbitragem dos monstros sagrados Collina ou Kim Nielsen, a benefício das receitas televisivas —, já sabem que muitas vezes é preciso jogar contra os erros dos árbitros, porque os jogos se ganham dentro de campo e não no flash interview. Repare-se como nem Jorge Costa nem nenhum outro jogador do FC Porto perdeu tempo, durante ou após o jogo, a reclamar do penalty que João Ferreira não viu. Eu louvo essa atitude mas não posso deixar em claro a atitude dos dois comentadores da RTP, esforçando- se desesperadamente por fingir não verem bem o que as imagens, repetidas e passadas em câmara lenta, mostravam com incontornável clareza. Um pouco mais de isenção só lhes ficaria bem. Detalhe à parte, o essencial é que o FC Porto não jogou o suficiente para merecer vencer um Benfica que foi do melhor que tenho visto esta época e que demonstrou coragem e atitude. Mas, antes que comecem as tiradas de consolação do género «demonstrámos que somos melhores que o Porto», convém recordar várias coisas. Primeiro, que o Benfica tinha de jogar neste jogo uma cartada final decisiva, enquanto o FC Porto tinha, sobretudo, de gerir a sua vantagem e o seu avanço, agora que está em pleno ciclo terrível da época. Depois, que a qualidade de uma equipa não se mede por um jogo, mas por uma época inteira, e, nesta, o FC Porto já leva mais jogos disputados e bastante mais jogos difíceis que os seus concorrentes directos. O Sporting está afastado de todas as competições, excepto o campeonato, o Benfica mantém-se na Taça e na UEFA, mas graças a uma irrepetível sorte nos sorteios; o FC Porto lidera o campeonato, está nas meias-finais da Taça, depois de ter afastado equipas da primeira Liga como o Boavista, venceu a Supertaça Cândido de Oliveira e esteve a um sopro de vencer a Supertaça Europeia contra o Milan e, acima de tudo, ultrapassou a primeira fase da Liga dos Campeões e, depois do Real Madrid, saiu-lhe pela frente nada menos que o Manchester United. Enfim, mesmo no campeonato, o FC Porto terminou na Luz todas as deslocações teoricamente mais difíceis (já foi ao Restelo, a Alvalade, à Luz, ao Funchal, a Leiria, a Guimarães, a Braga e ao Bessa, sem nunca conhecer a derrota) e tem mais um jogo disputado fora que o Benfica e mais dois que o Sporting. Last but not least, convém ainda não esquecer que o FC Porto que se apresentou na Luz estava desfalcado de Derlei, César Peixoto, Alenitchev e Marco Ferreira. Esperar que chegasse à Luz e passasse os 90 minutos em cima do Benfica era pura demagogia. O essencial é que, no espaço de duas semanas, Sporting e Benfica tiveram ambos a possibilidade de encurtar distâncias para o FC Porto e não o conseguiram.
domingo, 15 de fevereiro de 2004
MAIS DO MESMO...
Acabada mais uma incursão à lampiolândia, poucos comentários tenho a fazer. Podíamos ter ganho com aquele lance do Jankauskas, mas paciência. Esou ainda é banzado com esse ser repelente que dá pelo nome de Rui Santos, na TV oficial vermelha SIC (Somos Indefectíveis Calabotes). Para ele os mouros podiam ter ganho e deviam. Paciência, meu caro. Lá ficou mais uma vitória moral, enquanto olham para os 9 pontitos de diferença. Coisa pouca eu sei, e por isso é que os lampiões fizeram deste o jogo as suas vidas. Claro, ganhar ao nosso Porto é neste momento a Taça Uefa deles. Conheço mais uma porrada de clubes assim neste país... mais risível ainda foi terem dito que no penalty sobre o J. Costa houve agarrões mútuos... Enfim, que o Argel é bicha, já todos sabemos, mas o Jorge Costa é BICHO! Empurrá-lo contra o chão e agarrá-lo por todos os lados, com crianças a ver, é muito feio e obsceno. Quase tanto como nos roubarem mais uma vez em clássicos e o país desportivo não portista a meter as mãos nos bolsos e a assobiar baixinho para o lado. Já adivinho que para os Avantes, vai ter nota quase máxima. Só não lha vão dar porque não nos expulsou ninguém (do Porto, claro). Quanto à falta sobre o Maciel, continuo na dúvida se foi dentro ou fora. A RTP nem mostrou repetição, não fosse o Diabo tecê-las... o nosso querido árbitro, claro que não a marcou, marcando a do Maciel a seguir.
Com tudo isto, nem assim nos ganharam e neste momento deve o Dragão estar lá na Mesquita a cantar com os outros bravos "Outra vez, outra vez, campeonato.....".
Quem viu o jogo na RTP (Raios T'partam Porto) deve também ter reparado na pouca convicção dos comentadores no nosso golo e o grito histérico, mais 56 repetições, no deles...
Com tudo isto, nem assim nos ganharam e neste momento deve o Dragão estar lá na Mesquita a cantar com os outros bravos "Outra vez, outra vez, campeonato.....".
Quem viu o jogo na RTP (Raios T'partam Porto) deve também ter reparado na pouca convicção dos comentadores no nosso golo e o grito histérico, mais 56 repetições, no deles...
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2004
Jorge O. Bento...
"Contra a demência do consenso
Está na moda e é politicamente correcto apelar ao consenso. Calar as divergências e perfilhar o discurso oficial e corrente. Quem sair desta via e ler por outra cartilha é malvisto e olhado. Eis o espírito salazarento a recuperar a boa forma; desta feita incarnado até em gente que abjura essa linhagem. Quando procuro significados para a substância do consenso salta-me uma torrente deles: estado de torpor e anestesia, mediocridade, indigência e preguiça mental, desídia, demissão, falta de opinião e identidade, conformismo, cobardia, medo, ignorância, oportunismo e unanimismo. Enfim, tudo o que convém a quem tem o poder e às estratégias para o conservar e alargar. É este vento que varre o País de uma ponta à outra, da política ao futebol. Mas eu, inspirado em Voltaire e no seu aviso de que as diferenças são o verdadeiro traço de união, cultivo o dissenso, a divergência e a diversidade. Gosto de dissentir, de sentir de modo diferente, de divergir e discordar e de me desviar do modo cómodo de ver e sentir igual à massa. Essencialmente porque o consenso vigente é falso e hipócrita e ofende a matriz da nossa natureza e dignidade. Também me chocou a morte de Fehér, devido ao contexto que a rodeou. Partilhei a dor que ela gerou. Mas rejeito o seu uso demagógico e mediático, comandado pelos mais escuros fins. Que os adeptos do futebol se excedam na expressão da dor é inimputável; mas é inaceitável que entidades responsáveis não saibam separar a sanidade e a demência. É miserável o comportamento das televisões (honra à Sport TV!). É incrível que o PR alinhe no histerismo das carpideiras com uma mensagem de consternação, que a AR faça um minuto de silêncio e que o líder da bancada do PSD vá ao velório assinar o livro de condolências. Enfim, o País está vazio de causas e problemas sérios e empolgantes. Há outras coisas que a consciência cívica, moral e social não pode deixar de levantar. Imaginemos que vem a público que a saída do atleta do Benfica estava já equacionada e que, só por razões de última hora, é que ainda não estava consumada. Como rotular a invocação patética que fez da tragédia a nação benfiquista? Imaginemos que são divulgados os números do seguro e quanto toca ao empresário, ao Benfica e à família do jogador. Sobrará alguma comoção? Imaginemos ainda que a autópsia vai até às últimas consequências — o que eu não acredito — e revela causas da morte no mínimo inquietantes. Com que cara ficarão o PR, a AR e as outras entidades que alinharam com o populismo? Continuemos. A actuação do árbitro, no jogo que opôs o FCP a uma liga de adversários em Alvalade, mereceu de muitos comentadores e jornalistas a nota máxima. Pudera! Para a corte do centralismo o FCP é um inimigo que urge abater por todos os meios. Por isso há que reunir forças em todos os quadrantes para que o ceptro retorne à capital. Há que reeditar o tempo velho do controlo absoluto de tudo e todos a partir de Lisboa. Osr. Lucílio mostrou mais uma vez que não tem categoria para o Euro-2004, nem para o Campeonato português. Por não saber apitar? Nada disso! Apita conforme as circunstâncias, de resto na linha de árbitros famosos da associação a que pertence. Tal como os seus mestres chegou à cena internacional levado pelo poder setubalense na FPF. Não há outra explicação plausível, mas há quem nos tome por cegos que nem o óbvio conseguem ver. Afinal o crime compensa. Também Liedson foi classificado como o melhor em campo. Conheço o futebolista há muito, das minhas idas ao Brasil. Desde logo reconheci a valia que tem exibido em Portugal. Pelo que a sua conduta vergonhosa no jogo frente ao FCP me surpreendeu inteiramente. Não creio que ela fosse obra apenas sua; tem certamente co-autores. A escola de Alvalade, dentro e fora do campo, está a ganhar fama no mundo do circo. Tem mestres insignes na arte de fazer o mal e a caramunha. Mas o branqueamento não garante a Liedson um futuro radioso. Bem pode ter iniciado a queda no abismo. A ver vamos. Sim, o lance que levou à segunda penalidade dada ao Sporting é um atropelo grosseiro do fair play. Os jogadores do Porto, como lhes competia, estavam junto do adversário lesionado. Ao mandar iniciar o jogo o árbitro devia esperar que eles voltassem ao lugar; não o fez, o que só espanta os ingénuos e incautos. Tal como não o fez o atleta leonino, o que revela a esperteza saloia e a moral desportiva que reinam em Alvalade. Enfim, Lucílio esteve no máximo esplendor, a confirmar que Baptista é nome de percursor que abre e prepara caminhos. Só falta vir o Messias cheio de luz. Sou, pois, solidário com os que rejeitam esta maneira bastarda de ser e estar em Portugal e no futebol. Ser português e Portugal são para mim uma utopia de autenticidade, frontalidade e integridade que é cada vez mais negada pela realidade. O pudor e a vergonha são clandestinos; a luz do dia vai para actores e palhaços medíocres, desonestos e sem carácter. Muito mau para o meu gosto ético."
Assino por baixo,
O Dragão
Está na moda e é politicamente correcto apelar ao consenso. Calar as divergências e perfilhar o discurso oficial e corrente. Quem sair desta via e ler por outra cartilha é malvisto e olhado. Eis o espírito salazarento a recuperar a boa forma; desta feita incarnado até em gente que abjura essa linhagem. Quando procuro significados para a substância do consenso salta-me uma torrente deles: estado de torpor e anestesia, mediocridade, indigência e preguiça mental, desídia, demissão, falta de opinião e identidade, conformismo, cobardia, medo, ignorância, oportunismo e unanimismo. Enfim, tudo o que convém a quem tem o poder e às estratégias para o conservar e alargar. É este vento que varre o País de uma ponta à outra, da política ao futebol. Mas eu, inspirado em Voltaire e no seu aviso de que as diferenças são o verdadeiro traço de união, cultivo o dissenso, a divergência e a diversidade. Gosto de dissentir, de sentir de modo diferente, de divergir e discordar e de me desviar do modo cómodo de ver e sentir igual à massa. Essencialmente porque o consenso vigente é falso e hipócrita e ofende a matriz da nossa natureza e dignidade. Também me chocou a morte de Fehér, devido ao contexto que a rodeou. Partilhei a dor que ela gerou. Mas rejeito o seu uso demagógico e mediático, comandado pelos mais escuros fins. Que os adeptos do futebol se excedam na expressão da dor é inimputável; mas é inaceitável que entidades responsáveis não saibam separar a sanidade e a demência. É miserável o comportamento das televisões (honra à Sport TV!). É incrível que o PR alinhe no histerismo das carpideiras com uma mensagem de consternação, que a AR faça um minuto de silêncio e que o líder da bancada do PSD vá ao velório assinar o livro de condolências. Enfim, o País está vazio de causas e problemas sérios e empolgantes. Há outras coisas que a consciência cívica, moral e social não pode deixar de levantar. Imaginemos que vem a público que a saída do atleta do Benfica estava já equacionada e que, só por razões de última hora, é que ainda não estava consumada. Como rotular a invocação patética que fez da tragédia a nação benfiquista? Imaginemos que são divulgados os números do seguro e quanto toca ao empresário, ao Benfica e à família do jogador. Sobrará alguma comoção? Imaginemos ainda que a autópsia vai até às últimas consequências — o que eu não acredito — e revela causas da morte no mínimo inquietantes. Com que cara ficarão o PR, a AR e as outras entidades que alinharam com o populismo? Continuemos. A actuação do árbitro, no jogo que opôs o FCP a uma liga de adversários em Alvalade, mereceu de muitos comentadores e jornalistas a nota máxima. Pudera! Para a corte do centralismo o FCP é um inimigo que urge abater por todos os meios. Por isso há que reunir forças em todos os quadrantes para que o ceptro retorne à capital. Há que reeditar o tempo velho do controlo absoluto de tudo e todos a partir de Lisboa. Osr. Lucílio mostrou mais uma vez que não tem categoria para o Euro-2004, nem para o Campeonato português. Por não saber apitar? Nada disso! Apita conforme as circunstâncias, de resto na linha de árbitros famosos da associação a que pertence. Tal como os seus mestres chegou à cena internacional levado pelo poder setubalense na FPF. Não há outra explicação plausível, mas há quem nos tome por cegos que nem o óbvio conseguem ver. Afinal o crime compensa. Também Liedson foi classificado como o melhor em campo. Conheço o futebolista há muito, das minhas idas ao Brasil. Desde logo reconheci a valia que tem exibido em Portugal. Pelo que a sua conduta vergonhosa no jogo frente ao FCP me surpreendeu inteiramente. Não creio que ela fosse obra apenas sua; tem certamente co-autores. A escola de Alvalade, dentro e fora do campo, está a ganhar fama no mundo do circo. Tem mestres insignes na arte de fazer o mal e a caramunha. Mas o branqueamento não garante a Liedson um futuro radioso. Bem pode ter iniciado a queda no abismo. A ver vamos. Sim, o lance que levou à segunda penalidade dada ao Sporting é um atropelo grosseiro do fair play. Os jogadores do Porto, como lhes competia, estavam junto do adversário lesionado. Ao mandar iniciar o jogo o árbitro devia esperar que eles voltassem ao lugar; não o fez, o que só espanta os ingénuos e incautos. Tal como não o fez o atleta leonino, o que revela a esperteza saloia e a moral desportiva que reinam em Alvalade. Enfim, Lucílio esteve no máximo esplendor, a confirmar que Baptista é nome de percursor que abre e prepara caminhos. Só falta vir o Messias cheio de luz. Sou, pois, solidário com os que rejeitam esta maneira bastarda de ser e estar em Portugal e no futebol. Ser português e Portugal são para mim uma utopia de autenticidade, frontalidade e integridade que é cada vez mais negada pela realidade. O pudor e a vergonha são clandestinos; a luz do dia vai para actores e palhaços medíocres, desonestos e sem carácter. Muito mau para o meu gosto ético."
Assino por baixo,
O Dragão
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Este blog do Dragão atingiu o número mágico de 15.000 visitas no espaço de cinco meses e meio.
Continuamos determinados na defesa do nosso Mágico Porto e não nos calaremos contra os ataques injustos feitos ao nosso clube.
Contamos consigo, caro leitor, para sermos ainda maiores.
Obrigado a todos,
O Dragão
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O Dragão
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004
TENHO TANTO MEDO...
Hoje não vou dormir. Enquanto estávamos ocupados a despachar o Rio Ave, a melhor equipa nacional, que hoje estava de folga, tinha que se entreter com alguma coisa para chamar a atenção. Então, fez-se-lhes luz. Sim, luz, porque eles agora são muito amiguinhos dos compinchas da 2ªa circular. Tão amiguinhos que não têm sequer um pingo de vergonha em desejar a vitória deles no próximo fim de semana... Bom, não é proibido sonhar neste país. Mas dizia eu, fez-se-lhes luz. Onze dias depois do jogo, bastante tempo depois de saberem que vão sentar o traseiro no mocho, resolveram ter uma ideia genial. Vão processar o nosso presidente e o nosso treinador. AHAHAHAHAHAH! Mas as provas, que é bom, nada. Sim, porque eles respeitam o segredo de justiça de processos que ainda não existem. Só isso é que os faz não mostrar o vídeo, que seguramente vai revelar o quão facínoras são os nossos líderes. É por isso que eu hoje nem vou dormir, de preocupação... AHAHAHAH!
PS - palpita-me que depois desse processo, vão comer com outro por denúncia caluniosa. Mas eles não aprendem, que se há de fazer?
PS - palpita-me que depois desse processo, vão comer com outro por denúncia caluniosa. Mas eles não aprendem, que se há de fazer?
DA-SE... MST
"Factos, apenas factos
1. José Mourinho foi o bombo da festa de toda a imprensa lisboeta, sem excepções, durante a semana que passou. Até o director do «Público» achou que se justificava um editorial, atacando-o. Todos o crucificaram «pelo que disse e pelo que fez». O que disse e o que fez José Mourinho que tenhamos como seguro? Disse que se queria ir embora do futebol português, subentendendo que este não prestava devido aos jogos de bastidores. E, então, não dizem todos os articulistas da imprensa desportiva e da outra a mesma coisa, todos os dias?
2. Disse também José Mourinho que a célebre reposição da bola em jogo pelo Rui Jorge tinha sido uma jogada profundamente antidesportiva. E, então, é verdade ou não que ele não esperou que os adversários que tinham ido assistir o seu colega de equipa se recolocassem no jogo para lançar a bola e, pelo contrário, explorou essa ausência posicional para lançar a jogada que valeu o empate ao Sporting? Porque se indignaram tanto com a acusação de Mourinho e ninguém se indignou com a jogada do Rui Jorge e do árbitro? Se o F.C.Porto tem ganho o jogo com jogada semelhante (completada com um penalty de anedota) que sucederia nas bancadas de Alvalade e nos editoriais da imprensa? Dizem que Mourinho não tinha legitimidade para se indignar porque, no ano passado, durante o Lazio-Porto, ele impediu um jogador italiano de fazer um lançamento lateral. Pois impediu, mas como aqui explicou Cruz dos Santos, fê-lo deliberadamente e para impedir que a equipa italiana lançasse um ataque quando havia um defesa do Porto magoado no relvado. Em ambos os casos, o critério foi o mesmo: o jogo antidesportivo não devia valer.
3. Que mais disse ou fez José Mourinho? Segundo José Eduardo Bettencourt, terá desejado a morte em campo de Rui Jorge. Disse-o Bettencourt por ouvir dizer e acredite quem quiser. Provas não há; testemunhos, a haver, serão todos por dever de ofício e fidelidade à entidade patronal. O mesmo em relação ao tão falado episódio da camisola rasgada, que Mourinho igualmente desmente como «absurdo».O único testemunho que temos é o de Bettencourt e, por ouvir dizer, até agora, não apareceu ninguém a dizer que tinha assistido ao acto. Os dois delegados ao jogo presentes começaram por nada ver e nada relatar. Depois houve um que acrescentou uma adenda a subentender que tinha visto, mas, logo no dia seguinte e antes ainda de Mourinho lhe ter chamado mentiroso, veio dizer que afinal não tinha visto, tinha apenas tomado conhecimento da ocorrência via José Eduardo Bettencourt.
4. O Sporting diz que tem um vídeo mas, estranhamente, não o mostra. Temos assim apenas um testemunho indirecto e outro, directo, que o contradiz. E nenhum testemunho independente ou qualquer outra prova. O que poderia fazer, se entendesse fazer alguma coisa, um órgão de disciplina que, ao contrário do CD da Liga, fosse um órgão isento e com pudor? Abrir um processo de averiguações para tentar saber se Mourinho tinha de facto rasgado a camisola e desejado a morte de Rui Jorge publicamente, ou se se tratava apenas de uma grave difamação de um alto responsável do Sporting, para mais susceptível de desencadear a ira dos adeptos sportinguistas sobre os 1200 portistas que ainda se mantinham dentro do estádio. O que fez o CD da Liga? Partiu do princípio de que Bettencourt dizia a verdade e Mourinho mentia e abriu um inquérito apenas contra este. Revelador.
5. A propósito, desafio os leitores a fazerem o mesmo exercício que eu tentei em vão: vejam se conseguem rasgar com as mãos uma camisola daquelas. E vejam ainda se conseguem que ela fique, não rasgada de lado ou pela gola, mas com um rasgão a meio, como se tivesse sido esfaqueada. Terá Mourinho sacado de uma faca? Sabem como é que se consegue rasgar uma camisola daquelas? Com um a puxar para um lado e outro a puxar ao contrário. Nesse caso, Mourinho terá puxado de um lado, e quem terá puxado do outro? E qual deles a rasgou? Estou ansioso por ver o vídeo do Sporting...
6. Que eu saiba, no mundo inteiro, os jogadores trocam de camisola dentro do campo, ou, pelo menos, antes de irem para os respectivos balneários. No Sporting parece que não: manda-se o roupeiro levar a camisola ao balneário do adversário. Curioso.
7. No Mundo inteiro, também, a camisola que se troca é aquela com que se jogou. Mas Rui Jorge jogou com uma de mangas compridas e a que apareceu rasgada tinha as mangas curtas. Explicação: no Sporting, os jogadores guardam uma camisola extra dentro dos cacifos exclusivamente para as trocarem depois dos jogos e via roupeiro. Adensam-se os indícios contra José Mourinho.
8. Se Mourinho não escapou à sanha justiçeira do CD da Liga, outros, para além de Bettencourt, escaparam. Liedson, por exemplo, que passou o jogo a fazer teatro, com uma encenação que passou despercebida a Lucílio Baptista, mas que num jogo internacional não lhe passaria, sob pena de não voltar a arbitrar sob a égide da UEFA. A Direcção do Sporting, que deliberada e abertamente violou a lei na repartição dos bilhetes para o público. O presidente da SAD do Sporting, acirrando convenientemente os ânimos, quatro dias antes do jogo, falando dos chaimites para receber «os novos vândalos», da instigação ao crime e outras atoardas que tais. Um gentleman.
9. O gentleman continuou a espalhar a sua visão moralista do futebol, mal desembarcou de uma semana ausente. Anote-se: os outros é que «perderam a cabeça, deram um festival de loucura». Provas? As provas «foram dadas publicamente» (seria a camisola exibida por Bettencourt?). E o videozinho, pergunta-se. «Não perguntem se temos provas. Temos as nossas provas mas vamos guardá-las» (para o museu, para recordação?) Mas o senhor continua muito zangado — agora contra a comunicação social. E porquê? Porque, apesar de ter estado ausente, ele acha, vejam lá, que a comunicação social «deu o mesmo tratamento ao Sporting que deu à posição do FC Porto, prestando um péssimo serviço ao País.» Se ele mandasse, está bom de se ver, no mínimo, o FC Porto, ou até a própria cidade, desapareciam do mapa, quanto mais das notícias.Saudades do antigamente, desse país do antigamente, em que um gentleman como ele não podia ter a mesma cobertura mediática que um vândalo como Pinto da Costa.
10. E Pinto da Costa? Em vão os jornalistas passaram uma semana inteira, antes e depois do jogo, a estender-lhe o microfone para ver se o incitavam a alguma declaração bombástica que depois pudesse ser pretexto para piedosos editoriais sobre o destempero verbal dos dirigentes. Mas o homem só abriu a boca para anunciar que o seu clube deixava de ter relações com os cavalheiros do Sporting. Li algures o texto de um indignado editorialista que perguntava como é que Pinto da Costa podia «continuar calado face a tais acontecimentos?» Fartei-me de rir.
11. Faço, de boa-fé e boa vontade, uma correcção de pormenor ao que aqui escrevi na semana passada. Eu escrevi que, quando o Rui Jorge relança a bola em jogo, na jogada crucial do encontro, o Jorge Costa ainda está fora de campo, a pedir ao árbitro autorização para entrar, e é exactamente pelo buraco que ele deixou desocupado que o Liedson se infiltra na área do Porto, para depois sacar o penalty que evitou que o Sporting esteja hoje a dez pontos do FC Porto e o campeonato talvez decidido (há que contar agora com o novo factor extra de dificuldade para os portistas que resultado estado inqualificável da relva do Dragão). Ora, quando escrevi, segunda-feira de manhã, eu tinha visto apenas duas repetições da jogada e só uma em câmara lenta. Depois, tive ocasião de ver várias outras e constatei que, de facto, o Jorge Costa já está para cá da lateral quando o Rui Jorge lança a bola, e que talvez o gesto dele não seja a pedir ao árbitro autorização para entrar, mas sim que retarde o lançamento até ele e Maniche se recolocarem em jogo. Isso, porém, só reforça o que eu escrevi: que o Jorge Costa teve consciência de que relançar o jogo assim era tirar partido da sua ausência. Enganei-me, pois, numa leitura visual que implicou, talvez, um segundo de diferença. Mas também me enganei noutra conclusão que tinha tirado e que as repetições depois vistas me levaram a alterar. Eu escrevi que a responsabilidade tinha sido do árbitro, que tinha mandado o Rui Jorge lançar a bola, e não deste, como acusou Mourinho. Ora, de facto, talvez (não se vê) o árbitro tenha dado a ordem. Mas o Rui Jorge foi lesto a cumpri-la e fê-lo exactamente para o local onde sabia que faltava o Jorge Costa e deliberadamente para tentar, como conseguiu, tirar vantagem desse facto. Foi um gesto de profundo antidesportivismo que só o calor do jogo pode justificar.
12. O sr. Daniel Reis, que aqui escreve como sportinguista, aproveitou o meu engano para me chamar mentiroso, aldrabão e manipulador e, para ensaiar, dar-me lições de ética jornalística. Obviamente, não ofende quem quer, mas quem pode, e o sr. Daniel Reis não é ninguém no jornalismo português para me conseguir ofender. Quanto à deontologia, o problema dele comigo foi eu aqui ter escrito que não entendia como é que alguém pode ser num jornal cronista com cor clubista assumida e noutro fingir-se de jornalista isento, assinando textos pseudofactuais onde repete a propaganda das razões do seu clube, induzindo os leitores em erro, ao confundir opinião com notícia. Por isso é que ele se mostra tão indignado por eu habitar também as páginas de A BOLA — onde sempre estive com expressa declaração de princípios de que aqui não faço jornalismo mas apenas opinião. É outro com saudades do antigamente. Saudades do tempo em que eles viviam a dois, no paraíso reservado da Segunda Circular, e todas as vozes incómodas estavam silenciadas."
1. José Mourinho foi o bombo da festa de toda a imprensa lisboeta, sem excepções, durante a semana que passou. Até o director do «Público» achou que se justificava um editorial, atacando-o. Todos o crucificaram «pelo que disse e pelo que fez». O que disse e o que fez José Mourinho que tenhamos como seguro? Disse que se queria ir embora do futebol português, subentendendo que este não prestava devido aos jogos de bastidores. E, então, não dizem todos os articulistas da imprensa desportiva e da outra a mesma coisa, todos os dias?
2. Disse também José Mourinho que a célebre reposição da bola em jogo pelo Rui Jorge tinha sido uma jogada profundamente antidesportiva. E, então, é verdade ou não que ele não esperou que os adversários que tinham ido assistir o seu colega de equipa se recolocassem no jogo para lançar a bola e, pelo contrário, explorou essa ausência posicional para lançar a jogada que valeu o empate ao Sporting? Porque se indignaram tanto com a acusação de Mourinho e ninguém se indignou com a jogada do Rui Jorge e do árbitro? Se o F.C.Porto tem ganho o jogo com jogada semelhante (completada com um penalty de anedota) que sucederia nas bancadas de Alvalade e nos editoriais da imprensa? Dizem que Mourinho não tinha legitimidade para se indignar porque, no ano passado, durante o Lazio-Porto, ele impediu um jogador italiano de fazer um lançamento lateral. Pois impediu, mas como aqui explicou Cruz dos Santos, fê-lo deliberadamente e para impedir que a equipa italiana lançasse um ataque quando havia um defesa do Porto magoado no relvado. Em ambos os casos, o critério foi o mesmo: o jogo antidesportivo não devia valer.
3. Que mais disse ou fez José Mourinho? Segundo José Eduardo Bettencourt, terá desejado a morte em campo de Rui Jorge. Disse-o Bettencourt por ouvir dizer e acredite quem quiser. Provas não há; testemunhos, a haver, serão todos por dever de ofício e fidelidade à entidade patronal. O mesmo em relação ao tão falado episódio da camisola rasgada, que Mourinho igualmente desmente como «absurdo».O único testemunho que temos é o de Bettencourt e, por ouvir dizer, até agora, não apareceu ninguém a dizer que tinha assistido ao acto. Os dois delegados ao jogo presentes começaram por nada ver e nada relatar. Depois houve um que acrescentou uma adenda a subentender que tinha visto, mas, logo no dia seguinte e antes ainda de Mourinho lhe ter chamado mentiroso, veio dizer que afinal não tinha visto, tinha apenas tomado conhecimento da ocorrência via José Eduardo Bettencourt.
4. O Sporting diz que tem um vídeo mas, estranhamente, não o mostra. Temos assim apenas um testemunho indirecto e outro, directo, que o contradiz. E nenhum testemunho independente ou qualquer outra prova. O que poderia fazer, se entendesse fazer alguma coisa, um órgão de disciplina que, ao contrário do CD da Liga, fosse um órgão isento e com pudor? Abrir um processo de averiguações para tentar saber se Mourinho tinha de facto rasgado a camisola e desejado a morte de Rui Jorge publicamente, ou se se tratava apenas de uma grave difamação de um alto responsável do Sporting, para mais susceptível de desencadear a ira dos adeptos sportinguistas sobre os 1200 portistas que ainda se mantinham dentro do estádio. O que fez o CD da Liga? Partiu do princípio de que Bettencourt dizia a verdade e Mourinho mentia e abriu um inquérito apenas contra este. Revelador.
5. A propósito, desafio os leitores a fazerem o mesmo exercício que eu tentei em vão: vejam se conseguem rasgar com as mãos uma camisola daquelas. E vejam ainda se conseguem que ela fique, não rasgada de lado ou pela gola, mas com um rasgão a meio, como se tivesse sido esfaqueada. Terá Mourinho sacado de uma faca? Sabem como é que se consegue rasgar uma camisola daquelas? Com um a puxar para um lado e outro a puxar ao contrário. Nesse caso, Mourinho terá puxado de um lado, e quem terá puxado do outro? E qual deles a rasgou? Estou ansioso por ver o vídeo do Sporting...
6. Que eu saiba, no mundo inteiro, os jogadores trocam de camisola dentro do campo, ou, pelo menos, antes de irem para os respectivos balneários. No Sporting parece que não: manda-se o roupeiro levar a camisola ao balneário do adversário. Curioso.
7. No Mundo inteiro, também, a camisola que se troca é aquela com que se jogou. Mas Rui Jorge jogou com uma de mangas compridas e a que apareceu rasgada tinha as mangas curtas. Explicação: no Sporting, os jogadores guardam uma camisola extra dentro dos cacifos exclusivamente para as trocarem depois dos jogos e via roupeiro. Adensam-se os indícios contra José Mourinho.
8. Se Mourinho não escapou à sanha justiçeira do CD da Liga, outros, para além de Bettencourt, escaparam. Liedson, por exemplo, que passou o jogo a fazer teatro, com uma encenação que passou despercebida a Lucílio Baptista, mas que num jogo internacional não lhe passaria, sob pena de não voltar a arbitrar sob a égide da UEFA. A Direcção do Sporting, que deliberada e abertamente violou a lei na repartição dos bilhetes para o público. O presidente da SAD do Sporting, acirrando convenientemente os ânimos, quatro dias antes do jogo, falando dos chaimites para receber «os novos vândalos», da instigação ao crime e outras atoardas que tais. Um gentleman.
9. O gentleman continuou a espalhar a sua visão moralista do futebol, mal desembarcou de uma semana ausente. Anote-se: os outros é que «perderam a cabeça, deram um festival de loucura». Provas? As provas «foram dadas publicamente» (seria a camisola exibida por Bettencourt?). E o videozinho, pergunta-se. «Não perguntem se temos provas. Temos as nossas provas mas vamos guardá-las» (para o museu, para recordação?) Mas o senhor continua muito zangado — agora contra a comunicação social. E porquê? Porque, apesar de ter estado ausente, ele acha, vejam lá, que a comunicação social «deu o mesmo tratamento ao Sporting que deu à posição do FC Porto, prestando um péssimo serviço ao País.» Se ele mandasse, está bom de se ver, no mínimo, o FC Porto, ou até a própria cidade, desapareciam do mapa, quanto mais das notícias.Saudades do antigamente, desse país do antigamente, em que um gentleman como ele não podia ter a mesma cobertura mediática que um vândalo como Pinto da Costa.
10. E Pinto da Costa? Em vão os jornalistas passaram uma semana inteira, antes e depois do jogo, a estender-lhe o microfone para ver se o incitavam a alguma declaração bombástica que depois pudesse ser pretexto para piedosos editoriais sobre o destempero verbal dos dirigentes. Mas o homem só abriu a boca para anunciar que o seu clube deixava de ter relações com os cavalheiros do Sporting. Li algures o texto de um indignado editorialista que perguntava como é que Pinto da Costa podia «continuar calado face a tais acontecimentos?» Fartei-me de rir.
11. Faço, de boa-fé e boa vontade, uma correcção de pormenor ao que aqui escrevi na semana passada. Eu escrevi que, quando o Rui Jorge relança a bola em jogo, na jogada crucial do encontro, o Jorge Costa ainda está fora de campo, a pedir ao árbitro autorização para entrar, e é exactamente pelo buraco que ele deixou desocupado que o Liedson se infiltra na área do Porto, para depois sacar o penalty que evitou que o Sporting esteja hoje a dez pontos do FC Porto e o campeonato talvez decidido (há que contar agora com o novo factor extra de dificuldade para os portistas que resultado estado inqualificável da relva do Dragão). Ora, quando escrevi, segunda-feira de manhã, eu tinha visto apenas duas repetições da jogada e só uma em câmara lenta. Depois, tive ocasião de ver várias outras e constatei que, de facto, o Jorge Costa já está para cá da lateral quando o Rui Jorge lança a bola, e que talvez o gesto dele não seja a pedir ao árbitro autorização para entrar, mas sim que retarde o lançamento até ele e Maniche se recolocarem em jogo. Isso, porém, só reforça o que eu escrevi: que o Jorge Costa teve consciência de que relançar o jogo assim era tirar partido da sua ausência. Enganei-me, pois, numa leitura visual que implicou, talvez, um segundo de diferença. Mas também me enganei noutra conclusão que tinha tirado e que as repetições depois vistas me levaram a alterar. Eu escrevi que a responsabilidade tinha sido do árbitro, que tinha mandado o Rui Jorge lançar a bola, e não deste, como acusou Mourinho. Ora, de facto, talvez (não se vê) o árbitro tenha dado a ordem. Mas o Rui Jorge foi lesto a cumpri-la e fê-lo exactamente para o local onde sabia que faltava o Jorge Costa e deliberadamente para tentar, como conseguiu, tirar vantagem desse facto. Foi um gesto de profundo antidesportivismo que só o calor do jogo pode justificar.
12. O sr. Daniel Reis, que aqui escreve como sportinguista, aproveitou o meu engano para me chamar mentiroso, aldrabão e manipulador e, para ensaiar, dar-me lições de ética jornalística. Obviamente, não ofende quem quer, mas quem pode, e o sr. Daniel Reis não é ninguém no jornalismo português para me conseguir ofender. Quanto à deontologia, o problema dele comigo foi eu aqui ter escrito que não entendia como é que alguém pode ser num jornal cronista com cor clubista assumida e noutro fingir-se de jornalista isento, assinando textos pseudofactuais onde repete a propaganda das razões do seu clube, induzindo os leitores em erro, ao confundir opinião com notícia. Por isso é que ele se mostra tão indignado por eu habitar também as páginas de A BOLA — onde sempre estive com expressa declaração de princípios de que aqui não faço jornalismo mas apenas opinião. É outro com saudades do antigamente. Saudades do tempo em que eles viviam a dois, no paraíso reservado da Segunda Circular, e todas as vozes incómodas estavam silenciadas."
terça-feira, 10 de fevereiro de 2004
PORQUE SERÁ QUE...
... a "melhor equipa do campeonato", sem penalties inventados, piscinadas e expulsões de adversários não ganhou o jogo?
... tendo o Nacional estado à frente do marcador, apesar de falhar um penalty, os Avantes dizem que os lagartos, displicentemente deixaram fugir dois pontos?
... os Avantes elogiaram a marcação do penalty contra o Porto e nada disseram sobre a não marcação do penalty sobre o Maciel?
... os Avantes clamaram pela expulsão do Baía, P. Ferreira e Deco e não o fizeram em relação ao Quiroga contra o Nacional?
... segundo os Avantes, os lampiões voltam a sonhar com o título?
... tendo o Nacional estado à frente do marcador, apesar de falhar um penalty, os Avantes dizem que os lagartos, displicentemente deixaram fugir dois pontos?
... os Avantes elogiaram a marcação do penalty contra o Porto e nada disseram sobre a não marcação do penalty sobre o Maciel?
... os Avantes clamaram pela expulsão do Baía, P. Ferreira e Deco e não o fizeram em relação ao Quiroga contra o Nacional?
... segundo os Avantes, os lampiões voltam a sonhar com o título?
Ó Jorge Maia, também me parece justo!!!
JORGE MAIA in "O JOGO"
"O preço justo
O sucesso tem um preço e normalmente a conta é paga em suor. Pode parecer injusto ou até cruel, mas é mesmo assim. Quantos de nós não podemos apontar dois ou três colegas de trabalho cuja incompetência é frequentemente premiada com uma agenda de trabalho aligeirada? De facto, um dos primeiros mandamentos da gestão é precisamente tentar manter os incompetentes o mais longe possível do processo produtivo. Ora, como o trabalho tem que ser feito por alguém, são normalmente os melhores que trabalham mais. É triste, não é? Para piorar, num mundo perfeito esses seriam também os mais recompensados mas, quem foi à cataquese sabe muito bem que o mundo perfeito foi hipotecado por uma dentada numa maçã. Uma maçã, valha-nos Deus!
Os jogadores do FC Porto trabalham mais do que os outros. Calma, calma, não é uma crítica ao profissionalismo de ninguém, apenas a constatação de um facto. Mesmo admitindo que todos os jogadores treinam da mesma maneira - e não treinam - há outras diferenças incontornáveis. Para além da SuperLiga, os portistas discutem a Liga dos Campeões e a Taça de Portugal. Entretanto, o Sporting já foi eliminado das taças, enquanto o Benfica, embora envolvido em três frentes, tem uma agenda aligeirada pelo facto de discutir a Taça UEFA, que envolve a realização de menos jogos do que a Liga dos Campeões.
Mais jogos significam mais cansaço, menos tempo para repousar, mais noites passadas em quartos de hotel e menos tempo junto da família. Mas também significam a hipótese de ganhar mais, e não me estou apenas a referir aos rios de dinheiro que os jogadores de futebol vencem todos os meses. A verdade é que, apesar de tudo, no futebol há alguma justiça: quem trabalha mais, os mais competentes ou, se preferirem, os melhores podem mesmo ganhar mais. Tal como disse Baltemar Brito, na conferência de imprensa de ontem, o FC Porto faz mais jogos que o Sporting e tem que se dispersar por mais competições do que os rivais de Alvalade. Mas, quantos jogadores do Sporting não trocariam uma folga a meio da semana pela possibilidade de ainda poderem discutir a Taça de Portugal ou a Taça UEFA? E quantos jogadores do FC Porto trocariam a noite de Sevilha, para citar um exemplo que todos compreendemos, por mais uns dias de descanso? O sucesso tem um preço e a conta paga-se em suor? Parece-me um preço justo."
"O preço justo
O sucesso tem um preço e normalmente a conta é paga em suor. Pode parecer injusto ou até cruel, mas é mesmo assim. Quantos de nós não podemos apontar dois ou três colegas de trabalho cuja incompetência é frequentemente premiada com uma agenda de trabalho aligeirada? De facto, um dos primeiros mandamentos da gestão é precisamente tentar manter os incompetentes o mais longe possível do processo produtivo. Ora, como o trabalho tem que ser feito por alguém, são normalmente os melhores que trabalham mais. É triste, não é? Para piorar, num mundo perfeito esses seriam também os mais recompensados mas, quem foi à cataquese sabe muito bem que o mundo perfeito foi hipotecado por uma dentada numa maçã. Uma maçã, valha-nos Deus!
Os jogadores do FC Porto trabalham mais do que os outros. Calma, calma, não é uma crítica ao profissionalismo de ninguém, apenas a constatação de um facto. Mesmo admitindo que todos os jogadores treinam da mesma maneira - e não treinam - há outras diferenças incontornáveis. Para além da SuperLiga, os portistas discutem a Liga dos Campeões e a Taça de Portugal. Entretanto, o Sporting já foi eliminado das taças, enquanto o Benfica, embora envolvido em três frentes, tem uma agenda aligeirada pelo facto de discutir a Taça UEFA, que envolve a realização de menos jogos do que a Liga dos Campeões.
Mais jogos significam mais cansaço, menos tempo para repousar, mais noites passadas em quartos de hotel e menos tempo junto da família. Mas também significam a hipótese de ganhar mais, e não me estou apenas a referir aos rios de dinheiro que os jogadores de futebol vencem todos os meses. A verdade é que, apesar de tudo, no futebol há alguma justiça: quem trabalha mais, os mais competentes ou, se preferirem, os melhores podem mesmo ganhar mais. Tal como disse Baltemar Brito, na conferência de imprensa de ontem, o FC Porto faz mais jogos que o Sporting e tem que se dispersar por mais competições do que os rivais de Alvalade. Mas, quantos jogadores do Sporting não trocariam uma folga a meio da semana pela possibilidade de ainda poderem discutir a Taça de Portugal ou a Taça UEFA? E quantos jogadores do FC Porto trocariam a noite de Sevilha, para citar um exemplo que todos compreendemos, por mais uns dias de descanso? O sucesso tem um preço e a conta paga-se em suor? Parece-me um preço justo."
E O PRESIDENTE VOLTA À CARGA...
E eis que o nosso estimado Presidente Jorne Nuno de Lima Pinto da Costa volta a mandar-lhes das boas...
"O FC Porto é um sinal vivo de Portugal, muito mais que uma equipa de futebol. Se há quem esteja feliz por, depois de ter sido afastado da Taça de Portugal e da taça UEFA, por ver o FC Porto ao longe, como é que nós devemos estar?",
Classificou a união entre Benfica e Sporting como "a vitória que faltava depois de um ano em que conquistámos muitas outras". "Já perceberam que cada um por si não chegam para nós mas, se calhar, ainda vão ter de pedir ajuda ao Alverca ou ao Lourinhanense"
"Fundam-se depressa mas consigam mais apoios porque não chegam para nós. Já agora, uma vez que estão unidos, talvez as nossas vitórias devessem valer seis pontos"
"No domingo vamos demonstrar que o que importa é ter bons jogadores, jogadores com carácter e não lugares na Liga. Os campeões não estão na Capital mas vão à Capital".
À Grande Presidente... Não lhes dê tréguas. Esses infiéis têm de ser metidos no sítio...
"O FC Porto é um sinal vivo de Portugal, muito mais que uma equipa de futebol. Se há quem esteja feliz por, depois de ter sido afastado da Taça de Portugal e da taça UEFA, por ver o FC Porto ao longe, como é que nós devemos estar?",
Classificou a união entre Benfica e Sporting como "a vitória que faltava depois de um ano em que conquistámos muitas outras". "Já perceberam que cada um por si não chegam para nós mas, se calhar, ainda vão ter de pedir ajuda ao Alverca ou ao Lourinhanense"
"Fundam-se depressa mas consigam mais apoios porque não chegam para nós. Já agora, uma vez que estão unidos, talvez as nossas vitórias devessem valer seis pontos"
"No domingo vamos demonstrar que o que importa é ter bons jogadores, jogadores com carácter e não lugares na Liga. Os campeões não estão na Capital mas vão à Capital".
À Grande Presidente... Não lhes dê tréguas. Esses infiéis têm de ser metidos no sítio...
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2004
SESSÃO DE ESCLARECIMENTO
MACIEL:
"Só quero deixar uma coisa bem clara: a equipa mais forte não é a que empata mas a que vence. Como tal, e sem querer menosprezar ninguém, a equipa mais forte é o FC Porto"
"Não trocava o FC Porto por nada deste mundo. Este clube proporcionou-se a hipótese de jogar as melhores provas, com excelentes condições. Como disse atrás só se for o clube a querer que eu vá embora, porque eu quero ficar aqui até ao fim da minha carreira. "
Este homem chegou ao Mágico Porto quando? Há dois meses? Não me acredito... Este homem já vem das camadas jovens.
Eis a diferença que lampiões e lagartos não conseguem ver e alcançar. Isto só no nosso inigualável Mágico Porto!!!
"Só quero deixar uma coisa bem clara: a equipa mais forte não é a que empata mas a que vence. Como tal, e sem querer menosprezar ninguém, a equipa mais forte é o FC Porto"
"Não trocava o FC Porto por nada deste mundo. Este clube proporcionou-se a hipótese de jogar as melhores provas, com excelentes condições. Como disse atrás só se for o clube a querer que eu vá embora, porque eu quero ficar aqui até ao fim da minha carreira. "
Este homem chegou ao Mágico Porto quando? Há dois meses? Não me acredito... Este homem já vem das camadas jovens.
Eis a diferença que lampiões e lagartos não conseguem ver e alcançar. Isto só no nosso inigualável Mágico Porto!!!
domingo, 8 de fevereiro de 2004
AÍ VÃO 27...
... vitórias seguidas em casa para o campeonato, o que constitui mais um recorde batido por aquele que querem empurrar para fora daqui. Não sei quanto tempo tinha este recorde, nem de quem era, mas o que é certo é que é mais um que se acrescenta ao impressionante currículo de Mourinho. E, ao contrário de outros, abrimos o Dragão com uma vitória, de muitas que certamente virão depois desta. Só é pena o relvado estar no estado miserável em que está. Mas o que importa é continuar a ganhar. É que sete pontos de avanço para a melhor equipa de Portugal não nos podem deixar descansados.
Os lagartos andam a gerir esforços...
Afinal, depois do esforço de Lucílio Calabote em tentar aproximar os Lagartos do nosso Bi-Campeão Mágico Porto e de não ter conseguido, os Lagartos foram à Madeira jogar na Desportiva e vieram com um empate muito bom para as suas aspirações.
Isto porque geriram esforços que são bem necessários para o jogo que vão efectuar durante a semana para a Taça de Porugal contra o Dínamo dos Que Já Foram e ainda se mantêm em lugar que dá acesso à única vaga que o Mágico Porto deixa disponível para Liga dos Campeões.
Não esquecer que a Lagartos, SAD, jogará, ainda, daqui a 15 dias a eliminatória da Taça UEFA contra o Torpedo dos Eliminados por Equipas de 3.ª e é natural que o Engenheiro, esse mestre de futebol, comece a verificar que a aquipa está cansada e a necessitar de descanso.
Deve ser tão bom ainda estar a competir em todas as competições!!! Quem me dera!!! Mas como diz aquele presidente de barbas ( o tal que demora duas horas a dizer a frase "Eu estou calmo") os Lagartos são a melhor equipa da Superliga e nós sabemos que nem todos podemos ostentar este título e conseguir estar em todas as competições.
Mostrando que o Dragão não tem ressentimentos pelos acontecimentos da semana passada, desejo aos lagartos muita sorte para a Taça UEFA e também para a Taça de Portugal. Só não desejo para a Superliga, porque aí o meu Mágico Porto está em prova e segue num mísero primeiro lugar a sete pontos do 2.º e para o qual eu ainda acalento esperanças de conseguir o apuramento para a Taça UEFA. Vamos lá ver se conseguimos...
Isto porque geriram esforços que são bem necessários para o jogo que vão efectuar durante a semana para a Taça de Porugal contra o Dínamo dos Que Já Foram e ainda se mantêm em lugar que dá acesso à única vaga que o Mágico Porto deixa disponível para Liga dos Campeões.
Não esquecer que a Lagartos, SAD, jogará, ainda, daqui a 15 dias a eliminatória da Taça UEFA contra o Torpedo dos Eliminados por Equipas de 3.ª e é natural que o Engenheiro, esse mestre de futebol, comece a verificar que a aquipa está cansada e a necessitar de descanso.
Deve ser tão bom ainda estar a competir em todas as competições!!! Quem me dera!!! Mas como diz aquele presidente de barbas ( o tal que demora duas horas a dizer a frase "Eu estou calmo") os Lagartos são a melhor equipa da Superliga e nós sabemos que nem todos podemos ostentar este título e conseguir estar em todas as competições.
Mostrando que o Dragão não tem ressentimentos pelos acontecimentos da semana passada, desejo aos lagartos muita sorte para a Taça UEFA e também para a Taça de Portugal. Só não desejo para a Superliga, porque aí o meu Mágico Porto está em prova e segue num mísero primeiro lugar a sete pontos do 2.º e para o qual eu ainda acalento esperanças de conseguir o apuramento para a Taça UEFA. Vamos lá ver se conseguimos...
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2004
Afinal o delegado não viu...
Afinal o delegado ao jogo não viu nada. Foi com nova adenda, para explicar que não viu nada.
Embora possa parecer um daqueles tolinhos com mania persecutória, não ficaria bem comigo mesmo se não vos transmitisse aquilo que me parece que aconteceu.
O que o delegado escreveu foi o seguinte na tal adenda da confusão:
"O técnico José Mourinho, que já na flash interview se mostrava bastante nervoso, cerca de cinco minutos depois deste, quando o roupeiro do Sporting, Paulinho, se dirigiu aos balneários do Porto com a camisola nº 23 do Sporting para a trocar com um jogador do Porto, que depois vim a saber ser Vítor Baía, foi interceptado no hall de acesso aos balneários pelo dito técnico, tirando-lhe a camisola e rasgando-a. Esta atitude de Mourinho deveu-se, segundo ele, à falta de fair play do jogador do Sporting Rui Jorge, aquando da lesão de João Pinto.
Após esta situação, foi-nos comunicado pelo administrador do Sporting, Dr. José Eduardo Bettencourt, que José Mourinho teria proferido as seguintes palavras: "Rui Jorge devia morrer em campo", porém esta frase não foi ouvida por mim" .
Ora, como penso que sei interpretar bem as coisas, a maneira como escreve quer mesmo dar a entender que viu tudo aquilo, até porque no caso de não querer dar a entender tal coisa, nunca poria aquilo que pôs na parte final do referido ponto 4, ou seja, "porém esta frase não foi ouvida por mim".
O que ele significa com esta frase é que viu tudo o que havia relatado antes, confirmado pelo facto de ter começado a frase com "após esta situação, foi-me comunicado...".
E não será sonho meu pensar que este senhor queria efectivamente prejudicar o Mágico Porto e o seu treinador, escrevendo o que escreveu a ver se passava e para ver se davam uma suspensão preventiva ao nosso Mister. Mas como reparou que afinal haveria de passar por um processo disciplinar que demoraria algum tempo com esclarecimento cabal das situações e que iria ser ameaçado de forma inequívoca com um processo crime, logo se apressou a desmentir que tinha visto e que afinal aquilo não passou do diz que disse.
É que, meus caros leitores, a tarnscrição que faço do tal ponto 4, parece-me perfeitamente clara e que não deixa qualquer tipo de dúvidas.
Mas se, pelo contrário, estiver errado, então a Liga não pode manter um jumento destes que nem escrever sabe, a descrever factos que podem dar origem a sanções. Que eles lá são metidos por compadrios, já isso nós desconfiavamos, agora que eram metidos compadres sem qualquer tipo de qualificação para escrever uma linha, lá isso não.
Mas é o que temos... e não fosse a coragem dos nossos em demonstrar a verdade e agora teriamos todo o mundo a denegrir a nossa imagem.
E hoje não vi comentários de certas pessoas em relação Mourinho e a dizerem "vamos ver quem é o mentiroso, afinal foi apanhado a rasgar a camisola" e pedindo "no mínimo 60 dias de suspensão."
Mas, nós Dragões, podemos dizer "VAMOS VER QUEM SENTA O CÚ NO MOUCHO NA BARRA DO TRIBUNAL" e ver quem afinal mente.
Um bom fim-de-semana a todos os Dragões e divirtam-se no mais belo Estádio do Mundo, o NOSSO Estádio do Dragão. Eu lá estarei na Bancada PT Comunicações A, entrada pela porta 3, na fila 17. Eu, o Azulão e o Grande Portista nesta fila, acompanhados por mais 49.997 grandes Dragões em todo o Estádio.
Até amanhã...
Embora possa parecer um daqueles tolinhos com mania persecutória, não ficaria bem comigo mesmo se não vos transmitisse aquilo que me parece que aconteceu.
O que o delegado escreveu foi o seguinte na tal adenda da confusão:
"O técnico José Mourinho, que já na flash interview se mostrava bastante nervoso, cerca de cinco minutos depois deste, quando o roupeiro do Sporting, Paulinho, se dirigiu aos balneários do Porto com a camisola nº 23 do Sporting para a trocar com um jogador do Porto, que depois vim a saber ser Vítor Baía, foi interceptado no hall de acesso aos balneários pelo dito técnico, tirando-lhe a camisola e rasgando-a. Esta atitude de Mourinho deveu-se, segundo ele, à falta de fair play do jogador do Sporting Rui Jorge, aquando da lesão de João Pinto.
Após esta situação, foi-nos comunicado pelo administrador do Sporting, Dr. José Eduardo Bettencourt, que José Mourinho teria proferido as seguintes palavras: "Rui Jorge devia morrer em campo", porém esta frase não foi ouvida por mim" .
Ora, como penso que sei interpretar bem as coisas, a maneira como escreve quer mesmo dar a entender que viu tudo aquilo, até porque no caso de não querer dar a entender tal coisa, nunca poria aquilo que pôs na parte final do referido ponto 4, ou seja, "porém esta frase não foi ouvida por mim".
O que ele significa com esta frase é que viu tudo o que havia relatado antes, confirmado pelo facto de ter começado a frase com "após esta situação, foi-me comunicado...".
E não será sonho meu pensar que este senhor queria efectivamente prejudicar o Mágico Porto e o seu treinador, escrevendo o que escreveu a ver se passava e para ver se davam uma suspensão preventiva ao nosso Mister. Mas como reparou que afinal haveria de passar por um processo disciplinar que demoraria algum tempo com esclarecimento cabal das situações e que iria ser ameaçado de forma inequívoca com um processo crime, logo se apressou a desmentir que tinha visto e que afinal aquilo não passou do diz que disse.
É que, meus caros leitores, a tarnscrição que faço do tal ponto 4, parece-me perfeitamente clara e que não deixa qualquer tipo de dúvidas.
Mas se, pelo contrário, estiver errado, então a Liga não pode manter um jumento destes que nem escrever sabe, a descrever factos que podem dar origem a sanções. Que eles lá são metidos por compadrios, já isso nós desconfiavamos, agora que eram metidos compadres sem qualquer tipo de qualificação para escrever uma linha, lá isso não.
Mas é o que temos... e não fosse a coragem dos nossos em demonstrar a verdade e agora teriamos todo o mundo a denegrir a nossa imagem.
E hoje não vi comentários de certas pessoas em relação Mourinho e a dizerem "vamos ver quem é o mentiroso, afinal foi apanhado a rasgar a camisola" e pedindo "no mínimo 60 dias de suspensão."
Mas, nós Dragões, podemos dizer "VAMOS VER QUEM SENTA O CÚ NO MOUCHO NA BARRA DO TRIBUNAL" e ver quem afinal mente.
Um bom fim-de-semana a todos os Dragões e divirtam-se no mais belo Estádio do Mundo, o NOSSO Estádio do Dragão. Eu lá estarei na Bancada PT Comunicações A, entrada pela porta 3, na fila 17. Eu, o Azulão e o Grande Portista nesta fila, acompanhados por mais 49.997 grandes Dragões em todo o Estádio.
Até amanhã...
Comentários para quê...
"FC Porto é mesmo
Ruud van Nistelrooy e Tim Howard estão conscientes dos «perigos e dificuldades » que o FC Porto pode provocar nos dois desafios dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Sobretudo o avançado holandês, que tece elogios sinceros (e demonstrativos de conhecimento) à equipa de José Mourinho, não escondendo a sua admiração pelo adversário dos próximos dias 25 de Fevereiro e 9 de Março.
O FC Porto está entre os adversários mais temíveis da actualidade para Van Nistelrooy. Perante a pergunta sobre que equipas europeias mais receia neste momento, o fantástico avançado holandês coloca, sem hesitar, «Real Madrid, Milan, Juventus e...FCPorto» no mesmo saco. Instante ideal para saber, então, o que espera dos desafios dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, frente a tão temível opositor: «Estou certo de uma coisa... vão ser dois jogos muito difíceis.
O FC Porto é mesmo impressionante. Tenho observado alguns dos seus encontros e posso apenas dizer que demonstra muito carácter, muita força de conjunto, à qual alia a fantástica criatividade de alguns dos seus jogadores. Acredito verdadeiramente nas capacidades do Manchester United, mas vai ser muito difícil.»!
Ruud van Nistelrooy e Tim Howard estão conscientes dos «perigos e dificuldades » que o FC Porto pode provocar nos dois desafios dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Sobretudo o avançado holandês, que tece elogios sinceros (e demonstrativos de conhecimento) à equipa de José Mourinho, não escondendo a sua admiração pelo adversário dos próximos dias 25 de Fevereiro e 9 de Março.
O FC Porto está entre os adversários mais temíveis da actualidade para Van Nistelrooy. Perante a pergunta sobre que equipas europeias mais receia neste momento, o fantástico avançado holandês coloca, sem hesitar, «Real Madrid, Milan, Juventus e...FCPorto» no mesmo saco. Instante ideal para saber, então, o que espera dos desafios dos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, frente a tão temível opositor: «Estou certo de uma coisa... vão ser dois jogos muito difíceis.
O FC Porto é mesmo impressionante. Tenho observado alguns dos seus encontros e posso apenas dizer que demonstra muito carácter, muita força de conjunto, à qual alia a fantástica criatividade de alguns dos seus jogadores. Acredito verdadeiramente nas capacidades do Manchester United, mas vai ser muito difícil.»!
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2004
E agora só para nós, do mister...
«No dia em que cheguei vesti a camisola e dediquei-me de alma e coração a esta causa. Sobre a liderança de um fantástico presidente e de uma dedicada administração, e rodeado de um grupo de profissionais de altíssima qualidade futebolística e humana, reconstituímos um F.C. Porto forte, que restituiu os valores que fizeram deste clube um grande do futebol mundial». O técnico pede, por isso, compreensão aos adeptos. «Creio que os portistas todos me conhecem, sei que me valorizam e apoiam. Sabem quem sou, o que quero e pelo que luto. Sei que estão comigo e sabem que eu estou com eles. Por isso, para todos os portistas: até sábado»
ATÉ SÁBADO MISTER
ATÉ SÁBADO MISTER
O mister tem-nos no sítio...
O delegado ao jogo enviou uma adenda, vejam bem, uma adenda, ao relatório ao jogo de Sábado onde afirma que viu Mourinho rasgar a camisola de Rui Jorge. Perderam a vergonha.
Contra a campanha vergonhosa anti-Mágico Porto feita por todos, de forma a encapotar a vergonhosa arbitragem de Lucílio Calabote e ainda a incapacidade dos lagartos de ganharem um jogo sem ajuda de penaltys ou expulsões, o nosso mister vem EXPRESSAMENTE desmentir aquilo que todos querem ver confirmado.
E como os tem no sítio, não teve medo de dizer o que tinha para dizer. Fica aqui o excerto da notícia no meisfutebol.
Bem Haja Mister, não desistas que estamos contigo...
"Mourinho respondeu com indignação. «De maior gravidade é o relatório, ou antes, a tardia adenda ao relatório do sr. Paulino Carvalho. Se o referido senhor tem dificuldades em se expressar de forma escrita, e se se equivocou no ponto quatro da adenda, acredito que deve ser possuidor da honradez que lhe permita rapidamente rectificar o seu dúbio parágrafo», referiu. «Se não fizer, serei obrigado a mover-lhe um processo-crime e, com a revolta e frontalidade que situação tão gravosa exige, dizer-lhe publicamente: o senhor é um mentiroso». Até porque o técnico está certo que o delegado não o viu fazer o que escreveu. «Não me viu rasgar camisola e como tal eu repito: se o senhor não retirar o que disse ou não corrigir rapidamente a sua tardia adenda eu vou-lhe dizer aqui e em qualquer lugar que o senhor é mentiroso».
O técnico portista já se tinha, antes disso, referido às palavras de José Eduardo Bettencourt. Confirmando que avançou com um processo-crime com o director-geral da SAD leonina. «A minha reacção às palavras do Dr. Bettencourt é a confirmação óbvia do processo-crime indicado no comunicado emitido pela F.C. Porto, SAD. Acredito ser esta a forma mais objectiva e explicita de mostrar o meu repúdio pelas suas declarações», sublinhou. «Quero agradecer a todos aqueles que pessoal e publicamente me manifestaram o seu apoio, ou digna e coerentemente não aceitaram de forma precoce como verídicas as acusações de que fui alvo»."
Contra a campanha vergonhosa anti-Mágico Porto feita por todos, de forma a encapotar a vergonhosa arbitragem de Lucílio Calabote e ainda a incapacidade dos lagartos de ganharem um jogo sem ajuda de penaltys ou expulsões, o nosso mister vem EXPRESSAMENTE desmentir aquilo que todos querem ver confirmado.
E como os tem no sítio, não teve medo de dizer o que tinha para dizer. Fica aqui o excerto da notícia no meisfutebol.
Bem Haja Mister, não desistas que estamos contigo...
"Mourinho respondeu com indignação. «De maior gravidade é o relatório, ou antes, a tardia adenda ao relatório do sr. Paulino Carvalho. Se o referido senhor tem dificuldades em se expressar de forma escrita, e se se equivocou no ponto quatro da adenda, acredito que deve ser possuidor da honradez que lhe permita rapidamente rectificar o seu dúbio parágrafo», referiu. «Se não fizer, serei obrigado a mover-lhe um processo-crime e, com a revolta e frontalidade que situação tão gravosa exige, dizer-lhe publicamente: o senhor é um mentiroso». Até porque o técnico está certo que o delegado não o viu fazer o que escreveu. «Não me viu rasgar camisola e como tal eu repito: se o senhor não retirar o que disse ou não corrigir rapidamente a sua tardia adenda eu vou-lhe dizer aqui e em qualquer lugar que o senhor é mentiroso».
O técnico portista já se tinha, antes disso, referido às palavras de José Eduardo Bettencourt. Confirmando que avançou com um processo-crime com o director-geral da SAD leonina. «A minha reacção às palavras do Dr. Bettencourt é a confirmação óbvia do processo-crime indicado no comunicado emitido pela F.C. Porto, SAD. Acredito ser esta a forma mais objectiva e explicita de mostrar o meu repúdio pelas suas declarações», sublinhou. «Quero agradecer a todos aqueles que pessoal e publicamente me manifestaram o seu apoio, ou digna e coerentemente não aceitaram de forma precoce como verídicas as acusações de que fui alvo»."
BOA JORNE NUNO... EU SABIA QUE NÃO NOS IAS DEFRAUDAR
"Pinto da Costa diz que afirmações de Bettencourt são falsas
F.C. Porto corta oficialmente relações com a SAD do Sporting
O F.C. Porto anunciou nesta quinta-feira o corte oficial de relações com a SAD do Sporting. Tudo, claro, na sequência dos incidentes que marcaram o clássico de Alvalade. Pinto da Costa fez o anúncio. «O F.C. Porto, Futebol SAD, cortou todas as relações com a Sporting SAD, não havendo, a partir de agora, o mínimo contacto, seja para o que for, entre as duas SAD», disse o presidente durante a conferência que contou com a presença de toda a administração do F.C. Porto, de toda a equipa técnica e de todo o plantel. «Não é nada pessoal porque havia pessoas que já não conhecia, não foi por acaso que me recusei a cumprimentar o Dr. Bettencourt antes do jogo, mas a partir de agora é uma posição institucional da nossa SAD que corta relações totais com o Sporting Clube de Portugal».
Sobre as acusações relativamente a José Mourinho, Pinto da Costa voltou a dizer não serem verdadeiras. «O F.C. Porto repudia e lamenta claramente todas as falsidades e mentiras que foram ditas em Alvalade pelo ex-presidente da SAD do Sporting, Dr. Bettencourt», referiu, acrescentando não querer entrar em pormenores porque «o assunto já está em tribunal». «Tenho mesmo assim de recordar que estivemos em silêncio durante a semana por solicitação das entidades responsáveis pela segurança nos estádios para que pudesse haver um clima de confiança, sem incidentes entre as claques». O mesmo não aconteceu do outro lado, disse. «O Dr. Dias da Cunha proferiu afirmações insultuosas para o próprio governo. A resposta ao bom senso do ministro da administração interna foi tão baixa, tão ordinária e tão reles que não merece comentários. Serve apenas para qualificar quem a profere».
Sublinhando o «comportamento lamentável» dos dirigentes leoninos, Pinto da Costa deixou ainda mais duas certezas. A primeira em relação ao presidente do Sporting. «Os desvarios de Dias da Cunha devem ter sido provocados porque o Sporting foi desrespeitado na organização do jogo no seu próprio estádio. Os nossos governantes tiveram o bom senso de não deixar que separassem os adeptos do F.C. Porto num topo e houve gente que não aceitou isso».
A segunda em relação a José Mourinho. «Quero deixar uma palavra de apoio público ao nosso treinador. Um técnico do qual nos orgulhamos muito por ser um homem que assume as suas responsabilidades, um homem que assumiu a peito o trabalho aqui no F.C. Porto e que se dedica de alma e coração à missão que aceitou neste clube». Tanto que o dirigente se dirigiu, depois, em particular ao treinador. «Quero, por isso, dizer-lhe, caro José Mourinho, que nós contamos consigo, os jogadores contam consigo, todos nós não o dispensaremos nunca e temos a certeza que no final da época, por muitas alianças que façam, continuaremos todos firmes para dar resposta às provocações. Venham elas de onde vierem»."
Nós também. Os adeptos também contam contigo Zé Mourinho. E também com o nosso Presidente. Estamos de alma e coração consigo, nosso ilustre Presidente Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa.
Bem haja pelas suas palavras...
F.C. Porto corta oficialmente relações com a SAD do Sporting
O F.C. Porto anunciou nesta quinta-feira o corte oficial de relações com a SAD do Sporting. Tudo, claro, na sequência dos incidentes que marcaram o clássico de Alvalade. Pinto da Costa fez o anúncio. «O F.C. Porto, Futebol SAD, cortou todas as relações com a Sporting SAD, não havendo, a partir de agora, o mínimo contacto, seja para o que for, entre as duas SAD», disse o presidente durante a conferência que contou com a presença de toda a administração do F.C. Porto, de toda a equipa técnica e de todo o plantel. «Não é nada pessoal porque havia pessoas que já não conhecia, não foi por acaso que me recusei a cumprimentar o Dr. Bettencourt antes do jogo, mas a partir de agora é uma posição institucional da nossa SAD que corta relações totais com o Sporting Clube de Portugal».
Sobre as acusações relativamente a José Mourinho, Pinto da Costa voltou a dizer não serem verdadeiras. «O F.C. Porto repudia e lamenta claramente todas as falsidades e mentiras que foram ditas em Alvalade pelo ex-presidente da SAD do Sporting, Dr. Bettencourt», referiu, acrescentando não querer entrar em pormenores porque «o assunto já está em tribunal». «Tenho mesmo assim de recordar que estivemos em silêncio durante a semana por solicitação das entidades responsáveis pela segurança nos estádios para que pudesse haver um clima de confiança, sem incidentes entre as claques». O mesmo não aconteceu do outro lado, disse. «O Dr. Dias da Cunha proferiu afirmações insultuosas para o próprio governo. A resposta ao bom senso do ministro da administração interna foi tão baixa, tão ordinária e tão reles que não merece comentários. Serve apenas para qualificar quem a profere».
Sublinhando o «comportamento lamentável» dos dirigentes leoninos, Pinto da Costa deixou ainda mais duas certezas. A primeira em relação ao presidente do Sporting. «Os desvarios de Dias da Cunha devem ter sido provocados porque o Sporting foi desrespeitado na organização do jogo no seu próprio estádio. Os nossos governantes tiveram o bom senso de não deixar que separassem os adeptos do F.C. Porto num topo e houve gente que não aceitou isso».
A segunda em relação a José Mourinho. «Quero deixar uma palavra de apoio público ao nosso treinador. Um técnico do qual nos orgulhamos muito por ser um homem que assume as suas responsabilidades, um homem que assumiu a peito o trabalho aqui no F.C. Porto e que se dedica de alma e coração à missão que aceitou neste clube». Tanto que o dirigente se dirigiu, depois, em particular ao treinador. «Quero, por isso, dizer-lhe, caro José Mourinho, que nós contamos consigo, os jogadores contam consigo, todos nós não o dispensaremos nunca e temos a certeza que no final da época, por muitas alianças que façam, continuaremos todos firmes para dar resposta às provocações. Venham elas de onde vierem»."
Nós também. Os adeptos também contam contigo Zé Mourinho. E também com o nosso Presidente. Estamos de alma e coração consigo, nosso ilustre Presidente Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa.
Bem haja pelas suas palavras...
José Manuel Ribeiro...
"Problema virtual
Passado o vendaval, os problemas do FC Porto continuam onde sempre estiveram: fora do campo. Estavam fora dele antes do jogo com o Sporting, estiveram fora dele durante o jogo com o Sporting e lá permanecem ainda, espalhados um pouco por todo o país, excepto naquele rectângulo, onde o campeão nacional mantém um microclima à prova de..., bem, à prova de tudo quanto aconteceu no exterior nesta última época e meia. Se retirarmos da equação os acontecimentos de sábado - os que foram da responsabilidade de Mourinho e os que alegadamente terão sido -, ou seja, se imaginarmos que nada disto sucedeu, temos o FC Porto no primeiro lugar do campeonato, fortalecido por ter frustrado a principal hipótese que a concorrência tinha de lhe roer os calcanhares e ainda pelo ponto virtual a mais. Em vantagem, como sempre. Afirmações de força como a de Pedro Barbosa - "o Sporting é a melhor equipa da SuperLiga" -, continuam a ter resposta fácil. Mourinho não conseguiu manter a média de uma vitória por cada clássico jogado, mas continua a poder dizer que nunca foram capazes de o derrotar nesses jogos especiais. A própria incerteza que se nota no Sporting quanto ao valor real do empate é um galanteio ao FC Porto. Soa como um "afinal, talvez fosse possível". Quatro dias depois da partida, ainda há quem diga e escreva "fomos melhores e merecíamos ter vencido". Só diz isso tantas vezes quem precisa de se convencer ou de convencer os outros. Na perspectiva do FC Porto, esta interpretação dos acontecimentos - e assumo que pode haver outras igualmente plausíveis - devia bastar, até porque as leituras podem ser diferentes mas o cerne é indiscutível: os únicos obstáculos do FC Porto são o próprio FC Porto e/ou as minudências disciplinares permanentes em que os adversários, a meias com a Comissão Disciplinar, vão cozinhando a SuperLiga. Dentro do campo, o silêncio. E o mesmo fosso de sempre na tabela."
Passado o vendaval, os problemas do FC Porto continuam onde sempre estiveram: fora do campo. Estavam fora dele antes do jogo com o Sporting, estiveram fora dele durante o jogo com o Sporting e lá permanecem ainda, espalhados um pouco por todo o país, excepto naquele rectângulo, onde o campeão nacional mantém um microclima à prova de..., bem, à prova de tudo quanto aconteceu no exterior nesta última época e meia. Se retirarmos da equação os acontecimentos de sábado - os que foram da responsabilidade de Mourinho e os que alegadamente terão sido -, ou seja, se imaginarmos que nada disto sucedeu, temos o FC Porto no primeiro lugar do campeonato, fortalecido por ter frustrado a principal hipótese que a concorrência tinha de lhe roer os calcanhares e ainda pelo ponto virtual a mais. Em vantagem, como sempre. Afirmações de força como a de Pedro Barbosa - "o Sporting é a melhor equipa da SuperLiga" -, continuam a ter resposta fácil. Mourinho não conseguiu manter a média de uma vitória por cada clássico jogado, mas continua a poder dizer que nunca foram capazes de o derrotar nesses jogos especiais. A própria incerteza que se nota no Sporting quanto ao valor real do empate é um galanteio ao FC Porto. Soa como um "afinal, talvez fosse possível". Quatro dias depois da partida, ainda há quem diga e escreva "fomos melhores e merecíamos ter vencido". Só diz isso tantas vezes quem precisa de se convencer ou de convencer os outros. Na perspectiva do FC Porto, esta interpretação dos acontecimentos - e assumo que pode haver outras igualmente plausíveis - devia bastar, até porque as leituras podem ser diferentes mas o cerne é indiscutível: os únicos obstáculos do FC Porto são o próprio FC Porto e/ou as minudências disciplinares permanentes em que os adversários, a meias com a Comissão Disciplinar, vão cozinhando a SuperLiga. Dentro do campo, o silêncio. E o mesmo fosso de sempre na tabela."
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2004
Aí vêm eles... Os cães viram um osso para roer...
Sedentos de vingança por não verem o Mágico Porto perder um joguinho que seja, aí vem o CD da Liga com o processozinho do costume. Como já repararam que não conseguem derrotas do Mágico Porto com sumaríssimos e castigos a jogadores, agora alinham pelos processos ao treinador, o nosso mister José Mourinho.
Segundo o que li, o nosso mister terá de explicar o caso da camisola rasgada, as palavras que proferiu, assim como alegados envolvimentos com responsáveis Lagartos e que na base deste processo está a observação de um delegado da Liga, que viu e registou tudo o que se passou na zona dos balneários.
Curioso é que os próprios delegados dessa Associação Mafiosa denominada Liga já disseram que escreveram o que viram e também o que lhe disseram sem qualquer visão destes factos e baseados nisso, lá temos mais um processo disciplinar.
Se o Presidente da Junta de Freguesia Lagarta tivesse dito que Zé Mourinho é traficante de Droga, lá teriamos nós um processo disciplinar ao nosso treinador, com extracção de certidão do processo e envio à PJ para inquérito.
Mas pus-me a pensar bem e cheguei a uma conclusão lógica: falta apenas semana e meia para jogarmos na Lampiolândia e como não houve nenhuma acção que pudesse muito remotamente ser considerada agressão de um jogador do Mágico Porto neste jogo e alvo de um processo sumaríssimo, vão-se atirar ao que ridiculamente podem, como sempre.
Falta-me saber é como é que eles vão fazer para descrever o simulado rasgão da camisola do chuleco, se esta, a acontecer, foi feita dentro do balneário do Mágico Porto.
Será que o Delegado tem visão raio X ou agora têm camaras de filmar no balneário do adversário?
Segundo o que li, o nosso mister terá de explicar o caso da camisola rasgada, as palavras que proferiu, assim como alegados envolvimentos com responsáveis Lagartos e que na base deste processo está a observação de um delegado da Liga, que viu e registou tudo o que se passou na zona dos balneários.
Curioso é que os próprios delegados dessa Associação Mafiosa denominada Liga já disseram que escreveram o que viram e também o que lhe disseram sem qualquer visão destes factos e baseados nisso, lá temos mais um processo disciplinar.
Se o Presidente da Junta de Freguesia Lagarta tivesse dito que Zé Mourinho é traficante de Droga, lá teriamos nós um processo disciplinar ao nosso treinador, com extracção de certidão do processo e envio à PJ para inquérito.
Mas pus-me a pensar bem e cheguei a uma conclusão lógica: falta apenas semana e meia para jogarmos na Lampiolândia e como não houve nenhuma acção que pudesse muito remotamente ser considerada agressão de um jogador do Mágico Porto neste jogo e alvo de um processo sumaríssimo, vão-se atirar ao que ridiculamente podem, como sempre.
Falta-me saber é como é que eles vão fazer para descrever o simulado rasgão da camisola do chuleco, se esta, a acontecer, foi feita dentro do balneário do Mágico Porto.
Será que o Delegado tem visão raio X ou agora têm camaras de filmar no balneário do adversário?
MST de novo... Mais uma lança no Avante Lampião
"O incendiário, o artista, o daltónico e o cavalheiro"
"Para que não haja lugar amal-entendidos, começo por dizer que considero justo o resultado do Sporting- FC Porto. Muito embora se me tenha tornado evidente que o Sporting não conseguiria marcar que não de penalty e não conseguiria evitar a derrota sem a decisiva ajuda do árbitro, a verdade é que os portistas já contavam com isso. Em Alvalade, desde há muitos anos para cá, o FC Porto enfrenta sempre o Sporting e a arbitragem.. Em Alvalade, de resto, é raro assistir-se a uma arbitragem que não seja descaradamente caseira, ver o adversário terminar com onze jogadores ou deixar de ser punido com penalty inexistente. A pressão sobre os árbitros, antes e durante os jogos, aliada ao choradinho de que ainda são prejudicados, é hoje um factor decisivo na competitividade do Sporting. Em dois jogos de título consecutivos, o Sporting beneficiou de quatro penalties, dois dos quais, pelo menos, falsos como Judas e decisivos. Mas, como disse, comisso já oPorto contava e cabia-lhe, mesmo assim, lutar pela vitória, o que manifestamente não fez. O resultado é, pois, justo, mas a história do jogo e do resultado fica indelevelmente ligada a quatro personagens: o incendiário, o artista, o daltónico e o cavalheiro.
O INCENDIÁRIO é, obviamente, o presidente do Sporting. Não foi preciso esperar nem quarenta e oito horas depois do enterro do Fehér para que todas aquelas bonitas palavras sobre solidariedade e paz no futebol tombassem com estrondo, quando Dias da Cunha abriu a boca e, como de costume, despejou ódio e irresponsabilidade. Pode sempre adoptar-se em relação a ele a atitude que se vem instalando de o tomar como inimputável, a quem basta estenderem um microfone para ele se passar de todo. Mas, apesar de tudo, desta vez, o seu comportamento excedeu os limites do anti desportivismo, do insulto e da provocação e só não há mortos e feridos a lamentar do incêndio que ele quis atear porque os adeptos mostraram bem mais categoria para estar no futebol do que o presidente do Sporting. Notável o descaramento com que ele enfrentou o problema criado com a atitude anti desportiva de limitar, contra a lei, a venda de bilhetes a adeptos doFCPorto (e, afinal, estavam dez mil lugares por preencher no estádio...), dizendo que tudo se resumia a uma multa que o Sporting pagaria «sem problemas ». Elucidativa das suas boas maneiras a forma como, tendo visto contrariada pelo MAI a tentativa de separar os adeptos portistas uns dos outros, de modo a que o seu apoio não se sentisse, e mesmo pondo em risco a sua segurança, ele reagiu acusando as autoridades de «terem baixado as calças» às ameaças portistas (respondeu-lhe e muito bem o Comando-Geral da PSP, dizendo que não estavam habituados a discutir «a esse nível»). Irresponsável a leviandade de incitar os ânimos e os ódios, quarenta e oito horas antes do jogo, chamando criminoso a Pinto da Costa, novos vândalos aos adeptos portistas e declarando que, se os houvesse no mercado, mandaria rodear o estádio de chaimites para receber os do Porto. Forte da coragem de saber que em Alvalade nada arriscava e fortalecido pelo abraço recebido na Luz, Dias da Cunha achou-se com a retaguarda suficientemente protegida para insultar tudo e todos, dentro do novo clima de desportivismo, transparência e apaziguamento de que se proclama arauto. Mas é certo e sabido que da próxima vez que o Sporting for às Antas, ele se vai quedar por um hotel no Porto, a ver o jogo pela televisão, declarando que não há ambiente para um senhor como ele ir ao estádio.
O ARTISTA foi, claro, Liedson. Pessoalmente, acho-o um grande jogador e um perigo à solta dentro da área, mas não sabia que, tal como o seu colega Silva, já tinha conseguido, em tão pouco tempo, assimilar as regras da escola de teatro da Academia de Alcochete e aprimorado o estilo de penalties à João Pinto. O primeiro penalty que sacou sábado passado é um clássico dentro do género: é só preciso chegar à bola primeiro que o guarda-redes, depois adianta-se a bola para onde não se consegue nem se pretende ir buscá-la, trava-se a corrida de modo a que uma perna «de arrasto» vá bater nas pernas do guarda-redes, que as não pode fazer desaparecer por magia, e pronto... é penalty. Do segundo penalty nem vale a pena falar, bem como das simulações de faltas sofridas e da forma inebriante como ele se atirava para o chão a rebolar sem parar, como se tivesse sido atingido por um cortador de relva. Agora, na memória de nós todos (excepto, claro, na da Comissão Disciplinar da Liga), há-de ficar aquela cena anedótica em que ele, reagindo ao retardador, se atira para o chão a rebolar e a gritar de dores pungentes, quando o Jorge Costa lhe encostou dois dedos à orelha. Juro que, no género tragicómico, nunca tinha visto igual. Melhor mesmo, só o inevitável Dias da Cunha, a declarar no final que era umapena que Lucílio Baptista não tivesse visto a agressão do Jorge Costa. Ele ver viu, viu exactamente o que se passou, mas até achou que um teatro daqueles até merecia aplausos. Beneficiando da compreensão do árbitro, o artista prosseguiria a sua performance ao longo do jogo e viria a revelar-se decisivo para o seu desfecho.
O DALTÓNICO é precisamente o grande internacional Lucílio Baptista, que esteve, uma vez mais, igual a si mesmo, isto é, sem pinga de isenção ou categoria. Para os artistas do Sporting era toda a compreensão do mundo, para os do FC Porto era dedo em riste, cara de mau, tom de ameaça, amarelos por dá cá aquela palha. Faltas contra o FC Porto eram todas e mais algumas, até assinaladas voltando atrás depois de ter dado a lei da vantagem. Contra o Sporting, foi uma inexplicável dificuldade em ver faltas evidentes: o Deco rasteirado à entrada da área, depois do 0-1, o Maciel agarrado pelo Rui Jorge quando se ia isolar, o Beto a defender em voo e como punho no limite exterior da área, o Pedro Mendes atropelado por dois jogadores do Sporting dentro da área do Porto, permitindo uma jogada de muito perigo do Sporting, etc, etc. Penalties, está tudo dito: viu o primeiro, todavia bem menos visível que os dois que, no ano passado, no mesmo jogo, deixou passar contra o Sporting; quanto ao segundo, conseguiu a proeza de, a trinta metros de distância e encoberto, ver uma pretensa falta cometida pelo Paulo Ferreira sobre o Liedson, quando os dois corriam de costas para o árbitro e lado a lado. Ainda e decisiva foi a sua ordem ao Rui Jorge para lançar a bola, na jogada do segundo penalty e quando estava a ver que na lateral ainda estavam o Maniche e o Jorge Costa junto do João Pinto. Se o Rui Jorge diz a verdade — e eu acredito que sim—o Mourinho cometeu uma injustiça para com ele. O responsável por aquele acto profundamente anti desportivo de recomeçar o jogo tirando vantagem de dois adversários se encontrarem de fora a assistir um colega magoado, foi do árbitro e não do defesa sportinguista. O que eu sei é que as imagens mostram o Jorge Costa a pedir ao árbitro autorização para reentrar em campo, já depois de o Rui Jorge ter lançado a bola, e sei que, não por acaso, foi exactamente pela zona do Jorge Costa e aproveitando a sua ausência, que o Liedson entrou para se atirar para o chão, ganhar um penalty e dois pontos. Foi feio, muito feio, ou, como disse o inevitável Dias da Cunha, uma «arbitragem corajosa» e «contra o sistema». É verdade que, como acrescentaram alguns sportinguistas, Fernando Santos incluído, faltou ainda expulsar o Vítor Baía no lance do primeiro penalty: os quatro ex-árbitros que funcionam como analistas da arbitragem em «O Jogo», explicavam na edição de domingo e unanimemente porque o Baía jamais poderia ter sido expulso e porque o segundo penalty foi inventado. Remeto para essa leitura os porventura de boa-fé.
O CAVALHEIRO é José Eduardo Bettencourt, uma pessoa por quem eu, à distância, sempre tive, e mantenho, consideração e respeito. Quando o vi, em tom solene e pungente, aparecer na sala de imprensa exibindo uma camisola rasgada do Rui Jorge, contando que ele a quis trocar pela do Vítor Baía e que José Mourinho, perante a concordância de Pinto da Costa, se opôs, rasgando a camisola e declarando que queria ver o Rui Jorge «morrer em campo», fiquei estarrecido. Imaginei a cena e não conseguia acreditar que o José Mourinho, ou quem quer que fosse, por mais nervoso e exaltado que estivesse, tivesse feito e dito coisa daquelas. Mas como era o José Eduardo Bettencourt a jurá-lo pelo seu cavalheirismo, pelo seu bom-nome e maneira «diferente» de estar no futebol, confesso que fiquei baralhado. Mas, afinal, e como relataram os jornais dos dias seguintes, tudo não passou de verdade «por ouvir dizer», visto que José Eduardo Bettencourt, ao contrário do que deixou crer, não assistiu a nada. Segundo o relato do roupeiro do Sporting, terá acontecido que, já na sua cabine (e porque não no campo?) o Rui Jorge terá querido trocar de camisola com o Baía. Mandou-a pelo roupeiro do Sporting, o qual a entregou ao do FC Porto, o qual regressou depois com ela rasgada e o recado que José Mourinho terá enviado, acrescentando que tinha a concordância de Pinto da Costa —ambos, pelos vistos, recolhidos à cabine dos jogadores. Então, o sr. Manuel levou de volta a camisola e a mensagem invocadamente recebidas do sr. Moreno, entregando-as a Rui Jorge, o qual as passou a Fernando Santos, o qual as passou a Bettencourt, o qual, indignado, exibiu camisola e história na conferência de imprensa.Eagora, pergunto, como irá o chefe do departamento de futebol do Sporting fazer prova em tribunal, recorrendo a testemunho em quinta mão, da gravidade das acusações que lançou sobre José Mourinho? E o tom em que o fez? Aquela insuportável postura de «somosum clube diferente, fundado por um Visconde, verdadeiro clube de cavalheiros e desportistas puros, integramos a elite do país, ministros, generais, presidentes, titulares, não nos confundimos nem misturamos nem com o povo benfiquista nem com esses marginais selvagens do Porto, essa gente que tem de comprar o que a nós nos é dado de graça — os favores da arbitragem?» Pois é, mas como pode um clube de gentlemen e fair play ter um presidente que fala a umnível que até a polícia recusa discutir ou ter um speaker de serviço no estádio que, quando a claque do Porto canta, proclama aos microfones que «vozes de burro não chegam ao céu»? Serão privilégios de berço? "
"Para que não haja lugar amal-entendidos, começo por dizer que considero justo o resultado do Sporting- FC Porto. Muito embora se me tenha tornado evidente que o Sporting não conseguiria marcar que não de penalty e não conseguiria evitar a derrota sem a decisiva ajuda do árbitro, a verdade é que os portistas já contavam com isso. Em Alvalade, desde há muitos anos para cá, o FC Porto enfrenta sempre o Sporting e a arbitragem.. Em Alvalade, de resto, é raro assistir-se a uma arbitragem que não seja descaradamente caseira, ver o adversário terminar com onze jogadores ou deixar de ser punido com penalty inexistente. A pressão sobre os árbitros, antes e durante os jogos, aliada ao choradinho de que ainda são prejudicados, é hoje um factor decisivo na competitividade do Sporting. Em dois jogos de título consecutivos, o Sporting beneficiou de quatro penalties, dois dos quais, pelo menos, falsos como Judas e decisivos. Mas, como disse, comisso já oPorto contava e cabia-lhe, mesmo assim, lutar pela vitória, o que manifestamente não fez. O resultado é, pois, justo, mas a história do jogo e do resultado fica indelevelmente ligada a quatro personagens: o incendiário, o artista, o daltónico e o cavalheiro.
O INCENDIÁRIO é, obviamente, o presidente do Sporting. Não foi preciso esperar nem quarenta e oito horas depois do enterro do Fehér para que todas aquelas bonitas palavras sobre solidariedade e paz no futebol tombassem com estrondo, quando Dias da Cunha abriu a boca e, como de costume, despejou ódio e irresponsabilidade. Pode sempre adoptar-se em relação a ele a atitude que se vem instalando de o tomar como inimputável, a quem basta estenderem um microfone para ele se passar de todo. Mas, apesar de tudo, desta vez, o seu comportamento excedeu os limites do anti desportivismo, do insulto e da provocação e só não há mortos e feridos a lamentar do incêndio que ele quis atear porque os adeptos mostraram bem mais categoria para estar no futebol do que o presidente do Sporting. Notável o descaramento com que ele enfrentou o problema criado com a atitude anti desportiva de limitar, contra a lei, a venda de bilhetes a adeptos doFCPorto (e, afinal, estavam dez mil lugares por preencher no estádio...), dizendo que tudo se resumia a uma multa que o Sporting pagaria «sem problemas ». Elucidativa das suas boas maneiras a forma como, tendo visto contrariada pelo MAI a tentativa de separar os adeptos portistas uns dos outros, de modo a que o seu apoio não se sentisse, e mesmo pondo em risco a sua segurança, ele reagiu acusando as autoridades de «terem baixado as calças» às ameaças portistas (respondeu-lhe e muito bem o Comando-Geral da PSP, dizendo que não estavam habituados a discutir «a esse nível»). Irresponsável a leviandade de incitar os ânimos e os ódios, quarenta e oito horas antes do jogo, chamando criminoso a Pinto da Costa, novos vândalos aos adeptos portistas e declarando que, se os houvesse no mercado, mandaria rodear o estádio de chaimites para receber os do Porto. Forte da coragem de saber que em Alvalade nada arriscava e fortalecido pelo abraço recebido na Luz, Dias da Cunha achou-se com a retaguarda suficientemente protegida para insultar tudo e todos, dentro do novo clima de desportivismo, transparência e apaziguamento de que se proclama arauto. Mas é certo e sabido que da próxima vez que o Sporting for às Antas, ele se vai quedar por um hotel no Porto, a ver o jogo pela televisão, declarando que não há ambiente para um senhor como ele ir ao estádio.
O ARTISTA foi, claro, Liedson. Pessoalmente, acho-o um grande jogador e um perigo à solta dentro da área, mas não sabia que, tal como o seu colega Silva, já tinha conseguido, em tão pouco tempo, assimilar as regras da escola de teatro da Academia de Alcochete e aprimorado o estilo de penalties à João Pinto. O primeiro penalty que sacou sábado passado é um clássico dentro do género: é só preciso chegar à bola primeiro que o guarda-redes, depois adianta-se a bola para onde não se consegue nem se pretende ir buscá-la, trava-se a corrida de modo a que uma perna «de arrasto» vá bater nas pernas do guarda-redes, que as não pode fazer desaparecer por magia, e pronto... é penalty. Do segundo penalty nem vale a pena falar, bem como das simulações de faltas sofridas e da forma inebriante como ele se atirava para o chão a rebolar sem parar, como se tivesse sido atingido por um cortador de relva. Agora, na memória de nós todos (excepto, claro, na da Comissão Disciplinar da Liga), há-de ficar aquela cena anedótica em que ele, reagindo ao retardador, se atira para o chão a rebolar e a gritar de dores pungentes, quando o Jorge Costa lhe encostou dois dedos à orelha. Juro que, no género tragicómico, nunca tinha visto igual. Melhor mesmo, só o inevitável Dias da Cunha, a declarar no final que era umapena que Lucílio Baptista não tivesse visto a agressão do Jorge Costa. Ele ver viu, viu exactamente o que se passou, mas até achou que um teatro daqueles até merecia aplausos. Beneficiando da compreensão do árbitro, o artista prosseguiria a sua performance ao longo do jogo e viria a revelar-se decisivo para o seu desfecho.
O DALTÓNICO é precisamente o grande internacional Lucílio Baptista, que esteve, uma vez mais, igual a si mesmo, isto é, sem pinga de isenção ou categoria. Para os artistas do Sporting era toda a compreensão do mundo, para os do FC Porto era dedo em riste, cara de mau, tom de ameaça, amarelos por dá cá aquela palha. Faltas contra o FC Porto eram todas e mais algumas, até assinaladas voltando atrás depois de ter dado a lei da vantagem. Contra o Sporting, foi uma inexplicável dificuldade em ver faltas evidentes: o Deco rasteirado à entrada da área, depois do 0-1, o Maciel agarrado pelo Rui Jorge quando se ia isolar, o Beto a defender em voo e como punho no limite exterior da área, o Pedro Mendes atropelado por dois jogadores do Sporting dentro da área do Porto, permitindo uma jogada de muito perigo do Sporting, etc, etc. Penalties, está tudo dito: viu o primeiro, todavia bem menos visível que os dois que, no ano passado, no mesmo jogo, deixou passar contra o Sporting; quanto ao segundo, conseguiu a proeza de, a trinta metros de distância e encoberto, ver uma pretensa falta cometida pelo Paulo Ferreira sobre o Liedson, quando os dois corriam de costas para o árbitro e lado a lado. Ainda e decisiva foi a sua ordem ao Rui Jorge para lançar a bola, na jogada do segundo penalty e quando estava a ver que na lateral ainda estavam o Maniche e o Jorge Costa junto do João Pinto. Se o Rui Jorge diz a verdade — e eu acredito que sim—o Mourinho cometeu uma injustiça para com ele. O responsável por aquele acto profundamente anti desportivo de recomeçar o jogo tirando vantagem de dois adversários se encontrarem de fora a assistir um colega magoado, foi do árbitro e não do defesa sportinguista. O que eu sei é que as imagens mostram o Jorge Costa a pedir ao árbitro autorização para reentrar em campo, já depois de o Rui Jorge ter lançado a bola, e sei que, não por acaso, foi exactamente pela zona do Jorge Costa e aproveitando a sua ausência, que o Liedson entrou para se atirar para o chão, ganhar um penalty e dois pontos. Foi feio, muito feio, ou, como disse o inevitável Dias da Cunha, uma «arbitragem corajosa» e «contra o sistema». É verdade que, como acrescentaram alguns sportinguistas, Fernando Santos incluído, faltou ainda expulsar o Vítor Baía no lance do primeiro penalty: os quatro ex-árbitros que funcionam como analistas da arbitragem em «O Jogo», explicavam na edição de domingo e unanimemente porque o Baía jamais poderia ter sido expulso e porque o segundo penalty foi inventado. Remeto para essa leitura os porventura de boa-fé.
O CAVALHEIRO é José Eduardo Bettencourt, uma pessoa por quem eu, à distância, sempre tive, e mantenho, consideração e respeito. Quando o vi, em tom solene e pungente, aparecer na sala de imprensa exibindo uma camisola rasgada do Rui Jorge, contando que ele a quis trocar pela do Vítor Baía e que José Mourinho, perante a concordância de Pinto da Costa, se opôs, rasgando a camisola e declarando que queria ver o Rui Jorge «morrer em campo», fiquei estarrecido. Imaginei a cena e não conseguia acreditar que o José Mourinho, ou quem quer que fosse, por mais nervoso e exaltado que estivesse, tivesse feito e dito coisa daquelas. Mas como era o José Eduardo Bettencourt a jurá-lo pelo seu cavalheirismo, pelo seu bom-nome e maneira «diferente» de estar no futebol, confesso que fiquei baralhado. Mas, afinal, e como relataram os jornais dos dias seguintes, tudo não passou de verdade «por ouvir dizer», visto que José Eduardo Bettencourt, ao contrário do que deixou crer, não assistiu a nada. Segundo o relato do roupeiro do Sporting, terá acontecido que, já na sua cabine (e porque não no campo?) o Rui Jorge terá querido trocar de camisola com o Baía. Mandou-a pelo roupeiro do Sporting, o qual a entregou ao do FC Porto, o qual regressou depois com ela rasgada e o recado que José Mourinho terá enviado, acrescentando que tinha a concordância de Pinto da Costa —ambos, pelos vistos, recolhidos à cabine dos jogadores. Então, o sr. Manuel levou de volta a camisola e a mensagem invocadamente recebidas do sr. Moreno, entregando-as a Rui Jorge, o qual as passou a Fernando Santos, o qual as passou a Bettencourt, o qual, indignado, exibiu camisola e história na conferência de imprensa.Eagora, pergunto, como irá o chefe do departamento de futebol do Sporting fazer prova em tribunal, recorrendo a testemunho em quinta mão, da gravidade das acusações que lançou sobre José Mourinho? E o tom em que o fez? Aquela insuportável postura de «somosum clube diferente, fundado por um Visconde, verdadeiro clube de cavalheiros e desportistas puros, integramos a elite do país, ministros, generais, presidentes, titulares, não nos confundimos nem misturamos nem com o povo benfiquista nem com esses marginais selvagens do Porto, essa gente que tem de comprar o que a nós nos é dado de graça — os favores da arbitragem?» Pois é, mas como pode um clube de gentlemen e fair play ter um presidente que fala a umnível que até a polícia recusa discutir ou ter um speaker de serviço no estádio que, quando a claque do Porto canta, proclama aos microfones que «vozes de burro não chegam ao céu»? Serão privilégios de berço? "
terça-feira, 3 de fevereiro de 2004
SÁBADO ESTREIA-SE EM JOGOS OFICIAIS O MAIS BONITO ESTÁDIO DO MUNDO
Aí está uma grande notícia para todos os Dragões. Depois de termos ficados com os olhos trocados com a horrível sanita benneton Sec. XXI no sábado passado, os nossos olhos poder-se-ão restabelecer de vez quando entrarmos no belíssimo Estádio do Dragão.
Lá estaremos todos para mais um dia de glória.
Não podia, no entanto, de deixar de agradecer ao nosso velhinho Estádio.
Obrigado Estádio das Antas pelos maravilhosos tempos de glória que nos proporcionaste...
OS DESGRAÇADOS CONTINUAM EM QUINTO
O desgraçado do Mágico Porto continua como o 5.º melhor clube do Mundo. Embora haja deficientes mentais a apelidar a sua equipa como a melhor, não passam do 111.º lugar, estando mesmo atrás daqueles desgraçados da freguesia da Lampiolândia que já não ganham nada há uma década. Enfim, ficava tão bem num hospício o autor daquelas declarações...
"LIDERANÇA PERTENCE AO MILAN
Dragões continuam em quinto na classificação da IFFHS
O FC Porto continua em quinto na classificação mundial de clubes actualizada hoje. O Benfica desceu uma posição (de 74 para 75), o Sporting passou de 98º para 111º e a U. Leiria também apresenta um resultado desfavorável (de 103 para 136). O Boavista subiu cinco postos.
A liderança pertence ao Milan, seguindo-se Real Madrid e Santos. Nos dez primeiros o maior destaque vai para a Juventus, que subiu do 10º para o 6º lugar.
Classificação
1. (1.) Milan (Itá), 311
2. (2.) Real Madrid (Esp), 309
3. (3.) Santos (Bra), 284
4. (4.) Boca Juniors (Arg), 270
5. (5.) FC Porto (Port), 264
6. (10.) Juventus (Itá), 263
7. (7.) Celtic (Esc), 258
8. (6.) Arsenal (Ingl), 256
9. (8.) Manchester United (Ing), 241
10. (11.) Lazio (Itá), 234
(...)
75. (74.) Lampiões (Marrocos), 127
111. (98.) Lagartos (Marrocos), 111
136. (103.) U. Leiria (Por), 100
149. (159.) Boavista (Por), 95"
"LIDERANÇA PERTENCE AO MILAN
Dragões continuam em quinto na classificação da IFFHS
O FC Porto continua em quinto na classificação mundial de clubes actualizada hoje. O Benfica desceu uma posição (de 74 para 75), o Sporting passou de 98º para 111º e a U. Leiria também apresenta um resultado desfavorável (de 103 para 136). O Boavista subiu cinco postos.
A liderança pertence ao Milan, seguindo-se Real Madrid e Santos. Nos dez primeiros o maior destaque vai para a Juventus, que subiu do 10º para o 6º lugar.
Classificação
1. (1.) Milan (Itá), 311
2. (2.) Real Madrid (Esp), 309
3. (3.) Santos (Bra), 284
4. (4.) Boca Juniors (Arg), 270
5. (5.) FC Porto (Port), 264
6. (10.) Juventus (Itá), 263
7. (7.) Celtic (Esc), 258
8. (6.) Arsenal (Ingl), 256
9. (8.) Manchester United (Ing), 241
10. (11.) Lazio (Itá), 234
(...)
75. (74.) Lampiões (Marrocos), 127
111. (98.) Lagartos (Marrocos), 111
136. (103.) U. Leiria (Por), 100
149. (159.) Boavista (Por), 95"
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2004
Os Moralistas...
A última virgem
JOSÉ MANUEL RIBEIRO
"O Sporting quer o serviço completo; o jogo sujo e a reputação limpa. E exige dos outros jogo limpo e reputação suja. Os outros são beneficiados pelos árbitros. Os outros incitam à violência. Os outros pressionam a Comissão de Arbitragem. Os outros fazem simulações. Os outros chantageiam o Governo. Pelo contrário, o Sporting não é beneficiado pelos árbitros: vê ser-lhe feita justiça. O Sporting não incita à violência quando abertamente desrespeita os direitos dos adeptos do FC Porto recusando-lhes entrada; e também não incita à violência quando ignora as exigências da polícia no sentido de relocalizar os portistas nas bancadas: cumpre religiosamente as regras que escolhe. O Sporting não incita à violência quando atribui a pressões do FC Porto sobre as autoridades uma mudança que a polícia lhe exigia há mais de dez dias, como escreve o Expresso: faz valer os direitos dos seus associados. O Sporting não pressiona os árbitros: critica-os de uma forma construtiva, em jeito de profissão de fé. Os jogadores do Sporting não simulam: são barbaramente agredidos por telepatia (Dias da Cunha viu uma agressão a Liedson, por exemplo, e teve tanta certeza dela que a reclamou no final) e os penáltis não só são todos genuínos como representam apenas uma fracção dos que deveriam ter sido marcados e não foram (embora os nove assinalados até ao momento sejam uma espécie de recorde europeu).
O Sporting jogou bem. O empate tem menos a ver com o árbitro do que com a incapacidade do FC Porto para ultrapassar os erros dele. O árbitro é apenas mais um factor aleatório, como os buracos no relvado ou o oportunismo de Rui Jorge no lance que irritou Mourinho, contra os quais as boas equipas têm de estar preparadas. Algumas estão e outras nem por isso. Mas uma coisa é ganhar jogos, pontos e cartões vermelhos enganando árbitros com as simulações de Silva, João Pinto e Liedson ou com a perspicácia antidesportiva (ou não) de Rui Jorge - são as armas possíveis e, pelos vistos, não escandalizam ninguém, ponto final -; outra é ter, em paralelo, um discurso sonso e moralista, cheio de factos sempre indiscutíveis, esteja a razão onde estiver. A verdade é que a última virgem americana nem o umbigo tem por inaugurar.
Liedson
Sabe o que é um sumaríssimo?
Liedson fez rir toda a audiência da Sport TV quando, aproveitando uma palmada de Jorge Costa no pescoço, se atirou ao chão em desespero... dois segundos demasiado tarde. A cena foi ridícula e "gravemente atentatória da ética desportiva" (neste planeta e em todo o sistema solar), conforme o estipulado pelo regulamento disciplinar da Liga para a aplicação do processo sumaríssimo. Não vai acontecer nada, naturalmente, e ainda bem, porque gosto de o ver jogar. Até pela recém-descoberta faceta de comediante. "
JOSÉ MANUEL RIBEIRO
"O Sporting quer o serviço completo; o jogo sujo e a reputação limpa. E exige dos outros jogo limpo e reputação suja. Os outros são beneficiados pelos árbitros. Os outros incitam à violência. Os outros pressionam a Comissão de Arbitragem. Os outros fazem simulações. Os outros chantageiam o Governo. Pelo contrário, o Sporting não é beneficiado pelos árbitros: vê ser-lhe feita justiça. O Sporting não incita à violência quando abertamente desrespeita os direitos dos adeptos do FC Porto recusando-lhes entrada; e também não incita à violência quando ignora as exigências da polícia no sentido de relocalizar os portistas nas bancadas: cumpre religiosamente as regras que escolhe. O Sporting não incita à violência quando atribui a pressões do FC Porto sobre as autoridades uma mudança que a polícia lhe exigia há mais de dez dias, como escreve o Expresso: faz valer os direitos dos seus associados. O Sporting não pressiona os árbitros: critica-os de uma forma construtiva, em jeito de profissão de fé. Os jogadores do Sporting não simulam: são barbaramente agredidos por telepatia (Dias da Cunha viu uma agressão a Liedson, por exemplo, e teve tanta certeza dela que a reclamou no final) e os penáltis não só são todos genuínos como representam apenas uma fracção dos que deveriam ter sido marcados e não foram (embora os nove assinalados até ao momento sejam uma espécie de recorde europeu).
O Sporting jogou bem. O empate tem menos a ver com o árbitro do que com a incapacidade do FC Porto para ultrapassar os erros dele. O árbitro é apenas mais um factor aleatório, como os buracos no relvado ou o oportunismo de Rui Jorge no lance que irritou Mourinho, contra os quais as boas equipas têm de estar preparadas. Algumas estão e outras nem por isso. Mas uma coisa é ganhar jogos, pontos e cartões vermelhos enganando árbitros com as simulações de Silva, João Pinto e Liedson ou com a perspicácia antidesportiva (ou não) de Rui Jorge - são as armas possíveis e, pelos vistos, não escandalizam ninguém, ponto final -; outra é ter, em paralelo, um discurso sonso e moralista, cheio de factos sempre indiscutíveis, esteja a razão onde estiver. A verdade é que a última virgem americana nem o umbigo tem por inaugurar.
Liedson
Sabe o que é um sumaríssimo?
Liedson fez rir toda a audiência da Sport TV quando, aproveitando uma palmada de Jorge Costa no pescoço, se atirou ao chão em desespero... dois segundos demasiado tarde. A cena foi ridícula e "gravemente atentatória da ética desportiva" (neste planeta e em todo o sistema solar), conforme o estipulado pelo regulamento disciplinar da Liga para a aplicação do processo sumaríssimo. Não vai acontecer nada, naturalmente, e ainda bem, porque gosto de o ver jogar. Até pela recém-descoberta faceta de comediante. "
Pseudo-caso Sua Excelência o nosso Mister Zé Mourinho
Para que não restem quaisquer tipo de dúvidas sobre todas as situações de sábado à noite, eu, O DRAGÃO, administrador deste blog, quero revelar aquei expressamente que estou de alma e coração com o nosso Mister Zé Mourinho.
Fazem provocações e depois não querem resposta? Porque carga de água mandaram o coitado do rapaz ao balneário do Porto com a camisola desse chulo de nome Rui Jorge? Esse boi ressabiado que para renovar pelo Mágico Porto queria 20.000 contos por mês e que foi para os Lagartos chupar-lhes 25.000 contos por mês?
Não, azeiteiro. Não alimentamos malandros e é por isso tu não gostas do Mágico Porto e tens vindo a mandar postas de pescada contra nós, inventando até que o nosso mister te desejou a morte?
Não foi à toa que na primeira jogada em que andaste perto da nossa falange de apoio, te apelidei logo de alguns nomes bonitos sinónimos de proxeneta.
Vai trabalhar, malandro...
Fazem provocações e depois não querem resposta? Porque carga de água mandaram o coitado do rapaz ao balneário do Porto com a camisola desse chulo de nome Rui Jorge? Esse boi ressabiado que para renovar pelo Mágico Porto queria 20.000 contos por mês e que foi para os Lagartos chupar-lhes 25.000 contos por mês?
Não, azeiteiro. Não alimentamos malandros e é por isso tu não gostas do Mágico Porto e tens vindo a mandar postas de pescada contra nós, inventando até que o nosso mister te desejou a morte?
Não foi à toa que na primeira jogada em que andaste perto da nossa falange de apoio, te apelidei logo de alguns nomes bonitos sinónimos de proxeneta.
Vai trabalhar, malandro...
ASSINO POR BAIXO...
Crónica de José Correia no Portal dos Dragões sobre Lucílio Calabote...
"Outra vez Lucílio Baptista!
Pela 3ª época consecutiva, o SCP-FCP foi arbitrado por Lucílio Baptista e, conforme era receio de muitos portistas, voltou a prejudicar (e de que maneira!), disciplinar e tecnicamente, o FCP, senão vejamos:
5' - Após uma falta clara de Pedro Barbosa (com o braço) sobre Maciel, o jogador do Sporting reage com uma linguagem insultuosa. O árbitro fez de conta e deixou ficar o cartão amarelo (seria vermelho?) no bolso.
13' - Cartão amarelo para Deco, por falta sobre Liedson. A maior parte dos ex-árbitros considera que a exibição do cartão amarelo não se justifica e, segundo António Garrido, "este cartão deixa-me ainda mais dúvidas tendo em conta o critério seguido depois".
16' - Liedson atinge Jorge Costa com uma cabeçada, quando este protegia a chegada da bola a Vítor Baía. Falta duríssima, mas o árbitro nada assinala.
23´ - Liedson que, segundo o ex-árbitro Rosa Santos, "passou o jogo a atirar-se para o chão e não viu um único cartão", simula uma agressão de Jorge Costa. O árbitro, mais uma vez, nada faz.
27' - Rui Jorge agarra Maciel e impede um lance de contra-ataque perigoso do FCP. Nem falta, nem acção disciplinar.
39' - Á entrada da área do Sporting, Beto corta com o braço um remate de Deco. Nem falta (seria um livre perigoso, em posição frontal), nem cartão amarelo (mais um!).
41' - Pedro Mendes é "ensanduichado" por Silva e Pedro Barbosa na área do FCP. O árbitro deixa seguir o lance, o que motiva o desacordo da maior parte dos ex-árbitros e, inclusivamente, a perplexidade de Rosa Santos ("não percebo como é que o árbitro deixa seguir a bola numa falta tão clara, que poderia ter originado um lance perigoso para a baliza de Vítor Baía").
52' - Rui Jorge vê um cartão amarelo por, após uma falta sobre Maciel, reagir com palmas à decisão do árbitro. Não satisfeito, e após já ter visto o amarelo, continua a interpelar o árbitro. O 2º amarelo, e consequente vermelho, fica no bolso do árbitro.
67' - O árbitro assinala o 2º penalty contra o FCP, por uma pretensa falta de Paulo Ferreira sobre Liedson. Sobre este lance pouco há a dizer. As opiniões dos ex-árbitros que constituem o 'Tribunal de O JOGO' são unânimes e até o sportinguista Manuel Fernandes, que comentou o jogo para a SportTV, reconheceu que não houve falta.
Perante tudo isto, não admira que os dirigentes do Sporting tenham achado que o árbitro "realizou um bom trabalho" (pudera! e também já tinham apreciado bastante as arbitragens de João Ferreira em Alverca e de Pedro Proença em Paços de Ferreira e na Luz.). Pela voz do treinador e do ex-presidente da SAD (Miguel Ribeiro Telles), limitaram-se a evidenciar a sua ignorância das regras do futebol (ver posição unânime dos quatro ex-árbitros que compõem o 'Tribunal de O JOGO'), dizendo que o Vítor Baía devia ter sido expulso no lance do 1º penalty. Que mais haviam eles de dizer?.
P.S.1 A rábula da camisola, protagonizada após o final do jogo por Bettencourt (qual virgem ofendida!), foi uma grande ideia. Enquanto se falar da camisola rasgada, não se fala do modo vergonhoso como o Sporting chegou ao empate e de como o FCP foi espoliado de 2 pontos. Brilhante!. Além disso, o campeonato continua "vivo", que é o que interessa.
P.S.2 Após o empate de ontem, o FCP continua sem perder, mas a "gloriosa" série de vitórias do SCP foi interrompida. Mas não fiquem tristes, porque o Sporting continua a liderar, e cada vez mais destacado, o campeonato das equipas mais beneficiadas em penalties (nove) e expulsões de jogadores adversários (onze!). Mais. Nas últimas 12 jornadas, apenas em dois jogos (recepções ao Rio Ave e à Académica) o Sporting não beneficiou de expulsões e/ou penalties. Aqui têm um novo recorde para bater!
P.S.3 Para além da "expulsão do Vítor Baía", o jornalista que montou o resumo da RTP1, ainda descobriu mais dois jogadores do FCP que deveriam ter sido expulsos: Deco e Paulo Ferreira! Bravo, é caso para dizer que o homem é mais papista que o papa! Embora estas "visões" sejam totalmente rebatidas pela análise feita por ex-árbitros, isso não interessa nada, porque já os mestres da propaganda nazi ensinavam que uma mentira repetida muitas vezes. Para além das equipas adversárias e, cada vez mais, dos árbitros, é também contra este tipo de comunicação social que o FCP tem de lutar. Daí que se compreenda o desabafo de Mourinho no final do jogo.
P.S.4 Ao contrário do que aconteceu com a claque do Sporting, que arremessou pedras e atingiu adeptos do SLB aquando da deslocação à Luz e arrancou cadeiras no Restelo, os adeptos do FCP comportaram-se impecavelmente. Por isso, não vale a pena comentar as afirmações provocatórias e de baixo nível proferidas por Dias da Cunha durante os dias que antecederam o jogo. Pegando numa expressão utilizada por ele, o melhor é baixar as calças e virar-lhe as costas."
"Outra vez Lucílio Baptista!
Pela 3ª época consecutiva, o SCP-FCP foi arbitrado por Lucílio Baptista e, conforme era receio de muitos portistas, voltou a prejudicar (e de que maneira!), disciplinar e tecnicamente, o FCP, senão vejamos:
5' - Após uma falta clara de Pedro Barbosa (com o braço) sobre Maciel, o jogador do Sporting reage com uma linguagem insultuosa. O árbitro fez de conta e deixou ficar o cartão amarelo (seria vermelho?) no bolso.
13' - Cartão amarelo para Deco, por falta sobre Liedson. A maior parte dos ex-árbitros considera que a exibição do cartão amarelo não se justifica e, segundo António Garrido, "este cartão deixa-me ainda mais dúvidas tendo em conta o critério seguido depois".
16' - Liedson atinge Jorge Costa com uma cabeçada, quando este protegia a chegada da bola a Vítor Baía. Falta duríssima, mas o árbitro nada assinala.
23´ - Liedson que, segundo o ex-árbitro Rosa Santos, "passou o jogo a atirar-se para o chão e não viu um único cartão", simula uma agressão de Jorge Costa. O árbitro, mais uma vez, nada faz.
27' - Rui Jorge agarra Maciel e impede um lance de contra-ataque perigoso do FCP. Nem falta, nem acção disciplinar.
39' - Á entrada da área do Sporting, Beto corta com o braço um remate de Deco. Nem falta (seria um livre perigoso, em posição frontal), nem cartão amarelo (mais um!).
41' - Pedro Mendes é "ensanduichado" por Silva e Pedro Barbosa na área do FCP. O árbitro deixa seguir o lance, o que motiva o desacordo da maior parte dos ex-árbitros e, inclusivamente, a perplexidade de Rosa Santos ("não percebo como é que o árbitro deixa seguir a bola numa falta tão clara, que poderia ter originado um lance perigoso para a baliza de Vítor Baía").
52' - Rui Jorge vê um cartão amarelo por, após uma falta sobre Maciel, reagir com palmas à decisão do árbitro. Não satisfeito, e após já ter visto o amarelo, continua a interpelar o árbitro. O 2º amarelo, e consequente vermelho, fica no bolso do árbitro.
67' - O árbitro assinala o 2º penalty contra o FCP, por uma pretensa falta de Paulo Ferreira sobre Liedson. Sobre este lance pouco há a dizer. As opiniões dos ex-árbitros que constituem o 'Tribunal de O JOGO' são unânimes e até o sportinguista Manuel Fernandes, que comentou o jogo para a SportTV, reconheceu que não houve falta.
Perante tudo isto, não admira que os dirigentes do Sporting tenham achado que o árbitro "realizou um bom trabalho" (pudera! e também já tinham apreciado bastante as arbitragens de João Ferreira em Alverca e de Pedro Proença em Paços de Ferreira e na Luz.). Pela voz do treinador e do ex-presidente da SAD (Miguel Ribeiro Telles), limitaram-se a evidenciar a sua ignorância das regras do futebol (ver posição unânime dos quatro ex-árbitros que compõem o 'Tribunal de O JOGO'), dizendo que o Vítor Baía devia ter sido expulso no lance do 1º penalty. Que mais haviam eles de dizer?.
P.S.1 A rábula da camisola, protagonizada após o final do jogo por Bettencourt (qual virgem ofendida!), foi uma grande ideia. Enquanto se falar da camisola rasgada, não se fala do modo vergonhoso como o Sporting chegou ao empate e de como o FCP foi espoliado de 2 pontos. Brilhante!. Além disso, o campeonato continua "vivo", que é o que interessa.
P.S.2 Após o empate de ontem, o FCP continua sem perder, mas a "gloriosa" série de vitórias do SCP foi interrompida. Mas não fiquem tristes, porque o Sporting continua a liderar, e cada vez mais destacado, o campeonato das equipas mais beneficiadas em penalties (nove) e expulsões de jogadores adversários (onze!). Mais. Nas últimas 12 jornadas, apenas em dois jogos (recepções ao Rio Ave e à Académica) o Sporting não beneficiou de expulsões e/ou penalties. Aqui têm um novo recorde para bater!
P.S.3 Para além da "expulsão do Vítor Baía", o jornalista que montou o resumo da RTP1, ainda descobriu mais dois jogadores do FCP que deveriam ter sido expulsos: Deco e Paulo Ferreira! Bravo, é caso para dizer que o homem é mais papista que o papa! Embora estas "visões" sejam totalmente rebatidas pela análise feita por ex-árbitros, isso não interessa nada, porque já os mestres da propaganda nazi ensinavam que uma mentira repetida muitas vezes. Para além das equipas adversárias e, cada vez mais, dos árbitros, é também contra este tipo de comunicação social que o FCP tem de lutar. Daí que se compreenda o desabafo de Mourinho no final do jogo.
P.S.4 Ao contrário do que aconteceu com a claque do Sporting, que arremessou pedras e atingiu adeptos do SLB aquando da deslocação à Luz e arrancou cadeiras no Restelo, os adeptos do FCP comportaram-se impecavelmente. Por isso, não vale a pena comentar as afirmações provocatórias e de baixo nível proferidas por Dias da Cunha durante os dias que antecederam o jogo. Pegando numa expressão utilizada por ele, o melhor é baixar as calças e virar-lhe as costas."
OS LAGARTOS PRECISAM DE ESPAÇO PARA A CABEÇA...
O deficiente mental do Presidente dos Lagartos afinal tinha razão em relação à disponibilidade dos bilhetes aos Dragões. Afinal só estiveram 42.500 na sanita lagarta por razões de segurança.
É que assim não sendo, com a cabeça que ficaram os lagartos no fim do jogo, seria muito difícil não haver mortes por esmagamento.
E com o nosso cântico habitual no final destes jogos, as cabeças ainda ficaram maiores. E evitou-se mesmo uma tragédia de grandes dimensões porque alguns milhares de lagartos haviam abandonado a sanita mais cedo.
Ah, o cântico foi o: "Outra vez, outra vez, Campeonato c´o caralho outra vez, Outra vez, outra vez, Campeonato c´o caralho outra vez"
Quanto aos adeptos Dragões, mais um jogo de grande glória, apoiando e puxando o Mágico Porto de príncipio ao fim. Fomos fantásticos. O novo cantico funcionou na perfeição e não havia quem entre nós não o gritasse bem alto. Até uma senhora de 55 anos que se encontrava ao meu lado o cantou bem alto e continuadamente.
Força Mágico Porto...
E felicidades aos lagartos na sua carreira na Taça UEFA e na Taça de Portugal. Espero vê-los na final...
É que assim não sendo, com a cabeça que ficaram os lagartos no fim do jogo, seria muito difícil não haver mortes por esmagamento.
E com o nosso cântico habitual no final destes jogos, as cabeças ainda ficaram maiores. E evitou-se mesmo uma tragédia de grandes dimensões porque alguns milhares de lagartos haviam abandonado a sanita mais cedo.
Ah, o cântico foi o: "Outra vez, outra vez, Campeonato c´o caralho outra vez, Outra vez, outra vez, Campeonato c´o caralho outra vez"
Quanto aos adeptos Dragões, mais um jogo de grande glória, apoiando e puxando o Mágico Porto de príncipio ao fim. Fomos fantásticos. O novo cantico funcionou na perfeição e não havia quem entre nós não o gritasse bem alto. Até uma senhora de 55 anos que se encontrava ao meu lado o cantou bem alto e continuadamente.
Força Mágico Porto...
E felicidades aos lagartos na sua carreira na Taça UEFA e na Taça de Portugal. Espero vê-los na final...
domingo, 1 de fevereiro de 2004
SIMULAÇÕES, CALABOTAGEM E COMPLETA AUSÊNCIA DE PRINCÍPIOS
Fui, juntamente com o Dragão e o Grande Portista, um dos poucos que conseguiu um bilhete para ir à Sanita XXI ontem. Se já tinha a ideia daquele estádio ser parecido com uma sanita, ao vivo confirmei esse facto. Não só porque é feio que dói, mas pelo que se passa no seu interior. Uma autêntica acumulação de dejectos. Em primeiro lugar, o Liedson, 3º piscineiro daquelas bandas, depois do professor João Pinto e do assistente Silva. Aos 15 minutos de jogo já devia estar na rua. Começou por agredir à cotovelada o Bicho e depois, pateticamente, simulou uma agressão. Nota-se que´ainda é aprendiz nestas artes, tão mal simulado foi... E a isto o Calabote dos tempos modernos assistiu, impávido e sereno. Tal como tinha assitido impávido e sereno a quatro penlaties no ano passado neste jogo. O mesmo fez logo a seguir ao nosso golo, quando o Maciel, que seguiria isolado para a baliza foi puxado pelo rei do fair-play, o Rui Jorge. E por falar neste ser abjecto, o que este senhor fez é inqualificável. Os nossos jogadores preocupados com o catedrático das fitas e piscinadas e ele preocupado apenas em marcar golo a todo o custo. Só assim foi possível empatarem o jogo. Senão, o que é que o Bicho estaria ali a fazer, fora do seu lugar? E, claro, o dono da festa Liedson fez mais uma vez o que lhe competia, sob o beneplácito do Engenheiro, que acha muito bem. Lá arrancou o 2º penaltizito e o título de melhor jogador dado pelo Avante Lagartão Record. Já no final, o Míope Calabote fechou os olhos a um corte com a mão feito pelo Beto na área. 5º penalty em dois jogos por marcar. É obra! E nem assim conseguiram ganhar nenhum dos dois. Como no ano passado fomos muito superiores, conseguimos o feito de ganhar o jogo. Como este ano o jogo foi equilibrado, conseguimos empatar.
Meus amigos, a trampa que vem daqueles laods exala um cheiro nauseabundo. Mais uma vez aqueles sujeitos, cujo único princípio é o vale tudo, quase levavam a sua avante. O seu treinador, conhecido pelo cagaço nas constituições da equipa anda a aprender. Já tem os três elementos do ataque bem treinados na arte do mergulho e os outros todos na arte do "fair play".
Quanto ao Calabote, mais uma vez em grande. Depois de ter posto António Oliveira de joelhos no chão a olhar para os céus na Luz (jogo esse donde lhe adveio o cognome), brilhou no ano passado e este ano outra vez em grande. Mas, claro, eu é que sou faccioso. Vejam as apreciações do Avante Lagartão:
"Lucílio Baptista (4). Teve um desempenho bom, marcado por decisões acertadas nos lances mais importantes, como foram as grandes penalidades. Se tivesse dado ouvidos ao seleccionador Scolari, poderia ter carregado ainda mais nos cartões, principalmente a punir alguns protestos que ultrapassaram a veemência. Deixa, contudo, boas indicações para o Euro."
E a do Avante Lampião:
"LUCÍLIO BAPTISTA (7)
O árbitro de Setúbal e os seus auxiliares fizeram excelente treino para o Campeonato da Europa: jogo muito renhido, chuva a dificultar decisões nos despiques corpo-a-corpo, claramente boa arbitragem, critérios correctos e mantidos com firmeza, nenhum receio de assinalar dois «penalties». Um trabalho seguro e competente."
Engraçado, não? A isto se juntam as brilhantes reportagens da SIC e RTP. Por estas televisões ficámos a saber que o Baía, o Deco e o Paulo Ferreira deveriam ter sido expulsos. Então, os lagartos ainda se podem queixar. Fantástico. Claro que estes mesmos senhores, no piscinanço do Silva contra os lampiões não pugnaram pela expulsão do Moreira... E no última jogo lampiões vs Boavista, acharam muito bem a expulsão do Martelinho. Mas nada dizem da cotovelada do palhaço Liedson ao Bicho.
Parafraseando o nosso José, que mais uma vez demonstrou a sua raça e a coragem em enfrentar os jornalistas, tal qual põe a equipa a jogar, "em condições normais, seremos campeóes. Em condições anormais, também". E lá vão eles ter que filmar os nossos festejos na nova Avenida que vai dar ao lindo estádio do Dragão.
Um aúltima nota para perguntar o seguinte: porque é que ficaram mais de 5.000 lugares vazios? Então não tinham o estádio todo vendido, mais os patrocinadores da equipa de natação em peso a querer ver o jogo? Curioso... E foi bom ver que éramos bem mais de 1.700. Estes eram os elementos da claque. Mas os que não eram da claque, como nós, ainda eram mais. Significa que houve muitos cristãos novos em Lisboa a comprar bilhetes. E eu a pensar que éramos um clube de bairro...
Meus amigos, a trampa que vem daqueles laods exala um cheiro nauseabundo. Mais uma vez aqueles sujeitos, cujo único princípio é o vale tudo, quase levavam a sua avante. O seu treinador, conhecido pelo cagaço nas constituições da equipa anda a aprender. Já tem os três elementos do ataque bem treinados na arte do mergulho e os outros todos na arte do "fair play".
Quanto ao Calabote, mais uma vez em grande. Depois de ter posto António Oliveira de joelhos no chão a olhar para os céus na Luz (jogo esse donde lhe adveio o cognome), brilhou no ano passado e este ano outra vez em grande. Mas, claro, eu é que sou faccioso. Vejam as apreciações do Avante Lagartão:
"Lucílio Baptista (4). Teve um desempenho bom, marcado por decisões acertadas nos lances mais importantes, como foram as grandes penalidades. Se tivesse dado ouvidos ao seleccionador Scolari, poderia ter carregado ainda mais nos cartões, principalmente a punir alguns protestos que ultrapassaram a veemência. Deixa, contudo, boas indicações para o Euro."
E a do Avante Lampião:
"LUCÍLIO BAPTISTA (7)
O árbitro de Setúbal e os seus auxiliares fizeram excelente treino para o Campeonato da Europa: jogo muito renhido, chuva a dificultar decisões nos despiques corpo-a-corpo, claramente boa arbitragem, critérios correctos e mantidos com firmeza, nenhum receio de assinalar dois «penalties». Um trabalho seguro e competente."
Engraçado, não? A isto se juntam as brilhantes reportagens da SIC e RTP. Por estas televisões ficámos a saber que o Baía, o Deco e o Paulo Ferreira deveriam ter sido expulsos. Então, os lagartos ainda se podem queixar. Fantástico. Claro que estes mesmos senhores, no piscinanço do Silva contra os lampiões não pugnaram pela expulsão do Moreira... E no última jogo lampiões vs Boavista, acharam muito bem a expulsão do Martelinho. Mas nada dizem da cotovelada do palhaço Liedson ao Bicho.
Parafraseando o nosso José, que mais uma vez demonstrou a sua raça e a coragem em enfrentar os jornalistas, tal qual põe a equipa a jogar, "em condições normais, seremos campeóes. Em condições anormais, também". E lá vão eles ter que filmar os nossos festejos na nova Avenida que vai dar ao lindo estádio do Dragão.
Um aúltima nota para perguntar o seguinte: porque é que ficaram mais de 5.000 lugares vazios? Então não tinham o estádio todo vendido, mais os patrocinadores da equipa de natação em peso a querer ver o jogo? Curioso... E foi bom ver que éramos bem mais de 1.700. Estes eram os elementos da claque. Mas os que não eram da claque, como nós, ainda eram mais. Significa que houve muitos cristãos novos em Lisboa a comprar bilhetes. E eu a pensar que éramos um clube de bairro...
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