sexta-feira, 19 de outubro de 2007

NEM SÓ DE FUTEBOL VIVE O PORTISTA




Ontem foi aprovado o empréstimo necessário à construção do novo pavilhão. Este recinto não poderia nunca ser construído com capitais próprios, pelo que o recurso à banca é perfeitamente óbvio e necessário. Até aqui, tudo bem. Já me incomoda um pouco que o pavilhão se vá chamar Dragão Caixa. Ou, por esse facto, há contrapartidas e aí nada tenho a opor, ou então era perfeitamente escusado.
O grande senão que levanto é a capacidade do recinto. Vai estar encaixado num sítio sem espaço, pelo que a solução arquitétónica teve que ser necessariamente arrojada. Todavia, num clube como o nosso ter um pavilhão só com uma bancada central e com apenas 2000 pessoas de capacidade parece-me um disparate sem nome. Lembro-me de ser miúdo e sair dum Porto vs Lampiões nas Antas, seguido de outro clássico em basquetebol. Fiquei siderado com o Américo de Sá a rebentar pelas costuras, com um ambiente infernal que eu não sabia existir senão no futebol. No ano passado, recordo-me das semifinais do play-off de basquetebol, seguidas da final, num pavilhão de Matosinhos com bem mais de 5.000 pessoas. Até o hóquei joga em Fânzeres, que tem praticametne essa capacidade de 2.000 pessoas.
Se o conceito era re-editar os sábados ou domingos desportivos, como o pensam fazer num mini-pavilhão? Em jogos decisivos vão ficar milhares de portistas de fora? Será que nesses jogos haverá adeptos sem ser das claques? Será que é assim que pretendem captar novos adeptos para as modalidades ditas amadoras? Parece-me uma decisão catastrófica para essas modalidades. Depois da obra feita, não haverá alterações tão cedo e julgo que muitos portistas não estão sequer alertados para esta situação. Gostaria, a este propósito, de saber o que pensam os nossos leitores.

5 comentários:

Anónimo disse...

De facto, não sabia que a capacidade era tão pequena. Não percebo a ideia. Acho muito pouco.

Anónimo disse...

Li há dias que o passivo do FCPorto SAD tinha sido reduzido. Se continuar a ser reduzido ano após ano e sem ter de delapidar o nosso património, mantendo os resultados desportivos, então nada terei a dizer quanto à gestão do nosso clube.

Anónimo disse...

Li há dias que o passivo do FCPorto SAD tinha sido reduzido. Se continuar a ser reduzido ano após ano e sem ter de delapidar o nosso património, mantendo os resultados desportivos, então nada terei a dizer quanto à gestão do nosso clube.

Paulo Pereira disse...

Parabéns pelo artigo, k coloca o dedo na ferida. Se a beleza e arrojo da obra merecem elogios, o mesmo não se passa com os parcos lugares de assistência. 2000? Estão doidos? Num pavilhão k fica junto do Dragão, podendo por isso beneficiar fortemente da romaria habitual até ao estádio. Como bem dizes, e nos dias dos jogos? Coma turba das claques a ocupar os lugares, o k sobra para os outros adeptos e sócios?
Esperado à tanto tempo, é com alguma preocupação e desilusão k vejo o avanço na construção do projecto.

Abraço,

O Caçador disse...

Não passa de uma obra de fachada!

2000 lugares para segundo ouvi dizer 86000 sócios?

Para quando o museu ?

Será num qualquer 1º andar de um sítio qualquer?

É o que está à vista....